Monday 22 August 2011

SADC: On The Role of Civil Society in the Regional Integration Process




3 comments:

ECONOMISTA said...

Perante isto e tudo o que aqui venho lendo nas últimas semanas sobre o seu trabalho para a SADC só posso/devo, humildemente:
i) dar-lhe os meus sinceros parabéns e manifestar-lhe a minha admiração pessoal e professional;
ii) dizer aos “garotos”, ou “rapazes” que andaram algures a falar em coisas como “infiltrações em reuniões de peritos” e “mestrados em imitação”:

CRESÇAM E APAREÇAM!

Koluki said...

Apenas gostaria de acrescentar a este post o seguinte comentario por mim feito em 2006 no Angonoticias, a proposito das ONGs:

Kimpa Vita
De facto, este artigo deixa muito a desejar… nao passa de um projecto de artigo. Mas da pra entender que e’ sobre as ONGs e o seu papel em Angola, sem no entanto esclarecer a questao. Penso que ninguem melhor do que as proprias e os que, directa ou indirectamente, lidam com ou beneficiam delas podera fazer esse esclarecimento. Mas uma coisa me parece cada vez mais evidente: ha uma grande inflacao de ONGs, que alguem ja definiu como “aquelas organizacoes entre o mercado e o estado que fazem politica tanto quanto os partidos politicos, mas so' nao se candidatam a eleicoes”… ou, utilizando o seu acronimo em ingles, NGOs, alguem classificou de “Nothing Going On”, ou seja nao fazem nada acontecer! E’ dificil negar que algumas delas teem desempenhado papeis importantes e ate decisivos em situacoes de extrema privacao e carencia das populacoes (a este respeito convem notar que o PAM nao e’ uma ONG, mas sim um organismo do sistema das Nacoes Unidas e, como tal, uma Organizacao Inter-Governamental). Mas esta-se a tornar cada vez mais evidente, principalmente nas capitais onde elas angariam os seus fundos, que o crescimento quase exponencial do seu numero ao longo das ultimas duas decadas apresenta uma estreita correlacao com os niveis de desemprego nos paises ocidentais e com os condicionalismos impostos pelas instituicoes financeiras internacionais e doadores em geral a concessao de ajuda ao desenvolvimento, ou a reconstrucao pos-conflito. As ONGs servem assim como tubo de exaustao de fundos que normalmente circulariam nos circuitos inter-governamentais e, matando dois ou tres coelhos de uma so cajadada, diminuem a pressao dos niveis de desemprego no ocidente e garantem uma taxa de retorno dos fundos dispendidos as suas origens que de outro modo nao seria tao facil. Por isso e’ tao baixo o nivel de recrutamento de cidadaos originarios dos paises alvo por parte das ONGs internacionais nessas capitais, mesmo em face do problema da lingua e da cultura locais (… na verdade, tais potenciais recrutamentos apresentam-se mais como "passivos politicos" do que activos valiosos para essas ONGs)... quanto muito, elas recrutam funcionarios locais a quem oferecem condicoes salariais e outras bastante inferiores que as oferecidas aos expatriados. Mas o que e’ talvez mais alarmante nessa tendencia, e’ o cada vez maior “proselitismo” de muitas dessas organizacoes, que facilmente se convertem e reconvertem entre varias areas de intervencao politica, social e economica, sem muitas vezes possuirem as competencias tecnicas ou a legitimidade politica para o fazerem – o que, diga-se, e’ tambem muito por culpa dos governos que falham nas suas obrigacoes em varias areas. E’ uma pena que isto esteja a acontecer, porque as ONGs teem certamente um papel decisivo e louvavel a desempenhar em varias areas de intervencao social, civica e economica e particularmente no fortalecimento da sociedade civil em paises de pos-conflito como o nosso que ainda apresentam fragilidades institucionais de varia ordem.

Aqui:

http://angonoticias.com/full_headlines_.php?id=11440

Koluki said...

Caro colega e amigo,

Fico sempre um pouco embaracada perante elogios deste tipo, uma vez que, se posso reclamar algum "sucesso" na minha actividade academico-profissional, ele deve-se inteiramente a minha sempre humilde postura perante o conhecimento: nunca sabemos tudo (nem pouco mais ou menos!) e e-nos sempre possivel, com dedicacao, aplicacao e muito trabalho, atingirmos niveis mais elevados e fazermos melhor o (sempre pouco) que soubermos fazer!

Mas, perante as devastadoras "campanhas" de que tenho sido alvo nos ultimos tempos, nao posso realmente deixar de lhe ficar grata pela solidariedade que aqui veio manifestar neste seu repetido comentario a serie de artigos que venho publicando nas ultimas semanas sobre a SADC - com os quais viso nao apenas revelar um pouco do meu trabalho na e para aquela organizacao, mas tambem contribuir de algum modo para os debates sobre a integracao regional na Africa Austral numa altura em que Angola, mais uma vez assume a presidencia da SADC.

Em resumo, um grande abraco e espero que volte sempre, mesmo que tambem apenas para criticar algo com que nao concorde - assim crescemos e aparecemos todos!