Monday, 16 May 2011

Afinale...



Perante estas declaracoes:


"Apenas quatro ou cinco dos 22 bancos existentes actualmente em Angola irão sobreviver aos próximos vendavais. Os restantes serão absorvidos pelos maiores."

"A Banca não pode ser gerida com fretes."


Fernando Teles - Presidente do BIC

[Aqui]



... Parece que nao foram apenas a minha "arrogancia ignorante" e "atrevimento" de "preta pretensiosa" que um dia ate' "teve o topete" de se querer "armar em bancaria" quando, supostamente, "nem sequer era capaz de explicar economics for dummies", que, ha' cerca de 5 anos, me levaram a tecer estas consideracoes:

"Enquanto o espaço entre a economia real e a monetária continuar a ser intermediado por uma classe de cartelistas comerciais com licenças práticamente exclusivas de importação e um sector bancário mais efusivo do que um festival de fogo de artifício na Times Square de New York ou na City de Londres – uns formando os preços dos bens de consumo e outros manipulando o preço do dinheiro (as taxas de juro) e dos serviços, mas, em todo o caso, todos fazendo-o com doses generosas de especulação e arbitrariedade, enquanto o governo parece fazer pouco mais do que observar (e aproveitar?) essa efervescência, mais espumosa do que substantiva, qual assistente de um jogo de tênis – não só a comendável contenção da inflação demorará a traduzir-se efectivamente em diminuição do custo de vida e melhoria tangível do nível de vida geral dos Angolanos, como também dificilmente atingirá o desejável nível de estabilização necessário à sustentação de um qualquer plano de desenvolvimento a longo prazo.

[…]

Em suma, estamos perante uma economia ostentando um enorme “gap”, potencialmente suicidário (a menos que o sector secundário comece realmente a reerguer-se em força no mais curto prazo) entre os sectores primário (extractivo e exportador) e o terciário (liderado pela banca), o qual, à semelhança de qualquer dos balões de ar que venhem rebentando episódicamente nos mercados financeiros e de capitais internacionais, poderá estoirar quando menos se esperar ou, na melhor das hipóteses, continuar ainda por muito tempo a fluctuar, qual economia virtual, acima do real alcance do cidadão comum."

[AQUI]


... E' que, parece que (finalmente!) o fogo de artificio, a espuma do champagne e os baloes de ar se comecam a dissipar...

Enfim, talvez apenas uma outra variacao do tema "A Irresponsabilidade do Vazio... Ou... Ignorancia, Ou O Insustentavel Peso do Nao Ser"...


Sorry about that!



Perante estas declaracoes:


"Apenas quatro ou cinco dos 22 bancos existentes actualmente em Angola irão sobreviver aos próximos vendavais. Os restantes serão absorvidos pelos maiores."

"A Banca não pode ser gerida com fretes."


Fernando Teles - Presidente do BIC

[
Aqui]



... Parece que nao foram apenas a minha "arrogancia ignorante" e "atrevimento" de "preta pretensiosa" que um dia ate' "teve o topete" de se querer "armar em bancaria" quando, supostamente, "nem sequer era capaz de explicar economics for dummies", que, ha' cerca de 5 anos, me levaram a tecer estas consideracoes:

"Enquanto o espaço entre a economia real e a monetária continuar a ser intermediado por uma classe de cartelistas comerciais com licenças práticamente exclusivas de importação e um sector bancário mais efusivo do que um festival de fogo de artifício na Times Square de New York ou na City de Londres – uns formando os preços dos bens de consumo e outros manipulando o preço do dinheiro (as taxas de juro) e dos serviços, mas, em todo o caso, todos fazendo-o com doses generosas de especulação e arbitrariedade, enquanto o governo parece fazer pouco mais do que observar (e aproveitar?) essa efervescência, mais espumosa do que substantiva, qual assistente de um jogo de tênis – não só a comendável contenção da inflação demorará a traduzir-se efectivamente em diminuição do custo de vida e melhoria tangível do nível de vida geral dos Angolanos, como também dificilmente atingirá o desejável nível de estabilização necessário à sustentação de um qualquer plano de desenvolvimento a longo prazo.

[…]

Em suma, estamos perante uma economia ostentando um enorme “gap”, potencialmente suicidário (a menos que o sector secundário comece realmente a reerguer-se em força no mais curto prazo) entre os sectores primário (extractivo e exportador) e o terciário (liderado pela banca), o qual, à semelhança de qualquer dos balões de ar que venhem rebentando episódicamente nos mercados financeiros e de capitais internacionais, poderá estoirar quando menos se esperar ou, na melhor das hipóteses, continuar ainda por muito tempo a fluctuar, qual economia virtual, acima do real alcance do cidadão comum."

[AQUI]


... E' que, parece que (finalmente!) o fogo de artificio, a espuma do champagne e os baloes de ar se comecam a dissipar...

Enfim, talvez apenas uma outra variacao do tema "A Irresponsabilidade do Vazio... Ou... Ignorancia, Ou O Insustentavel Peso do Nao Ser"...


Sorry about that!

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