Monday 24 September 2007

SOLIDARIEDADE COM OS IRMAOS BAHIANOS*

NÃO ACEITAREMOS A PRÓXIMA VÍTIMA

Nós, grupos, entidades e organizações do Movimento Negro do Estado da Bahia vimos a público exigir das instituições democráticas de um modo geral e do Governador do Estado especificamente, a rigorosa apuração dos atos de agressões praticadas por integrantes da Polícia Militar contra cidadãos e cidadãs de comunidades de maioria negra.

A última vítima de ações arbitrárias da PM, o músico do Ilê Aiyê, Agnaldo Pereira da Silva (Guiguiu do Ilê), foi agredido no último domingo, 16 de setembro, no bairro do Nordeste de Amaralina, pelo sargento identificado como Menezes que, após ter arrombado a porta e invadido sua casa, o arrastou para o meio da rua, agredindo-o covardemente, tendo, nesta mesma oportunidade, o aludido policial juntamente com seus comandados, espancado covardemente o comerciante Gilberto dos Santos.

Trata-se de um padrão recorrente praticado contra a parcela que representa a maioria populacional de Salvador, cidade que se beneficia do nosso capital cultural, mas que ainda nos mantém subalternizado. Um modelo racista, que se reflete no sistema de segurança pública que criminaliza e submete toda a população negra em Salvador em especial e, de um modo geral, em toda a Bahia, através de um rigoroso controle baseado em brutalidade, agressões e morte.

Portanto nós, legitimamente reunidos e reunidas, exigimos respeito a nossa histórica participação na construção desta cidade e deste Estado; que nossas vidas não sejam banalizadas; e que nossas instituições não sejam desrespeitadas.

Casos como os que ocorreram no último domingo no Nordeste de Amaralina não são isolados. São um padrão. Esperamos que o GOVERNO DO ESTADO atue de forma a punir exemplarmente os agressores e ao mesmo tempo, que abra um canal de diálogo com o conjunto da sociedade para uma atuação efetiva ao combate à crescente violência em Salvador e na Bahia, mas com ações que respeitem a cidadania e os limites da lei.

Por fim, as entidades aqui signatárias afirmam que reagirão enfaticamente contra qualquer desrespeito aos direitos de cidadania e convocamos toda a sociedade baiana a participar no próximo dia 26 (quarta-feira) , da manifestação contra a violência e a favor da vida, com saída do Largo dos Aflitos, às 15hs.

Comitê Pela Vida e Contra a Violência

ABADFAL, AGANJU, ANAAD, APNS, CEMAG, CORTEJO AFRO, FENACAB, ILÊ AIYÊ, MALÊ DE BALÊ, MUZENZA, OKAMBI, OLODUM, OS NEGÕES, ARCA DO AXÉ, MUNDO NEGRO, MNU, INSTITUTO STEVE BIKO, CEN, IMPACTO SONORO, ASSOCIAÇÃO DO COSME DE FARIAS, CEAFRO, CAMPANHA REAJA OU SERÁ MORTA! REAJA OU SERÁ MORTO!

*Por solidariedade para com os irmaos Bahianos decidi publicar aqui na integra este Manifesto/Apelo que foi aqui postado pela amiga Martha Galrao.


NÃO ACEITAREMOS A PRÓXIMA VÍTIMA

Nós, grupos, entidades e organizações do Movimento Negro do Estado da Bahia vimos a público exigir das instituições democráticas de um modo geral e do Governador do Estado especificamente, a rigorosa apuração dos atos de agressões praticadas por integrantes da Polícia Militar contra cidadãos e cidadãs de comunidades de maioria negra.

A última vítima de ações arbitrárias da PM, o músico do Ilê Aiyê, Agnaldo Pereira da Silva (Guiguiu do Ilê), foi agredido no último domingo, 16 de setembro, no bairro do Nordeste de Amaralina, pelo sargento identificado como Menezes que, após ter arrombado a porta e invadido sua casa, o arrastou para o meio da rua, agredindo-o covardemente, tendo, nesta mesma oportunidade, o aludido policial juntamente com seus comandados, espancado covardemente o comerciante Gilberto dos Santos.

Trata-se de um padrão recorrente praticado contra a parcela que representa a maioria populacional de Salvador, cidade que se beneficia do nosso capital cultural, mas que ainda nos mantém subalternizado. Um modelo racista, que se reflete no sistema de segurança pública que criminaliza e submete toda a população negra em Salvador em especial e, de um modo geral, em toda a Bahia, através de um rigoroso controle baseado em brutalidade, agressões e morte.

Portanto nós, legitimamente reunidos e reunidas, exigimos respeito a nossa histórica participação na construção desta cidade e deste Estado; que nossas vidas não sejam banalizadas; e que nossas instituições não sejam desrespeitadas.

Casos como os que ocorreram no último domingo no Nordeste de Amaralina não são isolados. São um padrão. Esperamos que o GOVERNO DO ESTADO atue de forma a punir exemplarmente os agressores e ao mesmo tempo, que abra um canal de diálogo com o conjunto da sociedade para uma atuação efetiva ao combate à crescente violência em Salvador e na Bahia, mas com ações que respeitem a cidadania e os limites da lei.

Por fim, as entidades aqui signatárias afirmam que reagirão enfaticamente contra qualquer desrespeito aos direitos de cidadania e convocamos toda a sociedade baiana a participar no próximo dia 26 (quarta-feira) , da manifestação contra a violência e a favor da vida, com saída do Largo dos Aflitos, às 15hs.

Comitê Pela Vida e Contra a Violência

ABADFAL, AGANJU, ANAAD, APNS, CEMAG, CORTEJO AFRO, FENACAB, ILÊ AIYÊ, MALÊ DE BALÊ, MUZENZA, OKAMBI, OLODUM, OS NEGÕES, ARCA DO AXÉ, MUNDO NEGRO, MNU, INSTITUTO STEVE BIKO, CEN, IMPACTO SONORO, ASSOCIAÇÃO DO COSME DE FARIAS, CEAFRO, CAMPANHA REAJA OU SERÁ MORTA! REAJA OU SERÁ MORTO!

*Por solidariedade para com os irmaos Bahianos decidi publicar aqui na integra este Manifesto/Apelo que foi aqui postado pela amiga Martha Galrao.


2 comments:

Anonymous said...

Obrigado!
Tamo aí com muita força contra a Discriminação Racial!

Koluki said...

Coragem!