Nao, nao estou particularmente inclinada a fazer uma (re)incursao pelos muitos e invios “caminhos do mato” dessa Dipanda que ainda e’ (e sera' sempre) mais nova do que eu.
Nem a verter “lagrimas” pelos “sangues derramados” ou “cicatrizes por sarar” – tenho-os sempre “’a mao de semear”.
Nem a deixar-me indulgir em “discursos patrioticos” e muito menos “patrioteiros”.
Nessa vertente, limitar-me-ei a citar um extracto de uma entrevista ao Novo Jornal (ultima edicao dedicada ‘a Independencia, 09/11/12) de Antonio dos Santos Franca, “Ndalu”, actualmente deputado ‘a Assembleia Nacional pelo MPLA e, por altura da independencia, Comandante das FAPLA, tendo entretanto desempenhado, entre outras funcoes, a de Embaixador de Angola nos EUA:
“Valeu a pena, estava em jogo a liberdade dos angolanos. Tomámos as rédeas dos nossos e lutámos para que as gerações futuras não tivessem este trabalho que nós tivemos. Claro que nós não esperamos agradecimentos, mas sim que os jovens sejam mais felizes e façam o melhor para o país. A juventude deve aprender mais sobre o fruto da independência para fazer melhor pelo seu país. Os jovens devem lutar mais para um melhor desenvolvimento do país e devem estudar para serem cada vez mais técnicos. Isto é também uma forma de luta que nós esperamos que vocês façam.”
E faco-o por duas razoes:
i) Algures durante a segunda metade da decada de 70 do seculo passado, viagei com ele e outros dirigentes do MPLA, numa delegacao em missao de servico ‘a Lunda (as Lundas ainda nao tinham sido divididas na altura). Comecamos a viagem de helicoptero a partir de Luanda, mas, por altura da regiao de Catete, o mau tempo fez com que o entao comandante Ndalu decidisse que era melhor voltarmos ‘a base, de onde reiniciamos a viagem por terra, num Land Rover, perfazendo toda a extensao do pais do Mar ao Leste…
Outros tempos; longinquos tempos.
ii) Porque o que, desde tais outros, longinquos tempos, decidi fazer da minha vida foi precisamente, entre outras coisas de igual ou maior monta (incluindo a nao menos importante tarefa de "tentar ser feliz"), “estudar para ser tecnica” para, tanto quanto possivel, servir o desenvolvimento do meu pais. Essa foi a minha “forma de luta” nos anos que se seguiram 'aquela inesquecivel viagem ate' hoje.
E essa luta custou-me, literalmente, todo o esforco, empenho e sacrificio que qualquer ser humano, homem ou mulher, pode dedicar a um ensejo durante o tempo util que tem reservado neste planeta e nas condicoes mais duras possiveis e imaginaveis.
E tudo, efectivamente, apenas para que um belo dia um certo 'bad boy' psicopata, filhinho de papai e de mamae, que mal me conhece de parte alguma e que entende que "tem inteligencia suficiente para pensar pela propria cabeca" pelo que nao precisa de fazer tal "forma de luta", que sempre teve tudo de mao beijada, primeiro pelo estado portugues e depois pelo estado angolano (excepto uns mesitos que passou na cadeia e 'a conta dos quais faz chantagem emocional ad eternum com 'todo o mundo' para obter "popularidade" a qualquer custo) a.k.a. BBBB (e seus acolit@s), nos "trilhos" de uma certa "diva da pornografia nacional" (e seus aficcionad@s), decida, com o apoio mais ou menos aberto ou velado de determinados elementos do "establishment" aos mais varios niveis, que tem "todo o direito e mais algum p(h)oder" para, irresponsavelmente, deitar todo aquele esforco por terra, (en)xafurdar todo aquele empenho na lama e transformar todos aqueles sacrificios numa eterna peregrinacao pelos caminhos tortuosos da "proscricao", da "banicao" e da "indigencia" pura e dura!...
Em nome de que?! Apenas do ciume, inveja, despeito, odio, misoginia, devassidao, depravacao, pornografia, deboche, ganancia, jactancia, vaidade, arrogancia ignorante, complexos, tribalismo e racismo?!
Perante isso e a aparente incapacidade do "sistema" de impedir que esse "espectaculo sordido e macabro" se continue a desenrolar impunemente aos olhos de "todo o mundo", pergunto:
COM QUE PAIS SE SONHOU NAQUELE JA' LONGINQUO 11 DE NOVEMBRO DE 1975?
QUE PAIS TEMOS HOJE EM 2012?
QUE PAIS, QUE ESTADO, QUE NACAO, QUE DEMOCRACIA, QUE SOCIEDADE QUEREMOS LEGAR AOS NOSSOS FILHOS, NETOS E BISNETOS?