"This monograph is the first to identify an important
theoretical overlap between Anglo-Saxon and Lusophone postcolonial
theories: the systematic neglect of gender and sexual variables in the
analysis of the marketing of cultural difference in the post colonial
era. Drawing on the theoretical work of Graham Huggan and Boaventura de
Sousa Santos, the author of this study discusses the political
significance of this neglect by focusing on the asymmetrical positions
occupied by two widely acclaimed Lusophone women writers, Paulina
Chiziane of Mozambique and Lídia Jorge of Portugal. The book asks how
these two contemporary writers deal with master narratives such as
Lusofonia, exoticism, capitalism and post colonialism in their novels,
and examines the implications of placing gender and sexual difference at
the heart of the 'post colonial exotic'."
"Esta monografia e’ a primeira a identificar uma importante
coincidencia (ou sobreposicao) conceptual nas teorias pos-coloniais
Anglo-Saxonica e Lusofona: a sistematica negligencia das variaveis
sexuais e de genero na publicitacao das diferencas culturais na era
pos-colonial. Baseando-se no trabalho teorico de Graham Huggan e
Boaventura de Sousa Santos, a autora deste estudo discute o significado
politico dessa negligencia colocando o foco nas posicoes assimetricas
ocupadas por duas bastante aclamadas escritoras Lusofonas, Paulina
Chiziane de Mocambique e Lidia Jorge de Portugal. O livro interroga como
estas duas escritoras contemporaneas lidam nas suas obras com
narrativas matriciais tais como Lusofonia, exotismo, capitalismo e
pos-colonialismo, e examina as implicacoes da colocacao da diferenca
sexual e de genero no centro do ‘exotico pos-colonial’."
Assim reza a introducao a esta monografia inaugural de uma nova serie
patrocinada pela Universidade de Oxford entitulada “Reconfigurando
Identidades no Mundo Lusofono”, sobre a qual aqui postei no inicio desta
semana.
Ocorrem-me as seguintes observacoes:
Este sera’, porventura, o primeiro trabalho de pendor teorico a
debrucar-se sobre tais questoes. Mas nao e’, seguramente, o primeiro
trabalho literario, ensaistico ou opinativo, a faze-lo.
Assumo plena responsabilidade do que (“atrevidamente”) acabo de afirmar:
Todas essas sao questoes com que me venho debatendo desde a minha
juventude e que aparecem reflectidas no meu livro de poesia “Sabores,
Odores & Sonho” e teem sido recorrentes em artigos de opiniao que
venho publicando, especialmente no periodo pos-2002, primeiro no
Semanario Angolense e, nos ultimos seis anos, no meu blog.
Nao tenho estado, portanto, em silencio sobre tais questoes. Bem pelo
contrario: por nelas insistir, tenho pago um preco demasiado alto na
minha vida pessoal, familiar, social e profissional. Esse tem sido o
custo do “nao silencio” para mim.
O "custo do silencio" advem do facto de, sem falsas modestias, se o
meu trabalho e opinioes sobre essas questoes nao fosse sistematicamente
menosprezado, subestimado, subalternizado e, nos extremos, ignorado ou
vilipendiado, talvez agora o credito pelo “pioneirismo” no tratamento
estruturado e sistematizado destas questoes nao estivesse a ser
atribuido a investigadores europeus…
"This monograph is the first to identify an important
theoretical overlap between Anglo-Saxon and Lusophone postcolonial
theories: the systematic neglect of gender and sexual variables in the
analysis of the marketing of cultural difference in the post colonial
era. Drawing on the theoretical work of Graham Huggan and Boaventura de
Sousa Santos, the author of this study discusses the political
significance of this neglect by focusing on the asymmetrical positions
occupied by two widely acclaimed Lusophone women writers, Paulina
Chiziane of Mozambique and Lídia Jorge of Portugal. The book asks how
these two contemporary writers deal with master narratives such as
Lusofonia, exoticism, capitalism and post colonialism in their novels,
and examines the implications of placing gender and sexual difference at
the heart of the 'post colonial exotic'."
"Esta monografia e’ a primeira a identificar uma importante
coincidencia (ou sobreposicao) conceptual nas teorias pos-coloniais
Anglo-Saxonica e Lusofona: a sistematica negligencia das variaveis
sexuais e de genero na publicitacao das diferencas culturais na era
pos-colonial. Baseando-se no trabalho teorico de Graham Huggan e
Boaventura de Sousa Santos, a autora deste estudo discute o significado
politico dessa negligencia colocando o foco nas posicoes assimetricas
ocupadas por duas bastante aclamadas escritoras Lusofonas, Paulina
Chiziane de Mocambique e Lidia Jorge de Portugal. O livro interroga como
estas duas escritoras contemporaneas lidam nas suas obras com
narrativas matriciais tais como Lusofonia, exotismo, capitalismo e
pos-colonialismo, e examina as implicacoes da colocacao da diferenca
sexual e de genero no centro do ‘exotico pos-colonial’."
Assim reza a introducao a esta monografia inaugural de uma nova serie
patrocinada pela Universidade de Oxford entitulada “Reconfigurando
Identidades no Mundo Lusofono”, sobre a qual aqui postei no inicio desta
semana.
Ocorrem-me as seguintes observacoes:
Este sera’, porventura, o primeiro trabalho de pendor teorico a
debrucar-se sobre tais questoes. Mas nao e’, seguramente, o primeiro
trabalho literario, ensaistico ou opinativo, a faze-lo.
Assumo plena responsabilidade do que (“atrevidamente”) acabo de afirmar:
Todas essas sao questoes com que me venho debatendo desde a minha
juventude e que aparecem reflectidas no meu livro de poesia “Sabores,
Odores & Sonho” e teem sido recorrentes em artigos de opiniao que
venho publicando, especialmente no periodo pos-2002, primeiro no
Semanario Angolense e, nos ultimos seis anos, no meu blog.
Nao tenho estado, portanto, em silencio sobre tais questoes. Bem pelo
contrario: por nelas insistir, tenho pago um preco demasiado alto na
minha vida pessoal, familiar, social e profissional. Esse tem sido o
custo do “nao silencio” para mim.
O "custo do silencio" advem do facto de, sem falsas modestias, se o
meu trabalho e opinioes sobre essas questoes nao fosse sistematicamente
menosprezado, subestimado, subalternizado e, nos extremos, ignorado ou
vilipendiado, talvez agora o credito pelo “pioneirismo” no tratamento
estruturado e sistematizado destas questoes nao estivesse a ser
atribuido a investigadores europeus…
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