Sunday, 16 November 2008

E SE OS PAISES AFRICANOS FOSSEM OS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA?


Eis uma hipotese tao ‘absurda’ quanto a que subjaz a interrogacoes do tipo “E se Obama fosse Africano?. Admitamos, portanto, que estamos em pleno ‘Reino do Absurdistao’ e tentemos imaginar uma Africa que fosse os Estados Unidos da Africa a moda Americana, ou os EUA Africanos.

1. Os EUA Africanos estariam independentes ha’ mais de dois seculos e nao teriam existido guerras de libertacao contra o colonialismo durante decadas. Caso, por alguma razao, tivessem existido ‘movimentos de libertacao’, estes tenderiam a perseguir os seus objectivos atraves de protestos, marchas, boicotes, discursos, musica, cancoes e sonhos, sendo pouco provavel que se organizassem em exercitos armados.

2. Os EUA Africanos teriam adoptado uma Constituicao guiada por ideais libertarios, tanto em termos de liberdade economica como individual e nao teriam adoptado regimes monopartidarios ou seguido estrategias de desenvolvimento socialista lideradas por ex-guerrilheiros marxistas ou maoistas coadjuvados por poetas e romancistas (por sinal quase exclusivamente brancos e mesticos), quando nao eles proprios poetas e romancistas, e auxiliados por acessores e conselheiros tecnicos estrangeiros.

3. Os lideres dos EUA Africanos, independentemente da sua raca, etnicidade, genero ou origem geografica, nao seriam simplesmente apontados e ‘entronados’ em posicoes governamentais ou empresariais com base na sua militancia partidaria, mais antiga ou mais recente, ou no seu nome de familia, mas teriam que, no primeiro caso, concorrer a eleicoes regulares sancionadas pelo sufragio universal, tanto a nivel do seu partido (a menos que concorressem como independentes) como a nivel nacional, em condicoes de igualdade com qualquer outro candidato elegivel e, no segundo caso, demonstrar as suas capacidades e competencias atraves de resultados positivos observaveis e sancionaveis pelos shareholders das suas empresas ou, dito de outro modo, teriam que ‘subir a pulso’.

4. Os tres pontos anteriores compoeem um quadro em que:

i) Caso tivessem sido instituidas por lei nos EUA Africanos ‘aberracoes’ institucionais como o “one drop rule”, o “estatuto do indigena” ou o “apartheid”, os grupos por elas excluidos, discriminados e prejudicados educacional, social e economicamente, teriam a dada altura – nao, porem, sem arduas lutas –, beneficiado de politicas como a “accao afirmativa” e a “discriminacao positiva”;

ii) Os proprietarios de terras nao o seriam apenas por expropriacao e confinamento a ‘reservas’, ou ‘bantustoes’, da maioria do resto da populacao, de tal modo que cerca de 98% da terra fertil ficasse na posse de cerca de 2% da populacao pertencente a apenas uma raca; os empresarios melhor sucedidos nao o seriam apenas por operarem em sectores protegidos pelo estado, cuja mao de obra era remunerada a uma taxa muito inferior a sua produtividade marginal e sem quaisquer direitos laborais. Em qualquer caso, nao o seriam apenas por pertencerem a uma infima minoria com acesso a educacao formal, a formacao tecnico-profissional e ao credito bancario.

iii) Salvo naqueles estados em que a constituicao o impedisse (mas, estando nos a navegar no ‘Reino do Absurdistao’ dos EUA Africanos, haveria apenas uma Constituicao que, tal como o enunciado em 2., o permitiria…), qualquer candidato a cargos publicos, incluindo a Presidencia dos nossos EUA, independentemente da sua raca ou de qualquer outro factor diferenciador, teria que passar pelo processo selectivo enunciado em 3., do qual ressalta o sufragio universal. Isto poderia permitir que, por exemplo – apenas por hipotese academica, ou ‘absurda’ se se preferir –, se Lucio Lara, mestico Angolano, se candidatasse a presidencia de Angola quando estava no auge da sua popularidade por altura da independencia, pudesse ter, dependendo da forma como articulasse e veiculasse a sua mensagem, organizasse a sua campanha e forjasse as suas aliancas, grandes chances de vencer o escrutinio popular. Mas, por outro lado, o mesmo processo impediria, por exemplo, que Jerry Rawlings, mestico Ghanense, tomasse o poder atraves de um golpe de estado militar e muito menos lhe permitiria que depois ainda viesse a ter um second coming… ou que Ian Khama, mestico Motswana, acedesse automaticamente a presidencia do Botswana ‘apenas’ por ser o numero dois do partido no poder desde a independencia ha’ mais de 40 anos, posicao a que nao foi de todo alheia a circunstancia de ser filho do presidente fundador daquele estado.


Sejamos claros: poderia o "mulato" Barack Obama ser eleito Presidente dos EUA Africanos?
YES HE COULD!

Eis uma hipotese tao ‘absurda’ quanto a que subjaz a interrogacoes do tipo “E se Obama fosse Africano?. Admitamos, portanto, que estamos em pleno ‘Reino do Absurdistao’ e tentemos imaginar uma Africa que fosse os Estados Unidos da Africa a moda Americana, ou os EUA Africanos.

1. Os EUA Africanos estariam independentes ha’ mais de dois seculos e nao teriam existido guerras de libertacao contra o colonialismo durante decadas. Caso, por alguma razao, tivessem existido ‘movimentos de libertacao’, estes tenderiam a perseguir os seus objectivos atraves de protestos, marchas, boicotes, discursos, musica, cancoes e sonhos, sendo pouco provavel que se organizassem em exercitos armados.

2. Os EUA Africanos teriam adoptado uma Constituicao guiada por ideais libertarios, tanto em termos de liberdade economica como individual e nao teriam adoptado regimes monopartidarios ou seguido estrategias de desenvolvimento socialista lideradas por ex-guerrilheiros marxistas ou maoistas coadjuvados por poetas e romancistas (por sinal quase exclusivamente brancos e mesticos), quando nao eles proprios poetas e romancistas, e auxiliados por acessores e conselheiros tecnicos estrangeiros.

3. Os lideres dos EUA Africanos, independentemente da sua raca, etnicidade, genero ou origem geografica, nao seriam simplesmente apontados e ‘entronados’ em posicoes governamentais ou empresariais com base na sua militancia partidaria, mais antiga ou mais recente, ou no seu nome de familia, mas teriam que, no primeiro caso, concorrer a eleicoes regulares sancionadas pelo sufragio universal, tanto a nivel do seu partido (a menos que concorressem como independentes) como a nivel nacional, em condicoes de igualdade com qualquer outro candidato elegivel e, no segundo caso, demonstrar as suas capacidades e competencias atraves de resultados positivos observaveis e sancionaveis pelos shareholders das suas empresas ou, dito de outro modo, teriam que ‘subir a pulso’.

4. Os tres pontos anteriores compoeem um quadro em que:

i) Caso tivessem sido instituidas por lei nos EUA Africanos ‘aberracoes’ institucionais como o “one drop rule”, o “estatuto do indigena” ou o “apartheid”, os grupos por elas excluidos, discriminados e prejudicados educacional, social e economicamente, teriam a dada altura – nao, porem, sem arduas lutas –, beneficiado de politicas como a “accao afirmativa” e a “discriminacao positiva”;

ii) Os proprietarios de terras nao o seriam apenas por expropriacao e confinamento a ‘reservas’, ou ‘bantustoes’, da maioria do resto da populacao, de tal modo que cerca de 98% da terra fertil ficasse na posse de cerca de 2% da populacao pertencente a apenas uma raca; os empresarios melhor sucedidos nao o seriam apenas por operarem em sectores protegidos pelo estado, cuja mao de obra era remunerada a uma taxa muito inferior a sua produtividade marginal e sem quaisquer direitos laborais. Em qualquer caso, nao o seriam apenas por pertencerem a uma infima minoria com acesso a educacao formal, a formacao tecnico-profissional e ao credito bancario.

iii) Salvo naqueles estados em que a constituicao o impedisse (mas, estando nos a navegar no ‘Reino do Absurdistao’ dos EUA Africanos, haveria apenas uma Constituicao que, tal como o enunciado em 2., o permitiria…), qualquer candidato a cargos publicos, incluindo a Presidencia dos nossos EUA, independentemente da sua raca ou de qualquer outro factor diferenciador, teria que passar pelo processo selectivo enunciado em 3., do qual ressalta o sufragio universal. Isto poderia permitir que, por exemplo – apenas por hipotese academica, ou ‘absurda’ se se preferir –, se Lucio Lara, mestico Angolano, se candidatasse a presidencia de Angola quando estava no auge da sua popularidade por altura da independencia, pudesse ter, dependendo da forma como articulasse e veiculasse a sua mensagem, organizasse a sua campanha e forjasse as suas aliancas, grandes chances de vencer o escrutinio popular. Mas, por outro lado, o mesmo processo impediria, por exemplo, que Jerry Rawlings, mestico Ghanense, tomasse o poder atraves de um golpe de estado militar e muito menos lhe permitiria que depois ainda viesse a ter um second coming… ou que Ian Khama, mestico Motswana, acedesse automaticamente a presidencia do Botswana ‘apenas’ por ser o numero dois do partido no poder desde a independencia ha’ mais de 40 anos, posicao a que nao foi de todo alheia a circunstancia de ser filho do presidente fundador daquele estado.


Sejamos claros: poderia o "mulato" Barack Obama ser eleito Presidente dos EUA Africanos?
YES HE COULD!

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