Ao contrario do que e’ habitual, a ‘cronica deste mes no ano passado’ comeca pelo fim, pela highlight do mes (e do ano): o primeiro aniversario deste blog!
Este ano nao estou exactamente em party mood, pelo que nao ha’ farra, mas sempre deixo aqui uns resquicios da do ano passado com a versao original da musica (o classico Mario, de Franco) que entao nos fez ‘dancer, dancer, dancer…, boujer, boujer, boujer…, sauter, sauter, sauter…'
Este ano nao estou exactamente em party mood, pelo que nao ha’ farra, mas sempre deixo aqui uns resquicios da do ano passado com a versao original da musica (o classico Mario, de Franco) que entao nos fez ‘dancer, dancer, dancer…, boujer, boujer, boujer…, sauter, sauter, sauter…'
Mas se alguem quiser mesmo reviver aqueles momentos ao som dos Wizards, nao faca cerimonia, entre por aqui...
Descendo para o principio do mes, outra highlight: o contributo pessoal de Paulo Lara para a Historia, com as suas memorias de “Che e Angola”, publicadas pela primeira vez em exclusivo neste blog.
O resto do mes foi particularmente marcado pela infeliz entrevista do brasileiro Jo Soares a um pseudo-etnologo, afinal taxista, que entitulei “Etnografia de Curral, ou Bestialidade Culturral” e que foi objecto de uma onda de indignacao que se propagou um pouco por todos os quadrantes onde se fez ecoar, culminando com um abaixo assinado de protesto que atraiu mais de mil assinaturas de varias partes do mundo.
Outros destaques: a libertacao de Graca Campos; o lancamento do livro “Ate’ Voce Ja Nao Es Nada”, de Paulo de Carvalho; uma mencao ao “estado da independencia” de (nossa?) Angola; um artigo meu sobre a atribuicao do Premio Mo Ibrahim a Joaquim Chissano e um ensaio de Francis Njubi sobre as varias questoes e preocupacoes que marcam a experiencia dos intelectuais africanos na diaspora e a sua relacao com os seus paises de origem (do qual destaco esta frase de Paul Zeleza, pela sua relevancia para alguns dos debates suscitados pela recente eleicao de Barack Obama para a Presidencia dos EUA: "Racial discourses and theories are socially constructed ... but repudiating race theory does not make it disappear in politics. Race matters... because it functions as a marker and an anchor to establish and repudiate identity, status and position... Races exist because racism exists", ou, dito de outro modo como o fiz aqui, "(...)a raca, ou a ideia de raca, nao desaparece apenas porque assim o decidimos, ou queremos, particularmente quando ela serviu de base de estruturacao de toda uma sociedade ao longo de seculos… em termos mais especificos, penso que o individuo “racializado” pela sociedade colonial nao se torna, como que por um golpe de magica ou acto de feitico, “desracializado” apenas porque Mia Couto escreveu um belo livro entitulado “Cada Homem E’ Uma Raca”…"); a continuacao das series “Capoeira Angola” e “Sunday Covers & Poetry”, com destaque para a da ja’ saudosa Miriam Makeba, complementada pelo seu "Grazing in Strawberry Fields" com o magistral Hugh Masekela; o aniversario do meu “birthday boy” (que este ano se ofereceu uns dias em Praga como prenda de anos e ainda nao voltou a dar noticias…), entre alguns outros temas e eventos.
E assim, mais coisa menos coisa, se passou mais um mes neste kubiko.
Descendo para o principio do mes, outra highlight: o contributo pessoal de Paulo Lara para a Historia, com as suas memorias de “Che e Angola”, publicadas pela primeira vez em exclusivo neste blog.
O resto do mes foi particularmente marcado pela infeliz entrevista do brasileiro Jo Soares a um pseudo-etnologo, afinal taxista, que entitulei “Etnografia de Curral, ou Bestialidade Culturral” e que foi objecto de uma onda de indignacao que se propagou um pouco por todos os quadrantes onde se fez ecoar, culminando com um abaixo assinado de protesto que atraiu mais de mil assinaturas de varias partes do mundo.
Outros destaques: a libertacao de Graca Campos; o lancamento do livro “Ate’ Voce Ja Nao Es Nada”, de Paulo de Carvalho; uma mencao ao “estado da independencia” de (nossa?) Angola; um artigo meu sobre a atribuicao do Premio Mo Ibrahim a Joaquim Chissano e um ensaio de Francis Njubi sobre as varias questoes e preocupacoes que marcam a experiencia dos intelectuais africanos na diaspora e a sua relacao com os seus paises de origem (do qual destaco esta frase de Paul Zeleza, pela sua relevancia para alguns dos debates suscitados pela recente eleicao de Barack Obama para a Presidencia dos EUA: "Racial discourses and theories are socially constructed ... but repudiating race theory does not make it disappear in politics. Race matters... because it functions as a marker and an anchor to establish and repudiate identity, status and position... Races exist because racism exists", ou, dito de outro modo como o fiz aqui, "(...)a raca, ou a ideia de raca, nao desaparece apenas porque assim o decidimos, ou queremos, particularmente quando ela serviu de base de estruturacao de toda uma sociedade ao longo de seculos… em termos mais especificos, penso que o individuo “racializado” pela sociedade colonial nao se torna, como que por um golpe de magica ou acto de feitico, “desracializado” apenas porque Mia Couto escreveu um belo livro entitulado “Cada Homem E’ Uma Raca”…"); a continuacao das series “Capoeira Angola” e “Sunday Covers & Poetry”, com destaque para a da ja’ saudosa Miriam Makeba, complementada pelo seu "Grazing in Strawberry Fields" com o magistral Hugh Masekela; o aniversario do meu “birthday boy” (que este ano se ofereceu uns dias em Praga como prenda de anos e ainda nao voltou a dar noticias…), entre alguns outros temas e eventos.
E assim, mais coisa menos coisa, se passou mais um mes neste kubiko.
2 comments:
Ana
Perdoe-me só agora ter "acordado" para mais um aniversário do seu blogue.
Parabéns, e obrigado por tudo quanto de BOM me tem dado.
Na certeza da continuação do usufruto do bom nível a que já nos habituou, desejo-lhe, sinceramente, as maiores felicidades.
Abraço.
umBhalane
Nao tem importancia, umBhalane, foi apenas o blog que fez mais um ano, nao fui eu... E afinal, o que conta mesmo e' a passagem do 'Rubicao' do ano 1.
Tambem lhe desejo, com toda a sinceridade, tudo de BOM a si e aos seus (bem como ao Mocambique para Todos).
E muito obrigada (mesmo!) pela atencao que tem dedicado a este blog e a prestimosa contribuicao que a ele tem dado.
Outro abraco.
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