Friday, 5 November 2010

Just Poetry XXX

CANÇÃO DA LUNA


Cobriste-me de espuma
e traçaste para mim uma linha
na bruma
não sei para me defenderes de quê
mas preferia que me cantasses
a canção da Luna:
não te negues
que os chuis já só correm em estafetas
testemunhadas pelos ex-casse-têtes
e os cães de polícias passaram
a apanha-bolas nos estádios de futebol
e
cada soldado tem apenas
a honrosa e paternal missão
de velar por um ninho de pássaros.

Mas volta aqui e poisa a mão,
talvez me convença assim
de que chorar já
não vale um sopro
e me disponha a esperar pelo dia
em que me posses trazer
em primeira mão
a notícia do fim da CORRIDA.


A.S. in S.O.S.

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