ANTES...
“Aconteca o que acontecer, uma coisa e’ certa, Francisca Espirito Santo e’ a primeira mulher em Angola a ser nomeada pelo Presidente da Republica para dirigir os destinos de uma Provincia. No inicio de Fevereiro, ela foi nomeada governadora interina de Luanda, em substituicao de Job Capapinha.
Ate’ entao vice-governadora de Luanda, Francisca Espirito Santo ascende tambem pela primeira vez ao patamar alto da governacao, apos ter sido ja’ vice-Ministra da Educacao. De trato afavel e comunicativa, Francisca Espirito Santo nao esconde o peso da empreitada colocada agora sobre os seus ombros, sobretudo quando se tem em conta que Luanda e’ das provincias que mais sofre pressao, cuja governacao acusa a influencia de estar aqui instalado o poder central, onde a falta de clarificacao das regras de jogo permite atropelos de competencias. So’ assim se compreende, alias, que ate’ ao momento, em pouco mais de trinta anos de independencia, a Provincia de Luanda ja’ tenha visto passar pela cadeira do poder 15 governadores, numa media de 2 anos para cada um. Francisca Espirito Santo engorda com Luanda o seu curriculum, almofadado do ponto de vista politico com o facto de ser membro do Comite’ Central do MPLA, o Partido no poder.”
[Aqui]
E DEPOIS...
"Uma Governadora que não deixa saudades"
(...)
No caso concreto da ex-Governadora de Luanda tais palavras encaixam-se bem na anterior apreciação preliminar que já aqui fizémos sobre o seu desempenho, descontando todas as sobreposições, usurpações e bloqueios institucionais e orçamentais que sabemos serem mais do que muitos e que acabam por transformar a gestão da capital numa missão impossível.
Ajusta-se assim na perfeição a bombástica apreciação feita por Bento Bento, segundo a qual o GPL é "um cemitério de quadros".
Mas mesmo com este e outros descontos, as coisas não mudam muito de figura a favor da gestão de FES, pois o que está em causa nesta altura é a transparência, a moralização e a equidade, como sendo os pressupostos da boa governação/administração da coisa pública.
(...)
No caso do GPL e em nosso entender, não se trata tanto do assalto directo ao tesouro público (cabritismo). Aqui o ataque é sobretudo dirigido aos cidadãos e aos empresários/investidores (gasosa).
A área do licenciamento das obras, numa cidade que voltou a crescer de forma extraordinária, tem sido a grande mina de enriquecimento ilícito de um conjunto de funcionários da base ao topo. É um ver se te avias. É até fartar, vilanagem...
(...)
De uma forma geral o cidadão sente no seu quotidiano que há claramente uma "privatização" do Estado angolano, sendo os governos provinciais e as administrações municipais "bons exemplos" desta dura e traiçoeira realidade.
Contariando todas as nossas expectativas iniciais no que toca a moralização da administração, sentimos que durante o consulado de FES estes e outros ataques aos bolsos dos munícipes, conheceram um incremento considerável, tanto em quantidade, como em qualidade (valor monetário).
A corrupção atingiu efectivamente patamares nunca antes vistos, tendo em conta os elevadíssimos montantes envolvidos nas diferentes "transacções" ocorridas na área do licenciamento das obras. Destes montantes nem um chavo foi parar às contas do Estado.
(...)
Definitivamente, Francisca do Espírito Santo não vai deixar muitas saudades.
Ela corre o sério risco de ficar na história apenas como tendo sido a primeira mulher que governou o "planeta" Luanda.
E pouco mais, se quisermos ser simpáticos...
[Aqui]
***
[Passando por aqui, por aqui e por aqui ]
“Aconteca o que acontecer, uma coisa e’ certa, Francisca Espirito Santo e’ a primeira mulher em Angola a ser nomeada pelo Presidente da Republica para dirigir os destinos de uma Provincia. No inicio de Fevereiro, ela foi nomeada governadora interina de Luanda, em substituicao de Job Capapinha.
Ate’ entao vice-governadora de Luanda, Francisca Espirito Santo ascende tambem pela primeira vez ao patamar alto da governacao, apos ter sido ja’ vice-Ministra da Educacao. De trato afavel e comunicativa, Francisca Espirito Santo nao esconde o peso da empreitada colocada agora sobre os seus ombros, sobretudo quando se tem em conta que Luanda e’ das provincias que mais sofre pressao, cuja governacao acusa a influencia de estar aqui instalado o poder central, onde a falta de clarificacao das regras de jogo permite atropelos de competencias. So’ assim se compreende, alias, que ate’ ao momento, em pouco mais de trinta anos de independencia, a Provincia de Luanda ja’ tenha visto passar pela cadeira do poder 15 governadores, numa media de 2 anos para cada um. Francisca Espirito Santo engorda com Luanda o seu curriculum, almofadado do ponto de vista politico com o facto de ser membro do Comite’ Central do MPLA, o Partido no poder.”
[Aqui]
E DEPOIS...
"Uma Governadora que não deixa saudades"
(...)
No caso concreto da ex-Governadora de Luanda tais palavras encaixam-se bem na anterior apreciação preliminar que já aqui fizémos sobre o seu desempenho, descontando todas as sobreposições, usurpações e bloqueios institucionais e orçamentais que sabemos serem mais do que muitos e que acabam por transformar a gestão da capital numa missão impossível.
Ajusta-se assim na perfeição a bombástica apreciação feita por Bento Bento, segundo a qual o GPL é "um cemitério de quadros".
Mas mesmo com este e outros descontos, as coisas não mudam muito de figura a favor da gestão de FES, pois o que está em causa nesta altura é a transparência, a moralização e a equidade, como sendo os pressupostos da boa governação/administração da coisa pública.
(...)
No caso do GPL e em nosso entender, não se trata tanto do assalto directo ao tesouro público (cabritismo). Aqui o ataque é sobretudo dirigido aos cidadãos e aos empresários/investidores (gasosa).
A área do licenciamento das obras, numa cidade que voltou a crescer de forma extraordinária, tem sido a grande mina de enriquecimento ilícito de um conjunto de funcionários da base ao topo. É um ver se te avias. É até fartar, vilanagem...
(...)
De uma forma geral o cidadão sente no seu quotidiano que há claramente uma "privatização" do Estado angolano, sendo os governos provinciais e as administrações municipais "bons exemplos" desta dura e traiçoeira realidade.
Contariando todas as nossas expectativas iniciais no que toca a moralização da administração, sentimos que durante o consulado de FES estes e outros ataques aos bolsos dos munícipes, conheceram um incremento considerável, tanto em quantidade, como em qualidade (valor monetário).
A corrupção atingiu efectivamente patamares nunca antes vistos, tendo em conta os elevadíssimos montantes envolvidos nas diferentes "transacções" ocorridas na área do licenciamento das obras. Destes montantes nem um chavo foi parar às contas do Estado.
(...)
Definitivamente, Francisca do Espírito Santo não vai deixar muitas saudades.
Ela corre o sério risco de ficar na história apenas como tendo sido a primeira mulher que governou o "planeta" Luanda.
E pouco mais, se quisermos ser simpáticos...
[Aqui]
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[Passando por aqui, por aqui e por aqui ]
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[Enfim... Um Adeus com "Essencia de Flor da Manha"... Ufff!]
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