Tuesday, 11 October 2011

Muxima…



Ou “O insustentavel peso da liberdade de expressao em Angola”…


[imagem daqui]


2005 – apos 20 anos de residencia fora do “meu pais”, com apenas algumas esporadicas visitas pelo meio e contactos ocasionais com alguns “amigos” e “familiares” entre “os que ficaram”, encontro o “Angonoticias”…

Daqueles 20 anos, metade se haviam passado com um total distanciamento em relacao a “lusofonia” espacial, temporal, linguistica e cultural. Encontrar, entao, um espaco como o “Ango”, foi como encontrar um oasis apos uma longa peregrinacao pelos desertos da vida. Foi tambem como encontrar um rio cheio de agua fresca para matar tanta sede de noticias da terra e tanta vontade de falar de tudo e de mais alguma coisa e reencontrar pessoas, ainda que sob anonimato ou pseudonimo, de quem ha’ muito nada sabiamos, ou de quem ja’ nos esqueceramos, ou de quem nao sabiamos sequer da existencia…

Enfim, o reencontro com o “nosso pais”... “tao solidario”, “tao lindo”, “tao sensivel”, “tao amoroso”, “tao simpatico” e... “tao acolhedor”!

Nao me perdoaria, alias nao o conseguiria, se tivesse resistido a nele participar da unica forma que sei: cortando rente, com abertura, franqueza e frontalidade, com a razao e o coracao (muxima), tentando de algum modo fazer jus e dar substancia aquilo que sempre fora para mim uma causa cara – a liberdade de imprensa, de opiniao e de expressao. Tinha aprendido o seu preco no dia em que fui forcada a abandonar “a agencia”. Achei que valia a pena paga-lo mais uma vez, se nao ja’ como “jornalista”, certamente como “cidada”

Escrevi entao varios comentarios no “Ango”, sob pseudonimo (e.g. Kimpa Vita, Kalu Pura, Tia Indignada e mais um ou dois), entre os quais ESTE, mas… mal sabia eu entao “o que me esperava” ate’ que, com a criacao deste blog, mais uma vez decidi devotar-me 'a causa da liberdade de imprensa, expressao e opiniao como direitos humanos fundamentais e... me vi confrontada com esta, a todos os titulos criminosa, campanha, em que se destacaram “mulheres”, ditas “africanas”, algumas supostamente “intelectuais”, “feministas”, “letradas” e ate’ auto-proclamadas “lideres”!


Resta-me entao apenas reagendar o meu regresso e a minha peregrinacao para um futuro ainda por descortinar e renovar a minha "oracao a Muxima"...



Ou “O insustentavel peso da liberdade de expressao em Angola”…


[imagem daqui]


2005 – apos 20 anos de residencia fora do “meu pais”, com apenas algumas esporadicas visitas pelo meio e contactos ocasionais com alguns “amigos” e “familiares” entre “os que ficaram”, encontro o “Angonoticias”…

Daqueles 20 anos, metade se haviam passado com um total distanciamento em relacao a “lusofonia” espacial, temporal, linguistica e cultural. Encontrar, entao, um espaco como o “Ango”, foi como encontrar um oasis apos uma longa peregrinacao pelos desertos da vida. Foi tambem como encontrar um rio cheio de agua fresca para matar tanta sede de noticias da terra e tanta vontade de falar de tudo e de mais alguma coisa e reencontrar pessoas, ainda que sob anonimato ou pseudonimo, de quem ha’ muito nada sabiamos, ou de quem ja’ nos esqueceramos, ou de quem nao sabiamos sequer da existencia…

Enfim, o reencontro com o “nosso pais”... “tao solidario”, “tao lindo”, “tao sensivel”, “tao amoroso”, “tao simpatico” e... “tao acolhedor”!

Nao me perdoaria, alias nao o conseguiria, se tivesse resistido a nele participar da unica forma que sei: cortando rente, com abertura, franqueza e frontalidade, com a razao e o coracao (muxima), tentando de algum modo fazer jus e dar substancia aquilo que sempre fora para mim uma causa cara – a liberdade de imprensa, de opiniao e de expressao. Tinha aprendido o seu preco no dia em que fui forcada a abandonar “a agencia”. Achei que valia a pena paga-lo mais uma vez, se nao ja’ como “jornalista”, certamente como “cidada”

Escrevi entao varios comentarios no “Ango”, sob pseudonimo (e.g. Kimpa Vita, Kalu Pura, Tia Indignada e mais um ou dois), entre os quais ESTE, mas… mal sabia eu entao “o que me esperava” ate’ que, com a criacao deste blog, mais uma vez decidi devotar-me 'a causa da liberdade de imprensa, expressao e opiniao como direitos humanos fundamentais e... me vi confrontada com esta, a todos os titulos criminosa, campanha, em que se destacaram “mulheres”, ditas “africanas”, algumas supostamente “intelectuais”, “feministas”, “letradas” e ate’ auto-proclamadas “lideres”!


Resta-me entao apenas reagendar o meu regresso e a minha peregrinacao para um futuro ainda por descortinar e renovar a minha "oracao a Muxima"...

2 comments:

Tchinó said...

Koluki, bons tempos aqueles em que no angonotícias debatia-se "civilizadamente", apesar da existência dos que sempre desconversavam. Não tinha a mínima ideia de quem se tratava, ainda bem que a "descobri" aqui neste cantinho e posso continuar a ler da sua pena.
Muito bom trabalho

Koluki said...

E' verdade Tchino', bons tempos aqueles... Mas embora o ambiente por la' se tenha deteriorado, valeu a pena, porque "tudo vale a pena quando a alma nao e' pequena"!
Obrigada por me ter seguido ate' aqui e sinto-me honrada pela sua leitura do que por aqui vou debitando.
Devo confessar que nesse aspecto tenho "inveja" de sites como o "ango" que contam sempre com comentadores, mesmo os que so' aparecem para desconversar... mas fazer mais como se esse e' mesmo "o insustentavel peso da liberdade de expressao em Angola"?

Kandandu!