Friday 31 August 2012

Falando de Misoginia (IV)

= MISOGINIA E RACISMO =

► Fenómenos racistas y misoginistas aparecen cotidianamente en la literatura, la prensa, en el trabajo, la escuela y la vida diaria pero nadie parece molestarse con estas prácticas negativas.

► El origen del racismo y la misoginia es entonces un producto cultural que se manifiesta en diversos fenómenos sociales y antropológicos. Usualmente el racismo y la misoginia se basan en conjeturas filosóficas, ideas religiosas, leyendas y miedos que tienen su origen en la antigüedad y el medioevo.

► En fin, este sitio trata de identificar teorías y filosofías históricas, pasajes en la literatura, los medios de comunicación, el cinema y la política para señalar los orígenes y las influencias de estas cuestiones en el continente.
[AQUI]

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= MISOGINIA E RACISMO =

► Fenómenos racistas y misoginistas aparecen cotidianamente en la literatura, la prensa, en el trabajo, la escuela y la vida diaria pero nadie parece molestarse con estas prácticas negativas.

► El origen del racismo y la misoginia es entonces un producto cultural que se manifiesta en diversos fenómenos sociales y antropológicos. Usualmente el racismo y la misoginia se basan en conjeturas filosóficas, ideas religiosas, leyendas y miedos que tienen su origen en la antigüedad y el medioevo.

► En fin, este sitio trata de identificar teorías y filosofías históricas, pasajes en la literatura, los medios de comunicación, el cinema y la política para señalar los orígenes y las influencias de estas cuestiones en el continente.

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Thursday 30 August 2012

Falando de Misoginia (III)


UMA MENSAGEM PARA HOMENS 'ANARQUISTAS'
por Molly Tov

Então, dizem que o trabalho de uma mulher nunca termina, e aqui estou eu escrevendo um artigo que um homem deveria estar escrevendo. Começo a achar que isso é verdade mesmo.

As mulheres têm sido analisadas, faladas, contidas, ridicularizadas, caladas, usadas, abusadas, e estupradas por nossos 'irmãos' homens auto-intitulados anarquistas e auto-proclamados revolucionários. Todos homens anti-sexistas prontos para pular em cima de um comentário sexista de alguma outra pessoa quando estão em um agrupamento anarquista, mas deixarão escapar quando não estiverem perto de seus amigos não tão 'P.C.' (politicamente corretos). Os homens que vocalizam sua agressão contra violadores, mas quando suas amantes dizem não, coerção é simples, e não é um estupro, porque ele é um ANTI- SEXISTA.

Há homens que usam conversa anti- sexista para pegar mulher. Os homens que desafiam os outros a chamarem atenção sobre suas merdas e quando alguém o faz, ligam o modo defesa e ele está horrorizado que alguém pudesse dizer que ELE estava fazendo merda, ao invés de pensar sobre a situação e começar a trabalhar nela.

Todas nós sabemos que todos homens são sexistas, assim como todos brancos são racistas, por causa da nossa sociedade, pessoas brancas ainda possuem privilégios sobre pessoas de cor e homens ainda possuem privilégio sobre mulheres, e uma vez nascida neste processo é incrivelmente difícil de quebrá-lo, especialmente quando você esquece de olhar pra si mesm*. Uma vez que homens poêm a tapa em si mesmos de "REVOLUCIONARIO", eles pensam que uma vez que eles sabem que um problema existe, que não serão mais parte dele, o qual eles são.

Como sempre antes e agora, sexismo é um tema secundário. Parece que tudo está sendo deixado em uma ordem de importância - feita por quem? - É algo como “Primeiro vamos lutar contra o racismo, porque já sabemos surrar os nazis, e então depois talvez vamos pensar sobre sexismo, capitalismo, ou homofobia, qualquer um destes que menos afete nossos privilégios. Depois disso depois que houver tempo, e não mais cerveja, podemos ler sobre especismo, etarismo, ou discapacidade. Se nós somos legais nós vamos aprender um pouco sobre tudo isso para aprimorar nossas habilidades para o próximo encontro.”

Que raios aconteceu com a porra da igualdade? Como foi que alguns “ismos” se tornaram mais importante que outros, você se pergunta? “Como ser maneiro na cena política, e manter tanto privilégio quanto for possível” (busque agora na sua livraria corporativa mais próxima).

[Continue lendo aqui]


UMA MENSAGEM PARA HOMENS 'ANARQUISTAS'
por Molly Tov

Então, dizem que o trabalho de uma mulher nunca termina, e aqui estou eu escrevendo um artigo que um homem deveria estar escrevendo. Começo a achar que isso é verdade mesmo.

As mulheres têm sido analisadas, faladas, contidas, ridicularizadas, caladas, usadas, abusadas, e estupradas por nossos 'irmãos' homens auto-intitulados anarquistas e auto-proclamados revolucionários. Todos homens anti-sexistas prontos para pular em cima de um comentário sexista de alguma outra pessoa quando estão em um agrupamento anarquista, mas deixarão escapar quando não estiverem perto de seus amigos não tão 'P.C.' (politicamente corretos). Os homens que vocalizam sua agressão contra violadores, mas quando suas amantes dizem não, coerção é simples, e não é um estupro, porque ele é um ANTI- SEXISTA.

Há homens que usam conversa anti- sexista para pegar mulher. Os homens que desafiam os outros a chamarem atenção sobre suas merdas e quando alguém o faz, ligam o modo defesa e ele está horrorizado que alguém pudesse dizer que ELE estava fazendo merda, ao invés de pensar sobre a situação e começar a trabalhar nela.

Todas nós sabemos que todos homens são sexistas, assim como todos brancos são racistas, por causa da nossa sociedade, pessoas brancas ainda possuem privilégios sobre pessoas de cor e homens ainda possuem privilégio sobre mulheres, e uma vez nascida neste processo é incrivelmente difícil de quebrá-lo, especialmente quando você esquece de olhar pra si mesm*. Uma vez que homens poêm a tapa em si mesmos de "REVOLUCIONARIO", eles pensam que uma vez que eles sabem que um problema existe, que não serão mais parte dele, o qual eles são.

Como sempre antes e agora, sexismo é um tema secundário. Parece que tudo está sendo deixado em uma ordem de importância - feita por quem? - É algo como “Primeiro vamos lutar contra o racismo, porque já sabemos surrar os nazis, e então depois talvez vamos pensar sobre sexismo, capitalismo, ou homofobia, qualquer um destes que menos afete nossos privilégios. Depois disso depois que houver tempo, e não mais cerveja, podemos ler sobre especismo, etarismo, ou discapacidade. Se nós somos legais nós vamos aprender um pouco sobre tudo isso para aprimorar nossas habilidades para o próximo encontro.”

Que raios aconteceu com a porra da igualdade? Como foi que alguns “ismos” se tornaram mais importante que outros, você se pergunta? “Como ser maneiro na cena política, e manter tanto privilégio quanto for possível” (busque agora na sua livraria corporativa mais próxima).

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Falando de Misoginia (II)

Quem teme aos processos coletivos? Notas Críticas sobre a gestão da violência de gênero nos movimentos sociaisPor LasAfines


O discurso contra a violência sobre as mulheres forma parte implícita e também explícita do discurso político geral. A violência machista é rejeitada pelo conjunto da sociedade e todo mundo parece reconhecer que é um problema político de primeira ordem. Evidentemente também os movimentos sociais recolhem esses conceitos e mostram abertamente seu próprio discurso anti-sexista. Até aqui perfeito.

Vocês perguntarão por que estamos escrevendo este texto... nós nos perguntamos por que há tantas agressões dentro dos movimentos sociais e por que tanta incapacidade para gestioná-las coletivamente. Nos preocupa o nível de tolerância que há nos espaços políticos ante as agressões e a naturalização/normalização de certas formas de violência. Nos inquieta a incongruência entre discurso e prática e a falta absoluta de sensibilidade a respeito; o que demonstra que é um tema de quarta, se é que chega a considerar-se como tema. Nos enfurece que dentro dos movimentos sociais atuemos como se tivessemos acreditado que as questões que planteia o feminismo já foram assumidas por tod*s e por tanto, já estão superadas e são repetitivas e desnecessárias. E este, apesar das reivindicações básicas que fazem mais de um quarto de século, continuam ainda no tinteiro, e quando as mulheres de todo o mundo sofremos discriminação, abusos e controle de distintos tipos que impedem a liberdade de expressão, pensamento, a liberdade sexual e o movimento.

No entanto, existe uma grande resistência a identificar o óbvio, a qualificar como tal as múltiplas caras da violência contra as mulheres, assim como para detectar os casos que podem ser incluídos sob esse nome; esse é um mecanismo magnífico para nadar e guardar a roupa, do tipo “a violência é algo muito ruim, mas isso justamente não é violência”.

A violência estrutural contra as mulheres não é um conceito abstrato próprio dos livros, nem uma coisa da vida de outros, alheio a nosso micro-mundo nos movimentos sociais. A violência estrutural não são os quatro abusos concretos na boca do povo, nem a soma infinita de agressões que cada uma pode constatar ter sofrido. Tam- pouco são aquelas ações perpetradas por monstros que vêem e apunhalam. O iceberg não é apenas a ponta.

Estamos falando de pautas generalizadas de dominação que atravessam a experiência de ser mulher e todas as esferas da cotidianidade: as relações pessoais, a percepção e o uso do espaço público, o trabalho, a autoridade reconhecida, a percepção dos próprios direitos ou a ausência deles, a relação com o próprio corpo e a sexualidade, e assim um largo etcetera.

A violência estrutural é um mecanismo de controle sobre as mulheres, mas não apenas como forma extrema, ameaça de castigo onipresente que necessita ser provocada ou desencadeada, senão que é uma forma de relação normalizada e naturalizada e que portanto pode ser exercida sem a necessidade de justificação.

Mas não estamos fazendo uma dissertação teórica, falemos de casos concretos. No último ano houveram, dentro dos movimentos sociais, numerosas agressões contra mulheres: agressões no seio da relação a dois, violência psicológica na convivência e agressões físicas e sexuais dentro de um espaço político, e aquelas em que em nenhum caso o agressor haja recebido resposta alguma.

Que os grupos (mesmo que seja uma minoria) tratem de buscar uma resposta ante os casos de violência que se produzem em seu seio supõe um passo adiante na reflexão, na gestão coletiva e na erradicação da violência. Mas notamos que em linhas gerais, e a causa da falta de profundidade e sensibilidade a que nos referíamos, as respostas que costumam dar-se desde coletivos mesmos, em nosso entender, nem se aproximam aos mínimos exi- gíveis, e muitas vezes sofrem de alguns problemas de base que desvirtuam o processo. Falaremos aqui de três deles que nos parecem particularmente graves:

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Quem teme aos processos coletivos? Notas Críticas sobre a gestão da violência de gênero nos movimentos sociaisPor LasAfines


O discurso contra a violência sobre as mulheres forma parte implícita e também explícita do discurso político geral. A violência machista é rejeitada pelo conjunto da sociedade e todo mundo parece reconhecer que é um problema político de primeira ordem. Evidentemente também os movimentos sociais recolhem esses conceitos e mostram abertamente seu próprio discurso anti-sexista. Até aqui perfeito.

Vocês perguntarão por que estamos escrevendo este texto... nós nos perguntamos por que há tantas agressões dentro dos movimentos sociais e por que tanta incapacidade para gestioná-las coletivamente. Nos preocupa o nível de tolerância que há nos espaços políticos ante as agressões e a naturalização/normalização de certas formas de violência. Nos inquieta a incongruência entre discurso e prática e a falta absoluta de sensibilidade a respeito; o que demonstra que é um tema de quarta, se é que chega a considerar-se como tema. Nos enfurece que dentro dos movimentos sociais atuemos como se tivessemos acreditado que as questões que planteia o feminismo já foram assumidas por tod*s e por tanto, já estão superadas e são repetitivas e desnecessárias. E este, apesar das reivindicações básicas que fazem mais de um quarto de século, continuam ainda no tinteiro, e quando as mulheres de todo o mundo sofremos discriminação, abusos e controle de distintos tipos que impedem a liberdade de expressão, pensamento, a liberdade sexual e o movimento.

No entanto, existe uma grande resistência a identificar o óbvio, a qualificar como tal as múltiplas caras da violência contra as mulheres, assim como para detectar os casos que podem ser incluídos sob esse nome; esse é um mecanismo magnífico para nadar e guardar a roupa, do tipo “a violência é algo muito ruim, mas isso justamente não é violência”.

A violência estrutural contra as mulheres não é um conceito abstrato próprio dos livros, nem uma coisa da vida de outros, alheio a nosso micro-mundo nos movimentos sociais. A violência estrutural não são os quatro abusos concretos na boca do povo, nem a soma infinita de agressões que cada uma pode constatar ter sofrido. Tam- pouco são aquelas ações perpetradas por monstros que vêem e apunhalam. O iceberg não é apenas a ponta.

Estamos falando de pautas generalizadas de dominação que atravessam a experiência de ser mulher e todas as esferas da cotidianidade: as relações pessoais, a percepção e o uso do espaço público, o trabalho, a autoridade reconhecida, a percepção dos próprios direitos ou a ausência deles, a relação com o próprio corpo e a sexualidade, e assim um largo etcetera.

A violência estrutural é um mecanismo de controle sobre as mulheres, mas não apenas como forma extrema, ameaça de castigo onipresente que necessita ser provocada ou desencadeada, senão que é uma forma de relação normalizada e naturalizada e que portanto pode ser exercida sem a necessidade de justificação.

Mas não estamos fazendo uma dissertação teórica, falemos de casos concretos. No último ano houveram, dentro dos movimentos sociais, numerosas agressões contra mulheres: agressões no seio da relação a dois, violência psicológica na convivência e agressões físicas e sexuais dentro de um espaço político, e aquelas em que em nenhum caso o agressor haja recebido resposta alguma.

Que os grupos (mesmo que seja uma minoria) tratem de buscar uma resposta ante os casos de violência que se produzem em seu seio supõe um passo adiante na reflexão, na gestão coletiva e na erradicação da violência. Mas notamos que em linhas gerais, e a causa da falta de profundidade e sensibilidade a que nos referíamos, as respostas que costumam dar-se desde coletivos mesmos, em nosso entender, nem se aproximam aos mínimos exi- gíveis, e muitas vezes sofrem de alguns problemas de base que desvirtuam o processo. Falaremos aqui de três deles que nos parecem particularmente graves:

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Falando de Misoginia (I)

Cenas Ativistas Não São Espaços Seguros Para Mulheres: Sobre o Abuso de Mulheres Ativistas por Homens Ativistas
– Tamara K. Nopper

Como uma mulher que tem experimentado abuso físico e emocional de homens, alguns dos quais eu tive longos relaci- onamentos, foi sempre difícil aprender de outras mulheres ativistas que elas estavam sendo abusadas por homens ativistas. As questões interrelacionadas do sexismo, misoginia e homofobia em círculos ativistas são excessivas, e não é surpreendente que mulheres são abusadas física e emocionalmente por homens ativistas com os quais elas trabalham em vários projetos.

Eu não estou falando abstratamente aqui. Na verdade, eu sei de vários relacionamentos entre homens ativistas e mulheres nos quais as últimas são abusadas se não fisicamente, emocionalmente. Por exemplo, há muito tempo uma amiga minha me mostrou ferimentos em seu braço que ela me disse que foram causados por outro homem ativista. Essa mulher certamente luta emocionalmente, o que é um tanto esperado dado que ela experimentou abuso físico. O que era adicionalmente desolador de ver era como a mulher era evitada por círculos ativistas quando ela tentava falar sobre seu abuso ou o ter abordado. Alguns disseram a ela para ultrapassá-lo, ou para se focar em “verdadeiros” homens bacacas tais como proeminentes figuras políticas. Outros disseram a ela para não deixar “problemas pessoais” entrarem no caminho da “realização do trabalho”.

Muitas vezes fui dita por pessoas que elas esta- vam “surpresas” em descobrir que eu havia “me envolvido com esta merda” porque diferentemente de “mulheres fra- cas”, eu era uma mulher “forte” e “política”. Essa resposta é completamente misógina porque ela nega quão dominante é o patriarcado e o ódio por mulheres e o “feminino”, e ao invés disso, tenta colocar a culpa nas mulheres. Isso é, estamos a ignorar que mulheres estão sendo abusadas por homens e, ao invés disso, enfatiza o caráter de mulheres como a razão definitiva pela qual algumas são abusadas e outras não “se envolvem com esta merda”.

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Cenas Ativistas Não São Espaços Seguros Para Mulheres: Sobre o Abuso de Mulheres Ativistas por Homens Ativistas
– Tamara K. Nopper

Como uma mulher que tem experimentado abuso físico e emocional de homens, alguns dos quais eu tive longos relaci- onamentos, foi sempre difícil aprender de outras mulheres ativistas que elas estavam sendo abusadas por homens ativistas. As questões interrelacionadas do sexismo, misoginia e homofobia em círculos ativistas são excessivas, e não é surpreendente que mulheres são abusadas física e emocionalmente por homens ativistas com os quais elas trabalham em vários projetos.

Eu não estou falando abstratamente aqui. Na verdade, eu sei de vários relacionamentos entre homens ativistas e mulheres nos quais as últimas são abusadas se não fisicamente, emocionalmente. Por exemplo, há muito tempo uma amiga minha me mostrou ferimentos em seu braço que ela me disse que foram causados por outro homem ativista. Essa mulher certamente luta emocionalmente, o que é um tanto esperado dado que ela experimentou abuso físico. O que era adicionalmente desolador de ver era como a mulher era evitada por círculos ativistas quando ela tentava falar sobre seu abuso ou o ter abordado. Alguns disseram a ela para ultrapassá-lo, ou para se focar em “verdadeiros” homens bacacas tais como proeminentes figuras políticas. Outros disseram a ela para não deixar “problemas pessoais” entrarem no caminho da “realização do trabalho”.

Muitas vezes fui dita por pessoas que elas esta- vam “surpresas” em descobrir que eu havia “me envolvido com esta merda” porque diferentemente de “mulheres fra- cas”, eu era uma mulher “forte” e “política”. Essa resposta é completamente misógina porque ela nega quão dominante é o patriarcado e o ódio por mulheres e o “feminino”, e ao invés disso, tenta colocar a culpa nas mulheres. Isso é, estamos a ignorar que mulheres estão sendo abusadas por homens e, ao invés disso, enfatiza o caráter de mulheres como a razão definitiva pela qual algumas são abusadas e outras não “se envolvem com esta merda”.

Sunday 26 August 2012

MUKANDA A RADIO ECCLESIA - EMISSORA CATOLICA DE ANGOLA



Que legitimidade tem uma criatura capaz DISTO e de muito mais em nome do partido "que traz no coração ou noutro local qualquer do seu corpo" para falar em "reconciliacao nacional" nestes termos?!

[…]

Para mim o desafio que existe é o da reconciliação nacional.
Este desafio tarda em ser vencido, porque é contrário à lógica mais selvagem/irracional da confrontação politico-partidária, que mantém o país na "idade média da democracia".

É esta a narrativa que prevalece transformando os cidadãos em reféns das camisolas partidárias de modos a evitar que eles percebam que mil vezes mais importante que o partido/líder que trazem no coração ou noutro local qualquer do seu corpo, é o país que é de todos e em relação ao qual todos, sem excepção, têm o dever de opinar e de fazer qualquer coisa para que os angolanos passem a viver bem melhor, de acordo com os recursos disponíveis, mas sem mais as injustiças e as discriminações do passado e do presente, que continuam a fazer de Angola um país ainda impróprio para o consumo da maior parte dos seus habitantes.

 


Que legitimidade tem uma criatura capaz DISTO e de muito mais em nome do partido "que traz no coração ou noutro local qualquer do seu corpo" para falar em "reconciliacao nacional" nestes termos?!

[…]

Para mim o desafio que existe é o da reconciliação nacional.
Este desafio tarda em ser vencido, porque é contrário à lógica mais selvagem/irracional da confrontação politico-partidária, que mantém o país na "idade média da democracia".

É esta a narrativa que prevalece transformando os cidadãos em reféns das camisolas partidárias de modos a evitar que eles percebam que mil vezes mais importante que o partido/líder que trazem no coração ou noutro local qualquer do seu corpo, é o país que é de todos e em relação ao qual todos, sem excepção, têm o dever de opinar e de fazer qualquer coisa para que os angolanos passem a viver bem melhor, de acordo com os recursos disponíveis, mas sem mais as injustiças e as discriminações do passado e do presente, que continuam a fazer de Angola um país ainda impróprio para o consumo da maior parte dos seus habitantes.

 

Saturday 25 August 2012

ECOS D'A… ONDE?... [*]



[COMENTARIO (…mudo…) AO DISCURSO DO PRESIDENTE DO BD, JUSTINO PINTO DE ANDRADE, EM CONFERENCIA DE IMPRENSA EM LUANDA A 15.08.2012]

[...]

17. Sabemos que entre os partidos políticos concorrentes nenhum se confunde verdadeiramente com os valores e ideais do Bloco Democrático. Mas é possível estabelecermos linhas de cooperação para tirarmos a democracia do atoleiro em que se encontra.

18. A democracia não se faz com iguais. A democracia faz-se com diferentes, desde que estejamos todos animados pelo mesmo espírito.

19. Por isso, o Bloco Democrático apresentou ao PRS, a UNITA, e a CASA-CE uma Proposta de Acordo de Incidência Parlamentar, com vista a acelerarmos o processo de transformação democrática no nosso país. Convidamos igualmente a FNLA Ngola Kabangu, o PP e o PDP-ANA a apoiarem connosco essa proposta. Tivemos encontros, por nossa iniciativa, e obtivemos alguma receptividade. Julgamos, pois, ser possível cooperar com todos os que concordarem com este princípio de unidade para a mudança.

“No entanto, o que me parece faltar acima de tudo entre os "protagonistas" (... e, embora sendo "pintada" como tal eu nao me incluo entre eles!...) e' vontade e, em alguns casos, capacidade de comunicacao. Nao pode haver um "entendimento comum" sobre o que e' a "verdadeira democracia" e qual o "melhor metodo ou via" para se a obter dadas as circunstancias concretas e reais quer do "poder", quer da "oposicao", sem dialogo, troca de ideias, concertacao de opinioes diversas e, acima de tudo RESPEITO PELO OUTRO! Sim, estou por exigir DIGNIDADE COM DIGNIDADE nao apenas do poder politico, mas tambem, e sobretudo, dos meus concidadaos a quem nunca considerei inferiores a mim - antes pelo contrario, sempre tratei como irmaos!...”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/assumindo.html]

20. A nossa Proposta de Acordo incide em 7 pontos fundamentais, que passamos a resumir e que distribuiremos à comunicação social, tão-logo esta Conferência de Imprensa termine. Os nossos eventuais parceiros já a possuem.

21. Queremos também assinalar que seria vantajoso para todos eles estabelecerem, o quanto antes, uma plataforma de entendimento, para aumentar o grau de confiança por parte do eleitorado.

Nao tenho duvidas (alguem as tera’?) de que o MPLA tem todas as condicoes para voltar a ganhar estas eleicoes.
Porem, e ate’ por isso mesmo, julgo que, em nome da consolidacao da nossa ainda incipiente Democracia, cabe as Angolanas e aos Angolanos tentarem diminuir a maioria do MPLA no Parlamento ao minimo possivel – idealmente a apenas 51%.
Portanto, porque o MPLA tem certamente como garantir pelo menos esses 51%, cabera’ aos eleitores velarem para que a oposicao consiga os outros 49% dos votos.
Garantir a obtencao desse ponto de equilibrio e’ fundamental para o futuro da nossa Democracia: permitiria ao MPLA fazer uma mais do que necessaria, purificadora, “transfusao de sangue” e ‘a oposicao daria uma igualmente mais do que necessaria oportunidade para o fortalecimento e ampliacao da(s) sua(s) voz(es) no Parlamento e noutros centros de decisao.
(...)
Assim, se eu pudesse, depositaria o meu voto em qualquer partido ou coligacao da oposicao concorrente a estas eleicoes. Mas, porque o voto de consciencia deve ser tambem e sobretudo um voto patriotico, para que se evite demasiada dispersao de votos que, no limite, podera’ levar ‘a atomizacao da oposicao e, in extremis, ‘a pulverizacao de alguns dos partidos menos expressivos – como, alias, aconteceu nas ultimas eleicoes -, tentaria escolher dentre eles os tres ou quatro com fundacoes mais solidas, maior credibilidade politica e melhores perspectivas de garantir o tao ansiado Futuro Brilhante a todas as Angolanas e Angolanos.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/08/a-minha-declaracao-de-voto.html]

22. Logo que possível, há que rever a actual Constituição e expurgá-la das normas que permitem que se seja Presidente da República e se continue a dirigir um Partido Político. Desconcentrar o excessivo poder que está nas mãos do Presidente da República. Introduzir medidas práticas para uma efectiva separação do poder dos Órgãos do Estado.

“A Assembleia Nacional pode assumir, a todo o tempo, poderes de revisão extraordinária, por deliberação de uma maioria de dois terços dos Deputados em efectividade de funções.”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/07/i-couldnt-disagree-more_31.html]

23. Temos que ser capazes de pôr termo, por via pacífica, à guerra que se trava em Cabinda e agir no sentido de reduzir a tensão que se assiste nas Lundas.

“Cultura – Uma parte, diga-se que minoritaria, dos angolanos foi assimilada, voluntaria ou involuntariamente, a cultura e lingua portuguesas. Mas, precisamente por ser minoritaria, embora contemporaneamente “poderosa”, “elitizante” e “socio-economicamente dominante”, ela nao detem de facto os “fios condutores” da totalidade da vida cultural, social e humana do pais Angola. Ha’ outros “fios condutores” no tecido que (con)forma o pais real, enfim outras sensibilidades que, embora tentem (e, de algum modo, consigam em alguns casos) negociar entre si e acomodar-se umas as outras em nome do um “um so' povo, uma so' nacao”, continuam (e, diga-se, legitimamente) a ansiar pela sua “validacao”, ou, dito de outro modo, pela legitimacao das suas respectivas “identidades e etnicidades” proprias como parte de um todo diverso, mas que se pretende harmonioso, depois de uma guerra fratricida de cerca de tres decadas, que teve em grande medida na sua base tais anseios e reivindicacoes (veja-se, por exemplo, o caso das Lundas aqui e aqui, ou o de Cabinda, aqui). Trata-se de facto real, indesmentivel, incontornavel e insofismavel, nao de mito, nem de ficcao literaria!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

24. Um país democrático não pode continuar a ter presos políticos. Devemos deixar de funcionar como desestabilizadores de outros países africanos, próximos de nós ou afastados.

E abro aqui um parentesis para sugerir o seguinte: imagine-se que apenas uma infima fraccao dos verdadeiros "balurdios" de dinheiro publico usados pela Sonangol em investimentos em Portugal, fosse aplicada no financiamento de investimentos produtivos trabalho-intensivos que criassem emprego nas regioes fronteiricas, tanto em Angola, como nos paises vizinhos. Nao seriam tais investimentos muito mais recomendaveis, louvaveis e ate' rentaveis sob todos os pontos de vista - desde logo, porque teriam o condao de funcionar como um "travao" aos fluxos migratorios por razoes economicas nessas areas e contribuiriam para o tao propalado "desenvolvimento e independencia economica do continente", para alem de funcionarem como um mecanismo de poupanca dos recursos materiais e financeiros actualmente empregues no patrulhamento das fronteiras e controlo/contencao/repressao dos emigrantes africanos pretendendo entrar em Angola e, em ultima analise, contribuirem de forma substantiva, permanente e duravel para a prosperidade, paz e seguranca regional... - especialmente neste momento em que Angola assume, mais uma vez, a presidencia da SADC?!
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

25. Um Estado de Direito Democrático não pode conviver intimamente com um aparelho de Estado partidarizado.

26. A corrupção mina os fundamentos do Estado Democrático e por isso deve ser combatida de um modo vigoroso. Presentemente, a corrupção faz parte do regime e alimenta-o, dá-lhe vida.

“Essa logica torna-se mais complexa ainda quando o poder politico (que aqui se confunde com o estado, ou nao estivessemos em presenca de um "partido-estado" no poder...) se julga e se comporta como "proprietario", nao so' do pais e de todos os seus recursos e riquezas, como tambem de "todo o mundo" que nasceu, cresceu ou viveu sob 'a sua bandeira' (embora se permita votar ao abandono absoluto o 'pioneiro' que pela primeira vez icou tal bandeira!...) , e muito particularmente dos "estudantes bolseiros" que, implicita e explicitamente, assume que "jamais teriam uma formacao media ou superior" nao fossem as suas (famigeradas porque discricionarias, discriminatorias, mal geridas, desencaminhadas, desviadas e, por entre doses de manipulacao, humilhacao e chantagem politica e emocional q.b., em muitos casos, pouco mais do que, a varios titulos, destrutivas!) "bolsas de estudo"... enquanto "os que ficaram" tudo fazem para os estigmatizar e discriminar relativamente a auto-proclamada e novo-enriquecida "prata da casa"!...
Uma logica que, claramente, nao ve o estado (e o partido politico que o detem/sustenta) como "pessoa de bem" para todos e nao apenas para alguns - os "da sua familia, compadrio, confianca, amizade, militancia e/ou conveniencia" - certamente nao para aquela/es que tiveram a veleidade e o "atrevimento politico" de se expressarem e manifestarem a favor da paz "quando nao deviam"!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/07/angola-when-increasing-wealth-doesnt.html]

27. Temos a mais profunda convicção de que só seremos verdadeiramente desenvolvidos e competitivos quando formos bem educados e saudáveis. Daí que apontemos para a aplicação de investimentos massivos e criteriosos nestas duas áreas da vida nacional. Temos que ter coragem de investir forte e bem.

First posted 24/10/08 - "Repostado" em referencia a recente visita de Krugman a Angola, onde uma das suas afirmacoes mais destacadas tera' sido "Um país com carências na saúde e na educação não pode ser desenvolvido". Esse lembrete fez-me revisitar este artigo, onde uma das respostas que dou a pergunta "que fazer?" e' a atribuicao das maiores fatias do orcamento a Saude e a Educacao.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2008/10/paul-krugman-economista-academico.html]

10.Apoio ao desenvolvimento do sistema de Educação a todos os níveis de ensino, com particular ênfase na remuneração dos professores, construção de escolas, criação de bibliotecas, laboratórios, salas de computadores, acesso à Internet, ensino do Inglês, Matemática, Ciências Exactas, Informática, Desporto e Educação Física e Sexual e criação de mecanismos de apoio à
promoção das Línguas Nacionais – 15%
11.Apoio ao desenvolvimento do sistema nacional de Saúde e da rede hospitalar, incluindo a contínua formação e retenção de médicos e técnicos de saúde, prestando particular atenção às
doenças do foro psíquico e ao combate a grandes endemias como o HIV-SIDA, Hepatite,
Malária e Tuberculose – 15%
[AQUI: https://docs.google.com/document/preview?id=1k7vVTUbnxTl_2IREC054gkPNOAzuaHiAd8LbmBx4Y2s&pli=1]

28. Se não potenciarmos as infra-estruturas de água e energia, assim como a habitação, nunca teremos um desenvolvimento sustentável.

“Integrating the poverty reduction dimension in shared watercourses management”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/08/sadc-poverty-reduction-shared.html]

29. Queremos que a Nação discuta abertamente os seus problemas mais profundos. Só ultrapassaremos as dificuldades que temos, se encontramos mecanismos de participação popular efectiva. Esta é mais uma das nossas propostas de incidência parlamentar.

(…) Essa reelaboracao possibilitaria, no interior do pais, o exercicio de uma pratica politica quotidianamente democratica, que concederia aos cidadaos o controlo de todo o sistema de actividades que constituem a nossa base civilizacional e facilitaria o tao ansiado regresso a Patria de tantos de nos que pugnamos por uma organizacao social eficiente e por um relacionamento entre os individuos onde o comportamento social digno e honesto ou o respeito pela liberdade, individualidade e direito a diferenca do outro, sao valores a cumprir escrupulosamente, e temos dificuldade em adaptarmo-nos a uma ordem social onde, ao interesse do cidadao nacional se sobrepoe amiude o poder economico ou o prestigio social que, quantas vezes injustificada e injustamente, sao concedidos ao cidadao estrangeiro; onde aos direitos do individuo se sobrepoe o poder discricionario de um estado cujas instituicoes raramente funcionam sem que tambem funcionem os esquemas da corrupcao mais ou menos generalizada; onde ‘a dignidade dos grandes valores, se sobrepoe, voluntaria ou involuntariamente, a “nomenclatura” das “grandes familias”.
 [AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/rousseau-300.html ]


*[Ou... O BD agora, depois de proscrito, tentando "dar uma" de BIG BROTHER da Oposicao legitimada pelo TC!... De facto, nisso, credenciais, conhecimento, sabedoria, traquejo, experiencia, etc. etc. etc. e' o que nao lhes falta!...]


[COMENTARIO (…mudo…) AO DISCURSO DO PRESIDENTE DO BD, JUSTINO PINTO DE ANDRADE, EM CONFERENCIA DE IMPRENSA EM LUANDA A 15.08.2012]

[...]

17. Sabemos que entre os partidos políticos concorrentes nenhum se confunde verdadeiramente com os valores e ideais do Bloco Democrático. Mas é possível estabelecermos linhas de cooperação para tirarmos a democracia do atoleiro em que se encontra.

18. A democracia não se faz com iguais. A democracia faz-se com diferentes, desde que estejamos todos animados pelo mesmo espírito.

19. Por isso, o Bloco Democrático apresentou ao PRS, a UNITA, e a CASA-CE uma Proposta de Acordo de Incidência Parlamentar, com vista a acelerarmos o processo de transformação democrática no nosso país. Convidamos igualmente a FNLA Ngola Kabangu, o PP e o PDP-ANA a apoiarem connosco essa proposta. Tivemos encontros, por nossa iniciativa, e obtivemos alguma receptividade. Julgamos, pois, ser possível cooperar com todos os que concordarem com este princípio de unidade para a mudança.

“No entanto, o que me parece faltar acima de tudo entre os "protagonistas" (... e, embora sendo "pintada" como tal eu nao me incluo entre eles!...) e' vontade e, em alguns casos, capacidade de comunicacao. Nao pode haver um "entendimento comum" sobre o que e' a "verdadeira democracia" e qual o "melhor metodo ou via" para se a obter dadas as circunstancias concretas e reais quer do "poder", quer da "oposicao", sem dialogo, troca de ideias, concertacao de opinioes diversas e, acima de tudo RESPEITO PELO OUTRO! Sim, estou por exigir DIGNIDADE COM DIGNIDADE nao apenas do poder politico, mas tambem, e sobretudo, dos meus concidadaos a quem nunca considerei inferiores a mim - antes pelo contrario, sempre tratei como irmaos!...”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/assumindo.html]

20. A nossa Proposta de Acordo incide em 7 pontos fundamentais, que passamos a resumir e que distribuiremos à comunicação social, tão-logo esta Conferência de Imprensa termine. Os nossos eventuais parceiros já a possuem.

21. Queremos também assinalar que seria vantajoso para todos eles estabelecerem, o quanto antes, uma plataforma de entendimento, para aumentar o grau de confiança por parte do eleitorado.

Nao tenho duvidas (alguem as tera’?) de que o MPLA tem todas as condicoes para voltar a ganhar estas eleicoes.
Porem, e ate’ por isso mesmo, julgo que, em nome da consolidacao da nossa ainda incipiente Democracia, cabe as Angolanas e aos Angolanos tentarem diminuir a maioria do MPLA no Parlamento ao minimo possivel – idealmente a apenas 51%.
Portanto, porque o MPLA tem certamente como garantir pelo menos esses 51%, cabera’ aos eleitores velarem para que a oposicao consiga os outros 49% dos votos.
Garantir a obtencao desse ponto de equilibrio e’ fundamental para o futuro da nossa Democracia: permitiria ao MPLA fazer uma mais do que necessaria, purificadora, “transfusao de sangue” e ‘a oposicao daria uma igualmente mais do que necessaria oportunidade para o fortalecimento e ampliacao da(s) sua(s) voz(es) no Parlamento e noutros centros de decisao.
(...)
Assim, se eu pudesse, depositaria o meu voto em qualquer partido ou coligacao da oposicao concorrente a estas eleicoes. Mas, porque o voto de consciencia deve ser tambem e sobretudo um voto patriotico, para que se evite demasiada dispersao de votos que, no limite, podera’ levar ‘a atomizacao da oposicao e, in extremis, ‘a pulverizacao de alguns dos partidos menos expressivos – como, alias, aconteceu nas ultimas eleicoes -, tentaria escolher dentre eles os tres ou quatro com fundacoes mais solidas, maior credibilidade politica e melhores perspectivas de garantir o tao ansiado Futuro Brilhante a todas as Angolanas e Angolanos.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/08/a-minha-declaracao-de-voto.html]

22. Logo que possível, há que rever a actual Constituição e expurgá-la das normas que permitem que se seja Presidente da República e se continue a dirigir um Partido Político. Desconcentrar o excessivo poder que está nas mãos do Presidente da República. Introduzir medidas práticas para uma efectiva separação do poder dos Órgãos do Estado.

“A Assembleia Nacional pode assumir, a todo o tempo, poderes de revisão extraordinária, por deliberação de uma maioria de dois terços dos Deputados em efectividade de funções.”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/07/i-couldnt-disagree-more_31.html]

23. Temos que ser capazes de pôr termo, por via pacífica, à guerra que se trava em Cabinda e agir no sentido de reduzir a tensão que se assiste nas Lundas.

“Cultura – Uma parte, diga-se que minoritaria, dos angolanos foi assimilada, voluntaria ou involuntariamente, a cultura e lingua portuguesas. Mas, precisamente por ser minoritaria, embora contemporaneamente “poderosa”, “elitizante” e “socio-economicamente dominante”, ela nao detem de facto os “fios condutores” da totalidade da vida cultural, social e humana do pais Angola. Ha’ outros “fios condutores” no tecido que (con)forma o pais real, enfim outras sensibilidades que, embora tentem (e, de algum modo, consigam em alguns casos) negociar entre si e acomodar-se umas as outras em nome do um “um so' povo, uma so' nacao”, continuam (e, diga-se, legitimamente) a ansiar pela sua “validacao”, ou, dito de outro modo, pela legitimacao das suas respectivas “identidades e etnicidades” proprias como parte de um todo diverso, mas que se pretende harmonioso, depois de uma guerra fratricida de cerca de tres decadas, que teve em grande medida na sua base tais anseios e reivindicacoes (veja-se, por exemplo, o caso das Lundas aqui e aqui, ou o de Cabinda, aqui). Trata-se de facto real, indesmentivel, incontornavel e insofismavel, nao de mito, nem de ficcao literaria!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

24. Um país democrático não pode continuar a ter presos políticos. Devemos deixar de funcionar como desestabilizadores de outros países africanos, próximos de nós ou afastados.

E abro aqui um parentesis para sugerir o seguinte: imagine-se que apenas uma infima fraccao dos verdadeiros "balurdios" de dinheiro publico usados pela Sonangol em investimentos em Portugal, fosse aplicada no financiamento de investimentos produtivos trabalho-intensivos que criassem emprego nas regioes fronteiricas, tanto em Angola, como nos paises vizinhos. Nao seriam tais investimentos muito mais recomendaveis, louvaveis e ate' rentaveis sob todos os pontos de vista - desde logo, porque teriam o condao de funcionar como um "travao" aos fluxos migratorios por razoes economicas nessas areas e contribuiriam para o tao propalado "desenvolvimento e independencia economica do continente", para alem de funcionarem como um mecanismo de poupanca dos recursos materiais e financeiros actualmente empregues no patrulhamento das fronteiras e controlo/contencao/repressao dos emigrantes africanos pretendendo entrar em Angola e, em ultima analise, contribuirem de forma substantiva, permanente e duravel para a prosperidade, paz e seguranca regional... - especialmente neste momento em que Angola assume, mais uma vez, a presidencia da SADC?!
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

25. Um Estado de Direito Democrático não pode conviver intimamente com um aparelho de Estado partidarizado.

26. A corrupção mina os fundamentos do Estado Democrático e por isso deve ser combatida de um modo vigoroso. Presentemente, a corrupção faz parte do regime e alimenta-o, dá-lhe vida.

“Essa logica torna-se mais complexa ainda quando o poder politico (que aqui se confunde com o estado, ou nao estivessemos em presenca de um "partido-estado" no poder...) se julga e se comporta como "proprietario", nao so' do pais e de todos os seus recursos e riquezas, como tambem de "todo o mundo" que nasceu, cresceu ou viveu sob 'a sua bandeira' (embora se permita votar ao abandono absoluto o 'pioneiro' que pela primeira vez icou tal bandeira!...) , e muito particularmente dos "estudantes bolseiros" que, implicita e explicitamente, assume que "jamais teriam uma formacao media ou superior" nao fossem as suas (famigeradas porque discricionarias, discriminatorias, mal geridas, desencaminhadas, desviadas e, por entre doses de manipulacao, humilhacao e chantagem politica e emocional q.b., em muitos casos, pouco mais do que, a varios titulos, destrutivas!) "bolsas de estudo"... enquanto "os que ficaram" tudo fazem para os estigmatizar e discriminar relativamente a auto-proclamada e novo-enriquecida "prata da casa"!...
Uma logica que, claramente, nao ve o estado (e o partido politico que o detem/sustenta) como "pessoa de bem" para todos e nao apenas para alguns - os "da sua familia, compadrio, confianca, amizade, militancia e/ou conveniencia" - certamente nao para aquela/es que tiveram a veleidade e o "atrevimento politico" de se expressarem e manifestarem a favor da paz "quando nao deviam"!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/07/angola-when-increasing-wealth-doesnt.html]

27. Temos a mais profunda convicção de que só seremos verdadeiramente desenvolvidos e competitivos quando formos bem educados e saudáveis. Daí que apontemos para a aplicação de investimentos massivos e criteriosos nestas duas áreas da vida nacional. Temos que ter coragem de investir forte e bem.

First posted 24/10/08 - "Repostado" em referencia a recente visita de Krugman a Angola, onde uma das suas afirmacoes mais destacadas tera' sido "Um país com carências na saúde e na educação não pode ser desenvolvido". Esse lembrete fez-me revisitar este artigo, onde uma das respostas que dou a pergunta "que fazer?" e' a atribuicao das maiores fatias do orcamento a Saude e a Educacao.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2008/10/paul-krugman-economista-academico.html]

10.Apoio ao desenvolvimento do sistema de Educação a todos os níveis de ensino, com particular ênfase na remuneração dos professores, construção de escolas, criação de bibliotecas, laboratórios, salas de computadores, acesso à Internet, ensino do Inglês, Matemática, Ciências Exactas, Informática, Desporto e Educação Física e Sexual e criação de mecanismos de apoio à
promoção das Línguas Nacionais – 15%
11.Apoio ao desenvolvimento do sistema nacional de Saúde e da rede hospitalar, incluindo a contínua formação e retenção de médicos e técnicos de saúde, prestando particular atenção às
doenças do foro psíquico e ao combate a grandes endemias como o HIV-SIDA, Hepatite,
Malária e Tuberculose – 15%
[AQUI: https://docs.google.com/document/preview?id=1k7vVTUbnxTl_2IREC054gkPNOAzuaHiAd8LbmBx4Y2s&pli=1]

28. Se não potenciarmos as infra-estruturas de água e energia, assim como a habitação, nunca teremos um desenvolvimento sustentável.

“Integrating the poverty reduction dimension in shared watercourses management”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/08/sadc-poverty-reduction-shared.html]

29. Queremos que a Nação discuta abertamente os seus problemas mais profundos. Só ultrapassaremos as dificuldades que temos, se encontramos mecanismos de participação popular efectiva. Esta é mais uma das nossas propostas de incidência parlamentar.

(…) Essa reelaboracao possibilitaria, no interior do pais, o exercicio de uma pratica politica quotidianamente democratica, que concederia aos cidadaos o controlo de todo o sistema de actividades que constituem a nossa base civilizacional e facilitaria o tao ansiado regresso a Patria de tantos de nos que pugnamos por uma organizacao social eficiente e por um relacionamento entre os individuos onde o comportamento social digno e honesto ou o respeito pela liberdade, individualidade e direito a diferenca do outro, sao valores a cumprir escrupulosamente, e temos dificuldade em adaptarmo-nos a uma ordem social onde, ao interesse do cidadao nacional se sobrepoe amiude o poder economico ou o prestigio social que, quantas vezes injustificada e injustamente, sao concedidos ao cidadao estrangeiro; onde aos direitos do individuo se sobrepoe o poder discricionario de um estado cujas instituicoes raramente funcionam sem que tambem funcionem os esquemas da corrupcao mais ou menos generalizada; onde ‘a dignidade dos grandes valores, se sobrepoe, voluntaria ou involuntariamente, a “nomenclatura” das “grandes familias”.
 [AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/rousseau-300.html ]


*[Ou... O BD agora, depois de proscrito, tentando "dar uma" de BIG BROTHER da Oposicao legitimada pelo TC!... De facto, nisso, credenciais, conhecimento, sabedoria, traquejo, experiencia, etc. etc. etc. e' o que nao lhes falta!...]

Thursday 23 August 2012

SANKOFA



Ha’ episodios de vida que nao acontecem todos os dias, nem em as todas as vidas, pelo que se tornam dignos de registo…
Como o que aconteceu nos ultimos tres dias, desde que, por mero acaso, passou-me pelos olhos no meu ‘news feed’ (e creio que nao estarei a exagerar se suposer que apenas vejo menos de 10% do que por ai aparece) um post da Cassandra Wilson sobre um debate que ela vinha tendo com uma sua seguidora aqui no FB sobre as comparacoes entre a pratica da escravatura no periodo pre-colonial e o comercio transatlantico de escravos.
Perante um tema que, desde que criei este blog, tem ocupado tanto do meu tempo, energia e emocoes, imediatamente fui a pagina dela, onde acabei por participar e por partilhar estes posts:


Ela fez um ‘like’ em todos os meus comentarios e sobre o primeiro dos posts, do qual ela adaptou o texto da Carta do Rei do Kongo e publicou ontem como um post ‘stand alone’ na sua pagina, escreveu isto:

Cassandra Wilson: Thank you so much for this letter, Ana Koluki. Brilliant!
Yesterday at 4:53pm · 

Ana Koluki You are welcome! Just doing my part.
23 hours ago .

[Podera’ ver a transcricao das partes relevantes do debate aqui]

Bom, para quem tenha lido o que eu aqui escrevi ha' cinco anos (!) sobre o show dela que fui ver aqui em Londres, podera’ imaginar o que foi para mim ter este contacto com ela – e, by the way, ela tambem fez um post agradecendo a Angola por a ter convidado a participar no recente Luanda Jazz Fest, no qual eu tambem fiz um comentario agradecendo-lhe apesar de nao poder ter la’ estado…

Mas nao foi apenas o ter podido ter esse contacto: o que para mim torna este episodio tao especial e’ o tema a volta do qual nos “reencontramos” – o trafico trans-atlantico de escravos. Um reencontro nao apenas de duas pessoas que apenas por acaso se encontraram uma vez, mas tambem de uma Africana descendente do Reino do Kongo e uma Afro-Americana supostamente “descendente de escravos”…

Julgo que nesses encontros e reencontros viajamos ambas nas asas do mesmo Sankofa!


Ha’ episodios de vida que nao acontecem todos os dias, nem em as todas as vidas, pelo que se tornam dignos de registo…
Como o que aconteceu nos ultimos tres dias, desde que, por mero acaso, passou-me pelos olhos no meu ‘news feed’ (e creio que nao estarei a exagerar se suposer que apenas vejo menos de 10% do que por ai aparece) um post da Cassandra Wilson sobre um debate que ela vinha tendo com uma sua seguidora aqui no FB sobre as comparacoes entre a pratica da escravatura no periodo pre-colonial e o comercio transatlantico de escravos.
Perante um tema que, desde que criei este blog, tem ocupado tanto do meu tempo, energia e emocoes, imediatamente fui a pagina dela, onde acabei por participar e por partilhar estes posts:


Ela fez um ‘like’ em todos os meus comentarios e sobre o primeiro dos posts, do qual ela adaptou o texto da Carta do Rei do Kongo e publicou ontem como um post ‘stand alone’ na sua pagina, escreveu isto:

Cassandra Wilson: Thank you so much for this letter, Ana Koluki. Brilliant!
Yesterday at 4:53pm · 

Ana Koluki You are welcome! Just doing my part.
23 hours ago .

[Podera’ ver a transcricao das partes relevantes do debate aqui]

Bom, para quem tenha lido o que eu aqui escrevi ha' cinco anos (!) sobre o show dela que fui ver aqui em Londres, podera’ imaginar o que foi para mim ter este contacto com ela – e, by the way, ela tambem fez um post agradecendo a Angola por a ter convidado a participar no recente Luanda Jazz Fest, no qual eu tambem fiz um comentario agradecendo-lhe apesar de nao poder ter la’ estado…

Mas nao foi apenas o ter podido ter esse contacto: o que para mim torna este episodio tao especial e’ o tema a volta do qual nos “reencontramos” – o trafico trans-atlantico de escravos. Um reencontro nao apenas de duas pessoas que apenas por acaso se encontraram uma vez, mas tambem de uma Africana descendente do Reino do Kongo e uma Afro-Americana supostamente “descendente de escravos”…

Julgo que nesses encontros e reencontros viajamos ambas nas asas do mesmo Sankofa!

Makas de Facebook (2)


Caros Amigos,

Este poster "cor de rosa" foi por mim postado no Da Kappo ha' dois dias. No entanto, depois de o postar a primeira vez ele nao apareceu na "primeira pagina", mas apenas no news feed... Fiz varias outras tentativas ate' que a dada altura apenas eu o podia ver no Wall... Ate' que hoje, depois de ontem o ter partilhado a partir desta pagina, aconteceu o "milagre da roseira": esta' plenamente visivel!...



Entretanto…
P.S.: Esta mensagem postei-a ontem para o publico - como o faco com tudo o que aqui posto, mas apenas eu a posso ver  no meu mural... Por isso decidi transpo-la para uma nota com tags aos amigos que fizeram um 'like' na primeira vez que a postei.

[Ver Comentarios AQUI]

Caros Amigos,

Este poster "cor de rosa" foi por mim postado no
Da Kappo ha' dois dias. No entanto, depois de o postar a primeira vez ele nao apareceu na "primeira pagina", mas apenas no news feed... Fiz varias outras tentativas ate' que a dada altura apenas eu o podia ver no Wall... Ate' que hoje, depois de ontem o ter partilhado a partir desta pagina, aconteceu o "milagre da roseira": esta' plenamente visivel!...



Entretanto…
P.S.: Esta mensagem postei-a ontem para o publico - como o faco com tudo o que aqui posto, mas apenas eu a posso ver  no meu mural... Por isso decidi transpo-la para uma nota com tags aos amigos que fizeram um 'like' na primeira vez que a postei.

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Makas de Facebook (1)

NOTIFICACOES QUE RECEBI DO FACEBOOK SOBRE "HACKING" DA MINHA PAGINA
[N.B.: Apenas desde o principio deste mes!...]

FacebookInbox Facebook login from an unrecognized device - from an unrecognized device on Thursday, August 23, 2012 at 1:38pm.
Facebook (3)Inbox Facebook login from an unrecognized device - from an unrecognized device on Wednesday, August 22, 2012 at 6:12pm.
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y, August 21, 2012 at 7:31pm.
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Friday 17 August 2012

RECUERDOS


...Encontrei-o ha' dias num velho album de antigos 45RPMs da minha mae. Nao sabia sequer que ainda existia, mas aqui esta' - o primeiro disco do Duo Tchissossi...


FACE A - ONANGA YA PAPAI (Tradicional Arr. Duo Tchissossi)
FACE B - OMBANDJALE (Letra: Lino Vieira/Musica: Manuel Victoria Pereira)


Colaboraram:

Alexandre Gourgel (pifaro, palmas)
Bigo' (Flauta de argolas)
Filipe Zau (Voz, palmas, percussao)
Paula Santana (Vozes femininas)

Arranjos instrumentais de Filipe Zau
Gravado nos Estudios da Radio Nacional de Angola
Captacao de Ferreira Marques
Capa de Manuel V. Pereira

Dedicatoria:

"Palucha: Se for intocavel, garanto que nao e' inquebravel"
Manel (Victoria Pereira), 29/6/84


...Encontrei-o ha' dias num velho album de antigos 45RPMs da minha mae. Nao sabia sequer que ainda existia, mas aqui esta' - o primeiro disco do Duo Tchissossi...


FACE A - ONANGA YA PAPAI (Tradicional Arr. Duo Tchissossi)
FACE B - OMBANDJALE (Letra: Lino Vieira/Musica: Manuel Victoria Pereira)


Colaboraram:

Alexandre Gourgel (pifaro, palmas)
Bigo' (Flauta de argolas)
Filipe Zau (Voz, palmas, percussao)
Paula Santana (Vozes femininas)

Arranjos instrumentais de Filipe Zau
Gravado nos Estudios da Radio Nacional de Angola
Captacao de Ferreira Marques
Capa de Manuel V. Pereira

Dedicatoria:

"Palucha: Se for intocavel, garanto que nao e' inquebravel"
Manel (Victoria Pereira), 29/6/84

Tuesday 14 August 2012

Tipico de "Comuna"!...



VOLTANDO A ESTA CITACAO DE SARAMAGO


(que postei inicialmente no Facebook no passado Sabado)

Devo, em abono da verdade, dizer o seguinte:

Embora nao retire o “tipico de comuna” que lhe apliquei, nao posso deixar de admitir que, para mim, “ha’ comunas e… comunas”!

Ou seja, ha’ aqueles que, como Saramago e em geral os da sua geracao, vieram de ‘backgrounds’ verdadeiramente humildes (geralmente categorizados no jargao comunista como o “proletariado”) que a...

doptaram os principios da ideologia comunista com a integridade, honestidade e humildade proprias do seu ‘background’, particularmente no que a certos principios etico-morais diz respeito.

Ha’ outros, no entanto, geralmente de geracoes mais novas que a do Saramago, provindos das chamadas, no mesmo jargao comunista, pequena, media e alta burguesias (sobretudo nas ex-colonias como Angola) de quem ja’ nem sempre se pode dizer o mesmo – geralmente por terem proclamado ter feito o “suicidio de classe” para fazerem parte da “vanguarda revolucionaria”, mas logo em seguida, ou passado nao muito tempo, “ressuscitado”, pautando por isso a sua conduta com toda a sorte de incongruencias, inconsistencias e contradicoes, geralmente categorizadas, ainda no mesmo jargao, como “desonestidade intelectual”. Sendo que a gravidade dos seus desvios comportamentais torna-se tanto mais danosa quanto, estando geralmente mais distanciados que as geracoes anteriores das doutrinas religiosas que obrigam ao “penitenciamento” pelos pecados cometidos, estao igualmente longe de praticar a “critica e auto-critica” que a sua ideologia lhes prescreve…

Sao estes ultimos que “arrancam” de mim o tipo de comentarios “dirigidos” que fiz a esse post no Sabado passado!... Dos quais… NAO ME PENITENCIO!
[...]

SARAMAGO
(RECIDIVUS)

Nao que eu nao deseje Paz a Alma de Saramago, mas... ainda nao e' desta que deixo em paz essa sua citacao - com ou sem o beneficio da duvida...

Em sociedades fundadas na Religiao Catolica Apostolica Romana, como a Portuguesa e a Angolana, todas as formas de sexualidade nao sancionadas pela Igreja (i.e. nao “santificadas” pelo casamento) sao consideradas “pecaminosas” e, consequentemente, “proscritas” e quem nelas incorra, voluntaria ou involuntariamente, e’ culpabilizado. Por isso uma das suas caracteristicas mais marcantes e' a "sexualidade reprimida" que leva a que os seus "fieis" tendam a ver o sexo - ainda que sob as suas formas mais puras e saudaveis - como uma coisa "suja", sobre a qual se tem que exercer "censura" ou passar um "rolo de papel higienico" e a incorrer em varias formas de "perversao sexual", nomeadamente os ataques pornograficos, a violacao sexual, ou a pedofilia!...

Dai a estigmatizacao e exclusao social da “mae solteira” – n.b. nao do “pai solteiro”, nem do “pai casado” do/s filho/s da “mae solteira”!... Dai tambem a diabolizacao das vitimas da pornografia e de outros crimes sexuais ou sexualmente motivados – n.b.: nao dos seus perpetradores, praticantes e/ou observadores!...

Por isso a mae solteira e’ votada ao ostracismo e ao silenciamento: com ela nao se fala, a ela nao se da’ espaco nem voz; com ela so’ se “comunica” publicamente por “sinais codificados” e “mensagens cifradas”, emitidos por detras de “mascaras” e “cortinas de fumo e de ferro”… e caso ela se “atreva” a tentar quebrar esse silencio, arrancar essas mascaras e romper essas cortinas, esta’ sujeita a todos os tipos de violencia por parte de homens e mulheres com o “direito” ‘a existencia normal em sociedade, i.e. “casados” (oficialmente ou nao e mesmo que com varias mulheres) e de “boas familias”!...

Por isso tambem a pornografia e’ praticada na “clandestinidade” e igualmente por detras de mascaras, biombos e cortinas… Se ela fosse tao “bela”, “pura”, “saudavel”, “magnificiente” e “magnanime”, porque que os seus adeptos nao a assumem e praticam abertamente?! Porque tanto a pornografia como a sexualidade fora do casamento estao associadas ‘a culpa que lhes e’ atribuida pela religiao.

Esperar-se-ia que uma ideologia “libertadora” como a comunista viesse “desculpabiliza-las” – assim parece ter pretendido fazer Saramago, ou, dando-lhe o beneficio da duvida, quem quer que tenha escrito essa citacao… Porem, o que se observa na pratica?

Pelo menos na minha experiencia, sao precisamente os “comunas”, ou apenas os ditos “intelectuais de esquerda”, a que me referi nos anteriores comentarios a esta citacao, que mais “sentimentos de culpa” associam quer ‘a pornografia, quer ‘a sexualidade fora do casamento – algo sobre o que aqui (http://koluki.blogspot.co.uk/2010/08/mocambique-reler-samora-pelo-pincel-de.html) me debrucei.

E quando a mae solteira coincide ser vitima de ataques pornograficos por ela publicamente denunciados e ainda por cima negra e nao pertencente ‘as “grandes familias”, o que a espera ?!... “Convem sabermos sempre o que nos espera!...”: o silenciamento, o linchamento publico, a proscricao e a exclusao social, economica e politica em nome de “valores e principios”, enquanto os seus algozes sao “agraciados”, “premiados” e “glorificados”, tanto pelos media, como pelo(s) p(h)oder(es) politico(s) - n.b.: incluindo umas certas "maitresses" ditas "vanguardistas", "feministas", "elevadas", "escritoras", "intelectuais", "etnologas", "antropologas", etc. etc. etc. -, quanto pela Santa Madre Igreja!...




VOLTANDO A ESTA CITACAO DE SARAMAGO


(que postei inicialmente no Facebook no passado Sabado)

Devo, em abono da verdade, dizer o seguinte:

Embora nao retire o “tipico de comuna” que lhe apliquei, nao posso deixar de admitir que, para mim, “ha’ comunas e… comunas”!

Ou seja, ha’ aqueles que, como Saramago e em geral os da sua geracao, vieram de ‘backgrounds’ verdadeiramente humildes (geralmente categorizados no jargao comunista como o “proletariado”) que a...

doptaram os principios da ideologia comunista com a integridade, honestidade e humildade proprias do seu ‘background’, particularmente no que a certos principios etico-morais diz respeito.

Ha’ outros, no entanto, geralmente de geracoes mais novas que a do Saramago, provindos das chamadas, no mesmo jargao comunista, pequena, media e alta burguesias (sobretudo nas ex-colonias como Angola) de quem ja’ nem sempre se pode dizer o mesmo – geralmente por terem proclamado ter feito o “suicidio de classe” para fazerem parte da “vanguarda revolucionaria”, mas logo em seguida, ou passado nao muito tempo, “ressuscitado”, pautando por isso a sua conduta com toda a sorte de incongruencias, inconsistencias e contradicoes, geralmente categorizadas, ainda no mesmo jargao, como “desonestidade intelectual”. Sendo que a gravidade dos seus desvios comportamentais torna-se tanto mais danosa quanto, estando geralmente mais distanciados que as geracoes anteriores das doutrinas religiosas que obrigam ao “penitenciamento” pelos pecados cometidos, estao igualmente longe de praticar a “critica e auto-critica” que a sua ideologia lhes prescreve…

Sao estes ultimos que “arrancam” de mim o tipo de comentarios “dirigidos” que fiz a esse post no Sabado passado!... Dos quais… NAO ME PENITENCIO!
[...]

SARAMAGO
(RECIDIVUS)

Nao que eu nao deseje Paz a Alma de Saramago, mas... ainda nao e' desta que deixo em paz essa sua citacao - com ou sem o beneficio da duvida...

Em sociedades fundadas na Religiao Catolica Apostolica Romana, como a Portuguesa e a Angolana, todas as formas de sexualidade nao sancionadas pela Igreja (i.e. nao “santificadas” pelo casamento) sao consideradas “pecaminosas” e, consequentemente, “proscritas” e quem nelas incorra, voluntaria ou involuntariamente, e’ culpabilizado. Por isso uma das suas caracteristicas mais marcantes e' a "sexualidade reprimida" que leva a que os seus "fieis" tendam a ver o sexo - ainda que sob as suas formas mais puras e saudaveis - como uma coisa "suja", sobre a qual se tem que exercer "censura" ou passar um "rolo de papel higienico" e a incorrer em varias formas de "perversao sexual", nomeadamente os ataques pornograficos, a violacao sexual, ou a pedofilia!...

Dai a estigmatizacao e exclusao social da “mae solteira” – n.b. nao do “pai solteiro”, nem do “pai casado” do/s filho/s da “mae solteira”!... Dai tambem a diabolizacao das vitimas da pornografia e de outros crimes sexuais ou sexualmente motivados – n.b.: nao dos seus perpetradores, praticantes e/ou observadores!...

Por isso a mae solteira e’ votada ao ostracismo e ao silenciamento: com ela nao se fala, a ela nao se da’ espaco nem voz; com ela so’ se “comunica” publicamente por “sinais codificados” e “mensagens cifradas”, emitidos por detras de “mascaras” e “cortinas de fumo e de ferro”… e caso ela se “atreva” a tentar quebrar esse silencio, arrancar essas mascaras e romper essas cortinas, esta’ sujeita a todos os tipos de violencia por parte de homens e mulheres com o “direito” ‘a existencia normal em sociedade, i.e. “casados” (oficialmente ou nao e mesmo que com varias mulheres) e de “boas familias”!...

Por isso tambem a pornografia e’ praticada na “clandestinidade” e igualmente por detras de mascaras, biombos e cortinas… Se ela fosse tao “bela”, “pura”, “saudavel”, “magnificiente” e “magnanime”, porque que os seus adeptos nao a assumem e praticam abertamente?! Porque tanto a pornografia como a sexualidade fora do casamento estao associadas ‘a culpa que lhes e’ atribuida pela religiao.

Esperar-se-ia que uma ideologia “libertadora” como a comunista viesse “desculpabiliza-las” – assim parece ter pretendido fazer Saramago, ou, dando-lhe o beneficio da duvida, quem quer que tenha escrito essa citacao… Porem, o que se observa na pratica?

Pelo menos na minha experiencia, sao precisamente os “comunas”, ou apenas os ditos “intelectuais de esquerda”, a que me referi nos anteriores comentarios a esta citacao, que mais “sentimentos de culpa” associam quer ‘a pornografia, quer ‘a sexualidade fora do casamento – algo sobre o que aqui (http://koluki.blogspot.co.uk/2010/08/mocambique-reler-samora-pelo-pincel-de.html) me debrucei.

E quando a mae solteira coincide ser vitima de ataques pornograficos por ela publicamente denunciados e ainda por cima negra e nao pertencente ‘as “grandes familias”, o que a espera ?!... “Convem sabermos sempre o que nos espera!...”: o silenciamento, o linchamento publico, a proscricao e a exclusao social, economica e politica em nome de “valores e principios”, enquanto os seus algozes sao “agraciados”, “premiados” e “glorificados”, tanto pelos media, como pelo(s) p(h)oder(es) politico(s) - n.b.: incluindo umas certas "maitresses" ditas "vanguardistas", "feministas", "elevadas", "escritoras", "intelectuais", "etnologas", "antropologas", etc. etc. etc. -, quanto pela Santa Madre Igreja!...



Sunday 12 August 2012

Faleceu Kok Nam






(Lembro-me bem dele - acho que uma vez me fotografou - Paz a Sua Alma)

Forwarded from MediaCoop, Maputo
Av. Amílcar Cabral, 1049 * C.P. 73

...
KOK NAM
1939-2012

O nosso amigo e colega Kok Nam, foto-jornalista e também Director do semanário SAVANA, deixou-nos esta madrugada, 11 de Agosto, depois de uma vida repleta de realizações pessoais e profissionais.
Kok Nam, fundou com outros 12 jornalistas o primeiro grupo independente de comunicação social do pós independência de Moçambique em 1992, tendo sido eleito director do semanário SAVANA em 1994, posição que manteve até à data da sua partida.
Nascido na então Lourenço Marques (hoje Maputo), filho de camponeses emigrados da região de Cantão na China, iniciou as suas lides fotográficas aos 17 anos como impressor fotográfico, passando no início da década de 60 para os quadros do Diário de Moçambique e da Voz Africana, publicações progressistas do Episcopado católico da Beira, liderado por D. Sebastião Soares de Resende. Passou também pelo "Notícias da Tarde" e pelo "Notícias", antes de se juntar em 1970 ao núcleo de jornalistas que criou a revista "Tempo", uma publicação inconformista e rebelde, tentando furar as malhas da censura colonial e do Estado Novo português.
Durante o período revolucionário permaneceu na "Tempo", aderindo aos vários movimentos internos de luta contra o controle partidário da informação produzida depois da independência de Moçambique, em 1975. O manuscrito inicial do documento "O Direito do Povo à Informação", exigindo a liberdade de imprensa como um direito constitucional, foi elaborado em sua casa, em Fevereiro de 1990. Um ano depois, rompe com o "status quo" de então e com os seus colegas Naita Ussene, Fernando Manuel e António Elias (já falecido), junta-se ao projecto mediacoop, inicialmente uma cooperativa de jornalistas.
De trato fácil, incrivelmente jovial, cultivando sempre a modéstia e a humildade, os seus colegas e amigos guardam dele um grande sentido de profissionalismo e rigor, a defesa tenaz da integridade e dos princípios. O seu acervo fotográfico, espalhado pelos quatro continentes, é um dos mais importantes bancos de imagem disponíveis sobre Moçambique.
A mediacoop, os seus colegas e amigos estão a programar para segunda-feira, 13 de Agosto, a cerimónia de homenagem póstuma e a cremação do corpo, tendo sido colocado à disposição do público um livro de condolências, na sede da empresa sita na Av. Amílcar Cabral no. 1049, em Maputo.
Kok Nam deixa dois filhos, a Ana Michelle e o Nuno Miguel a quem, neste momento, expressamos os nossos mais profundos sentimentos de afecto e solidariedade.

Maputo, 11 de Agosto de 2012






(Lembro-me bem dele - acho que uma vez me fotografou - Paz a Sua Alma)

Forwarded from MediaCoop, Maputo
Av. Amílcar Cabral, 1049 * C.P. 73

...
KOK NAM
1939-2012

O nosso amigo e colega Kok Nam, foto-jornalista e também Director do semanário SAVANA, deixou-nos esta madrugada, 11 de Agosto, depois de uma vida repleta de realizações pessoais e profissionais.
Kok Nam, fundou com outros 12 jornalistas o primeiro grupo independente de comunicação social do pós independência de Moçambique em 1992, tendo sido eleito director do semanário SAVANA em 1994, posição que manteve até à data da sua partida.
Nascido na então Lourenço Marques (hoje Maputo), filho de camponeses emigrados da região de Cantão na China, iniciou as suas lides fotográficas aos 17 anos como impressor fotográfico, passando no início da década de 60 para os quadros do Diário de Moçambique e da Voz Africana, publicações progressistas do Episcopado católico da Beira, liderado por D. Sebastião Soares de Resende. Passou também pelo "Notícias da Tarde" e pelo "Notícias", antes de se juntar em 1970 ao núcleo de jornalistas que criou a revista "Tempo", uma publicação inconformista e rebelde, tentando furar as malhas da censura colonial e do Estado Novo português.
Durante o período revolucionário permaneceu na "Tempo", aderindo aos vários movimentos internos de luta contra o controle partidário da informação produzida depois da independência de Moçambique, em 1975. O manuscrito inicial do documento "O Direito do Povo à Informação", exigindo a liberdade de imprensa como um direito constitucional, foi elaborado em sua casa, em Fevereiro de 1990. Um ano depois, rompe com o "status quo" de então e com os seus colegas Naita Ussene, Fernando Manuel e António Elias (já falecido), junta-se ao projecto mediacoop, inicialmente uma cooperativa de jornalistas.
De trato fácil, incrivelmente jovial, cultivando sempre a modéstia e a humildade, os seus colegas e amigos guardam dele um grande sentido de profissionalismo e rigor, a defesa tenaz da integridade e dos princípios. O seu acervo fotográfico, espalhado pelos quatro continentes, é um dos mais importantes bancos de imagem disponíveis sobre Moçambique.
A mediacoop, os seus colegas e amigos estão a programar para segunda-feira, 13 de Agosto, a cerimónia de homenagem póstuma e a cremação do corpo, tendo sido colocado à disposição do público um livro de condolências, na sede da empresa sita na Av. Amílcar Cabral no. 1049, em Maputo.
Kok Nam deixa dois filhos, a Ana Michelle e o Nuno Miguel a quem, neste momento, expressamos os nossos mais profundos sentimentos de afecto e solidariedade.

Maputo, 11 de Agosto de 2012

Friday 10 August 2012

A MINHA ‘DECLARACAO DE VOTO’



Como e’ por demais (con)sabido, estou, a varios titulos, “proscrita”…
Desde logo porque nao posso votar nas eleicoes do proximo dia 31 de Agosto.
Por isso, deixo aqui a minha antecipada ‘declaracao de voto de consciencia’:
Nao tenho duvidas (alguem as tera’?) de que o MPLA tem todas as condicoes para voltar a ganhar estas eleicoes.
Porem, e ate’ por isso mesmo, julgo que, em nome da consolidacao da nossa ainda incipiente Democracia, cabe as Angolanas e aos Angolanos tentarem diminuir a maioria do MPLA no Parlamento ao minimo possivel – idealmente a apenas 51%.
Portanto, porque o MPLA tem certamente como garantir pelo menos esses 51%, cabera’ aos eleitores velarem para que a oposicao consiga os outros 49% dos votos.
Garantir a obtencao desse ponto de equilibrio e’ fundamental para o futuro da nossa Democracia: permitiria ao MPLA fazer uma mais do que necessaria, purificadora, “transfusao de sangue” e ‘a oposicao daria uma igualmente mais do que necessaria oportunidade para o fortalecimento e ampliacao da(s) sua(s) voz(es) no Parlamento e noutros centros de decisao.
Assim, se eu pudesse, depositaria o meu voto em qualquer partido ou coligacao da oposicao concorrente a estas eleicoes. Mas, porque o voto de consciencia deve ser tambem e sobretudo um voto patriotico, para que se evite demasiada dispersao de votos que, no limite, podera’ levar ‘a atomizacao da oposicao e, in extremis, ‘a pulverizacao de alguns dos partidos menos expressivos – como, alias, aconteceu nas ultimas eleicoes -, tentaria escolher dentre eles os tres ou quatro com fundacoes mais solidas, maior credibilidade politica e melhores perspectivas de garantir o tao ansiado Futuro Brilhante a todas as Angolanas e Angolanos.

Tenho votado.


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Como e’ por demais (con)sabido, estou, a varios titulos, “proscrita”…
Desde logo porque nao posso votar nas eleicoes do proximo dia 31 de Agosto.
Por isso, deixo aqui a minha antecipada ‘declaracao de voto de consciencia’:
Nao tenho duvidas (alguem as tera’?) de que o MPLA tem todas as condicoes para voltar a ganhar estas eleicoes.
Porem, e ate’ por isso mesmo, julgo que, em nome da consolidacao da nossa ainda incipiente Democracia, cabe as Angolanas e aos Angolanos tentarem diminuir a maioria do MPLA no Parlamento ao minimo possivel – idealmente a apenas 51%.
Portanto, porque o MPLA tem certamente como garantir pelo menos esses 51%, cabera’ aos eleitores velarem para que a oposicao consiga os outros 49% dos votos.
Garantir a obtencao desse ponto de equilibrio e’ fundamental para o futuro da nossa Democracia: permitiria ao MPLA fazer uma mais do que necessaria, purificadora, “transfusao de sangue” e ‘a oposicao daria uma igualmente mais do que necessaria oportunidade para o fortalecimento e ampliacao da(s) sua(s) voz(es) no Parlamento e noutros centros de decisao.
Assim, se eu pudesse, depositaria o meu voto em qualquer partido ou coligacao da oposicao concorrente a estas eleicoes. Mas, porque o voto de consciencia deve ser tambem e sobretudo um voto patriotico, para que se evite demasiada dispersao de votos que, no limite, podera’ levar ‘a atomizacao da oposicao e, in extremis, ‘a pulverizacao de alguns dos partidos menos expressivos – como, alias, aconteceu nas ultimas eleicoes -, tentaria escolher dentre eles os tres ou quatro com fundacoes mais solidas, maior credibilidade politica e melhores perspectivas de garantir o tao ansiado Futuro Brilhante a todas as Angolanas e Angolanos.

Tenho votado.


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Tuesday 7 August 2012

"Leituras do P(h)oder"...

Ou de quando vozes (mais) altas precisam de silenciar outras a golpes de (Aka)martelo para se fazerem ouvir exclusivamente...



"- Nos EUA, ha' um psicologo social que foi catapultado 'a fama nacional e internacional pela sua prestacao no programa da Oprah Winfrey, o Dr. P...hil. Uma frase dele que, ha' muitos anos, registei foi esta: "as pessoas so' engajam persistentemente num comportamento danoso, quando nao criminoso, quando se veem compensadas por isso" ou, dito de outro modo, "quando para elas o crime compensa"!...

Pois bem: desde o inicio desta campanha contra a minha pessoa, eu tenho visto varios, senao todos, os seus principais protagonistas, serem compensados de uma maneira ou de outra: ele e' premios daqui, projeccao mediatica dali, promocao profissional e/ou proteccao institucional dacoli, etc., etc., etc.... E isso sem falar, especialmente no caso mais grave, o de Reginaldo Silva, a.k.a. o "oficial de kampanha", do aumento exponencial da sua "popularidade" - pelo menos no Facebook!...

Sera' que tem a sociedade angolana pura e simplesmente que engolir em seco o "facto" de que os INTOCAVEIS jornalistas angolanos em geral, e Reginaldo Silva em particular, sao os "homens mais poderosos" de Angola?!..." - Aqui


Ou de quando vozes (mais) altas precisam de silenciar outras a golpes de (Aka)martelo para se fazerem ouvir exclusivamente...



"- Nos EUA, ha' um psicologo social que foi catapultado 'a fama nacional e internacional pela sua prestacao no programa da Oprah Winfrey, o Dr. P...hil. Uma frase dele que, ha' muitos anos, registei foi esta: "as pessoas so' engajam persistentemente num comportamento danoso, quando nao criminoso, quando se veem compensadas por isso" ou, dito de outro modo, "quando para elas o crime compensa"!...

Pois bem: desde o inicio desta campanha contra a minha pessoa, eu tenho visto varios, senao todos, os seus principais protagonistas, serem compensados de uma maneira ou de outra: ele e' premios daqui, projeccao mediatica dali, promocao profissional e/ou proteccao institucional dacoli, etc., etc., etc.... E isso sem falar, especialmente no caso mais grave, o de Reginaldo Silva, a.k.a. o "oficial de kampanha", do aumento exponencial da sua "popularidade" - pelo menos no Facebook!...

Sera' que tem a sociedade angolana pura e simplesmente que engolir em seco o "facto" de que os INTOCAVEIS jornalistas angolanos em geral, e Reginaldo Silva em particular, sao os "homens mais poderosos" de Angola?!..." - Aqui


Monday 6 August 2012

Luanda Jazz Fest 2012


 
Com que entao Abdullah Ibrahim (a.k.a. Dollar Brand) no Festival Internacional de Jazz de Luanda!... .... Quem diria?!...
E pensar que fui chamada de ignorante por ter sugerido o nome dele num comentario que
ate' ameacas de morte deu!

"GéGé Belo : o que fazes não tem preço!!!Oh! Kalu Pura então trazer a Luanda a Diana Krall que só toca em Steinway Grand Piano que não existe em Angola. Há mercedes de top e outrs marcas , mas pianos especiais!!! E o Dollar Brand? Já falou com ele? Sabes as históruias dele que implica com tudo e todos? Porque razão não tenta organizar um concerto de Jazz em Luanda para ver o que custra..E já agora uma questão curiosa: conhece os mecanismos da União Europeia? Pergunte a alguém do Ministério do Planeamento. A UE não é um banco. E essa de o nosso Gé Gé utilizar fundos da UE para o Jazz!!! É excelente, devia ir para o Guiness. Não há critérios na UE? E um Agente local a recorrer a fundos da UE para o Jazz!!! Ok! Kalu Oh Kalua...tanta ignorância"...
 [AQUI ]

E... 



... Tambem no Luanda Jazz Fest...

Por acaso - e so' mesmo por acaso - nao a mencionei no tal comentario fatal, mas mencionei-a em conexao com a dita 'ameaca de morte' aqui...


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Com que entao Abdullah Ibrahim (a.k.a. Dollar Brand) no Festival Internacional de Jazz de Luanda!... .... Quem diria?!...
E pensar que fui chamada de ignorante por ter sugerido o nome dele num comentario que
ate' ameacas de morte deu!

"GéGé Belo : o que fazes não tem preço!!!Oh! Kalu Pura então trazer a Luanda a Diana Krall que só toca em Steinway Grand Piano que não existe em Angola. Há mercedes de top e outrs marcas , mas pianos especiais!!! E o Dollar Brand? Já falou com ele? Sabes as históruias dele que implica com tudo e todos? Porque razão não tenta organizar um concerto de Jazz em Luanda para ver o que custra..E já agora uma questão curiosa: conhece os mecanismos da União Europeia? Pergunte a alguém do Ministério do Planeamento. A UE não é um banco. E essa de o nosso Gé Gé utilizar fundos da UE para o Jazz!!! É excelente, devia ir para o Guiness. Não há critérios na UE? E um Agente local a recorrer a fundos da UE para o Jazz!!! Ok! Kalu Oh Kalua...tanta ignorância"...
 [AQUI ]

E... 



... Tambem no Luanda Jazz Fest...

Por acaso - e so' mesmo por acaso - nao a mencionei no tal comentario fatal, mas mencionei-a em conexao com a dita 'ameaca de morte' aqui...


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Sunday 5 August 2012

"Back to Black" on Facebook...




WHATEVER...



...Ou, de "travessias no deserto" por conta de escutas e vigias, ataques pornograficos, limpezas etnicas, linchamentos, cyber-terrorism, cyber-bullying, hacking, sensorship, sabotaging, caldos de peixe, etc., etc., etc.....


... Ou ainda:

QUEM (NAO) VOTA - ou nao pode votar - NA/O BD (ou no PPH) do BBBB?!...

Wednesday 1 August 2012

(mais uma vez...) Gostei de Ler.



Sou um cidadão comum, como qualquer outro. Com convicções, com escolhas, com ideias que me definem como defendendo uma ideologia que é de esquerda. Marxista convicto, educado por duas pessoas, uma de formação claramente progressista e outra católica apostólica romana defensora
da Igreja na perspectiva de João XXIII e de Paulo VI, de ambos os lados me ficaram, com naturalidade,
valores como o humanismo, a solidariedade, o respeito, e a recusa do egoísmo, da maldade humana, e principalmente um certo desconforto pelos que não têm opiniões próprias e autónomas. Andam ao sabor do que os ventos determinam.
Vem isto a propósito de ter tido a satisfação de ler e ouvir, da boca do Presidente da República, um apelo a todos para que a campanha eleitoral decorra com elevação, sem insultos, com o sentido cívico que deve ser peculiar de um momento histórico como este. Na senda do que aqui tinha deixado escrito num texto intitulado “Não vale tudo”.
Daí que, a condição de cidadãos comuns, desemboque, no exercício da nossa profissão, de uma responsabilidade acrescida relativa a outros cidadãos comuns. Particularmente a nós, jornalistas, cronistas, repórteres, que fazemos das palavras uma força poderosa de disseminação de ideias, ideias essas que conduzem a vários tipos de consequência, cabe uma responsabilidade que tem tanto de gratificante como de grave e séria. Uma palavra nossa pode ocasionar, consciente ou inconscientemente, resultados que ninguém mais quer voltem a suceder no nosso País.
De guerras, de armas, de violência – seja ela verbal, física ou emocional estamos todos esgotados. Por isso, e por mais que seja necessário contermo-nos o mais possível, não entrando em agressões de qualquer espécie, até para darmos ao mundo um exemplo de educação, civismo e de alguma maturidade que a nossa História recente nos obriga a ter, torna-se impossível não reafirmar que o insulto barato, grosseiro, ordinário, enfatuado, de uma só aparente e pretensa superioridade moral (que desmorona de imediato, porque não assente em nada sério e justificável) constitui um erro crasso, uma demonstração de falta de respeito, de inexistência de quaisquer princípios morais , e até da ausência de algo básico: a boa educação.
A persistência nesse tipo de discurso, de colegas deste ofício, além de demonstrar uma clara falta de auto-confiança, não se coaduna em absoluto com o que vêm sendo os pressupostos defendidos pelo Chefe de Estado, nas vezes que se vem dirigindo à população.
A diabolização de alguém, cuja opção é distinta da nossa, pode ter efeitos perversos na estratégia de quem escolhe a grosseria, a falta de mínimas regras de uma convivência democrática e pluralista. É o inverso que deve ser feito. Acentuar as diferenças programáticas dos partidos, que são chamados a tentar convencer os eleitores. Persuadir os cidadãos do projecto que entendemos mais coerente, mais sério, a médio e longo prazo, sobre as grandes questões e opções nacionais.
A arrogância, o despudor, a tentative de, a todo o preço baixar o nível do debate, da discussão, não leva ninguém a ser convencido. A consciência tranquila, a transmissão livre e democrática das ideias de cada um, o respeito pelo outro, a explicação simples e lógica dos grandes projectos que cada um defende, são a melhor forma de criticar e “atacar” politicamente os adversários.
Caso contrário, desrespeitamos todo o caminho que nos trouxe até aqui, desrespeitamos todos os que lutaram para que o nosso processo histórico fosse conduzido num determinado sentido, e pior, desrespeitamo-nos a nós próprios, no exercício de uma profissão que deve transmitir a quem nos lê, ouve ou vê, tranquilidade, segurança, confiança, optimismo e crença nos que põem à nossa disposição, várias opções sobre a possibilidade de escolhermos quem queremos para governar.
Tudo o resto são tiros nos pés e a passagem de uma imagem demasiado negativa de quem somos…
Ou então, voltando à educação que cada um teve, como dizia minha velha Mãe, “quem dá o que pode, a mais não é obrigado”…

[in Novo Jornal #236 - 27/07/12]


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N.B.:  Apraz-me sobremaneira registar estas palavras sensatas, por razoes obvias para quem vem seguindo este blog desde o inicio e as minhas paginas no Facebook nos ultimos meses. Um prazer acrescido pelo facto de as ler no jornal onde, tanto quanto me pude aperceber, se desferiram os primeiros golpes contra mim numa bem conhecida campanha mediatica que desde o inicio recorreu ao "vale tudo"!...
E longe se estava ainda da campanha eleitoral - tanto da actual como da anterior.
No entanto, nao posso deixar de colocar as seguintes questoes:
- O Carlos Ferreira fala em deveres e depois "denuncia" o incumprimento generalizado de tais deveres pelos jornalistas. Ora, nao tem a classe jornalistica angolana um "conselho deontologico"? Nao tem a sociedade angolana um "Conselho Nacional para a Comunicacao Social"?
- Porque entao, perante casos como este (o qual, note-se, se tem vindo a agravar descontrolada e perigosamente desde que fiz a denuncia inicial), nenhum desses orgaos se pronuncia - ainda que apenas internamente?
- Porque razao o Presidente da Republica, considerado por "muito boa gente" (alguma da qual directamente envolvida nos e/ou perpetradora dos comportamentos criticados neste artigo...) como um "ditador", nao usa os seus "poderes ditatoriais" para impedir que se jogue o "vale tudo" contra cidadaos comuns e indefesos como eu?! E com a "responsabilidade acrescida" de tais ataques serem feitos em nome de uma "punicao" por alegadamente eu ser "servidora do poder" e "pau mandado de JES"?!...

- E' certo que ha' gente na doente sociedade angolana que tem na massa do sangue o impulso incontrolavel de "puxar faca na briga"... Porem, nao so' eu nao fui "comprar briga" com tal gente, como nao tenho os mesmos meios atacantes que eles teem ao seu dispor!...

- Nos EUA, ha' um psicologo social que foi catapultado a fama nacional e internacional pela sua prestacao no programa da Oprah Winfrey, o Dr. Phil. Uma frase dele que, ha' muitos anos, registei foi esta: "as pessoas so' engajam persistentemente num comportamento danoso, quando nao criminoso, quando se veem compensadas por isso" ou, dito de outro modo, "quando para elas o crime compensa"!...

Pois bem: desde o inicio desta campanha contra a minha pessoa, eu tenho visto varios, senao todos, os seus principais protagonistas, serem compensados de uma maneira ou de outra: ele e' premios daqui, projeccao mediatica dali, promocao profissional e/ou proteccao institucional dacoli, etc., etc., etc.... E isso sem falar, especialmente no caso mais grave, o de Reginaldo Silva, a.k.a. o "oficial de kampanha", do aumento exponencial da sua "popularidade" - pelo menos no Facebook!...

Sera' que tem a sociedade angolana pura e simplesmente que engolir em seco o "facto" de que os INTOCAVEIS jornalistas angolanos em geral, e Reginaldo Silva em particular, sao os "homens mais poderosos" de Angola?!...


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Sou um cidadão comum, como qualquer outro. Com convicções, com escolhas, com ideias que me definem como defendendo uma ideologia que é de esquerda. Marxista convicto, educado por duas pessoas, uma de formação claramente progressista e outra católica apostólica romana defensora
da Igreja na perspectiva de João XXIII e de Paulo VI, de ambos os lados me ficaram, com naturalidade,
valores como o humanismo, a solidariedade, o respeito, e a recusa do egoísmo, da maldade humana, e principalmente um certo desconforto pelos que não têm opiniões próprias e autónomas. Andam ao sabor do que os ventos determinam.
Vem isto a propósito de ter tido a satisfação de ler e ouvir, da boca do Presidente da República, um apelo a todos para que a campanha eleitoral decorra com elevação, sem insultos, com o sentido cívico que deve ser peculiar de um momento histórico como este. Na senda do que aqui tinha deixado escrito num texto intitulado “Não vale tudo”.
Daí que, a condição de cidadãos comuns, desemboque, no exercício da nossa profissão, de uma responsabilidade acrescida relativa a outros cidadãos comuns. Particularmente a nós, jornalistas, cronistas, repórteres, que fazemos das palavras uma força poderosa de disseminação de ideias, ideias essas que conduzem a vários tipos de consequência, cabe uma responsabilidade que tem tanto de gratificante como de grave e séria. Uma palavra nossa pode ocasionar, consciente ou inconscientemente, resultados que ninguém mais quer voltem a suceder no nosso País.
De guerras, de armas, de violência – seja ela verbal, física ou emocional estamos todos esgotados. Por isso, e por mais que seja necessário contermo-nos o mais possível, não entrando em agressões de qualquer espécie, até para darmos ao mundo um exemplo de educação, civismo e de alguma maturidade que a nossa História recente nos obriga a ter, torna-se impossível não reafirmar que o insulto barato, grosseiro, ordinário, enfatuado, de uma só aparente e pretensa superioridade moral (que desmorona de imediato, porque não assente em nada sério e justificável) constitui um erro crasso, uma demonstração de falta de respeito, de inexistência de quaisquer princípios morais , e até da ausência de algo básico: a boa educação.
A persistência nesse tipo de discurso, de colegas deste ofício, além de demonstrar uma clara falta de auto-confiança, não se coaduna em absoluto com o que vêm sendo os pressupostos defendidos pelo Chefe de Estado, nas vezes que se vem dirigindo à população.
A diabolização de alguém, cuja opção é distinta da nossa, pode ter efeitos perversos na estratégia de quem escolhe a grosseria, a falta de mínimas regras de uma convivência democrática e pluralista. É o inverso que deve ser feito. Acentuar as diferenças programáticas dos partidos, que são chamados a tentar convencer os eleitores. Persuadir os cidadãos do projecto que entendemos mais coerente, mais sério, a médio e longo prazo, sobre as grandes questões e opções nacionais.
A arrogância, o despudor, a tentative de, a todo o preço baixar o nível do debate, da discussão, não leva ninguém a ser convencido. A consciência tranquila, a transmissão livre e democrática das ideias de cada um, o respeito pelo outro, a explicação simples e lógica dos grandes projectos que cada um defende, são a melhor forma de criticar e “atacar” politicamente os adversários.
Caso contrário, desrespeitamos todo o caminho que nos trouxe até aqui, desrespeitamos todos os que lutaram para que o nosso processo histórico fosse conduzido num determinado sentido, e pior, desrespeitamo-nos a nós próprios, no exercício de uma profissão que deve transmitir a quem nos lê, ouve ou vê, tranquilidade, segurança, confiança, optimismo e crença nos que põem à nossa disposição, várias opções sobre a possibilidade de escolhermos quem queremos para governar.
Tudo o resto são tiros nos pés e a passagem de uma imagem demasiado negativa de quem somos…
Ou então, voltando à educação que cada um teve, como dizia minha velha Mãe, “quem dá o que pode, a mais não é obrigado”…

[in Novo Jornal #236 - 27/07/12]


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N.B.:  Apraz-me sobremaneira registar estas palavras sensatas, por razoes obvias para quem vem seguindo este blog desde o inicio e as minhas paginas no Facebook nos ultimos meses. Um prazer acrescido pelo facto de as ler no jornal onde, tanto quanto me pude aperceber, se desferiram os primeiros golpes contra mim numa bem conhecida campanha mediatica que desde o inicio recorreu ao "vale tudo"!...
E longe se estava ainda da campanha eleitoral - tanto da actual como da anterior.
No entanto, nao posso deixar de colocar as seguintes questoes:
- O Carlos Ferreira fala em deveres e depois "denuncia" o incumprimento generalizado de tais deveres pelos jornalistas. Ora, nao tem a classe jornalistica angolana um "conselho deontologico"? Nao tem a sociedade angolana um "Conselho Nacional para a Comunicacao Social"?
- Porque entao, perante casos como este (o qual, note-se, se tem vindo a agravar descontrolada e perigosamente desde que fiz a denuncia inicial), nenhum desses orgaos se pronuncia - ainda que apenas internamente?
- Porque razao o Presidente da Republica, considerado por "muito boa gente" (alguma da qual directamente envolvida nos e/ou perpetradora dos comportamentos criticados neste artigo...) como um "ditador", nao usa os seus "poderes ditatoriais" para impedir que se jogue o "vale tudo" contra cidadaos comuns e indefesos como eu?! E com a "responsabilidade acrescida" de tais ataques serem feitos em nome de uma "punicao" por alegadamente eu ser "servidora do poder" e "pau mandado de JES"?!...

- E' certo que ha' gente na doente sociedade angolana que tem na massa do sangue o impulso incontrolavel de "puxar faca na briga"... Porem, nao so' eu nao fui "comprar briga" com tal gente, como nao tenho os mesmos meios atacantes que eles teem ao seu dispor!...

- Nos EUA, ha' um psicologo social que foi catapultado a fama nacional e internacional pela sua prestacao no programa da Oprah Winfrey, o Dr. Phil. Uma frase dele que, ha' muitos anos, registei foi esta: "as pessoas so' engajam persistentemente num comportamento danoso, quando nao criminoso, quando se veem compensadas por isso" ou, dito de outro modo, "quando para elas o crime compensa"!...

Pois bem: desde o inicio desta campanha contra a minha pessoa, eu tenho visto varios, senao todos, os seus principais protagonistas, serem compensados de uma maneira ou de outra: ele e' premios daqui, projeccao mediatica dali, promocao profissional e/ou proteccao institucional dacoli, etc., etc., etc.... E isso sem falar, especialmente no caso mais grave, o de Reginaldo Silva, a.k.a. o "oficial de kampanha", do aumento exponencial da sua "popularidade" - pelo menos no Facebook!...

Sera' que tem a sociedade angolana pura e simplesmente que engolir em seco o "facto" de que os INTOCAVEIS jornalistas angolanos em geral, e Reginaldo Silva em particular, sao os "homens mais poderosos" de Angola?!...


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