Wednesday, 1 December 2010

UM FILME DE TERROR



[imagem daqui]


… O plot passa-se na Lua e comeca quando uma madame (por sinal, branca), ja’ de certa idade e com apelido castelhano, tentando por fim aos seus longos meses de solidao na sua alcova decide emitir uma “ordem de recrutamento” para um certo poeta errante, mais conhecido por Incrivel Svengali. Mas este, igualmente determinado a por fim aos seus proprios longos anos de solidao, responde-lhe que nao esta’ disponivel por se encontrar totalmente dedicado a sua recem-conquistada gazela

A madame, inconsolada, requisita entao ao Svengali, atraves de um certo minion, que lhe mande de encomenda urgente o seu mais proximo mestrando: um empregado de seguros que, nas horas vagas, se dedica ao oficio de 'pintor auto-didacta' e drug dealer. E se assim o requisitou, assim o obteve.

Mas, nao satisfeita com a aquisicao de um “second best”, a madame continua a sua caca pelo fruto, por si e por muitas outras intelectualoides e belles de jour locais, mais desejado: o Incrivel Svengali… Vai dai, um belo dia (ou melhor, uma bela noite…), o poeta errante e a gazela vao a caminho de casa vindos de uma festa, em que a gazela, unica negra presente – como sempre o era em todos os circulos que com ele frequentava (excepto quando ela o levava a alguns dos seus proprios circulos, como quando foram comer um funge de domingo a casa do seu tio-padrinho Pepe', a quem o poeta errante chamava tio Fefe'...) –, exalta animos (tanto bons, como perversos e maquiavelicos…) com as suas longas trancas africanas enfeitadas de missangas e a sua veste de cetim preto sobre o seu corpo juvenil… Eis entao que, sem saberem de onde, como, ou porque, sao “barrados”, ja’ bem perto de casa, por um carro conduzido por um certo mundele de apelido “Maluco”, que tras a seu lado a madame e no banco de tras dois outros esbirros

Bom, o que se seguiu foi pura e simplesmente para esquecer (… filme de terror, remember? ...), excepto que o poeta errante e a gazela foram salvos in extremis do 'holocausto' por um (k)night rider numa potente mota (Harley Davidson?) que, por acaso, morava no predio ao lado do deles…

Porem, mais anos passados, a madame ainda mais inconsolada com o desafecto do seu “second best” – que entretanto bazara para as meloias, onde se tornaria porteiro de uma galeria de arte ou coisa parecida – consegue contratar para os seus servicos, mais uma vez atraves do Incrivel Svengali, um outro mestrando deste, dessa vez negro, que se tornaria especialista em poemarios… e o resto… e’ historia!

Mas a gazela… essa, embora completamente refeita de todos os filmes de terror do Incrivel Svengali – para o que contou com o apoio de um certo artista , este entretanto "chamado a razao" perante o terror de perder a sua dama por causa da sua vida airada, vida essa em que era incentivado por essas mesmas madames e belles de jour locais mais alguns de seus esbirros agora metidos a campeoes dos "valores e principios"...–, continua, cerca de tres decadas depois, a tentar reconstituir o plot, porque lhe foram dadas dicas de que ele tera’ comecado verdadeiramente na festa de onde vinham naquela noite e em que tambem pontificava uma outra madame de quem por aqui se fala…

Filme de Terror… She said!



ADENDA



Ha', no entanto, duas palavras a dizer em favor tanto do poeta errante, como do artista:

(Paz as Suas Almas!)

- Varios anos depois desses "filmes" se terem passado, o artista levou a sua dama ao bar 'a esquina da sua galeria, frequentado por alguns literatti da praca, onde encontraram o poeta errante, tendo a dada altura colocado os bracos a volta deste e da dama, dizendo: "vamos la' fazer as pazes, eu gosto muito e tenho respeito por voces os dois..." (note-se que isso foi muito depois de uma certa "peleja publica", numa certa noite em que, by the way, tambem estava presente esta outra madame e durante a qual o poeta errante apenas gritava: "eu sempre respeitei a Paulinha!"...). De notar, apenas de passagem, que tambem la' se encontrava o mais velho escritor Raul David que dirigiu esta fala a dama: "sim senhora, uma mulher muito bem educada e que sabe estar"!

- Anos mais tarde ainda, o poeta errante e a gazela encontraram-se depois de varios anos sem se verem e ele falou-lhe um pouco da sua vida tendo-lhe dito que estava num relacionamento aparentemente duradouro, acrescentando: "olhe (sempre se haviam tratado por voce) consegui encontrar alguem com paciencia para me aturar... como a Paulinha deve imaginar, o merito nao e' meu..."!




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Uma Licao Sobre Psychos, Minions, Kabungados & Suas Damas



[imagem daqui]


… O plot passa-se na Lua e comeca quando uma madame (por sinal, branca), ja’ de certa idade e com apelido castelhano, tentando por fim aos seus longos meses de solidao na sua alcova decide emitir uma “ordem de recrutamento” para um certo poeta errante, mais conhecido por Incrivel Svengali. Mas este, igualmente determinado a por fim aos seus proprios longos anos de solidao, responde-lhe que nao esta’ disponivel por se encontrar totalmente dedicado a sua recem-conquistada gazela

A madame, inconsolada, requisita entao ao Svengali, atraves de um certo minion, que lhe mande de encomenda urgente o seu mais proximo mestrando: um empregado de seguros que, nas horas vagas, se dedica ao oficio de 'pintor auto-didacta' e drug dealer. E se assim o requisitou, assim o obteve.

Mas, nao satisfeita com a aquisicao de um “second best”, a madame continua a sua caca pelo fruto, por si e por muitas outras intelectualoides e belles de jour locais, mais desejado: o Incrivel Svengali… Vai dai, um belo dia (ou melhor, uma bela noite…), o poeta errante e a gazela vao a caminho de casa vindos de uma festa, em que a gazela, unica negra presente – como sempre o era em todos os circulos que com ele frequentava (excepto quando ela o levava a alguns dos seus proprios circulos, como quando foram comer um funge de domingo a casa do seu tio-padrinho Pepe', a quem o poeta errante chamava tio Fefe'...) –, exalta animos (tanto bons, como perversos e maquiavelicos…) com as suas longas trancas africanas enfeitadas de missangas e a sua veste de cetim preto sobre o seu corpo juvenil… Eis entao que, sem saberem de onde, como, ou porque, sao “barrados”, ja’ bem perto de casa, por um carro conduzido por um certo mundele de apelido “Maluco”, que tras a seu lado a madame e no banco de tras dois outros esbirros

Bom, o que se seguiu foi pura e simplesmente para esquecer (… filme de terror, remember? ...), excepto que o poeta errante e a gazela foram salvos in extremis do 'holocausto' por um (k)night rider numa potente mota (Harley Davidson?) que, por acaso, morava no predio ao lado do deles…

Porem, mais anos passados, a madame ainda mais inconsolada com o desafecto do seu “second best” – que entretanto bazara para as meloias, onde se tornaria porteiro de uma galeria de arte ou coisa parecida – consegue contratar para os seus servicos, mais uma vez atraves do Incrivel Svengali, um outro mestrando deste, dessa vez negro, que se tornaria especialista em poemarios… e o resto… e’ historia!

Mas a gazela… essa, embora completamente refeita de todos os filmes de terror do Incrivel Svengali – para o que contou com o apoio de um certo artista , este entretanto "chamado a razao" perante o terror de perder a sua dama por causa da sua vida airada, vida essa em que era incentivado por essas mesmas madames e belles de jour locais mais alguns de seus esbirros agora metidos a campeoes dos "valores e principios"...–, continua, cerca de tres decadas depois, a tentar reconstituir o plot, porque lhe foram dadas dicas de que ele tera’ comecado verdadeiramente na festa de onde vinham naquela noite e em que tambem pontificava uma outra madame de quem por aqui se fala…

Filme de Terror… She said!



ADENDA



Ha', no entanto, duas palavras a dizer em favor tanto do poeta errante, como do artista:

(Paz as Suas Almas!)

- Varios anos depois desses "filmes" se terem passado, o artista levou a sua dama ao bar 'a esquina da sua galeria, frequentado por alguns literatti da praca, onde encontraram o poeta errante, tendo a dada altura colocado os bracos a volta deste e da dama, dizendo: "vamos la' fazer as pazes, eu gosto muito e tenho respeito por voces os dois..." (note-se que isso foi muito depois de uma certa "peleja publica", numa certa noite em que, by the way, tambem estava presente esta outra madame e durante a qual o poeta errante apenas gritava: "eu sempre respeitei a Paulinha!"...). De notar, apenas de passagem, que tambem la' se encontrava o mais velho escritor Raul David que dirigiu esta fala a dama: "sim senhora, uma mulher muito bem educada e que sabe estar"!

- Anos mais tarde ainda, o poeta errante e a gazela encontraram-se depois de varios anos sem se verem e ele falou-lhe um pouco da sua vida tendo-lhe dito que estava num relacionamento aparentemente duradouro, acrescentando: "olhe (sempre se haviam tratado por voce) consegui encontrar alguem com paciencia para me aturar... como a Paulinha deve imaginar, o merito nao e' meu..."!




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