No inicio de Novembro de 2003, Luiz Inacio Lula da Silva visitou Angola pela primeira vez como Presidentedo Brasil. (…) Quase quatro anos depois, agora no seu segundo mandato, Lula volta a Angola. (…) Embora o tempo tenha passado desde o primeiro encontro, quando Lula pisar o solo angolano encontrara’ um pais ainda em reconstrucao. Nao faltarao assuntos para os encontros.
Os anos sem guerra nao foram suficientes para Angola resolver os seus problemas de infra-estrutura. Ainda falta, por exemplo, agua canalizada e esgoto para boa parte da populacao, e a industria angolana esforca-se para conquistar o seu espaco no mundo globalizado. (…) O Brasil de Lula tambem nao mudou na velocidade desejada. O presidente brasileiro conseguiu, nesses quatro anos, melhorar praticamente todos os indicadores da economia e manter a inflacao controlada. No entanto, o pais ainda esta’ distante do desenvolvimento. A Agua canalizada e o saneamento basico, por exemplo, ainda sao problemas para boa parte da populacao – assim como ocorre em Angola.
Guardadas as devidas proporcoes, Brasil e Angola sao paises que lutam para superar a pobreza. Para os angolanos, os brasileiros parecem mais ricos e desenvolvidos – basta ver a beleza estampada nas novelas da Globo ou da Record. Mas a realidade mostra que dos dois lados do oceano, os desafios sao imensos. Quando estiverem reunidos em Luanda, Lula e Eduardo dos Santos, poderao discutir acordos de cooperacao e – quem sabe? – reflectir sobre a realidade de cada pais. Talvez encontrem, juntos, uma explicacao para o facto de Angola ter sido considerado o 34-o pais mais corrupto do mundo em 2007, de acordo com a Transparencia Internacional. E o Brasil ter ficado na tambem nada honrosa 109-a posicao, entre 180 paises analisados.
Lula e Eduardo dos Santos, tambem, poderao tentar entender por que motivo e’ tao dificil fazer negocios nos dois paises. Num levantamento divulgado recentemente pelo Banco Mundial, o Brasil ficou na 122-a posicao no ranking de facilidade para fazer negocios. Angola, por sua vez, ficou na 167-a posicao, a frente apenas de outros 11 paises. (…) O Brasil, assim como Angola, tem dificuldades em areas como infra-estrutura, saude, transportes e educacao. A diferenca e’ que o Brasil esta’, de certo modo, alguns passos a frente de Angola. O Estado brasileiro, mesmo que apresente deficiencias, e’ democratico. Os seus representantes sao eleitos pelo voto directo e o pais e’ governado por uma Constituicao formal.
Angola, que em muitos aspectos se espelha com o Brasil, ainda luta para tornar a sua vida politica mais dinamica. Recentemente, o governo angolano chegou a sondar o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer para a construcao de uma nova capital para o pais. Niemeyer, ao lado do arquitecto Lucio Costa, foi o responsavel pela construcao de Brasilia, inaugurada em 1960.
Nao se sabe ao certo quando Angola tera’ uma nova capital – e se esta e’ uma prioridade verdadeira para o pais. Mas o proximo encontro em Luanda sera’ uma boa oportunidade para Eduardo dos Santos discutir com Lula um assunto que e’ caro ao presidente brasileiro: o da diminuicao da pobreza e das desigualdades. Tanto Angola quanto o Brasil ainda precisam de resolver as suas deficiencias. E os brasileiros e angolanos teem pressa.
No inicio de Novembro de 2003, Luiz Inacio Lula da Silva visitou Angola pela primeira vez como Presidentedo Brasil. (…) Quase quatro anos depois, agora no seu segundo mandato, Lula volta a Angola. (…) Embora o tempo tenha passado desde o primeiro encontro, quando Lula pisar o solo angolano encontrara’ um pais ainda em reconstrucao. Nao faltarao assuntos para os encontros.
Os anos sem guerra nao foram suficientes para Angola resolver os seus problemas de infra-estrutura. Ainda falta, por exemplo, agua canalizada e esgoto para boa parte da populacao, e a industria angolana esforca-se para conquistar o seu espaco no mundo globalizado. (…) O Brasil de Lula tambem nao mudou na velocidade desejada. O presidente brasileiro conseguiu, nesses quatro anos, melhorar praticamente todos os indicadores da economia e manter a inflacao controlada. No entanto, o pais ainda esta’ distante do desenvolvimento. A Agua canalizada e o saneamento basico, por exemplo, ainda sao problemas para boa parte da populacao – assim como ocorre em Angola.
Guardadas as devidas proporcoes, Brasil e Angola sao paises que lutam para superar a pobreza. Para os angolanos, os brasileiros parecem mais ricos e desenvolvidos – basta ver a beleza estampada nas novelas da Globo ou da Record. Mas a realidade mostra que dos dois lados do oceano, os desafios sao imensos. Quando estiverem reunidos em Luanda, Lula e Eduardo dos Santos, poderao discutir acordos de cooperacao e – quem sabe? – reflectir sobre a realidade de cada pais. Talvez encontrem, juntos, uma explicacao para o facto de Angola ter sido considerado o 34-o pais mais corrupto do mundo em 2007, de acordo com a Transparencia Internacional. E o Brasil ter ficado na tambem nada honrosa 109-a posicao, entre 180 paises analisados.
Lula e Eduardo dos Santos, tambem, poderao tentar entender por que motivo e’ tao dificil fazer negocios nos dois paises. Num levantamento divulgado recentemente pelo Banco Mundial, o Brasil ficou na 122-a posicao no ranking de facilidade para fazer negocios. Angola, por sua vez, ficou na 167-a posicao, a frente apenas de outros 11 paises. (…) O Brasil, assim como Angola, tem dificuldades em areas como infra-estrutura, saude, transportes e educacao. A diferenca e’ que o Brasil esta’, de certo modo, alguns passos a frente de Angola. O Estado brasileiro, mesmo que apresente deficiencias, e’ democratico. Os seus representantes sao eleitos pelo voto directo e o pais e’ governado por uma Constituicao formal.
Angola, que em muitos aspectos se espelha com o Brasil, ainda luta para tornar a sua vida politica mais dinamica. Recentemente, o governo angolano chegou a sondar o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer para a construcao de uma nova capital para o pais. Niemeyer, ao lado do arquitecto Lucio Costa, foi o responsavel pela construcao de Brasilia, inaugurada em 1960.
Nao se sabe ao certo quando Angola tera’ uma nova capital – e se esta e’ uma prioridade verdadeira para o pais. Mas o proximo encontro em Luanda sera’ uma boa oportunidade para Eduardo dos Santos discutir com Lula um assunto que e’ caro ao presidente brasileiro: o da diminuicao da pobreza e das desigualdades. Tanto Angola quanto o Brasil ainda precisam de resolver as suas deficiencias. E os brasileiros e angolanos teem pressa.
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