Saturday 7 November 2009

SOBRE PRATICAS LABORAIS DE EMPRESAS PORTUGUESAS EM ANGOLA

[Como uma especie de “complemento”, em portugues, ao post anterior, esta noticia sobre as praticas laborais de empresas portuguesas em Angola…]


Empresas portuguesas lideram violações aos direitos dos trabalhadores (NJ)

As empresas portuguesas são as que mais desrespeitam os direitos dos trabalhadores em Angola. A constatação saiu do encontro que em Luanda juntou representantes do Sindicato do Ramo da Construção, Materiais de Construção e Habitação de cinco províncias do país. Falando ao Novo Jornal, Albano Calei secretário-geral do sindicato de Benguela referiu que no topo da lista das violações está a desatenção dos empregadores no cumprimento do estipulado na lei geral do trabalho e na lei sindical.

Aquele dirigente sindical refere que as dificuldades criadas pelos líderes das empresas portuguesas presentes em território nacional na constituição das comissão sindicais, relacionam- se única e simplesmente com o pensamento “errado” do empregador em que, após conhecerem a lei, os trabalhadores exigem condições salariais e sociais acima das possibilidades da empresa.

Dizendo ser conhecedor de um elevado número de casos desta natureza, Albano Calei chama a atenção para a atitude prepotente evidenciada por muitos gestores, logo à chegada ao nosso país. “São muitos os responsáveis que entram no mercado nacional da construção, criam empresas e não se preocupam com o cumprimento da lei” esclarece o sindicalista que mais adiante adverte que se eles (empregadores) continuarem a fazer ouvidos de mercador, mais cedo do que esperam chegará a resposta no âmbito da lei.

Os sindicalistas de Benguela, Luanda, Cunene, Cabinda e Namibe, reunidos na capital do país, delinearam estratégias de actuação viradas para a formação dos líderes das comissões sindicais. Afinal, diz ele, também é verdade que não são poucas as vezes que, sem conhecer a situação económica da empresa em que labutam, os representantes sindicais elaboram cadernos reivindicativos em desobediência aos parâmetros estabelecidos na lei. E quando se dão situações deste género, o empregador simplesmente não consegue resolver.

Identificada a dificuldade em grande parte das empresas lusas de construção e algumas de outros países em facilitar a constituição das comissões sindicais, a atenção volta- se para a busca de soluções que facilitem o diálogo entre as partes. Com este propósito, foi aprovada uma curta resolução que os sindicalistas acreditam ser o primeiro passo para a inversão do quadro.

Solicitam e prometem acompanhar de perto a aplicação da Lei Geral do Trabalho e da Lei Sindical, como instrumento jurídico. Com a sua aplicação, acredita o entrevistado, os trabalhadores serão fortemente beneficiados, mas igualmente o empregador poderá, a partir dessa base de conversação, melhorar o entendimento.

(IN) SEGURANÇA NO TRABALHO

Na mira da acção sindical, estão também as empresas chinesas que agem à margem da lei vigente no país. Afirma que um dos grandes problemas difíceis de ser resolvido é a segurança no trabalho, que não é cumprida. Sublinha que muitos pensam que segurança é apenas capacete e fato, quando é muito mais do que isso. Atira que na sua maioria, as empresas de construção olham apenas para os lucros, esquivando- se a cumprir as suas obrigações laborais.

Concentrando-se na província de Benguela, onde as empresas portuguesas são as maiores empregadores no ramo da construção civil, Albano Calei assegura que a estratégia para melhorar o relacionamento entre as partes em causa, está montada. “A situação de Benguela é melhor comparativamente às outras quatro províncias” lembra o entrevistado que apesar da melhor relação entre sindicato e empresas, assume que há um pequeno grupo apostado em criar barreiras. Por essa razão assegura estar a trabalhar na realização de um seminário com diversos sindicatos que vai aprovar caminhos com o objectivo de manter, posteriormente, contactos directos com as empresas e explicar os benefícios do cumprimento da lei em vigor.

[Aqui]
[Como uma especie de “complemento”, em portugues, ao post anterior, esta noticia sobre as praticas laborais de empresas portuguesas em Angola…]


Empresas portuguesas lideram violações aos direitos dos trabalhadores (NJ)

As empresas portuguesas são as que mais desrespeitam os direitos dos trabalhadores em Angola. A constatação saiu do encontro que em Luanda juntou representantes do Sindicato do Ramo da Construção, Materiais de Construção e Habitação de cinco províncias do país. Falando ao Novo Jornal, Albano Calei secretário-geral do sindicato de Benguela referiu que no topo da lista das violações está a desatenção dos empregadores no cumprimento do estipulado na lei geral do trabalho e na lei sindical.

Aquele dirigente sindical refere que as dificuldades criadas pelos líderes das empresas portuguesas presentes em território nacional na constituição das comissão sindicais, relacionam- se única e simplesmente com o pensamento “errado” do empregador em que, após conhecerem a lei, os trabalhadores exigem condições salariais e sociais acima das possibilidades da empresa.

Dizendo ser conhecedor de um elevado número de casos desta natureza, Albano Calei chama a atenção para a atitude prepotente evidenciada por muitos gestores, logo à chegada ao nosso país. “São muitos os responsáveis que entram no mercado nacional da construção, criam empresas e não se preocupam com o cumprimento da lei” esclarece o sindicalista que mais adiante adverte que se eles (empregadores) continuarem a fazer ouvidos de mercador, mais cedo do que esperam chegará a resposta no âmbito da lei.

Os sindicalistas de Benguela, Luanda, Cunene, Cabinda e Namibe, reunidos na capital do país, delinearam estratégias de actuação viradas para a formação dos líderes das comissões sindicais. Afinal, diz ele, também é verdade que não são poucas as vezes que, sem conhecer a situação económica da empresa em que labutam, os representantes sindicais elaboram cadernos reivindicativos em desobediência aos parâmetros estabelecidos na lei. E quando se dão situações deste género, o empregador simplesmente não consegue resolver.

Identificada a dificuldade em grande parte das empresas lusas de construção e algumas de outros países em facilitar a constituição das comissões sindicais, a atenção volta- se para a busca de soluções que facilitem o diálogo entre as partes. Com este propósito, foi aprovada uma curta resolução que os sindicalistas acreditam ser o primeiro passo para a inversão do quadro.

Solicitam e prometem acompanhar de perto a aplicação da Lei Geral do Trabalho e da Lei Sindical, como instrumento jurídico. Com a sua aplicação, acredita o entrevistado, os trabalhadores serão fortemente beneficiados, mas igualmente o empregador poderá, a partir dessa base de conversação, melhorar o entendimento.

(IN) SEGURANÇA NO TRABALHO

Na mira da acção sindical, estão também as empresas chinesas que agem à margem da lei vigente no país. Afirma que um dos grandes problemas difíceis de ser resolvido é a segurança no trabalho, que não é cumprida. Sublinha que muitos pensam que segurança é apenas capacete e fato, quando é muito mais do que isso. Atira que na sua maioria, as empresas de construção olham apenas para os lucros, esquivando- se a cumprir as suas obrigações laborais.

Concentrando-se na província de Benguela, onde as empresas portuguesas são as maiores empregadores no ramo da construção civil, Albano Calei assegura que a estratégia para melhorar o relacionamento entre as partes em causa, está montada. “A situação de Benguela é melhor comparativamente às outras quatro províncias” lembra o entrevistado que apesar da melhor relação entre sindicato e empresas, assume que há um pequeno grupo apostado em criar barreiras. Por essa razão assegura estar a trabalhar na realização de um seminário com diversos sindicatos que vai aprovar caminhos com o objectivo de manter, posteriormente, contactos directos com as empresas e explicar os benefícios do cumprimento da lei em vigor.

[Aqui]

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