Thursday, 23 October 2008

KUNDERA E O INSUSTENTAVEL PESO DA DENUNCIA

"Estou completamente estupefacto perante algo que eu nao esperava, sobre o qual nada sabia ate’ ontem e que nao aconteceu." Assim reagiu Milan Kundera a recentes alegacoes de que ele teria sido um colaborador da policia secreta do regime comunista Tcheco.
Segundo tais alegacoes, em 1950 Kundera tera’ denunciado um compatriota seu, Miroslav Dvoracek , como “espiao ao servico do ocidente”, vindo este a escapar a pena de morte por um triz, tendo no entanto sido condenado a 22 anos de prisao, dos quais cumpriu 14 num campo de trabalhos forcados.

Miroslav Dvoracek era na altura um jovem aviador que havia desertado do exercito Tcheco e, depois do golpe comunista de 1948, fugido para a Alemanha, onde tera’ sido recrutado pelos servicos de inteligencia sobre a Tchecoslovaquia patrocinados pelos EUA. A 14 de Marco de 1950, enquanto efectuava, sob camuflagem, uma visita a Praga, Dvoracek tera’ sido denunciado a policia por Kundera. No entanto, Kundera afirma que “nao conhecia o homem de todo” e que tais alegacoes constituem “o assassinato de um autor.”

Kundera foi um entusiasta do regime comunista nos seus primeiros anos, mas cedo esfriou tal entusiasmo, vindo a ser expulso do Partido Comunista Tcheco por “actividades anti-comunistas” no mesmo ano em que aconteceu a alegada traicao de Dvoracek . Tornou-se entao uma “figura de odio” do partido ate’ que, em 1975, fugiu da sua Tchecoslovaquia natal para a Franca, de onde viria a ganhar fama internacional como escritor de obras com um forte pendor anti-comunista.

[Mais detalhes aqui]
"Estou completamente estupefacto perante algo que eu nao esperava, sobre o qual nada sabia ate’ ontem e que nao aconteceu." Assim reagiu Milan Kundera a recentes alegacoes de que ele teria sido um colaborador da policia secreta do regime comunista Tcheco.
Segundo tais alegacoes, em 1950 Kundera tera’ denunciado um compatriota seu, Miroslav Dvoracek , como “espiao ao servico do ocidente”, vindo este a escapar a pena de morte por um triz, tendo no entanto sido condenado a 22 anos de prisao, dos quais cumpriu 14 num campo de trabalhos forcados.

Miroslav Dvoracek era na altura um jovem aviador que havia desertado do exercito Tcheco e, depois do golpe comunista de 1948, fugido para a Alemanha, onde tera’ sido recrutado pelos servicos de inteligencia sobre a Tchecoslovaquia patrocinados pelos EUA. A 14 de Marco de 1950, enquanto efectuava, sob camuflagem, uma visita a Praga, Dvoracek tera’ sido denunciado a policia por Kundera. No entanto, Kundera afirma que “nao conhecia o homem de todo” e que tais alegacoes constituem “o assassinato de um autor.”

Kundera foi um entusiasta do regime comunista nos seus primeiros anos, mas cedo esfriou tal entusiasmo, vindo a ser expulso do Partido Comunista Tcheco por “actividades anti-comunistas” no mesmo ano em que aconteceu a alegada traicao de Dvoracek . Tornou-se entao uma “figura de odio” do partido ate’ que, em 1975, fugiu da sua Tchecoslovaquia natal para a Franca, de onde viria a ganhar fama internacional como escritor de obras com um forte pendor anti-comunista.

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