Tuesday, 23 December 2008

KWANZAA: O NATAL AFRICANO



E’ interessante observar as varias manifestacoes culturais criadas pelos Afro-Americanos para se manterem tao proximos quanto possivel das suas origens ancestrais. Na verdade, em varias areas da sua vida, eles criaram mesmo uma especie de ‘micro-cultura’ de inspiracao Africana, embora nem sempre com uma clara ou directa correspondencia nas praticas culturais observaveis no continente – o que se devera’, por um lado, aos sincretismos culturais e religiosos de varia ordem e diferentes origens que os conformam e, por outro lado, as varias (per)mutacoes e con(sub)jugacoes culturais verificadas em Africa ao longo dos seculos.



E’ o caso do Kwanzaa (tambem escrito Kwaanza) que se celebra por esta altura do ano, durante sete dias - de 26 de Dezembro a 1 de Janeiro - coincidindo com o periodo do Natal Cristao (e tambem do Judaico Hanukkah) e Ano Novo. A sua criacao poderia ter sido inspirada no nosso rio Kwanza (Angola), mas reza a historia que nao o foi exactamente. Kwaanza deriva da expressao Kiswahili "matunda ya kwanza", que significa “primeiros frutos”, ou “comeco” – apelando assim ao acto da criacao, tal como acontece no Natal Cristao. Porem, sendo o Kiswahili uma lingua Bantu, e’ provavel que o nosso Kwanza tenha nela o mesmo significado… mas deixo isso aos especialistas.



A criacao do Kwanzaa, em meados da decada de sessenta do seculo passado, ficou a dever-se ao activista social Afro-Americano Ron Karenga, que explicou o seu objectivo como sendo “proporcionar aos Negros (Blacks, para ser fiel ao original e ao contexto …) uma alternativa as festividades existentes e dar-lhes uma oportunidade de se celebrarem a si proprios e a sua historia, em vez de simplesmente imitarem a pratica da sociedade dominante.”



Durante os sete dias do Kwanzaa praticam-se varios rituais, envolvendo libacoes, acender de velas, banquetes e oferta de presentes. Poder-se-ia entao dizer que nesse aspecto nao difere muito do Natal Cristao ou do Hanukkah. Mas e’ o significado, em Kiswahili, de cada um dos sete dias do Kwanzaa que estabelece a diferenciacao:



Umoja (Unidade) Obter e manter a unidade na familia, comunidade, nacao e raca.
Kujichagulia (Auto-Determinacao) Definir-nos a nos proprios, nomear-nos a nos proprios, criar por nos proprios e falar por nos proprios.
Ujima (Trabalho e Responsabilidade Colectiva) Construir e manter a comunidade coesa e fazer nossos os problemas dos nossos irmaos e irmas e resolve-los em conjunto.
Ujamaa (Economia Cooperativa) Construir e manter as nossas proprias propriedades, lojas e negocios e partilhar em conjunto dos seus lucros.
Nia (Proposito) Fazer nossa vocacao colectiva a construcao e o desenvolvimento da nossa comunidade com o objectivo de restaurar a grandeza tradicional do nosso povo.
Kuumba (Criatividade) Fazer sempre tudo o que pudermos, como pudermos, por forma a deixarmos a nossa comunidade mais bela e benefica do que como a herdamos.
Imani (Fe’) Acreditar com todo o nosso coracao nos nossos semelhantes, pais, professores, dirigentes e na justeza e vitoria da nossa luta.



E’ interessante observar as varias manifestacoes culturais criadas pelos Afro-Americanos para se manterem tao proximos quanto possivel das suas origens ancestrais. Na verdade, em varias areas da sua vida, eles criaram mesmo uma especie de ‘micro-cultura’ de inspiracao Africana, embora nem sempre com uma clara ou directa correspondencia nas praticas culturais observaveis no continente – o que se devera’, por um lado, aos sincretismos culturais e religiosos de varia ordem e diferentes origens que os conformam e, por outro lado, as varias (per)mutacoes e con(sub)jugacoes culturais verificadas em Africa ao longo dos seculos.



E’ o caso do Kwanzaa (tambem escrito Kwaanza) que se celebra por esta altura do ano, durante sete dias - de 26 de Dezembro a 1 de Janeiro - coincidindo com o periodo do Natal Cristao (e tambem do Judaico Hanukkah) e Ano Novo. A sua criacao poderia ter sido inspirada no nosso rio Kwanza (Angola), mas reza a historia que nao o foi exactamente. Kwaanza deriva da expressao Kiswahili "matunda ya kwanza", que significa “primeiros frutos”, ou “comeco” – apelando assim ao acto da criacao, tal como acontece no Natal Cristao. Porem, sendo o Kiswahili uma lingua Bantu, e’ provavel que o nosso Kwanza tenha nela o mesmo significado… mas deixo isso aos especialistas.



A criacao do Kwanzaa, em meados da decada de sessenta do seculo passado, ficou a dever-se ao activista social Afro-Americano Ron Karenga, que explicou o seu objectivo como sendo “proporcionar aos Negros (Blacks, para ser fiel ao original e ao contexto …) uma alternativa as festividades existentes e dar-lhes uma oportunidade de se celebrarem a si proprios e a sua historia, em vez de simplesmente imitarem a pratica da sociedade dominante.”



Durante os sete dias do Kwanzaa praticam-se varios rituais, envolvendo libacoes, acender de velas, banquetes e oferta de presentes. Poder-se-ia entao dizer que nesse aspecto nao difere muito do Natal Cristao ou do Hanukkah. Mas e’ o significado, em Kiswahili, de cada um dos sete dias do Kwanzaa que estabelece a diferenciacao:



Umoja (Unidade) Obter e manter a unidade na familia, comunidade, nacao e raca.
Kujichagulia (Auto-Determinacao) Definir-nos a nos proprios, nomear-nos a nos proprios, criar por nos proprios e falar por nos proprios.
Ujima (Trabalho e Responsabilidade Colectiva) Construir e manter a comunidade coesa e fazer nossos os problemas dos nossos irmaos e irmas e resolve-los em conjunto.
Ujamaa (Economia Cooperativa) Construir e manter as nossas proprias propriedades, lojas e negocios e partilhar em conjunto dos seus lucros.
Nia (Proposito) Fazer nossa vocacao colectiva a construcao e o desenvolvimento da nossa comunidade com o objectivo de restaurar a grandeza tradicional do nosso povo.
Kuumba (Criatividade) Fazer sempre tudo o que pudermos, como pudermos, por forma a deixarmos a nossa comunidade mais bela e benefica do que como a herdamos.
Imani (Fe’) Acreditar com todo o nosso coracao nos nossos semelhantes, pais, professores, dirigentes e na justeza e vitoria da nossa luta.

4 comments:

Anonymous said...

Nosso rio ou não, o Kwanzaa tem muito bons principios.
Deviam ser adoptados na nossa terra onde agora o Natal é só consumismo, competição de cabazes, coisa e tal, sem nenhum valor espiritual.

Happy Kwaanza!

Koluki said...

Bem notado.

HAPPY KWANZAA!

umBhalane said...

Um Natal com paz, saúde e alegria.
Uma boa quadra festiva.

umBhalane

Koluki said...

umBhalane!...
Ate' apanhei um (bom) susto...
Ha' seculos que ninguem comenta aqui...
E voce e' feiticeiro, ou que?
Eu so' vim aqui buscar precisamente este post para o transportar para uma nova pagina que abri no Facebook (Musoni) e... encontro o seu comentario!
Que bom saber que ainda esta' por ai meu amigo.
Desejo-lhe o mesmo a si para esta quadra festiva e o novo ano que ai vem.