Wednesday, 26 November 2008

FALECEU MICHEL LABAN

Com a devida venia e autorizacao da autora, transcrevo aqui uma homenagem a Michel Laban, falecido ontem em Paris:

Ilustre Professor e Investigador das Literaturas africanas de língua portuguesa tem-lhes dedicado desde os anos 70 do século passado grande parte do seu tempo, da sua pesquisa, da sua vida.
Deixou-nos uma ampla obra, só em parte publicada, dada a sua enorme modéstia.
Recordo-vos apenas os "Encontros com Escritores" de Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde e Guiné-Bissau...autênticos monumentos de História oral, imprescindíveis para se conhecer a intelectualidade destes países e a época que os produziu. Um dicionário imenso de regionalismos e de neologismos de cada um dos escritores estudados, estava em permanente progresso. Era grande preocupação do Michel poder terminar este trabalho.
Tradutor exímio e exigente de grandes escritores da língua portuguesa, colocava o seu conhecimento, o da Zé (sua esposa, falante de português) e da sua velha mãe (falante de francês) ao serviço desta exigência, conseguindo que as suas traduções fossem tão belas quanto os livros traduzidos, por mais difíceis e herméticos que eles fossem.

Perdemos um grande investigador, um professor companheiro, um camarada de ideias e um grande Amigo para os que tiveram a felicidade de com ele privar.

Luisa d'Almeida
Historiadora Angolana
Com a devida venia e autorizacao da autora, transcrevo aqui uma homenagem a Michel Laban, falecido ontem em Paris:

Ilustre Professor e Investigador das Literaturas africanas de língua portuguesa tem-lhes dedicado desde os anos 70 do século passado grande parte do seu tempo, da sua pesquisa, da sua vida.
Deixou-nos uma ampla obra, só em parte publicada, dada a sua enorme modéstia.
Recordo-vos apenas os "Encontros com Escritores" de Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde e Guiné-Bissau...autênticos monumentos de História oral, imprescindíveis para se conhecer a intelectualidade destes países e a época que os produziu. Um dicionário imenso de regionalismos e de neologismos de cada um dos escritores estudados, estava em permanente progresso. Era grande preocupação do Michel poder terminar este trabalho.
Tradutor exímio e exigente de grandes escritores da língua portuguesa, colocava o seu conhecimento, o da Zé (sua esposa, falante de português) e da sua velha mãe (falante de francês) ao serviço desta exigência, conseguindo que as suas traduções fossem tão belas quanto os livros traduzidos, por mais difíceis e herméticos que eles fossem.

Perdemos um grande investigador, um professor companheiro, um camarada de ideias e um grande Amigo para os que tiveram a felicidade de com ele privar.

Luisa d'Almeida
Historiadora Angolana

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