Saturday 1 August 2009

LUANDANDO (XI)

CONVERSA NA PADARIA

Ia fotografando estes paineis, um por um, quando comecei a sentir aquele aroma irresistivel a pao quente que se foi tornando mais intenso a medida que avancava ao longo daquelas vias de extincao, apressando-me...

Extintas as vias, se dei encontro com a padaria - bem, mais 'deposito de pao', como se chamavam esses nos outros tempos…
Pao quente, uniformes brancos dos pes a cabeca... bicha, kanvwanza? Nada…
Em Luanda?
Definitivamente, novos tempos.

Mas nao havia tempo, nem atencao, para os clientes: so’ olhos e ouvidos para a TV onde se anunciava que o Papa viria falar de “novos tempos”… Mas enquanto ele nao vinha, o assunto quente era a primeira pagina do semanario que trazia a imagem do dito e citacoes da sua primeira mensagem ao pais. Porque? Pergunta o cliente, mais acusando o Papa de vir agora mandar nos jornais: assim entao ele ja’ e’ que e’ o dono, ne’?! O Mais Novo: Mas voce nao entendes que nao foi ele que mandou o jornal por isso ai? Isso sao mesmo os jornalistas que fazem!

O cliente, inconformado, 'blasfema': Esse so’ veio aqui maze’ trazer feitico, ohme'!
E abandonou a cena. Bazou.

As atencoes voltam a concentrar-se na TV, onde um entrevistado diz “estamos muito felizes e honrados por termos aqui o Santo Padre, o Nosso Pai”. O Mais Velho atira: Nosso pai, nosso pai!… Ele e' que te fez, ele e' que te nasceu?!

Bom, finalmente la’ consigo atrair a atencao do Mais Novo, que me vende um pao, uma garrafinha de agua fresca e um pacote de sumo.

Pao quente e agua fresca… souberam-me tao bem enquanto prosseguia luandando!

Entretanto, alguem me mandou essa foto de um qualquer outro pais por onde o Papa havia passado nessa sua digressao. Feitico contra o feiticeiro, diria o nosso 'blasfemo' cliente luandense…

CONVERSA NA PADARIA

Ia fotografando
estes paineis, um por um, quando comecei a sentir aquele aroma irresistivel a pao quente que se foi tornando mais intenso a medida que avancava ao longo daquelas vias de extincao, apressando-me...

Extintas as vias, se dei encontro com a padaria - bem, mais 'deposito de pao', como se chamavam esses nos outros tempos…
Pao quente, uniformes brancos dos pes a cabeca... bicha, kanvwanza? Nada…
Em Luanda?
Definitivamente, novos tempos.

Mas nao havia tempo, nem atencao, para os clientes: so’ olhos e ouvidos para a TV onde se anunciava que o Papa viria falar de “novos tempos”… Mas enquanto ele nao vinha, o assunto quente era a primeira pagina do semanario que trazia a imagem do dito e citacoes da sua primeira mensagem ao pais. Porque? Pergunta o cliente, mais acusando o Papa de vir agora mandar nos jornais: assim entao ele ja’ e’ que e’ o dono, ne’?! O Mais Novo: Mas voce nao entendes que nao foi ele que mandou o jornal por isso ai? Isso sao mesmo os jornalistas que fazem!

O cliente, inconformado, 'blasfema': Esse so’ veio aqui maze’ trazer feitico, ohme'!
E abandonou a cena. Bazou.

As atencoes voltam a concentrar-se na TV, onde um entrevistado diz “estamos muito felizes e honrados por termos aqui o Santo Padre, o Nosso Pai”. O Mais Velho atira: Nosso pai, nosso pai!… Ele e' que te fez, ele e' que te nasceu?!

Bom, finalmente la’ consigo atrair a atencao do Mais Novo, que me vende um pao, uma garrafinha de agua fresca e um pacote de sumo.

Pao quente e agua fresca… souberam-me tao bem enquanto prosseguia luandando!

Entretanto, alguem me mandou essa foto de um qualquer outro pais por onde o Papa havia passado nessa sua digressao. Feitico contra o feiticeiro, diria o nosso 'blasfemo' cliente luandense…

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