Saturday, 25 August 2012

ECOS D'A… ONDE?... [*]



[COMENTARIO (…mudo…) AO DISCURSO DO PRESIDENTE DO BD, JUSTINO PINTO DE ANDRADE, EM CONFERENCIA DE IMPRENSA EM LUANDA A 15.08.2012]

[...]

17. Sabemos que entre os partidos políticos concorrentes nenhum se confunde verdadeiramente com os valores e ideais do Bloco Democrático. Mas é possível estabelecermos linhas de cooperação para tirarmos a democracia do atoleiro em que se encontra.

18. A democracia não se faz com iguais. A democracia faz-se com diferentes, desde que estejamos todos animados pelo mesmo espírito.

19. Por isso, o Bloco Democrático apresentou ao PRS, a UNITA, e a CASA-CE uma Proposta de Acordo de Incidência Parlamentar, com vista a acelerarmos o processo de transformação democrática no nosso país. Convidamos igualmente a FNLA Ngola Kabangu, o PP e o PDP-ANA a apoiarem connosco essa proposta. Tivemos encontros, por nossa iniciativa, e obtivemos alguma receptividade. Julgamos, pois, ser possível cooperar com todos os que concordarem com este princípio de unidade para a mudança.

“No entanto, o que me parece faltar acima de tudo entre os "protagonistas" (... e, embora sendo "pintada" como tal eu nao me incluo entre eles!...) e' vontade e, em alguns casos, capacidade de comunicacao. Nao pode haver um "entendimento comum" sobre o que e' a "verdadeira democracia" e qual o "melhor metodo ou via" para se a obter dadas as circunstancias concretas e reais quer do "poder", quer da "oposicao", sem dialogo, troca de ideias, concertacao de opinioes diversas e, acima de tudo RESPEITO PELO OUTRO! Sim, estou por exigir DIGNIDADE COM DIGNIDADE nao apenas do poder politico, mas tambem, e sobretudo, dos meus concidadaos a quem nunca considerei inferiores a mim - antes pelo contrario, sempre tratei como irmaos!...”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/assumindo.html]

20. A nossa Proposta de Acordo incide em 7 pontos fundamentais, que passamos a resumir e que distribuiremos à comunicação social, tão-logo esta Conferência de Imprensa termine. Os nossos eventuais parceiros já a possuem.

21. Queremos também assinalar que seria vantajoso para todos eles estabelecerem, o quanto antes, uma plataforma de entendimento, para aumentar o grau de confiança por parte do eleitorado.

Nao tenho duvidas (alguem as tera’?) de que o MPLA tem todas as condicoes para voltar a ganhar estas eleicoes.
Porem, e ate’ por isso mesmo, julgo que, em nome da consolidacao da nossa ainda incipiente Democracia, cabe as Angolanas e aos Angolanos tentarem diminuir a maioria do MPLA no Parlamento ao minimo possivel – idealmente a apenas 51%.
Portanto, porque o MPLA tem certamente como garantir pelo menos esses 51%, cabera’ aos eleitores velarem para que a oposicao consiga os outros 49% dos votos.
Garantir a obtencao desse ponto de equilibrio e’ fundamental para o futuro da nossa Democracia: permitiria ao MPLA fazer uma mais do que necessaria, purificadora, “transfusao de sangue” e ‘a oposicao daria uma igualmente mais do que necessaria oportunidade para o fortalecimento e ampliacao da(s) sua(s) voz(es) no Parlamento e noutros centros de decisao.
(...)
Assim, se eu pudesse, depositaria o meu voto em qualquer partido ou coligacao da oposicao concorrente a estas eleicoes. Mas, porque o voto de consciencia deve ser tambem e sobretudo um voto patriotico, para que se evite demasiada dispersao de votos que, no limite, podera’ levar ‘a atomizacao da oposicao e, in extremis, ‘a pulverizacao de alguns dos partidos menos expressivos – como, alias, aconteceu nas ultimas eleicoes -, tentaria escolher dentre eles os tres ou quatro com fundacoes mais solidas, maior credibilidade politica e melhores perspectivas de garantir o tao ansiado Futuro Brilhante a todas as Angolanas e Angolanos.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/08/a-minha-declaracao-de-voto.html]

22. Logo que possível, há que rever a actual Constituição e expurgá-la das normas que permitem que se seja Presidente da República e se continue a dirigir um Partido Político. Desconcentrar o excessivo poder que está nas mãos do Presidente da República. Introduzir medidas práticas para uma efectiva separação do poder dos Órgãos do Estado.

“A Assembleia Nacional pode assumir, a todo o tempo, poderes de revisão extraordinária, por deliberação de uma maioria de dois terços dos Deputados em efectividade de funções.”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/07/i-couldnt-disagree-more_31.html]

23. Temos que ser capazes de pôr termo, por via pacífica, à guerra que se trava em Cabinda e agir no sentido de reduzir a tensão que se assiste nas Lundas.

“Cultura – Uma parte, diga-se que minoritaria, dos angolanos foi assimilada, voluntaria ou involuntariamente, a cultura e lingua portuguesas. Mas, precisamente por ser minoritaria, embora contemporaneamente “poderosa”, “elitizante” e “socio-economicamente dominante”, ela nao detem de facto os “fios condutores” da totalidade da vida cultural, social e humana do pais Angola. Ha’ outros “fios condutores” no tecido que (con)forma o pais real, enfim outras sensibilidades que, embora tentem (e, de algum modo, consigam em alguns casos) negociar entre si e acomodar-se umas as outras em nome do um “um so' povo, uma so' nacao”, continuam (e, diga-se, legitimamente) a ansiar pela sua “validacao”, ou, dito de outro modo, pela legitimacao das suas respectivas “identidades e etnicidades” proprias como parte de um todo diverso, mas que se pretende harmonioso, depois de uma guerra fratricida de cerca de tres decadas, que teve em grande medida na sua base tais anseios e reivindicacoes (veja-se, por exemplo, o caso das Lundas aqui e aqui, ou o de Cabinda, aqui). Trata-se de facto real, indesmentivel, incontornavel e insofismavel, nao de mito, nem de ficcao literaria!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

24. Um país democrático não pode continuar a ter presos políticos. Devemos deixar de funcionar como desestabilizadores de outros países africanos, próximos de nós ou afastados.

E abro aqui um parentesis para sugerir o seguinte: imagine-se que apenas uma infima fraccao dos verdadeiros "balurdios" de dinheiro publico usados pela Sonangol em investimentos em Portugal, fosse aplicada no financiamento de investimentos produtivos trabalho-intensivos que criassem emprego nas regioes fronteiricas, tanto em Angola, como nos paises vizinhos. Nao seriam tais investimentos muito mais recomendaveis, louvaveis e ate' rentaveis sob todos os pontos de vista - desde logo, porque teriam o condao de funcionar como um "travao" aos fluxos migratorios por razoes economicas nessas areas e contribuiriam para o tao propalado "desenvolvimento e independencia economica do continente", para alem de funcionarem como um mecanismo de poupanca dos recursos materiais e financeiros actualmente empregues no patrulhamento das fronteiras e controlo/contencao/repressao dos emigrantes africanos pretendendo entrar em Angola e, em ultima analise, contribuirem de forma substantiva, permanente e duravel para a prosperidade, paz e seguranca regional... - especialmente neste momento em que Angola assume, mais uma vez, a presidencia da SADC?!
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

25. Um Estado de Direito Democrático não pode conviver intimamente com um aparelho de Estado partidarizado.

26. A corrupção mina os fundamentos do Estado Democrático e por isso deve ser combatida de um modo vigoroso. Presentemente, a corrupção faz parte do regime e alimenta-o, dá-lhe vida.

“Essa logica torna-se mais complexa ainda quando o poder politico (que aqui se confunde com o estado, ou nao estivessemos em presenca de um "partido-estado" no poder...) se julga e se comporta como "proprietario", nao so' do pais e de todos os seus recursos e riquezas, como tambem de "todo o mundo" que nasceu, cresceu ou viveu sob 'a sua bandeira' (embora se permita votar ao abandono absoluto o 'pioneiro' que pela primeira vez icou tal bandeira!...) , e muito particularmente dos "estudantes bolseiros" que, implicita e explicitamente, assume que "jamais teriam uma formacao media ou superior" nao fossem as suas (famigeradas porque discricionarias, discriminatorias, mal geridas, desencaminhadas, desviadas e, por entre doses de manipulacao, humilhacao e chantagem politica e emocional q.b., em muitos casos, pouco mais do que, a varios titulos, destrutivas!) "bolsas de estudo"... enquanto "os que ficaram" tudo fazem para os estigmatizar e discriminar relativamente a auto-proclamada e novo-enriquecida "prata da casa"!...
Uma logica que, claramente, nao ve o estado (e o partido politico que o detem/sustenta) como "pessoa de bem" para todos e nao apenas para alguns - os "da sua familia, compadrio, confianca, amizade, militancia e/ou conveniencia" - certamente nao para aquela/es que tiveram a veleidade e o "atrevimento politico" de se expressarem e manifestarem a favor da paz "quando nao deviam"!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/07/angola-when-increasing-wealth-doesnt.html]

27. Temos a mais profunda convicção de que só seremos verdadeiramente desenvolvidos e competitivos quando formos bem educados e saudáveis. Daí que apontemos para a aplicação de investimentos massivos e criteriosos nestas duas áreas da vida nacional. Temos que ter coragem de investir forte e bem.

First posted 24/10/08 - "Repostado" em referencia a recente visita de Krugman a Angola, onde uma das suas afirmacoes mais destacadas tera' sido "Um país com carências na saúde e na educação não pode ser desenvolvido". Esse lembrete fez-me revisitar este artigo, onde uma das respostas que dou a pergunta "que fazer?" e' a atribuicao das maiores fatias do orcamento a Saude e a Educacao.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2008/10/paul-krugman-economista-academico.html]

10.Apoio ao desenvolvimento do sistema de Educação a todos os níveis de ensino, com particular ênfase na remuneração dos professores, construção de escolas, criação de bibliotecas, laboratórios, salas de computadores, acesso à Internet, ensino do Inglês, Matemática, Ciências Exactas, Informática, Desporto e Educação Física e Sexual e criação de mecanismos de apoio à
promoção das Línguas Nacionais – 15%
11.Apoio ao desenvolvimento do sistema nacional de Saúde e da rede hospitalar, incluindo a contínua formação e retenção de médicos e técnicos de saúde, prestando particular atenção às
doenças do foro psíquico e ao combate a grandes endemias como o HIV-SIDA, Hepatite,
Malária e Tuberculose – 15%
[AQUI: https://docs.google.com/document/preview?id=1k7vVTUbnxTl_2IREC054gkPNOAzuaHiAd8LbmBx4Y2s&pli=1]

28. Se não potenciarmos as infra-estruturas de água e energia, assim como a habitação, nunca teremos um desenvolvimento sustentável.

“Integrating the poverty reduction dimension in shared watercourses management”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/08/sadc-poverty-reduction-shared.html]

29. Queremos que a Nação discuta abertamente os seus problemas mais profundos. Só ultrapassaremos as dificuldades que temos, se encontramos mecanismos de participação popular efectiva. Esta é mais uma das nossas propostas de incidência parlamentar.

(…) Essa reelaboracao possibilitaria, no interior do pais, o exercicio de uma pratica politica quotidianamente democratica, que concederia aos cidadaos o controlo de todo o sistema de actividades que constituem a nossa base civilizacional e facilitaria o tao ansiado regresso a Patria de tantos de nos que pugnamos por uma organizacao social eficiente e por um relacionamento entre os individuos onde o comportamento social digno e honesto ou o respeito pela liberdade, individualidade e direito a diferenca do outro, sao valores a cumprir escrupulosamente, e temos dificuldade em adaptarmo-nos a uma ordem social onde, ao interesse do cidadao nacional se sobrepoe amiude o poder economico ou o prestigio social que, quantas vezes injustificada e injustamente, sao concedidos ao cidadao estrangeiro; onde aos direitos do individuo se sobrepoe o poder discricionario de um estado cujas instituicoes raramente funcionam sem que tambem funcionem os esquemas da corrupcao mais ou menos generalizada; onde ‘a dignidade dos grandes valores, se sobrepoe, voluntaria ou involuntariamente, a “nomenclatura” das “grandes familias”.
 [AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/rousseau-300.html ]


*[Ou... O BD agora, depois de proscrito, tentando "dar uma" de BIG BROTHER da Oposicao legitimada pelo TC!... De facto, nisso, credenciais, conhecimento, sabedoria, traquejo, experiencia, etc. etc. etc. e' o que nao lhes falta!...]


[COMENTARIO (…mudo…) AO DISCURSO DO PRESIDENTE DO BD, JUSTINO PINTO DE ANDRADE, EM CONFERENCIA DE IMPRENSA EM LUANDA A 15.08.2012]

[...]

17. Sabemos que entre os partidos políticos concorrentes nenhum se confunde verdadeiramente com os valores e ideais do Bloco Democrático. Mas é possível estabelecermos linhas de cooperação para tirarmos a democracia do atoleiro em que se encontra.

18. A democracia não se faz com iguais. A democracia faz-se com diferentes, desde que estejamos todos animados pelo mesmo espírito.

19. Por isso, o Bloco Democrático apresentou ao PRS, a UNITA, e a CASA-CE uma Proposta de Acordo de Incidência Parlamentar, com vista a acelerarmos o processo de transformação democrática no nosso país. Convidamos igualmente a FNLA Ngola Kabangu, o PP e o PDP-ANA a apoiarem connosco essa proposta. Tivemos encontros, por nossa iniciativa, e obtivemos alguma receptividade. Julgamos, pois, ser possível cooperar com todos os que concordarem com este princípio de unidade para a mudança.

“No entanto, o que me parece faltar acima de tudo entre os "protagonistas" (... e, embora sendo "pintada" como tal eu nao me incluo entre eles!...) e' vontade e, em alguns casos, capacidade de comunicacao. Nao pode haver um "entendimento comum" sobre o que e' a "verdadeira democracia" e qual o "melhor metodo ou via" para se a obter dadas as circunstancias concretas e reais quer do "poder", quer da "oposicao", sem dialogo, troca de ideias, concertacao de opinioes diversas e, acima de tudo RESPEITO PELO OUTRO! Sim, estou por exigir DIGNIDADE COM DIGNIDADE nao apenas do poder politico, mas tambem, e sobretudo, dos meus concidadaos a quem nunca considerei inferiores a mim - antes pelo contrario, sempre tratei como irmaos!...”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/assumindo.html]

20. A nossa Proposta de Acordo incide em 7 pontos fundamentais, que passamos a resumir e que distribuiremos à comunicação social, tão-logo esta Conferência de Imprensa termine. Os nossos eventuais parceiros já a possuem.

21. Queremos também assinalar que seria vantajoso para todos eles estabelecerem, o quanto antes, uma plataforma de entendimento, para aumentar o grau de confiança por parte do eleitorado.

Nao tenho duvidas (alguem as tera’?) de que o MPLA tem todas as condicoes para voltar a ganhar estas eleicoes.
Porem, e ate’ por isso mesmo, julgo que, em nome da consolidacao da nossa ainda incipiente Democracia, cabe as Angolanas e aos Angolanos tentarem diminuir a maioria do MPLA no Parlamento ao minimo possivel – idealmente a apenas 51%.
Portanto, porque o MPLA tem certamente como garantir pelo menos esses 51%, cabera’ aos eleitores velarem para que a oposicao consiga os outros 49% dos votos.
Garantir a obtencao desse ponto de equilibrio e’ fundamental para o futuro da nossa Democracia: permitiria ao MPLA fazer uma mais do que necessaria, purificadora, “transfusao de sangue” e ‘a oposicao daria uma igualmente mais do que necessaria oportunidade para o fortalecimento e ampliacao da(s) sua(s) voz(es) no Parlamento e noutros centros de decisao.
(...)
Assim, se eu pudesse, depositaria o meu voto em qualquer partido ou coligacao da oposicao concorrente a estas eleicoes. Mas, porque o voto de consciencia deve ser tambem e sobretudo um voto patriotico, para que se evite demasiada dispersao de votos que, no limite, podera’ levar ‘a atomizacao da oposicao e, in extremis, ‘a pulverizacao de alguns dos partidos menos expressivos – como, alias, aconteceu nas ultimas eleicoes -, tentaria escolher dentre eles os tres ou quatro com fundacoes mais solidas, maior credibilidade politica e melhores perspectivas de garantir o tao ansiado Futuro Brilhante a todas as Angolanas e Angolanos.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/08/a-minha-declaracao-de-voto.html]

22. Logo que possível, há que rever a actual Constituição e expurgá-la das normas que permitem que se seja Presidente da República e se continue a dirigir um Partido Político. Desconcentrar o excessivo poder que está nas mãos do Presidente da República. Introduzir medidas práticas para uma efectiva separação do poder dos Órgãos do Estado.

“A Assembleia Nacional pode assumir, a todo o tempo, poderes de revisão extraordinária, por deliberação de uma maioria de dois terços dos Deputados em efectividade de funções.”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/07/i-couldnt-disagree-more_31.html]

23. Temos que ser capazes de pôr termo, por via pacífica, à guerra que se trava em Cabinda e agir no sentido de reduzir a tensão que se assiste nas Lundas.

“Cultura – Uma parte, diga-se que minoritaria, dos angolanos foi assimilada, voluntaria ou involuntariamente, a cultura e lingua portuguesas. Mas, precisamente por ser minoritaria, embora contemporaneamente “poderosa”, “elitizante” e “socio-economicamente dominante”, ela nao detem de facto os “fios condutores” da totalidade da vida cultural, social e humana do pais Angola. Ha’ outros “fios condutores” no tecido que (con)forma o pais real, enfim outras sensibilidades que, embora tentem (e, de algum modo, consigam em alguns casos) negociar entre si e acomodar-se umas as outras em nome do um “um so' povo, uma so' nacao”, continuam (e, diga-se, legitimamente) a ansiar pela sua “validacao”, ou, dito de outro modo, pela legitimacao das suas respectivas “identidades e etnicidades” proprias como parte de um todo diverso, mas que se pretende harmonioso, depois de uma guerra fratricida de cerca de tres decadas, que teve em grande medida na sua base tais anseios e reivindicacoes (veja-se, por exemplo, o caso das Lundas aqui e aqui, ou o de Cabinda, aqui). Trata-se de facto real, indesmentivel, incontornavel e insofismavel, nao de mito, nem de ficcao literaria!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

24. Um país democrático não pode continuar a ter presos políticos. Devemos deixar de funcionar como desestabilizadores de outros países africanos, próximos de nós ou afastados.

E abro aqui um parentesis para sugerir o seguinte: imagine-se que apenas uma infima fraccao dos verdadeiros "balurdios" de dinheiro publico usados pela Sonangol em investimentos em Portugal, fosse aplicada no financiamento de investimentos produtivos trabalho-intensivos que criassem emprego nas regioes fronteiricas, tanto em Angola, como nos paises vizinhos. Nao seriam tais investimentos muito mais recomendaveis, louvaveis e ate' rentaveis sob todos os pontos de vista - desde logo, porque teriam o condao de funcionar como um "travao" aos fluxos migratorios por razoes economicas nessas areas e contribuiriam para o tao propalado "desenvolvimento e independencia economica do continente", para alem de funcionarem como um mecanismo de poupanca dos recursos materiais e financeiros actualmente empregues no patrulhamento das fronteiras e controlo/contencao/repressao dos emigrantes africanos pretendendo entrar em Angola e, em ultima analise, contribuirem de forma substantiva, permanente e duravel para a prosperidade, paz e seguranca regional... - especialmente neste momento em que Angola assume, mais uma vez, a presidencia da SADC?!
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2009/05/just-poetry-v.html]

25. Um Estado de Direito Democrático não pode conviver intimamente com um aparelho de Estado partidarizado.

26. A corrupção mina os fundamentos do Estado Democrático e por isso deve ser combatida de um modo vigoroso. Presentemente, a corrupção faz parte do regime e alimenta-o, dá-lhe vida.

“Essa logica torna-se mais complexa ainda quando o poder politico (que aqui se confunde com o estado, ou nao estivessemos em presenca de um "partido-estado" no poder...) se julga e se comporta como "proprietario", nao so' do pais e de todos os seus recursos e riquezas, como tambem de "todo o mundo" que nasceu, cresceu ou viveu sob 'a sua bandeira' (embora se permita votar ao abandono absoluto o 'pioneiro' que pela primeira vez icou tal bandeira!...) , e muito particularmente dos "estudantes bolseiros" que, implicita e explicitamente, assume que "jamais teriam uma formacao media ou superior" nao fossem as suas (famigeradas porque discricionarias, discriminatorias, mal geridas, desencaminhadas, desviadas e, por entre doses de manipulacao, humilhacao e chantagem politica e emocional q.b., em muitos casos, pouco mais do que, a varios titulos, destrutivas!) "bolsas de estudo"... enquanto "os que ficaram" tudo fazem para os estigmatizar e discriminar relativamente a auto-proclamada e novo-enriquecida "prata da casa"!...
Uma logica que, claramente, nao ve o estado (e o partido politico que o detem/sustenta) como "pessoa de bem" para todos e nao apenas para alguns - os "da sua familia, compadrio, confianca, amizade, militancia e/ou conveniencia" - certamente nao para aquela/es que tiveram a veleidade e o "atrevimento politico" de se expressarem e manifestarem a favor da paz "quando nao deviam"!”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/07/angola-when-increasing-wealth-doesnt.html]

27. Temos a mais profunda convicção de que só seremos verdadeiramente desenvolvidos e competitivos quando formos bem educados e saudáveis. Daí que apontemos para a aplicação de investimentos massivos e criteriosos nestas duas áreas da vida nacional. Temos que ter coragem de investir forte e bem.

First posted 24/10/08 - "Repostado" em referencia a recente visita de Krugman a Angola, onde uma das suas afirmacoes mais destacadas tera' sido "Um país com carências na saúde e na educação não pode ser desenvolvido". Esse lembrete fez-me revisitar este artigo, onde uma das respostas que dou a pergunta "que fazer?" e' a atribuicao das maiores fatias do orcamento a Saude e a Educacao.
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2008/10/paul-krugman-economista-academico.html]

10.Apoio ao desenvolvimento do sistema de Educação a todos os níveis de ensino, com particular ênfase na remuneração dos professores, construção de escolas, criação de bibliotecas, laboratórios, salas de computadores, acesso à Internet, ensino do Inglês, Matemática, Ciências Exactas, Informática, Desporto e Educação Física e Sexual e criação de mecanismos de apoio à
promoção das Línguas Nacionais – 15%
11.Apoio ao desenvolvimento do sistema nacional de Saúde e da rede hospitalar, incluindo a contínua formação e retenção de médicos e técnicos de saúde, prestando particular atenção às
doenças do foro psíquico e ao combate a grandes endemias como o HIV-SIDA, Hepatite,
Malária e Tuberculose – 15%
[AQUI: https://docs.google.com/document/preview?id=1k7vVTUbnxTl_2IREC054gkPNOAzuaHiAd8LbmBx4Y2s&pli=1]

28. Se não potenciarmos as infra-estruturas de água e energia, assim como a habitação, nunca teremos um desenvolvimento sustentável.

“Integrating the poverty reduction dimension in shared watercourses management”
[AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2011/08/sadc-poverty-reduction-shared.html]

29. Queremos que a Nação discuta abertamente os seus problemas mais profundos. Só ultrapassaremos as dificuldades que temos, se encontramos mecanismos de participação popular efectiva. Esta é mais uma das nossas propostas de incidência parlamentar.

(…) Essa reelaboracao possibilitaria, no interior do pais, o exercicio de uma pratica politica quotidianamente democratica, que concederia aos cidadaos o controlo de todo o sistema de actividades que constituem a nossa base civilizacional e facilitaria o tao ansiado regresso a Patria de tantos de nos que pugnamos por uma organizacao social eficiente e por um relacionamento entre os individuos onde o comportamento social digno e honesto ou o respeito pela liberdade, individualidade e direito a diferenca do outro, sao valores a cumprir escrupulosamente, e temos dificuldade em adaptarmo-nos a uma ordem social onde, ao interesse do cidadao nacional se sobrepoe amiude o poder economico ou o prestigio social que, quantas vezes injustificada e injustamente, sao concedidos ao cidadao estrangeiro; onde aos direitos do individuo se sobrepoe o poder discricionario de um estado cujas instituicoes raramente funcionam sem que tambem funcionem os esquemas da corrupcao mais ou menos generalizada; onde ‘a dignidade dos grandes valores, se sobrepoe, voluntaria ou involuntariamente, a “nomenclatura” das “grandes familias”.
 [AQUI: http://koluki.blogspot.co.uk/2012/06/rousseau-300.html ]


*[Ou... O BD agora, depois de proscrito, tentando "dar uma" de BIG BROTHER da Oposicao legitimada pelo TC!... De facto, nisso, credenciais, conhecimento, sabedoria, traquejo, experiencia, etc. etc. etc. e' o que nao lhes falta!...]

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