Friday, 29 April 2011

No Dia Mundial da Danca: Danca Contemporanea: Outros Curriculos, Outras Performances, Outras Modernidades:




VANIA GALA





"Não sou branca e toda a minha experiência – e mesmo no mundo artístico na sua grande maioria – está relacionada com esses monstros. A cultura dominante no mundo – ou dos palcos dominantes – ainda hoje é a europeia ou do ocidente."

"Estudei uma economia especial. Não a dos números, mas a que está ligada à sociologia, à economia internacional e à relação entre os países. Continua a ser uma área que me interessa e que até está presente nos meus trabalhos."

"Só trabalho com dança contemporânea, mas já experimentei outras vertentes. Já trabalhei com yoga. Na última peça de MiamiLuanda [2008], houve um bailarino de Angola que trouxe passos de kuduro e no próximo trabalho vou colaborar com breakdance. Como venho de uma área de improvisação, isso permite-me experimentar um leque enorme de coisas. Nas aulas estou a dar ballet. Como vejo os alunos a progredir lanço iniciativas para ver como os corpos reagem. Mas não tenho um corpo moldado a uma só técnica. Uso-as todas."






Vânia Gala é angolano-portuguesa. Completa a sua licenciatura em dança em 1999 na E.D.D.C. (European Dance Development Center) - Arnhem. Colabora como intérprete com os Les ballets C. de La B. - Koen Augustijnen e Christine De Smedt, Constanza Macras, Nationale Scene - Bergen, Morten Traavik, Kompani B.Valiente, entre outros.
Automatic Id (AID) trabalho da sua autoria foi apresentado em Portugal, Noruega, Alemanha, Federação Russa, Reino Unido, Angola e Irlanda e foi premiado com "Best Female Performance Award" no Dublin Fringe Festival. O mesmo trabalho foi apresentado no The Place Theater e na Trienal de Luanda, Angola. Em 2007 apresenta performance no Pavilhão Africano na Bienal de Veneza e em 2008 estrearia MiamiLuanda, em coprodução com o Teatro Académico Gil Vicente. MiamiLuanda apresentou-se na Plataforma Portuguesa de Artes Performativas no Espaço do Tempo.
8º10’30” o seu último trabalho foi apresentado no Teatro Académico Gil Vicente e Centro Cultural de Belém.
Desde 2000 que ensina regularmente dança a profissionais, nomeadamente, Prof i – Tanzer training Tanzfabrik, k77 Studios ambos em Berlim, Companhia de Dança de Almada, Gratis D. Trening GDT – Bergen e Oslo, Nairobi Goethe Institute.

Em 2006 inicia o projecto de formação Semana(d)ança em colaboração com o Teatro
Académico de Gil Vicente. Já em 2009 o projecto de formação amplia-se e renova-se com o Corpus lab.

[Mais detalhes aqui]




Sempre quis que a dança fizesse parte da sua vida e nunca teve dúvidas disso. Nem mesmo aos 21 anos, quando decidiu sair de Coimbra e rumar a Lisboa para estudar aquela arte, enquanto já andava entretida com livros de economia.
Conseguiu o primeiro trabalho em Colónia, na Alemanha e já foi notícia no jornal britânico “The Guardian”, mas não se diz surpreendida. Levou espectáculos à Bélgica, Dinamarca, Holanda e Suécia, e foi distinguida como “Melhor Performance Feminina” em Dublin, Irlanda. Os nervos antes de pisar um palco, esses, continuam a acontecer. Lecciona a sua arte a “artistas em potência” – é assim que chama os seus alunos. Nega ser professora, antes oferece aos outros as suas ferramentas do corpo. De raízes luso-angolonas, Vânia Gala é, aos 38 anos, bailarina, coreógrafa e directora artística. Apresentou recentemente em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB), o seu último trabalho: 8º 10’30. Foi por aí que começámos a conversa.

[Aqui]





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VANIA GALA





"Não sou branca e toda a minha experiência – e mesmo no mundo artístico na sua grande maioria – está relacionada com esses monstros. A cultura dominante no mundo – ou dos palcos dominantes – ainda hoje é a europeia ou do ocidente."

"Estudei uma economia especial. Não a dos números, mas a que está ligada à sociologia, à economia internacional e à relação entre os países. Continua a ser uma área que me interessa e que até está presente nos meus trabalhos."

"Só trabalho com dança contemporânea, mas já experimentei outras vertentes. Já trabalhei com yoga. Na última peça de MiamiLuanda [2008], houve um bailarino de Angola que trouxe passos de kuduro e no próximo trabalho vou colaborar com breakdance. Como venho de uma área de improvisação, isso permite-me experimentar um leque enorme de coisas. Nas aulas estou a dar ballet. Como vejo os alunos a progredir lanço iniciativas para ver como os corpos reagem. Mas não tenho um corpo moldado a uma só técnica. Uso-as todas."






Vânia Gala é angolano-portuguesa. Completa a sua licenciatura em dança em 1999 na E.D.D.C. (European Dance Development Center) - Arnhem. Colabora como intérprete com os Les ballets C. de La B. - Koen Augustijnen e Christine De Smedt, Constanza Macras, Nationale Scene - Bergen, Morten Traavik, Kompani B.Valiente, entre outros.
Automatic Id (AID) trabalho da sua autoria foi apresentado em Portugal, Noruega, Alemanha, Federação Russa, Reino Unido, Angola e Irlanda e foi premiado com "Best Female Performance Award" no Dublin Fringe Festival. O mesmo trabalho foi apresentado no The Place Theater e na Trienal de Luanda, Angola. Em 2007 apresenta performance no Pavilhão Africano na Bienal de Veneza e em 2008 estrearia MiamiLuanda, em coprodução com o Teatro Académico Gil Vicente. MiamiLuanda apresentou-se na Plataforma Portuguesa de Artes Performativas no Espaço do Tempo.
8º10’30” o seu último trabalho foi apresentado no Teatro Académico Gil Vicente e Centro Cultural de Belém.
Desde 2000 que ensina regularmente dança a profissionais, nomeadamente, Prof i – Tanzer training Tanzfabrik, k77 Studios ambos em Berlim, Companhia de Dança de Almada, Gratis D. Trening GDT – Bergen e Oslo, Nairobi Goethe Institute.

Em 2006 inicia o projecto de formação Semana(d)ança em colaboração com o Teatro
Académico de Gil Vicente. Já em 2009 o projecto de formação amplia-se e renova-se com o Corpus lab.

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Sempre quis que a dança fizesse parte da sua vida e nunca teve dúvidas disso. Nem mesmo aos 21 anos, quando decidiu sair de Coimbra e rumar a Lisboa para estudar aquela arte, enquanto já andava entretida com livros de economia.
Conseguiu o primeiro trabalho em Colónia, na Alemanha e já foi notícia no jornal britânico “The Guardian”, mas não se diz surpreendida. Levou espectáculos à Bélgica, Dinamarca, Holanda e Suécia, e foi distinguida como “Melhor Performance Feminina” em Dublin, Irlanda. Os nervos antes de pisar um palco, esses, continuam a acontecer. Lecciona a sua arte a “artistas em potência” – é assim que chama os seus alunos. Nega ser professora, antes oferece aos outros as suas ferramentas do corpo. De raízes luso-angolonas, Vânia Gala é, aos 38 anos, bailarina, coreógrafa e directora artística. Apresentou recentemente em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB), o seu último trabalho: 8º 10’30. Foi por aí que começámos a conversa.

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1 comment:

Anonymous said...

Ora aqui está um curriculo de fazer inveja!
Parabéns Vania, Angola precisa de ti!