África do Sul: Tropas que lutaram na Namíbia e Angola são excluídos de memorial
Pretória, 20/12 - Os soldados sul-africanos que perderam a vida em combate em Angola e na Namíbia ao serviço do regime minoritário branco de Pretória não serão mencionados no memorial inaugurado no Parque da Liberdade, fez saber terça-feira o director-executivo do novo mausoléu.Em declarações ao jornal de língua afrikaans "Beeld", Mongane Wally Serote esclareceu que os criadores e gestores do Parque da Liberdade consideram que os cubanos que morreram em combate ao serviço de Angola têm o direito a ter os seus nomes inscritos no memorial à liberdade, mas que todos que combateram contra cubanos e angolanos nos territórios de Angola ou do antigo Sudoeste Africano (hoje Namíbia) não merecem tal honra.Para Serote, os que serviram o regime do "apartheid" nos conflitos dos anos 70 e 80 nas fronteiras regionais "não serviram a liberdade nem a dignidade humana". "Não ignoramos o papel que desempenharam e permitiremos que o nosso povo debata a questão. Em última análise serão os sul-africanos a decidir se esses soldados merecem ser honrados", referiu o director-executivo do Parque da Liberdade, admitindo não ter dúvidas de que os cubanos que combateram na região desempenharam um papel importante na derrota do "apartheid" e que, por isso, merecem ser recordados. "Nunca foi nossa intenção honrar aqueles que se opuseram à liberdade e à dignidade humana", concluíu Wally Serote. O Parque da Liberdade, em Pretória, foi inaugurado pelo presidente Thabo Mbeki no passado sábado. No acto solene da inauguração, que contou com a presença, para além do Chefe do Estado, de membros do Governo, diplomatas e outros altos dignitários africanos e europeus, o presidente da Câmara de Tshwane (a área metropolitana de Pretória), Gwen Ramakgopa, referiu que o parque e o seu mausoléu são um tributo a todos aqueles, brancos e negros, que pagaram com o sacrifício supremo a sua participação na luta pela liberdade. "Isikhumbutu (o nome dado ao mausoléu) faz-nos a todos sentir que caminhamos com dignidade à medida que construímos uma Nação com uma visão comum", afirmou na ocasião Ramakgopa. O presidente Mbeki acendeu no local a "chama eterna", que simboliza a constante luta pelos ideais da justiça e liberdade. De acordo ainda com a Lusa, foram muitos os portugueses que, antes e depois das independências de Angola e Moçambique, se alistaram nas forças armadas sul-africanas e combateram contra os movimentos de libertação sul-africanos e os exércitos angolano e cubano que os apoiavam.Fonte: Angop/Lusa
Pretória, 20/12 - Os soldados sul-africanos que perderam a vida em combate em Angola e na Namíbia ao serviço do regime minoritário branco de Pretória não serão mencionados no memorial inaugurado no Parque da Liberdade, fez saber terça-feira o director-executivo do novo mausoléu.Em declarações ao jornal de língua afrikaans "Beeld", Mongane Wally Serote esclareceu que os criadores e gestores do Parque da Liberdade consideram que os cubanos que morreram em combate ao serviço de Angola têm o direito a ter os seus nomes inscritos no memorial à liberdade, mas que todos que combateram contra cubanos e angolanos nos territórios de Angola ou do antigo Sudoeste Africano (hoje Namíbia) não merecem tal honra.Para Serote, os que serviram o regime do "apartheid" nos conflitos dos anos 70 e 80 nas fronteiras regionais "não serviram a liberdade nem a dignidade humana". "Não ignoramos o papel que desempenharam e permitiremos que o nosso povo debata a questão. Em última análise serão os sul-africanos a decidir se esses soldados merecem ser honrados", referiu o director-executivo do Parque da Liberdade, admitindo não ter dúvidas de que os cubanos que combateram na região desempenharam um papel importante na derrota do "apartheid" e que, por isso, merecem ser recordados. "Nunca foi nossa intenção honrar aqueles que se opuseram à liberdade e à dignidade humana", concluíu Wally Serote. O Parque da Liberdade, em Pretória, foi inaugurado pelo presidente Thabo Mbeki no passado sábado. No acto solene da inauguração, que contou com a presença, para além do Chefe do Estado, de membros do Governo, diplomatas e outros altos dignitários africanos e europeus, o presidente da Câmara de Tshwane (a área metropolitana de Pretória), Gwen Ramakgopa, referiu que o parque e o seu mausoléu são um tributo a todos aqueles, brancos e negros, que pagaram com o sacrifício supremo a sua participação na luta pela liberdade. "Isikhumbutu (o nome dado ao mausoléu) faz-nos a todos sentir que caminhamos com dignidade à medida que construímos uma Nação com uma visão comum", afirmou na ocasião Ramakgopa. O presidente Mbeki acendeu no local a "chama eterna", que simboliza a constante luta pelos ideais da justiça e liberdade. De acordo ainda com a Lusa, foram muitos os portugueses que, antes e depois das independências de Angola e Moçambique, se alistaram nas forças armadas sul-africanas e combateram contra os movimentos de libertação sul-africanos e os exércitos angolano e cubano que os apoiavam.Fonte: Angop/Lusa
2 comments:
Amiga
Deixo votos de um Natal intensamente Feliz e um Ano Novo cheio de saúde, prosperidade e sucesso.
Abraço.
Obrigada amigo Cacusso, companheiro de jornada na blogosfera... Retribuo-lhe calorosamente os votos de Feliz Natal e um 2007 cheio de Prosperidade! Fico-lhe duplamente grata por, mais uma vez, me demonstrar que neste ambiente 'rarefeito' da blogosfera comentarios so venhem de quem realmente entende a sua importancia (...) e, por isso, quando venhem sao mesmo de se festejar!!!
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