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(...) Cuba não percebeu as complexidades, nem de Angola, nem do continente africano. Vieram com o complexo de Tarzan e encontraram uma resistência difícil e dura. Determinante foi também a obstrução dos chineses e a desintegração do seu aliado soviético.
Por outro lado, em Angola, dentro do MPLA, começou a haver receio desse controlo excessivo. Porque os cubanos não vieram aqui só para combater. Eles levaram para Cuba todos os recursos que puderam. Quando regressei a Havana (fui autorizado a voltar em 1997) oficiais militares relataram-me, a chorar, a pilhagem geral e as maldades que tinham cometido aqui.
Por exemplo?
O uso de napalm [em] aldeias inteiras. Milhares de cubanos enlouqueceram nessa guerra. Ninguém fala nisto.
(Carlos Moore, académico e dissidente cubano ao NJ)
*Com a devida venia ao Morro da Maianga.
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