Sunday 7 October 2012

A MORTE DE MARGARIDA MARANTE




Ainda nao estou refeita do choque.
Ainda nao consegui ter a certeza de que este (nao) e' verdadeiramente "o maior choque da minha vida".

Ela foi uma jornalista que nao creio que alguem que tenha vivido em Portugal antes ou durante o periodo em que la' vivi (1985-1995) nao tenha conhecido como uma Mulher - bonita (talvez o nariz nao fosse, quanto a mim, o seu melhor 'asset', mas o resto compensava...), elegante, extremamente inteligente e perspicaz e, para la' de tudo e de tod@s, uma imagem de probidade, propriedade, sanidade, sobriedade, seriedade e profissionalismo acima de qualquer suspeita, ou como diria o outro, "a prova de balas"!
Maria Elisa?... Manuela Moura Guedes?... Nao, pelo menos nas minhas contas elas nao contavam tanto como a Marante.
E assim ela ficou encapsulada no pequeno ecran da minha memoria ate' 1995 - Uma Grande Respeitavel Senhora Jornalista!

Ate' que, anteontem, aconteceu assim: aos 53 anos, morreu a jornalista Margarida Marante... Imediatamente me senti sensibilizada pela triste noticia e por isso a postei aqui. Apenas por isso: por aquela imagem encapsulada no pequeno ecran da minha memoria desde ha' quase 20 anos. Nunca mais soube nada do que deixei para tras em Portugal desde 1995. Nunca mais quiz saber. Mas a internet (que ainda nao existia na altura) encarrega-se agora de nos impor e de nos meter pelos olhos e pela vida adentro o que queremos e nao queremos saber. E assim soube que ela morreu de um ataque cardiaco...
Ate' ai nada de particularmente extraordinario.

Mas, algo na noticia me deixou com uma pulga atras da orelha: "(...) dramas da sua vida pessoal levaram-na ao abismo"...
Tentei entao saber mais. E... ainda nao estou recuperada do duplo choque!

Uma verdadeira estoria de Bebados, Bufos e Big Brothers!...
Pelo que li ate' agora parece resumir-se assim:

Casou-se pela segunda vez com um "macho dinamico de barba dura" que lhe destruiu completamente o Amor Proprio e a jogou "na sarjeta"... O fulano, tambem jornalista e, por sinal, um "retornado de Angola" cujo sobrenome continua a "possuir" um dos mais emblematicos musseques de Luanda, deixa-a entregue a um criminoso convicto e psicopata obcessivo que ele ajudara a sair da cadeia e de quem se torna "amigo do peito". Este por sua vez, feito seu "protector", aproveita-se da circunstancial vulnerabilidade dela para a envolver num relacionamento intimo com ele, que ela, num momento de lucidez, cedo decide terminar. Ao sentir-se rejeitado por ela, o psicopata arrasta-a para todos os infernos possiveis e imaginarios: espancamentos, violacoes (incluindo com cano de pistola pelo sexo adentro), sequestros, invasoes de domicilio, chantagens, etc. etc. etc.

Ela reage, luta, esperneia, denuncia, pede socorro: NINGUEM A OUVE!

Apesar de continuar a contar com o apoio e a casa do primeiro marido e pai dos seus tres filhos, a familia e os amigos ignoram o seu drama e abandonam-na 'a sua sorte: "proscrita" e "emparedada" entre o alcool e a droga.  E'... feitas as contas 'a vida, parece que tera' sido por aquele mesmo nariz "inoportuno" e por aquela boca "bem falante" que a morte lhe tera' entrado pelo corpo adentro...

Mas antes disso, ela, a grande entrevistadora, da' uma grande entrevista: formada em Direito e com experiencia profissional nessa area, quer voltar a ser quem era, dentro ou fora do pequeno ecran; conseguiu mandar o psicopata de volta para a cadeia de onde nunca devia ter saido; esteve numa clinica de desintoxicacao e conseguiu perder o excesso de peso; tem grandes projectos em maos; sente-se capaz de retomar a sua vida - com a inteligencia, perspicacia, profissionalismo  e competencia que se tornaram a sua 'trademark'. Afecta 'a Opus Dei, diz que so' se deixou envolver com o psicopata por "acreditar na humanidade" e nos "valores e principios da fe' crista" e por estar fragilizada pela relacao brutal que tivera com o tal "macho dinamico de barba dura", com quem gostaria de "nunca se ter encontrado", muito menos "casado". Mas que tudo estava resolvido quanto a ela. Que sempre fora muito discreta e recatada em relacao 'a sua vida privada, mas que tinha precisado de vir a publico denunciar o tormento a que estava sujeita e tambem "confessar os seus pecados".

Queria reclamar de volta o seu DIREITO 'A VIDA!
A Vida nao lhe deu esse Direito...
Foi hoje a enterrar.
 Paz 'a Sua Alma



[Quanto a mim, depois do choque, retomo a minha propria vida e substituo aquela imagem encapsulada no pequeno ecran da minha memoria por esta sua resposta, ha' dois anos, 'a pergunta "Não pensa escrever a sua história?" MM - Não a escrevi até agora, e também não o irei fazer. Hoje em dia toda a gente escreve livros a propósito de tudo e de nada. Tenho muito respeito pelos verdadeiros escritores.]




Ainda nao estou refeita do choque.
Ainda nao consegui ter a certeza de que este (nao) e' verdadeiramente "o maior choque da minha vida".

Ela foi uma jornalista que nao creio que alguem que tenha vivido em Portugal antes ou durante o periodo em que la' vivi (1985-1995) nao tenha conhecido como uma Mulher - bonita (talvez o nariz nao fosse, quanto a mim, o seu melhor 'asset', mas o resto compensava...), elegante, extremamente inteligente e perspicaz e, para la' de tudo e de tod@s, uma imagem de probidade, propriedade, sanidade, sobriedade, seriedade e profissionalismo acima de qualquer suspeita, ou como diria o outro, "a prova de balas"!
Maria Elisa?... Manuela Moura Guedes?... Nao, pelo menos nas minhas contas elas nao contavam tanto como a Marante.
E assim ela ficou encapsulada no pequeno ecran da minha memoria ate' 1995 - Uma Grande Respeitavel Senhora Jornalista!

Ate' que, anteontem, aconteceu assim: aos 53 anos, morreu a jornalista Margarida Marante... Imediatamente me senti sensibilizada pela triste noticia e por isso a postei aqui. Apenas por isso: por aquela imagem encapsulada no pequeno ecran da minha memoria desde ha' quase 20 anos. Nunca mais soube nada do que deixei para tras em Portugal desde 1995. Nunca mais quiz saber. Mas a internet (que ainda nao existia na altura) encarrega-se agora de nos impor e de nos meter pelos olhos e pela vida adentro o que queremos e nao queremos saber. E assim soube que ela morreu de um ataque cardiaco...
Ate' ai nada de particularmente extraordinario.

Mas, algo na noticia me deixou com uma pulga atras da orelha: "(...) dramas da sua vida pessoal levaram-na ao abismo"...
Tentei entao saber mais. E... ainda nao estou recuperada do duplo choque!

Uma verdadeira estoria de Bebados, Bufos e Big Brothers!...
Pelo que li ate' agora parece resumir-se assim:

Casou-se pela segunda vez com um "macho dinamico de barba dura" que lhe destruiu completamente o Amor Proprio e a jogou "na sarjeta"... O fulano, tambem jornalista e, por sinal, um "retornado de Angola" cujo sobrenome continua a "possuir" um dos mais emblematicos musseques de Luanda, deixa-a entregue a um criminoso convicto e psicopata obcessivo que ele ajudara a sair da cadeia e de quem se torna "amigo do peito". Este por sua vez, feito seu "protector", aproveita-se da circunstancial vulnerabilidade dela para a envolver num relacionamento intimo com ele, que ela, num momento de lucidez, cedo decide terminar. Ao sentir-se rejeitado por ela, o psicopata arrasta-a para todos os infernos possiveis e imaginarios: espancamentos, violacoes (incluindo com cano de pistola pelo sexo adentro), sequestros, invasoes de domicilio, chantagens, etc. etc. etc.

Ela reage, luta, esperneia, denuncia, pede socorro: NINGUEM A OUVE!

Apesar de continuar a contar com o apoio e a casa do primeiro marido e pai dos seus tres filhos, a familia e os amigos ignoram o seu drama e abandonam-na 'a sua sorte: "proscrita" e "emparedada" entre o alcool e a droga.  E'... feitas as contas 'a vida, parece que tera' sido por aquele mesmo nariz "inoportuno" e por aquela boca "bem falante" que a morte lhe tera' entrado pelo corpo adentro...

Mas antes disso, ela, a grande entrevistadora, da' uma grande entrevista: formada em Direito e com experiencia profissional nessa area, quer voltar a ser quem era, dentro ou fora do pequeno ecran; conseguiu mandar o psicopata de volta para a cadeia de onde nunca devia ter saido; esteve numa clinica de desintoxicacao e conseguiu perder o excesso de peso; tem grandes projectos em maos; sente-se capaz de retomar a sua vida - com a inteligencia, perspicacia, profissionalismo  e competencia que se tornaram a sua 'trademark'. Afecta 'a Opus Dei, diz que so' se deixou envolver com o psicopata por "acreditar na humanidade" e nos "valores e principios da fe' crista" e por estar fragilizada pela relacao brutal que tivera com o tal "macho dinamico de barba dura", com quem gostaria de "nunca se ter encontrado", muito menos "casado". Mas que tudo estava resolvido quanto a ela. Que sempre fora muito discreta e recatada em relacao 'a sua vida privada, mas que tinha precisado de vir a publico denunciar o tormento a que estava sujeita e tambem "confessar os seus pecados".

Queria reclamar de volta o seu DIREITO 'A VIDA!
A Vida nao lhe deu esse Direito...
Foi hoje a enterrar.
 Paz 'a Sua Alma



[Quanto a mim, depois do choque, retomo a minha propria vida e substituo aquela imagem encapsulada no pequeno ecran da minha memoria por esta sua resposta, ha' dois anos, 'a pergunta "Não pensa escrever a sua história?" MM - Não a escrevi até agora, e também não o irei fazer. Hoje em dia toda a gente escreve livros a propósito de tudo e de nada. Tenho muito respeito pelos verdadeiros escritores.]

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