Da Muxima Com Amor...[*]


*[Comentario relativo a este post]




Sant’Ana Da Muxima, com Amor (I)

I. Queridas Irmas Angolanas: perdoem-me esta longa missiva (que por isso vai em duas partes), mas embora, como mulher, tenha sido muitas vezes vitima desse fenomeno patologico que eh tanto mais generalisado, gritante, degradante e destruidor quanto menos evoluido eh o meio social, que eh o ciume, a inveja e o despeito de outras mulheres (nao so Angolanas…), nestas questoes continuo solidaria com as minhas irmas e peco-vos por favor que nao se deixem abater nem deprimir por insultos sem qualquer qualificacao possivel por parte de homens complexados, frustrados, corneados, arrogantes e incompetentes, e muito menos por brasileirinhas despeitadas e invejosas, muitas das quais sairam frustradas das suas tentativas de resolverem as suas carencias afectivas, emocionais e materiais com “ricos angolanos” que se recusaram a abdicar das suas valiosas mulheres angolanas, cuja dignidade, valentia e beleza genuina sempre foram exaltadas em todo o mundo e sem as quais a “famosa mulata brasileira” nao existiria. De resto, a linguagem que eles usam so revela o seu baixo nivel e fraqueza de espirito. Ha homens e mulheres bons e maus em todas as racas e em todas as nacionalidades do mundo! Eh um facto que existe uma aparente falta de amor, respeito mutuo e sentido de auto-preservacao como raca entre as comunidades negras – os Caucasianos, Indianos, Chineses, Japoneses, etc., para o bem ou para o mal, raramente permitem que a miscigenacao racial corroa os pilares das suas etnias e culturas, isto eh, as suas familias. Dai, em grande medida, a base solida de estabilidade social e economica dos seus paises e continentes… Por contraste, um grande numero de negros, quer em Africa, quer noutros continentes, devido ao baixo estatuto social e humilhacoes sub-humanas a que foram submetidos desde a escravatura, parece terem perdido para sempre a sua auto-estima e respeito pelas suas maes e ancestrais. Dai que alguns vejam, particularmente enquanto estudantes, refugiados ou imigrantes clandestinos no ocidente, na mulher branca o seu passaporte para alguma ilusao de insercao nas sociedades em que vivem – na verdade, eles nao procuram uma esposa, mas uma ‘mae’ branca que lhes de banho ou lhes leia livros antes de dormir… Mas nao enganam ninguem, porque na maior parte dos casos as brancas que eles arranjam proveem dos escaloes mais baixos das tais sociedades e ate chegam a ter um nivel educacional, moral e ate economico inferior ao da media das Angolanas citadinas e por isso tambem nao conseguem facilmente casamento entre os seus, sendo os negros que apanham a descascar batatas, a trabalhar nas obras, nas discotecas ou a varrer as ruas, a unica possibilidade que teem de arranjar um marido submisso e subserviente, o qual, de resto, eh geralmente regeitado pelas familias delas, e elas com eles… Isto acontece em todas as comunidades negras no Ocidente (como esta bem documentado em varios estudos sociologicos e, por exemplo, nos filmes do Spike Lee, em particular no ‘Jungle Fever’, para os que tenham acesso a eles), mas esta mais generalizado nas camadas mais baixas devido a complexos de inferioridade de varia ordem e de ambas as partes. Basta ver, entre a esmagadora maioria dos negros que, em toda a Africa, estao plenamente seguros das suas raizes, culturas e estatuto social (como o demonstram praticamente todos os dirigentes Africanos, bons e maus, a comecar pelo Mandela) e tambem, por exemplo, entre os negros Americanos que ja nasceram numa familia de classe media, que estes nao precisam de uma branca ao ombro como ‘status symbol’: so para citar alguns dos mais bem sucedidos economica e intelectualmente, ou os mais conhecidos do publico em geral, vemos Denzel Washington, Spike Lee, Samuel L Jackson, Morgan Freeman, Chris Rock, Eddie Murphy, entre tantos outros, todos casados com negras e muito orgulhosos disso! Quanto aos que dentre este escalao continuam a casar com brancas, nao eh porque precisem delas para “subir na vida” mas, antes pelo contrario, elas eh que dependem deles para terem um estatuto social que de outro modo nunca alcancariam! Acredito que uma geracao de homens desse calibre ha-de um dia aparecer em Angola, talvez quando a geracao do Agostinho Neto for definitivamente relegada ao papel que lhe eh devido nas paginas da Historia e nada mais…


Sant'Ana Da Muxima, com Amor (II)

Em Angola o problema torna-se mais grave porquanto o tecido da nossa sociedade e a demografia do pais foram severamente danificados pelos muitos anos de guerra (durante os quais foram as mulheres que aguentaram todas ‘as barras’ na retaguarda e ate nas frentes de combate) e ha de facto uma grande escassez de homens disponiveis. Mas, minhas irmas, tambem nao caiam na armadilha de pensar que com mais estudos ou um bom emprego vai ser mais facil… Esta' demonstrado em todo o mundo que as possibilidades de casamento e um lar feliz para uma mulher diminuem na razao directa do seu sucesso academico e/ou professional… Isto porque encontrar um homem que nao se sinta intimidado por uma mulher realizada e que por isso nao tente humilha-la, sabota-la e diminui-la de varias maneiras, eh como achar uma agulha no palheiro! Vejam, por exemplo, os casos da Ophra Winfrey, a mulher mais rica da America e talvez do mundo, a parte a Rainha da Inglaterra… ou da Condoleeza Rice que eh, independentemente de questoes politico-ideologicas, a mulher mais bem sucedida profissionalmente no mundo: a primeira vive “amancebada” ha anos com um homem que nao se resolve a casar com ela; a segunda nunca casou nem se lhe conhece qualquer relacionamento amoroso estavel… Enquanto que outras, como a Whoopi Goldberg e um numero cada vez maior de negras realizadas academica e/ou profissionalmente no ocidente, simplesmente decidiram “juntar os seus trapinhos”, de papel passado ou nao, com brancos que muito as querem, amam, respeitam e valorizam. Mas isto nao eh um problema exclusivo das negras, como o demonstram os livros transformados em filmes de grande sucesso da Britanica (branca) Helen Fielding, autora de “Bridget Jones Diary”, ou da Americana (negra) Terry McMillan, autora de “Waiting to Ehxale”, que se tornaram nos ultimos anos em icons para as “mulheres sem homem” de todas as racas e em todo o mundo… Estudar sim e obter sucesso professional tambem, mas nao exclusivamente na expectativa de casamento facil! Faca-mo-lo para a nossa auto-estima e amor proprio como mulheres e seres humanos com um papel fundamental a jogar na nossa sociedade e no mundo e, caso decidamos ter filhos, mesmo como maes solteiras, para os criarmos e educarmos com a dignidade que, em muitos casos, falta aos pais deles! Isto eh muito dificil, particularmente para aquelas que dentre nos tiveram uma educacao Crista desde o berco, mas temos que tirar da cabeca que o casamento eh a unica fonte de felicidade para uma mulher. Peregrinacoes a Muxima podem ajudar espiritualmente, mas nao resolvem nada… Antes pelo contrario, so nos tornam mais frustradas, deprimidas e vulneraveis aos homens que se tornam mais abusivos do que nunca porque sabem que sao um “bem escasso no mercado” e ao odio e ciume de certas mulheres (mal) casadas e com complexos de inferioridade que, apesar de tambem darem as suas “facadas no casamento”, ou mesmo que ja nao sejam casadas ha muito tempo, so porque alguem um dia lhes pos uma alianca no dedo, acham-se “infinitamente superiores” as que nao casaram, mesmo que estas sejam realmente infinitamente mais bonitas, mais inteligentes, mais talentosas e muito mais honestas moralmente e conseguidas profissionalmente do que elas… Eh preciso que lhes saibamos demonstrar que talvez os homens sejam escassos sim, mas se nao nos dedicam, casadas ou solteiras, o amor e respeito que merecemos, nao sao nenhum “bem” nas nossas vidas! FORCA E CORAGEM AI, NOBRES, TRABALHADORAS, EMPREENDEDORAS, DIGNAS E BELAS MAES E FILHAS DA MARTIRIZADA MATRIA ANGOLANA!!! A LUTA CONTINUA E A VITORIA EH CERTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Comentario por mim (Koluki) feito aqui:

http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=7042


Uma das respostas ao meu comentario:

Tchinó North of 49

Sant'Ana parabéns pelos teus textos. Só não gostei do termo do termo "Ämancebada" que usaste p/ classificar a relação da OPRAH pelo menos parece que daí tranborda muito AMOR. E se aliança no dedo não nos faz superiores então que acha relações saudaveis.Beijos


*[Comentario relativo a
este post]




Sant’Ana Da Muxima, com Amor (I)

I. Queridas Irmas Angolanas: perdoem-me esta longa missiva (que por isso vai em duas partes), mas embora, como mulher, tenha sido muitas vezes vitima desse fenomeno patologico que eh tanto mais generalisado, gritante, degradante e destruidor quanto menos evoluido eh o meio social, que eh o ciume, a inveja e o despeito de outras mulheres (nao so Angolanas…), nestas questoes continuo solidaria com as minhas irmas e peco-vos por favor que nao se deixem abater nem deprimir por insultos sem qualquer qualificacao possivel por parte de homens complexados, frustrados, corneados, arrogantes e incompetentes, e muito menos por brasileirinhas despeitadas e invejosas, muitas das quais sairam frustradas das suas tentativas de resolverem as suas carencias afectivas, emocionais e materiais com “ricos angolanos” que se recusaram a abdicar das suas valiosas mulheres angolanas, cuja dignidade, valentia e beleza genuina sempre foram exaltadas em todo o mundo e sem as quais a “famosa mulata brasileira” nao existiria. De resto, a linguagem que eles usam so revela o seu baixo nivel e fraqueza de espirito. Ha homens e mulheres bons e maus em todas as racas e em todas as nacionalidades do mundo! Eh um facto que existe uma aparente falta de amor, respeito mutuo e sentido de auto-preservacao como raca entre as comunidades negras – os Caucasianos, Indianos, Chineses, Japoneses, etc., para o bem ou para o mal, raramente permitem que a miscigenacao racial corroa os pilares das suas etnias e culturas, isto eh, as suas familias. Dai, em grande medida, a base solida de estabilidade social e economica dos seus paises e continentes… Por contraste, um grande numero de negros, quer em Africa, quer noutros continentes, devido ao baixo estatuto social e humilhacoes sub-humanas a que foram submetidos desde a escravatura, parece terem perdido para sempre a sua auto-estima e respeito pelas suas maes e ancestrais. Dai que alguns vejam, particularmente enquanto estudantes, refugiados ou imigrantes clandestinos no ocidente, na mulher branca o seu passaporte para alguma ilusao de insercao nas sociedades em que vivem – na verdade, eles nao procuram uma esposa, mas uma ‘mae’ branca que lhes de banho ou lhes leia livros antes de dormir… Mas nao enganam ninguem, porque na maior parte dos casos as brancas que eles arranjam proveem dos escaloes mais baixos das tais sociedades e ate chegam a ter um nivel educacional, moral e ate economico inferior ao da media das Angolanas citadinas e por isso tambem nao conseguem facilmente casamento entre os seus, sendo os negros que apanham a descascar batatas, a trabalhar nas obras, nas discotecas ou a varrer as ruas, a unica possibilidade que teem de arranjar um marido submisso e subserviente, o qual, de resto, eh geralmente regeitado pelas familias delas, e elas com eles… Isto acontece em todas as comunidades negras no Ocidente (como esta bem documentado em varios estudos sociologicos e, por exemplo, nos filmes do Spike Lee, em particular no ‘Jungle Fever’, para os que tenham acesso a eles), mas esta mais generalizado nas camadas mais baixas devido a complexos de inferioridade de varia ordem e de ambas as partes. Basta ver, entre a esmagadora maioria dos negros que, em toda a Africa, estao plenamente seguros das suas raizes, culturas e estatuto social (como o demonstram praticamente todos os dirigentes Africanos, bons e maus, a comecar pelo Mandela) e tambem, por exemplo, entre os negros Americanos que ja nasceram numa familia de classe media, que estes nao precisam de uma branca ao ombro como ‘status symbol’: so para citar alguns dos mais bem sucedidos economica e intelectualmente, ou os mais conhecidos do publico em geral, vemos Denzel Washington, Spike Lee, Samuel L Jackson, Morgan Freeman, Chris Rock, Eddie Murphy, entre tantos outros, todos casados com negras e muito orgulhosos disso! Quanto aos que dentre este escalao continuam a casar com brancas, nao eh porque precisem delas para “subir na vida” mas, antes pelo contrario, elas eh que dependem deles para terem um estatuto social que de outro modo nunca alcancariam! Acredito que uma geracao de homens desse calibre ha-de um dia aparecer em Angola, talvez quando a geracao do Agostinho Neto for definitivamente relegada ao papel que lhe eh devido nas paginas da Historia e nada mais…


Sant'Ana Da Muxima, com Amor (II)

Em Angola o problema torna-se mais grave porquanto o tecido da nossa sociedade e a demografia do pais foram severamente danificados pelos muitos anos de guerra (durante os quais foram as mulheres que aguentaram todas ‘as barras’ na retaguarda e ate nas frentes de combate) e ha de facto uma grande escassez de homens disponiveis. Mas, minhas irmas, tambem nao caiam na armadilha de pensar que com mais estudos ou um bom emprego vai ser mais facil… Esta' demonstrado em todo o mundo que as possibilidades de casamento e um lar feliz para uma mulher diminuem na razao directa do seu sucesso academico e/ou professional… Isto porque encontrar um homem que nao se sinta intimidado por uma mulher realizada e que por isso nao tente humilha-la, sabota-la e diminui-la de varias maneiras, eh como achar uma agulha no palheiro! Vejam, por exemplo, os casos da Ophra Winfrey, a mulher mais rica da America e talvez do mundo, a parte a Rainha da Inglaterra… ou da Condoleeza Rice que eh, independentemente de questoes politico-ideologicas, a mulher mais bem sucedida profissionalmente no mundo: a primeira vive “amancebada” ha anos com um homem que nao se resolve a casar com ela; a segunda nunca casou nem se lhe conhece qualquer relacionamento amoroso estavel… Enquanto que outras, como a Whoopi Goldberg e um numero cada vez maior de negras realizadas academica e/ou profissionalmente no ocidente, simplesmente decidiram “juntar os seus trapinhos”, de papel passado ou nao, com brancos que muito as querem, amam, respeitam e valorizam. Mas isto nao eh um problema exclusivo das negras, como o demonstram os livros transformados em filmes de grande sucesso da Britanica (branca) Helen Fielding, autora de “Bridget Jones Diary”, ou da Americana (negra) Terry McMillan, autora de “Waiting to Ehxale”, que se tornaram nos ultimos anos em icons para as “mulheres sem homem” de todas as racas e em todo o mundo… Estudar sim e obter sucesso professional tambem, mas nao exclusivamente na expectativa de casamento facil! Faca-mo-lo para a nossa auto-estima e amor proprio como mulheres e seres humanos com um papel fundamental a jogar na nossa sociedade e no mundo e, caso decidamos ter filhos, mesmo como maes solteiras, para os criarmos e educarmos com a dignidade que, em muitos casos, falta aos pais deles! Isto eh muito dificil, particularmente para aquelas que dentre nos tiveram uma educacao Crista desde o berco, mas temos que tirar da cabeca que o casamento eh a unica fonte de felicidade para uma mulher. Peregrinacoes a Muxima podem ajudar espiritualmente, mas nao resolvem nada… Antes pelo contrario, so nos tornam mais frustradas, deprimidas e vulneraveis aos homens que se tornam mais abusivos do que nunca porque sabem que sao um “bem escasso no mercado” e ao odio e ciume de certas mulheres (mal) casadas e com complexos de inferioridade que, apesar de tambem darem as suas “facadas no casamento”, ou mesmo que ja nao sejam casadas ha muito tempo, so porque alguem um dia lhes pos uma alianca no dedo, acham-se “infinitamente superiores” as que nao casaram, mesmo que estas sejam realmente infinitamente mais bonitas, mais inteligentes, mais talentosas e muito mais honestas moralmente e conseguidas profissionalmente do que elas… Eh preciso que lhes saibamos demonstrar que talvez os homens sejam escassos sim, mas se nao nos dedicam, casadas ou solteiras, o amor e respeito que merecemos, nao sao nenhum “bem” nas nossas vidas! FORCA E CORAGEM AI, NOBRES, TRABALHADORAS, EMPREENDEDORAS, DIGNAS E BELAS MAES E FILHAS DA MARTIRIZADA MATRIA ANGOLANA!!! A LUTA CONTINUA E A VITORIA EH CERTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Comentario por mim (Koluki) feito aqui:

http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=7042


Uma das respostas ao meu comentario:

Tchinó North of 49

Sant'Ana parabéns pelos teus textos. Só não gostei do termo do termo "Ämancebada" que usaste p/ classificar a relação da OPRAH pelo menos parece que daí tranborda muito AMOR. E se aliança no dedo não nos faz superiores então que acha relações saudaveis.Beijos