1. Ja’ aqui referi algumas vezes a minha conviccao de que a raca e o(s) racismo(s) dela derivado(s) sao um “constructo ideologico datado no tempo historico” cujo principal objectivo e’ a construcao de hierarquias sociais. E’, portanto, com bastante interesse que venho observando a forma como a “raca” de Obama tem sido ‘construida’ e ‘desconstruida’ em diferentes contextos sociais durante a longa campanha para a Presidencia Americana que acaba de ter como desfecho a sua vitoria.
Nao sendo sociologa ou antropologa – disciplinas que, em principio, mais se centram nesse tipo de analise –, as conclusoes que retiro das minhas observacoes baseam-se, por um lado, nas minhas proprias experiencias individuais e, por outro lado, nos instrumentos de analise historica que me permitem aferir que qualquer tentativa de extrapolacao de uma determinada realidade historico-social e economica para outra sera’, no minimo, um exercicio especulativo mal avisado, particularmente se desprovido de salvaguardas analiticas previas assentes numa solida base de evidencia empirica.
2. Tambem ja’ aqui mencionei a importancia de se ter em mente, quando se tenta “analisar” Obama e a sua vitoria do ponto de vista racial, a diferenca fundamental entre o constructo raca/racismo nos EUA e o mesmo constructo noutros contextos historicos, nomeadamente no ‘mundo lusofono’. Essa diferenca resume-se basicamente a dois factores principais:
i) Nos EUA ‘construiram-se’ de inicio essencialmente tres grupos racicos – o branco, o negro e o indio, ou amerindio – sendo que o ultimo, por ter sido quase completamente dizimado ou miscigenado, “passou tendencialmente a historia” como um grupo “indigena” (notem-se as semelhancas e dissemelhancas entre o apelativo “indigena” no contexto americano e no contexto colonial portugues, e.g. “O Estatuto Indigena” no quadro da politica assimilacionista em Angola; note-se tambem esta discussao da "questao indigena" nos EUA, que ja aqui havia anteriormente postado).
Ao longo da historia americana, verificaram-se varios graus e combinacoes de miscigenacao racial entre esses grupos, mas a ‘bitola de construcao social’ ao longo de linhas raciais foi estabelecida institucionalmente com base no principio do “one drop rule”, de acordo com o qual alguem que tivesse uma gota de sangue negro nao poderia ter qualquer outra classificacao socio-racial que nao a de “negro” (note-se tambem aqui que a designacao “mulato”, por ser derivada de “mula” no contexto escravocrata, assumiu historicamente uma conotacao altamente pejorativa nos EUA, ao contrario do que se passa no ‘mundo lusofono’ - veja-se o filme Sankofa, de Haile Gerima, para um notavel tratamento desta questao).
A designacao “negro”, por sua vez, sofreu varias alteracoes ao longo da historia americana, tendo-se mantido como a designacao de consenso para os “nao brancos” ou “indigenas” ate’ meados da decada de 60 do seculo passado, sendo substituida naquele consenso por “black” (muito por conta do mestico Malcolm X, como aqui 'poemiza' o mestico Gil Scott-Heron, e dos Black Panthers, que tinham uma lideranca predominantemente mestica, como a imagem de Angela Davis lembrara' a muita gente, e tambem dos negros Nina Simone e James Brown que a popularizaram com a cancao "Say It Loud: I'm Black and I'm Proud!") entre finais daquela decada e finais da de 80 e, finalmente, pela de “afro-americano” ate’ aos dias de hoje, embora estas duas ultimas continuem a coexistir em varios contextos e tambem se venha notando nos ultimos tempos a ‘ascensao’ de designacoes como brown e bi-racial por alguns mesticos (o termo coloured, ou of colour, embora tambem usado, nunca chegou a ser tao consensual nos EUA como na Africa do Sul). Nas adicoes de varias proveniencias ao melting pot Americano, outros grupos se foram juntando e inter-relacionando e igualmente se definindo de acordo com as suas origens (e.g. “afro-latino”, “latino-americano”, “hispano-americano”, etc.).
No entanto, sendo a America fundamentalmente a terra da “livre competicao economica” e da “igualdade de oportunidades” que consubstanciam o mitico “American Dream” e sao consagrados na Constituicao dos EUA sob o espirito de "We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal", este constructo ideologico-doutrinario cedo entrou em choque e em competicao com aquele outro constructo da formacao de hierarquias sociais com base exclusivamente na raca. E’ neste contexto que se situam as varias lutas, primeiro contra o esclavismo, depois contra o segregacionismo e mais tarde pelos direitos civico-politicos dos negros americanos, os quais sempre contaram com a adesao e o apoio, directa ou indirectamente, de segmentos, maiores ou menores, de outros grupos racicos, nomeadamente brancos, senao por razoes estritamente ideologico-doutrinarias, seguramente por razoes economicas, expressas de forma mais ou menos explicita em determinados momentos historicos, dos quais o papel economico da escravatura na genese, alinhamentos racicos e desfecho da Guerra Civil Americana e' o exemplo mais emblematico.
Assim, nao sera’ inteiramente por acaso que o actual estado da economia americana e da economia global, atribuido quase inteiramente a administracao Republicana dos ultimos 8 anos, contribuiu decisivamente para galvanizar a maioria do eleitorado americano a volta de um candidato Democrata que, por acaso, e’ negro, ou afro-americano, como se preferir, que soube apresentar as propostas mais crediveis para a resolucao da crise actual (passando pela adopcao dos passos necessarios ao termino da guerra no Iraque, contra a qual ele foi o unico candidato que se manifestou desde o inicio). Que essa vitoria se tenha tambem “construido” como uma “vitoria da raca sobre o genero” nao deixa de ser interessante, mas constitui questao para outra discussao.
ii) A historia da formacao de hierarquias sociais com base no constructo raca/racismo noutros contextos historicos, e particularmente no ‘mundo lusofono’, assume claramente contornos bastante distintos do caso americano. Em primeiro lugar e fundamentalmente, porque nao foi institucionalmente adoptado o “one drop rule” e a hierarquia social entre os “nao brancos” foi institucionalmente mais claramente definida, assumida e implementada pelo poder colonial ao longo dos varios graus de miscigenacao entre brancos e negros dando lugar a varios grupos: desde os “cafusos”, ou “pardos”, aos “mulatos” e aos “cabritos”. Ou seja, foi instituida, em vez do “one drop rule”, a regra do “divide and rule”.
Mas, talvez mais determinante do lugar social de cada um desses grupos, foi instituida uma maior rigidez estrutural em termos de mobilidade social e economica comparativamente aos EUA, a qual se tornou ainda mais dificil de transpor pelos grupos mais proximos do “estatuto de indigena” (ou seja, a maioria da populacao - e aqui estou a pensar particularmente no caso de Angola), por razoes de ordem historica, cultural, tribal e etno-linguistica dos paises em questao.
Isso num contexto em que, contrariamente ao constructo doutrinario-ideologico do “American Dream” em que, em principio, qualquer individuo, independentemente das suas origens, poderia assumir qualquer posicao social desde que seguisse as “regras do jogo” da politica do integracionismo, nas nossas sociedades o lugar social do individuo continuava a ser determinado por uma hierarquia baseada na “raca”, na “tribo” e na “etnia”, mesmo quando os individuos tivessem passado “todos os testes” da politica assimilacionista (ou, como soi dizer-se em certos tugurios lusosfericos, continuavam a ter que tirar os sapatos para poderem contar ate' 12 e a cair das copas das arvores mesmo depois de terem passado por universidades...).
E essa realidade ainda esta’ presente nos dias de hoje nas nossas sociedades, senao estritamente em termos politico-ideologicos e da simbologia do poder, certamente em termos socio-culturais e economicos (a nao confundir aqui o desiderato, ainda por satisfazer, de se criarem mecanismos efectivos de distribuicao dos rendimentos nacionais por todos os segmentos populacionais, com as fortunas, grandes ou pequenas, adquiridas em alguns casos ilicitamente, por alguns membros das elites ditas “predadoras” ou “endocoloniais” associadas ao poder do periodo post-independencias).
Mas, tal como nos EUA, e essa talvez seja a maior semelhanca entre os dois contextos, outros grupos coexistiram com os grupos raciais basicos da construcao social colonial, integrando-se socio-cuturalmente, contudo, segundo criterios igualmente hierarquicos, nos quais se situavam os chamados “brancos de segunda”, os “indianos” e, interessantemente, os “cabo-verdianos”, entre alguns outros.
3. Ora, das consideracoes anteriores segue-se que, como acima notei, sera’ sempre desavisado tentar-se transpor o “significado da vitoria de Obama” nos EUA, para outros contextos historico-sociais, e particularmente para o ‘mundo lusofono’, com base na sua “constituicao”, ou “construcao”, racial, pelas seguintes razoes fundamentais:
i) Em primeiro lugar, porque os mecanismos de ascencao politica e de obtencao do poder nos EUA sao drasticamente diferentes, em termos tanto constitucionais, como institucionais e ideologicos, dos que vigoram de forma geral nos nossos paises, e muito particularmente nos paises Africanos que adoptaram estrategias de inspiracao marxista durante a luta anti-colonial e no seu post-independencia;
ii) Em segundo lugar, porque a experiencia da America enquanto colonia foi relativamente curta e em moldes bastante diversos dos que marcaram a experiencia colonial Africana (o que a torna, por exemplo, mais similar a experiencia do Brasil do que a de outros espacos do ‘mundo lusofono’);
iii) Em terceiro lugar, porque ao longo dos seculos de debate, formulacao e reformulacao do “lugar social da raca” nos EUA, uma questao que ficou estabelecida com bastante clareza, e ela deriva grandemente dos principios da liberdade individual e dos direitos humanos que integram o “American Dream” (claro que assumido aqui como apenas isso mesmo – um sonho, um ideal – mas um sonho, um ideal que a historia dos EUA tem largamente vindicado, sendo a vitoria de Obama apenas o ultimo exemplo disso mesmo), e’ que se ha’ algo fundamentalmente errado com o “constructo raca/racismo” e’ que ele constitui a definicao de uma parte da raca humana por outra, nomeadamente a dos grupos dominados pelos grupos dominadores, particularmente na sequencia da gesta dos “descobrimentos” (note-se como esta questao de to be defined by others e’ abordada numa mensagem que John Lennon le numa discussao sobre o termo “nigger” cujo link coloquei nos comentarios a este post) .
E e’ fundamentalmente isso que, quanto a mim, torna as tentativas de definicao de Obama como “mulato” (note-se, mais uma vez, a carga pejorativa desta designacao nos EUA) e de reivindicacao da sua vitoria por determinados grupos raciais nos nossos paises, tao ofensivo quanto perturbador. Desde logo porque quando se tenta "dissecar" a sua composicao genetica como se de um especimen de laboratorio se tratasse, deve ter-se em conta que, tal como ele afirmou em varias ocasioes, mas mais enfaticamente no seu discurso sobre a raca nos EUA, "A America e' mais do que a soma das suas partes", qualquer ser humano e' tambem muito mais do que a mera soma das suas partes. Depois porque ele proprio, se alguma vez se definiu em termos racicos – e num contexto de anti-racismo e de defesa das liberdades fundamentais do individuo essa e’ a unica definicao que realmente conta e deve contar e ser respeitada – fe-lo como “negro”, ou como “afro-americano”, assumindo nessa definicao toda a complexidade do seu background familiar e individual, como filho de pai negro-africano e de mae branca (naturalmente de ascendencia europeia, como o sao todos os brancos a face da terra…), de nome arabe, criado no Hawai por avos brancos, estudado na Indonesia, mas… crescido e amadurecido, casado e socializado cultural, religiosa e politicamente no seio da comunidade negra americana.
Isto e’, ele define-se por relacao a sua propria experiencia politica e socio-cultural e nao necessariamente por oposicao a de outros (tambem como eu propria o fiz a minha maneira, muito contra a corrente diga-se, neste artigo...), mesmo porque, como ele proprio afirmou no contexto da maka sobre o Reverendo Wright (alguem que, note-se, tal como Colin Powell por exemplo, no ‘mundo lusofono’ seria classificado e socializado como “cabrito”, mas que nos EUA nao contempla classificar-se de outro modo senao como “negro”): “eu nao o posso renegar, tal como nao posso renegar a minha avo branca em quem, apesar de me ter criado, observei manifestacoes de preconceito racial em relacao ao negro”. Ora, essa definicao “por si proprio” e nao “por outros” ou “contra outros” foi essencialmente o que lhe permitiu ser apelativo a praticamente todos os grupos racicos nos EUA e um pouco por todo o mundo e e’ o que torna a sua vitoria tao bonita!
Porque quererao entao alguns, particularmente se em sociedades completamente distintas dos EUA, estragar essa beleza tentando aplicar-lhe criterios de definicao racica que lhe sao completamente estranhos e, pior ainda, tentar reivindicar a sua vitoria como uma bandeira exclusiva de um particular grupo racico, o dos auto-definidos “mulatos” no ‘mundo lusofono’, quando a propria designacao “mulato” constituiria para si uma ofensa, quanto mais nao seja porque a sua miscigenacao nao derivou do particular contexto historico em que essa designacao foi adoptada nos EUA, isto e’ a escravatura, o que alias lhe mereceu o relativo alheamento, quando nao aberta hostilidade, de alguns segmentos da comunidade afro-americana descendente de escravos, nao apenas mas sobretudo porque ele proprio e' descendente pelo lado materno de donos de escravos? Mas nao seria apenas a designacao “mulato” que tenho poucas duvidas ele regeitaria (quanto muito, aceitaria mais facilmente a designacao geralmente adoptada nos EUA para os mesticos: “mixed-race”), como tambem a de “branco” que alguns no 'mundo lusofono' tambem lhe pretendem “a viva forca” aplicar pelo facto de ter nascido de mae branca…
Ou seja, continua-se em alguns sectores do ‘mundo lusofono’ a pensar a “raca” ainda em termos hierarquicos (sendo bastante elucidativo disto o modo como alguns nesse mundo equacionam a questao em termos de "racismo de cima para baixo e de baixo para cima" - estando "em cima" o branco e "em baixo" o negro, com o mestico "no meio"...), de tal modo que, aparentemente para tais sectores, a forma como Obama se auto-identifica parece nao ter qualquer importancia, ou mesmo como se a forma como ele se posiciona ‘racicamente’ nao tivesse tido qualquer relevancia para a sua eleicao: sejamos claros, se ele se identificasse social e culturalmente como “mulato”, ou como “branco”, nao so’ seria ridicularizado, ostensiva ou dissimuladamente, pelos brancos americanos, como dificilmente teria obtido o voto maioritario do grupo “afro-americano”, o qual, como de resto se observou nas manifestacoes de voto nos estagios iniciais da campanha, inclui segmentos que teriam preferido votar noutro candidato, independentemente da sua raca ou genero e que, sendo embora minoritario, foi decisivo para a sua vitoria - particularmente nas primarias e sua consequente nomeacao como candidato pelo partido Democrata.
Grupo “afro-americano” esse onde, nunca e’ demais repeti-lo, se incluem todos os nao-brancos desde que tenham uma gota de sangue negro. E, se e’ certo que o "one drop rule" foi inicialmente uma criacao do grupo dominante branco nos EUA com motivacoes racistas, nao e’ menos certo que ele foi apropriado, internalizado e socializado historicamente pelos “afro-americanos” que – ao contrario, nunca e’ demais nota-lo, do que se passou e em grande medida ainda se passa nas ex-colonias portuguesas onde se instituiu uma diferenciacao racica hierarquizante de acordo com os varios tons de pele entre negros e brancos – partilharam ao longo de seculos em condicoes de igualdade tanto a discriminacao racial contra si (vide o caso da 'cabrita' Rosa Parks), como as oportunidades sociais, politicas e economicas que souberam conquistar para si (vide o caso da 'negra' Oprah Winfrey) como um unico grupo racico, pesem embora as clivagens e friccoes que tambem existem no seu seio, originadas, directa ou indirectamente, pelos diferentes tons de pele entre si (particularmente entre as mulheres, como quem tenha ouvido atentamente uma celebre conversa entre mulheres “negras” no filme Jungle Fever de Spike Lee tera’ notado; note-se tambem a este respeito a controversia gerada, especialmente no seio da comunidade afro-americana, quando a dada altura Tiger Woods decidiu regeitar a designacao “black” e se auto-definir como cablasian, ou seja uma mistura de caucasian, black e asian), mas, mais marcadamente, pelas diferencas culturais entre os que sao descendentes de escravos na America e os que para la’ emigraram ou foram estudar em decadas mais recentes provindos de Africa, entre os quais se inclui o pai de Obama (e, neste contexto, o casamento de Obama com Michelle pode ser visto tambem como uma ‘alianca’ entre esses dois grupos, a qual tera' tambem porventura contribuido para atrair os votos dos descendentes de escravos), sendo igualmente importante notar que o relativo esbatimento, quando nao completa obliteracao, das diferencas tribais e etnico-linguisticas no contexto americano tambem contribuiu de forma decisiva para essa relativa equidade de status social, politico e economico entre os nao-brancos de origem africana.
Mas talvez o elemento mais perturbador na forma como a vitoria de Obama tem sido entendida por alguns segmentos do ‘mundo lusofono’ (para alem da tendencia de se classificarem algumas das experiencias politicas, sociais e economicas post-coloniais e post-apartheid menos positivas como “racismo intra-racico” ou “endocolonialismo”, numa lamentavel tentativa de se “redimir” de algum modo o colonialismo e o apartheid e, em ultima analise, o proprio racismo que eles “construiram” – como se os 30 a 50 anos das independencias africanas, ou os menos de 20 anos desde o fim do apartheid, nao constituissem apenas um decimo ou menos da duracao do colonialismo e do apartheid no contexto da formacao e evolucao de novas sociedades, ou como se, por serem negros, uma vez no poder os negros nao pudessem ter problemas entre si e estivessem isentos de cometer erros, quer herdados ou induzidos por outros, quer de criacao propria – nao se contribuindo com tal postura de forma positiva e constructiva para a constituicao de aliancas e coligacoes sociais “apesar e para alem da raca” que possam efectivamente ultrapassar e prevenir tais experiencias menos positivas nas nossas sociedades, com vista a criacao de um futuro melhor que possa ser partilhado por todos), e’ a implicacao de que, ainda pensando em termos da “raca como constructo ideologico criador de hierarquias sociais”, de algum modo tratar-se Obama como “negro”, em vez de “mulato” ou “branco”, constitui uma ofensa, uma diminuicao, uma humilhacao, enfim, um “denegrimento” e, mais tristemente ainda, motivo de ressentimento para os que se consideram “nao negros”…
Bom, a designacao destas notas como “breves”, pelo que ja’ vai escrito, faz-me parar por aqui, sendo certo que muito mais ha’ ainda a dizer sobre a questao.
(*) Estas notas foram-me sugeridas, entre outras observacoes e leituras de reaccoes a vitoria de Obama, por esta serie e por este post no blog "Diario de Um Sociologo".
Post relacionado:
Ecos da Vitoria de Obama no SA
2 comments:
Olá, veja minha postagem, referência ao seu blogue.
Ja' agora deixo aqui referencia a um livro que sistematiza todas estas questoes:
http://www.psupress.org/books/titles/0-271-02172-1.html
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