Thursday 21 July 2011

(ainda) O 27 de Maio e As feridas (ainda) por sarar...





A cela (8) cadeia de S. Paulo em Luanda


"Era um dos piores lugares, para se meter um ser humano, seja qual fosse o crime que cometesse.

Era uma cela especial pelo horror que nela se vivia, onde os presos tinham que beber da mesma água da pia, onde faziam suas necessidades maiores. Por um pequeno postigo, recebiam seus alimentos cheirosos, muitas vezes embrulhados em restos de jornais ou de trapos, com salpicos de sangue, daqueles presos que eram escorraçados nos intorragatórios e de lá, seguiam para á ambulância da morte.

Numa temperatura tão húmida, enquanto uns dormiam outros ficavam de joelho para se conseguir uma resma de espaço, para cada um.

Aquela cela parecia um autentico museu de horrores, para quem, dia e noite só ouvia gemidos e gritos, de inocentes ou culpados.

Eram mulheres e homens todos no mesmo barco, sacudidos pela mesma intensidade repressiva, mas com destino e sorte diferente para cada um. Entradas e saídas de presos, para locais improvisados de interrogatórios ou de morte, era uma constante .

Apenas a dor, os gemidos e a perda de mais um consofredor, era a única luz, que iluminava aquele local, onde os dias eram igualzinhos ás noites.

Poucos resistiram os horrores, humilhações e aquelas torturas permanentes, que transformavam vidas antes pacatas, em restos humanos."


[...]


Podera' ler esse testemunho na integra aqui, onde podera' tambem encontrar a apresentacao deste video inedito sobre o 27 de Maio:






Post relacionado:

Neste 27 de Maio





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"Era um dos piores lugares, para se meter um ser humano, seja qual fosse o crime que cometesse.

Era uma cela especial pelo horror que nela se vivia, onde os presos tinham que beber da mesma água da pia, onde faziam suas necessidades maiores. Por um pequeno postigo, recebiam seus alimentos cheirosos, muitas vezes embrulhados em restos de jornais ou de trapos, com salpicos de sangue, daqueles presos que eram escorraçados nos intorragatórios e de lá, seguiam para á ambulância da morte.

Numa temperatura tão húmida, enquanto uns dormiam outros ficavam de joelho para se conseguir uma resma de espaço, para cada um.

Aquela cela parecia um autentico museu de horrores, para quem, dia e noite só ouvia gemidos e gritos, de inocentes ou culpados.

Eram mulheres e homens todos no mesmo barco, sacudidos pela mesma intensidade repressiva, mas com destino e sorte diferente para cada um. Entradas e saídas de presos, para locais improvisados de interrogatórios ou de morte, era uma constante .

Apenas a dor, os gemidos e a perda de mais um consofredor, era a única luz, que iluminava aquele local, onde os dias eram igualzinhos ás noites.

Poucos resistiram os horrores, humilhações e aquelas torturas permanentes, que transformavam vidas antes pacatas, em restos humanos."


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Podera' ler esse testemunho na integra aqui, onde podera' tambem encontrar a apresentacao deste video inedito sobre o 27 de Maio:






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