Tuesday, 4 October 2011

Yinka Shonibare's 'Odile and Odette'



The film, with choreography by Kim Brandstrup features two ballerinas, one black one white, who explore the Swan Lake roles of Odile and Odette through a baroque mirror emphasizing the interplay between reality and reflection, conscious and unconscious. With the dancers wearing classical tutus made of African textiles Shonibare's film challenges assumptions about representation by playfully blurring the boundaries between stereotypically Western ideas about 'high' art and traditional categorisations of 'African art.'
[here]

We see each dancer emulating the other’s movements and expressions, although the emphasis here is on the African dancer who is enacting a careful and studied imitation of the highly valued, and European-produced, ballet art form.
[here]

Shonibare's interpretation extends the theme of blackness and whiteness in his juxtaposition of the two dancers and calls into question the Western binary opposition in which negative or "dark" forces are polarized against positive, "light" ones.
Odile and Odette, Shonibare's second film work to date, was commissioned by London's Royal Opera and Ballet. The artist has noted, with some irony, that his film features one ballerina drawn from the Royal Ballet (the white dancer) and an independent dancer sourced by the company because it did not have a black ballerina in its corps.

[here]



[Full lenght film: 14 minutes, 28 seconds]


Speaking of the work at a recent lecture at Goldsmiths College Shonibare explained the ballerina represents “the epitome of ‘civilized sensibilities’.” Accompanying the film was a sculpture of a ballerina of ambivalent race perched atop a black cloud: “a ballerina balanced on a black mushroom cloud of war and destruction.” Irony, again, is writ large. Civilization creates beautiful things, beautiful art in particular, but at what cost?
[here]




Gostaria de dedicar, com amizade, este post ‘a Marinela.
A Marinela foi minha colega no Liceu e era (ainda e’?) a unica bailarina classica negra Angolana que conheco. Foi ela que, na primeira metade da decada de 90, em Lisboa, me levou 'a companhia de danca que aqui mencionava, onde pratiquei o que entao se chamava “danca jazz” (ainda se chama?). As aulas que frequentei eram para amadores, mas o “warm-up”, baseado em exercicios 'tailor-made' para bailarinos classicos, era feito em conjunto com os profissionais da companhia, entre os quais a Marinela se incluia. Eramos entao, eu e ela, as unicas negras no grupo.

A companhia era dirigida por uma coreografa Franco-Argelina coadjuvada por um ex-bailarino classico Russo, que tinha tido o desaire de ter fracturado um joelho e assim ficado incapacitado de dancar profissionalmente. Ela tinha sempre um ar muito frio e distante e a unica vez que se dirigiu a mim foi para dizer, como se estivesse a dirigir-se a outra pessoa: "vejo ai muita emocao e sensualidade, mas muito pouca tecnica!" ...como se eu nao fosse, assumidamente, apenas uma amadora... Ja' ele, muito mais relaxado e divertido, estava sempre muito atento a minha “postura” (nao apenas fisica) nas aulas e explicava porque ao resto do grupo: “ela ri-se de si propria em frente ao espelho, mostrando-se consciente das suas falhas, mas depois de se rir fica muito seria e corrige a sua postura e os seus passos”…

Mas, era da Marinela que me apetecia falar… que e’ feito de ti Marinela?


[Post (nao) relacionado: Sobras]


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Odile and Odette, Shonibare's second film work to date, was commissioned by London's Royal Opera and Ballet. The artist has noted, with some irony, that his film features one ballerina drawn from the Royal Ballet (the white dancer) and an independent dancer sourced by the company because it did not have a black ballerina in its corps.

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[Full lenght film: 14 minutes, 28 seconds]


Speaking of the work at a recent lecture at Goldsmiths College Shonibare explained the ballerina represents “the epitome of ‘civilized sensibilities’.” Accompanying the film was a sculpture of a ballerina of ambivalent race perched atop a black cloud: “a ballerina balanced on a black mushroom cloud of war and destruction.” Irony, again, is writ large. Civilization creates beautiful things, beautiful art in particular, but at what cost?
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Gostaria de dedicar, com amizade, este post ‘a Marinela.
A Marinela foi minha colega no Liceu e era (ainda e’?) a unica bailarina classica negra Angolana que conheco. Foi ela que, na primeira metade da decada de 90, em Lisboa, me levou 'a companhia de danca que aqui mencionava, onde pratiquei o que entao se chamava “danca jazz” (ainda se chama?). As aulas que frequentei eram para amadores, mas o “warm-up”, baseado em exercicios 'tailor-made' para bailarinos classicos, era feito em conjunto com os profissionais da companhia, entre os quais a Marinela se incluia. Eramos entao, eu e ela, as unicas negras no grupo.

A companhia era dirigida por uma coreografa Franco-Argelina coadjuvada por um ex-bailarino classico Russo, que tinha tido o desaire de ter fracturado um joelho e assim ficado incapacitado de dancar profissionalmente. Ela tinha sempre um ar muito frio e distante e a unica vez que se dirigiu a mim foi para dizer, como se estivesse a dirigir-se a outra pessoa: "vejo ai muita emocao e sensualidade, mas muito pouca tecnica!" ...como se eu nao fosse, assumidamente, apenas uma amadora... Ja' ele, muito mais relaxado e divertido, estava sempre muito atento a minha “postura” (nao apenas fisica) nas aulas e explicava porque ao resto do grupo: “ela ri-se de si propria em frente ao espelho, mostrando-se consciente das suas falhas, mas depois de se rir fica muito seria e corrige a sua postura e os seus passos”…

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1 comment:

Anonymous said...

Uma aula, uma lição… MUITO INTERESSANTE!