DANCEZ!
DANCEZ!
DANCEZ!
BOUJEZ!
BOUJEZ !
BOUJEZ!
[Mama by Wizards of The Desert - Khoisan Aristocracy]
SAUTEZ!
SAUTEZ!
SAUTEZ!
{a ti fankula, y'all!!!}
{QUEM NAO DANCAR MAE DELE E' MBIKA!!!}
BOUJEZ!
BOUJEZ !
BOUJEZ!
[Mama by Wizards of The Desert - Khoisan Aristocracy]
SAUTEZ!
SAUTEZ!
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{a ti fankula, y'all!!!}
{QUEM NAO DANCAR MAE DELE E' MBIKA!!!}
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Leia post inicial "Etnografia de Curral ou Bestialidade Culturral" e comentarios AQUI
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America's Cup Building
Casa da Musica
Dresden Station Redevelopment
Museum of Modern Literature
Savill Building
Young Vic Theatre
America's Cup Building
Casa da Musica
Dresden Station Redevelopment
Museum of Modern Literature
Savill Building
Young Vic Theatre
No inicio de Novembro de 2003, Luiz Inacio Lula da Silva visitou Angola pela primeira vez como Presidentedo Brasil. (…) Quase quatro anos depois, agora no seu segundo mandato, Lula volta a Angola. (…) Embora o tempo tenha passado desde o primeiro encontro, quando Lula pisar o solo angolano encontrara’ um pais ainda em reconstrucao. Nao faltarao assuntos para os encontros.
Os anos sem guerra nao foram suficientes para Angola resolver os seus problemas de infra-estrutura. Ainda falta, por exemplo, agua canalizada e esgoto para boa parte da populacao, e a industria angolana esforca-se para conquistar o seu espaco no mundo globalizado. (…) O Brasil de Lula tambem nao mudou na velocidade desejada. O presidente brasileiro conseguiu, nesses quatro anos, melhorar praticamente todos os indicadores da economia e manter a inflacao controlada. No entanto, o pais ainda esta’ distante do desenvolvimento. A Agua canalizada e o saneamento basico, por exemplo, ainda sao problemas para boa parte da populacao – assim como ocorre em Angola.
Guardadas as devidas proporcoes, Brasil e Angola sao paises que lutam para superar a pobreza. Para os angolanos, os brasileiros parecem mais ricos e desenvolvidos – basta ver a beleza estampada nas novelas da Globo ou da Record. Mas a realidade mostra que dos dois lados do oceano, os desafios sao imensos. Quando estiverem reunidos em Luanda, Lula e Eduardo dos Santos, poderao discutir acordos de cooperacao e – quem sabe? – reflectir sobre a realidade de cada pais. Talvez encontrem, juntos, uma explicacao para o facto de Angola ter sido considerado o 34-o pais mais corrupto do mundo em 2007, de acordo com a Transparencia Internacional. E o Brasil ter ficado na tambem nada honrosa 109-a posicao, entre 180 paises analisados.
Lula e Eduardo dos Santos, tambem, poderao tentar entender por que motivo e’ tao dificil fazer negocios nos dois paises. Num levantamento divulgado recentemente pelo Banco Mundial, o Brasil ficou na 122-a posicao no ranking de facilidade para fazer negocios. Angola, por sua vez, ficou na 167-a posicao, a frente apenas de outros 11 paises. (…) O Brasil, assim como Angola, tem dificuldades em areas como infra-estrutura, saude, transportes e educacao. A diferenca e’ que o Brasil esta’, de certo modo, alguns passos a frente de Angola. O Estado brasileiro, mesmo que apresente deficiencias, e’ democratico. Os seus representantes sao eleitos pelo voto directo e o pais e’ governado por uma Constituicao formal.
Angola, que em muitos aspectos se espelha com o Brasil, ainda luta para tornar a sua vida politica mais dinamica. Recentemente, o governo angolano chegou a sondar o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer para a construcao de uma nova capital para o pais. Niemeyer, ao lado do arquitecto Lucio Costa, foi o responsavel pela construcao de Brasilia, inaugurada em 1960.
Nao se sabe ao certo quando Angola tera’ uma nova capital – e se esta e’ uma prioridade verdadeira para o pais. Mas o proximo encontro em Luanda sera’ uma boa oportunidade para Eduardo dos Santos discutir com Lula um assunto que e’ caro ao presidente brasileiro: o da diminuicao da pobreza e das desigualdades. Tanto Angola quanto o Brasil ainda precisam de resolver as suas deficiencias. E os brasileiros e angolanos teem pressa.
No inicio de Novembro de 2003, Luiz Inacio Lula da Silva visitou Angola pela primeira vez como Presidentedo Brasil. (…) Quase quatro anos depois, agora no seu segundo mandato, Lula volta a Angola. (…) Embora o tempo tenha passado desde o primeiro encontro, quando Lula pisar o solo angolano encontrara’ um pais ainda em reconstrucao. Nao faltarao assuntos para os encontros.
Os anos sem guerra nao foram suficientes para Angola resolver os seus problemas de infra-estrutura. Ainda falta, por exemplo, agua canalizada e esgoto para boa parte da populacao, e a industria angolana esforca-se para conquistar o seu espaco no mundo globalizado. (…) O Brasil de Lula tambem nao mudou na velocidade desejada. O presidente brasileiro conseguiu, nesses quatro anos, melhorar praticamente todos os indicadores da economia e manter a inflacao controlada. No entanto, o pais ainda esta’ distante do desenvolvimento. A Agua canalizada e o saneamento basico, por exemplo, ainda sao problemas para boa parte da populacao – assim como ocorre em Angola.
Guardadas as devidas proporcoes, Brasil e Angola sao paises que lutam para superar a pobreza. Para os angolanos, os brasileiros parecem mais ricos e desenvolvidos – basta ver a beleza estampada nas novelas da Globo ou da Record. Mas a realidade mostra que dos dois lados do oceano, os desafios sao imensos. Quando estiverem reunidos em Luanda, Lula e Eduardo dos Santos, poderao discutir acordos de cooperacao e – quem sabe? – reflectir sobre a realidade de cada pais. Talvez encontrem, juntos, uma explicacao para o facto de Angola ter sido considerado o 34-o pais mais corrupto do mundo em 2007, de acordo com a Transparencia Internacional. E o Brasil ter ficado na tambem nada honrosa 109-a posicao, entre 180 paises analisados.
Lula e Eduardo dos Santos, tambem, poderao tentar entender por que motivo e’ tao dificil fazer negocios nos dois paises. Num levantamento divulgado recentemente pelo Banco Mundial, o Brasil ficou na 122-a posicao no ranking de facilidade para fazer negocios. Angola, por sua vez, ficou na 167-a posicao, a frente apenas de outros 11 paises. (…) O Brasil, assim como Angola, tem dificuldades em areas como infra-estrutura, saude, transportes e educacao. A diferenca e’ que o Brasil esta’, de certo modo, alguns passos a frente de Angola. O Estado brasileiro, mesmo que apresente deficiencias, e’ democratico. Os seus representantes sao eleitos pelo voto directo e o pais e’ governado por uma Constituicao formal.
Angola, que em muitos aspectos se espelha com o Brasil, ainda luta para tornar a sua vida politica mais dinamica. Recentemente, o governo angolano chegou a sondar o arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer para a construcao de uma nova capital para o pais. Niemeyer, ao lado do arquitecto Lucio Costa, foi o responsavel pela construcao de Brasilia, inaugurada em 1960.
Nao se sabe ao certo quando Angola tera’ uma nova capital – e se esta e’ uma prioridade verdadeira para o pais. Mas o proximo encontro em Luanda sera’ uma boa oportunidade para Eduardo dos Santos discutir com Lula um assunto que e’ caro ao presidente brasileiro: o da diminuicao da pobreza e das desigualdades. Tanto Angola quanto o Brasil ainda precisam de resolver as suas deficiencias. E os brasileiros e angolanos teem pressa.
Ao ler as entrevistas, o leitor penetrará no submundo da marginalidade, numa cidade onde a marginalização social é endémica. O leitor tomará consciência da forma como se opera a discriminação dos marginalizados sociais e da forma como estes interagem com os demais, para garantia da sobrevivência. Verificará ainda de que forma as instituições do Estado são avaliadas, fundamentalmente devido ao esquecimento a que são votados os portadores de deficiência física – muitos deles, com deficiência adquirida devido a terem tomado parte de confrontos armados pela salvaguarda da integridade territorial, em nome desse mesmo Estado.
Com este livro, o leitor da cidade de Luanda (e de outras cidades de média dimensão de Angola) passa a ter elementos acerca de um mundo normalmente desconhecido, onde se chega ao extremo de alguns antigos oficiais das Forças Armadas se verem forçados a pôr de lado o “orgulho de oficial”, para se vergarem à mendicidade e aos riscos que daí advêm par a sua integridade psicológica. A decisão de publicação das entrevistas deve-se ao facto de elas conterem elementos que podem ter utilidade para investigadores e estudantes de vários domínios do saber, com particular destaque para a antropologia, linguística, psicologia (não apenas social) e sociologia.
Espero que este livro venha a contribuir para a sensibilização da sociedade angolana para o drama vivido pelos portadores de deficiência física – que, tal como descrevo em Exclusão Social em Angola. O caso dos deficientes físicos de Luanda [Edições Kilombelombe, Luanda, 2007] – são dos grupos mais atingidos pela situação de exclusão social em Luanda (e em Angola).
O autor
Ao ler as entrevistas, o leitor penetrará no submundo da marginalidade, numa cidade onde a marginalização social é endémica. O leitor tomará consciência da forma como se opera a discriminação dos marginalizados sociais e da forma como estes interagem com os demais, para garantia da sobrevivência. Verificará ainda de que forma as instituições do Estado são avaliadas, fundamentalmente devido ao esquecimento a que são votados os portadores de deficiência física – muitos deles, com deficiência adquirida devido a terem tomado parte de confrontos armados pela salvaguarda da integridade territorial, em nome desse mesmo Estado.
Com este livro, o leitor da cidade de Luanda (e de outras cidades de média dimensão de Angola) passa a ter elementos acerca de um mundo normalmente desconhecido, onde se chega ao extremo de alguns antigos oficiais das Forças Armadas se verem forçados a pôr de lado o “orgulho de oficial”, para se vergarem à mendicidade e aos riscos que daí advêm par a sua integridade psicológica. A decisão de publicação das entrevistas deve-se ao facto de elas conterem elementos que podem ter utilidade para investigadores e estudantes de vários domínios do saber, com particular destaque para a antropologia, linguística, psicologia (não apenas social) e sociologia.
Espero que este livro venha a contribuir para a sensibilização da sociedade angolana para o drama vivido pelos portadores de deficiência física – que, tal como descrevo em Exclusão Social em Angola. O caso dos deficientes físicos de Luanda [Edições Kilombelombe, Luanda, 2007] – são dos grupos mais atingidos pela situação de exclusão social em Luanda (e em Angola).
O autor
A COMMENT ON ISSA SHIVJI’S CRITIQUE OF MO IBRAHIM’S PRIZE
(Read Article Here)
Cinema and Audiovisuals: The TPA (Public Television) show “Conversas de Quintal”
Dance: Group “Bismas das Acacias”, from the Benguela province
Literature: Poet Ana Paula Tavares for “Manual para Amantes Desesperados”
Music: Singer and composer Elias Dya Kimuezo for his lifelong work
Visual Arts: Painter and sculptor Rui de Matos (posthumously)
Research in the Human and Social Sciences: Antonio Costa for his investigation on the relationship between the Portuguese and Bantu languages
Theater: Group “Horizonte Njinga Mbande”
Personally, while congratulating the winners, I look forward to a time when privately-sponsored awards of this kind will come along to promote an even greater quality and diversity (specially political) in each of the currently considered, and possibly other, categories.
Cinema and Audiovisuals: The TPA (Public Television) show “Conversas de Quintal”
Dance: Group “Bismas das Acacias”, from the Benguela province
Literature: Poet Ana Paula Tavares for “Manual para Amantes Desesperados”
Music: Singer and composer Elias Dya Kimuezo for his lifelong work
Visual Arts: Painter and sculptor Rui de Matos (posthumously)
Research in the Human and Social Sciences: Antonio Costa for his investigation on the relationship between the Portuguese and Bantu languages
Theater: Group “Horizonte Njinga Mbande”
Personally, while congratulating the winners, I look forward to a time when privately-sponsored awards of this kind will come along to promote an even greater quality and diversity (specially political) in each of the currently considered, and possibly other, categories.