Saturday, 28 November 2009

80 ANOS DE LUCIO LARA



[Bem, tambem nao e' que eu fume so' assim toda a hora so' d'abuso...
Esse foi so' um AC (Angola Combatente) que o Kota Lara me passou de kaxexe (tal como fazia o meu saudoso pai... ele nao devia, mas eu agradecia!) so' pra matar saudade...
Luanda, 2001]


[Bem, tambem nao e' que eu fume so' assim toda a hora so' d'abuso...
Esse foi so' um AC (Angola Combatente) que o Kota Lara me passou de kaxexe (tal como fazia o meu saudoso pai... ele nao devia, mas eu agradecia!) so' pra matar saudade...
Luanda, 2001]

1 comment:

PL said...

Queria responder-te mesmo no blog, mas pareces o FBI a limitar o espaço e querer 10 endereços em anexo!!!

Aí segue o conteúdo.



Não conhecia essa foto!!! O normal seria ele a fumar...

Mas, gostei muito daquela tua referência ao Marcel Gotene.

Não me tinha apercebido deste encontro realizado no Congo.

Gotene é efectivamente um pintor espectacular. Conheci-o através dos meus kotas. Tinhamos 4 ou 5 quadros dele lá na casa de Brazzaville que infelizmente desapareceram durante a mudança.

Gotene mistura-se hoje um pouco com aquelas figuras de referência que tínhamos do Congo, como o Franklin Boukaka, o pessoal de teatro com quem compartilhávamos sessões de discussão depois de peças como "Os Patriotas" (que creio era de Guy Menga (autor da “Marmite de Koka-Mbala”) ou de outra congolês) ou ainda da "Excepção e a Regra" de Bertrold Brecht...

Pois é, com Gotene vieram-me várias lembranças deste período interessante de juventude em que se misturavam as palavras de ordem de Mao-Tsé-Tung ("onde a vassoura não passa, a poeira não se vai por ela" e outras do género, engolidas e vomitadas pelos que abandonavam com convicção duvidosa as diferentes bíblias anteriormente igualmente mal digeridas e que presentemente, no Congo, são membros activos de igrejas ou seitas que muitas vezes dirigem pessoalmente…).

E eram as pinturas de Gotene que apareciam fora destas declamações e radicalismos extra-africanos para, no meio das suas múltiplas cores e curvas, aproximar-nos dos Cheik Anta Diop, dos Teophile Obenga, Maxime Ndebeka e outros intelectuais que marcaram pela positiva a onde juvenil da altura.

Foi uma boa e emotiva surpresa.

Beijos



E já agora, espero que passes um excelente Natal, com o meu chara e entres no ano da “esquerda democrática” com os dois pés (e não o direito!!!).