«O Pai do Nacionalismo Angolano» é o título da mais recente obra do escritor e sociólogo João Paulo Nganga, cujo lançamento teve lugar na quarta-feira, 24, na sala de conferências do Museu de História Natural, em Luanda. O livro já se encontra nas bancas das livrarias da capital e está a ser comercializado no valor de cinco mil Kwanzas, sendo este o primeiro volume que narra a vida e obra de Holden Roberto no período compreendido entre 1923 e 1974. A concepção, autoria e edição da obra foram feitas pelo autor durante longos quatro anos, tendo contado com a revisão de Benedita Mendes Gonçalves e o próprio Álvaro Holden Roberto. Narrativa de todo o processo de libertação segundo a teoria do panafricanismo, o autor disse que o livro é uma obra científica baseada em premissas históricosociológicas.
Para João Nganga, a obra está assente simplesmente na academia. Mas, segundo ele, «existem duas razões para que Holden Roberto não seja hoje uma referência nas ciências sociais modernas. A primeira razão é de fórum político, por ser, ainda, um espaço de exclusão, mas, a história não é isto, a história é um relato de factos que já aconteceram fundados na verdade», frisou. Esta verdade, segundo Nganga, transmite-se na presente obra, numa ordem cronológica sobre os passos que foram dados ao longo da odisseia revolucionária de Holden Roberto, considerado como um rio por onde passaram todas as grandes correntes do panafricanismo como Franz Fanon, Patrice Lumumba, Kwame Nkrumah, J. Kenyata, Amílcar Cabral, entre outros nacionalistas que se bateram para a independência de África.
Segundo o autor da obra, que falava à margem do lançamento, «Holden Roberto constituiu um grito de liberdade das colónias portuguesas de África, uma vez que integrou o novo conceito dos países lusófonos na guerra de libertação contra a opressão colonial». «Os dois volumes, embora heterogéneos, têm o condão de ter uma simbiose contrariante, porque se a quisermos encurtar, alongamo-la e ao tentarmos fazê-lo de maneira extensa, damo-nos conta de que, realmente, o que dissemos não passa de um resumo», afirmou o escritor ao apresentar a obra. Na ocasião, o presidente da FNLA, Ngola Kabangu, disse esperar com o lançamento destas memórias que o povo angolano venha a adquirir mais conhecimentos sobre a História do seu país, como era desejo expresso do finado Álvaro Holden Roberto.
Em declarações à imprensa, Ngola Kabangu afirmou que «a partir de agora, estarão disponíveis informações vitais sobre o que realmente aconteceu no país, desde as revoltas das populações contra a opressão colonial até à independência nacional». O escritor Mendes de Carvalho valorizou a obra, reconhecendo que Álvaro Holden Roberto foi, efectivamente, o Pai do Nacionalismo Angolano, a par de figuras como a rainha Njinga Mbandi, e os reis Mandume e Ngola Kiluange. Enalteceu a coragem de João Paulo Nganga por ter publicado esta obra que retrata as memórias do líder histórico. O acto contou com a presença de antigos combatentes da FNLA, deputados de diversos partidos políticos, historiadores, escritores, professores, membros da sociedade civil, estudantes e personalidades estrangeiras.
[in SA, edicao nr. 322]
Para João Nganga, a obra está assente simplesmente na academia. Mas, segundo ele, «existem duas razões para que Holden Roberto não seja hoje uma referência nas ciências sociais modernas. A primeira razão é de fórum político, por ser, ainda, um espaço de exclusão, mas, a história não é isto, a história é um relato de factos que já aconteceram fundados na verdade», frisou. Esta verdade, segundo Nganga, transmite-se na presente obra, numa ordem cronológica sobre os passos que foram dados ao longo da odisseia revolucionária de Holden Roberto, considerado como um rio por onde passaram todas as grandes correntes do panafricanismo como Franz Fanon, Patrice Lumumba, Kwame Nkrumah, J. Kenyata, Amílcar Cabral, entre outros nacionalistas que se bateram para a independência de África.
Segundo o autor da obra, que falava à margem do lançamento, «Holden Roberto constituiu um grito de liberdade das colónias portuguesas de África, uma vez que integrou o novo conceito dos países lusófonos na guerra de libertação contra a opressão colonial». «Os dois volumes, embora heterogéneos, têm o condão de ter uma simbiose contrariante, porque se a quisermos encurtar, alongamo-la e ao tentarmos fazê-lo de maneira extensa, damo-nos conta de que, realmente, o que dissemos não passa de um resumo», afirmou o escritor ao apresentar a obra. Na ocasião, o presidente da FNLA, Ngola Kabangu, disse esperar com o lançamento destas memórias que o povo angolano venha a adquirir mais conhecimentos sobre a História do seu país, como era desejo expresso do finado Álvaro Holden Roberto.
Em declarações à imprensa, Ngola Kabangu afirmou que «a partir de agora, estarão disponíveis informações vitais sobre o que realmente aconteceu no país, desde as revoltas das populações contra a opressão colonial até à independência nacional». O escritor Mendes de Carvalho valorizou a obra, reconhecendo que Álvaro Holden Roberto foi, efectivamente, o Pai do Nacionalismo Angolano, a par de figuras como a rainha Njinga Mbandi, e os reis Mandume e Ngola Kiluange. Enalteceu a coragem de João Paulo Nganga por ter publicado esta obra que retrata as memórias do líder histórico. O acto contou com a presença de antigos combatentes da FNLA, deputados de diversos partidos políticos, historiadores, escritores, professores, membros da sociedade civil, estudantes e personalidades estrangeiras.
[in SA, edicao nr. 322]
1 comment:
Li algures, e sinceramente, já não me lembro onde, daí o algures, que esta biografia teve que ser autorizada pelo próprio JES, depois de analisada.
Sendo assim...
Mas será sempre de ler.
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