Numa década sem guerra, tem sido possível resolver alguns problemas mas tem crescido paralelamente e em proporções desiguais as diferenças sociais. É isso que tem motivado alguma agitação política nos últimos tempos, com os protestos dos jovens, na ausência de iniciativas credíveis da oposição política que prefere ir a reboque desse movimento a ver se o poder cai na rua! Não caiu, nem vai cair até porque quem se apresenta com casa nova para acomodar esses inconformados diz já não recorrer ao gatilho para se constituir governo. O recurso, promete, será pacific e democrático para tirar do poder quem o exerce sem nunca ter sido eleito. Como os políticos são de memória curta, se calhar convinha lembrar que em 1992 houve um vencedor claro das eleições parlamentares e que a eleição presidencial não se concluiu exactamente, porque, tal como naquela época, as mesmas pessoas que aspiram o lugar anunciaram o regresso à guerra. Pior que isso, cumpriram, mandando para as calendas gregas, eleições e tudo o que tivesse a ver com uma solução política do diferendo.
E foi nesse exercício de paz, que o agora candidato se bateu para substituir o Mano Mais Velho na liderança da organização que ajudou a montar e de que foi um dos rostos mais visíveis.
No jogo democrático perdeu para a concorrência e, qual mau perdedor, bateu democraticamente com a porta e foi construir a sua própria casa, onde é o líder e eleito democraticamente em lista única!
Na hora da saída, não se lhe ouviram recriminações nem questionamentos sobre ter estado numa organização, que ajudou a projectar, com um líder que na altura já levava 36 anos de chefia.
Agora, como candidato, está no direito de dizer que 32 anos é muito tempo e há que mudar, pacífica e democraticamente.
É isso mesmo: viva a paz, porque se prosseguissem as profecias de alguns a esta hora a democracia estaria no ralo, divididos que estávamos em radicais, moderados e piratas, cada um a tentar impor a sua lei no pedaço de território que controlava.
Venham as eleições, possíveis graças a paz que alguns não queriam, e o povo que decida!
PS: Com este Editorial e a partir da próxima semana, cesso as minhas funções de director do semanário Novo Jornal, pela combinação de vários interesses pessoais, profissionais e outros.
Victor Silva - Editorial do Novo Jornal - 06/04/02
{De fakto…}
"Nem sempre teremos sido tão imparciais como seria exigível. Nem sempre teremos sido tão rigorosos quanto seria recomendável. Teremos, porventura, cometido erros de análise ou resvalado para alguns excessos.
Não nos custa reconhecer as nossas falhas. Desde logo porque soubemos e saberemos sempre ir ao confessionário e penitenciarmo-nos perante os leitores, o nosso principal e único juiz."
{… Nesse “pais di meu” ke certos eternos betinhos da Vila Alice e korredores de fundo "demasiado independentes" lhe receberam kum ele de heranca dos meus ancestrais... a falta de vergonha na kara nao mata!...}
"Do que, no entanto, não nos podem acusar é de termos sucumbido aos apetites do sensacionalismo, aos assassinatos de carácter, ao insulto, à ofensa ou à violação dos direitos de privacidade."
Gustavo Costa
{... Muito antes pelo contrario: os kriminosos sem kastigo... os sub-rapazes (des?)komplexados (re!)kolonizados e os 'boys koisifikados' das escutas e vigias...ke nunka se meteram na vida privada de ninguem... nem nunka "lincharam" ninguem... mas ke mentem kom kwantos dentes teem na boka... nao so' sao INTOCAVEIS(!)... como, tal e kwale kumo a korrupcao...
estao sempre a subir!!!
Porque, afinale... kamarao ke dorme... a onda leva!!!}
"A New Media Angola, S.A., empresa proprietária do semanário Novo Jornal, em Assembleia-Geral de accionistas de 10 de Abril de 2012, nomeou os novos órgãos sociais para o triénio 2012-2015 e designou, para Director do Novo Jornal, Gustavo Costa...
Ao anterior Director, Victor Silva, que cessa funções a partir desta data, a New Media Angola agradece o trabalho desenvolvido em prol do Novo Jornal, desejando-lhe as maiores venturas na sua carreira profissional."
[imagem daqui]
KURIBOTA
Kuribota, kuribota
seu invejoso
kuribota, kuribota
nao tens vergonha
kuribota, kuribota
grande planista
kuribota, kuribota
finjido!
Tanto falaste de mim
tantos ditos e malditos
quizeste vender minha alma
em troca do dinheiro
quizeste vender minha vida
em troca do teu bem estar
Kuribota!
Falas mal de uma mulher
sem lhe conheceres sequer
falas mal de um bom amigo
ja' nao sabes sequer
quem bem te quer
Kuribota, kuribota
seu invejoso
kuribota, kuribota
nao tens vergonha
kuribota, kuribota
grande planista
kuribota, kuribota
finjido!
Waldemar Bastos
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