Thursday 10 June 2010

Abrindo a Caixa de Pandora (III)

Eu e o G.


Na verdade, nunca nos conhecemos bem pessoalmente.
Na verdade, nunca tivemos sequer uma conversa tete-a-tete.
Na verdade, tudo quanto nos comunicamos foi via internet, muito esparsamente, ao longo dos ultimos 8 anos.

Mas, dir-se-ia que eu o conhecia desde que nasci…

Desde quando o meu avo materno – tal como a sua esposa, minha avo, que o tratava por MButa Muntu, natural de MBanza Kongo (embora tenham vivido grande parte da segunda metade das suas vidas na Damba-Uige), feito catolico de um costado (dos outros tres, de um ele era padre, do outro NKisi e do outro homem de familia!) – se opusera ao pedido de casamento que o irmao mais velho do G., o T., fizera a minha tia mais querida, a C., aparentemente, apenas por ele provir de uma familia de protestantes…

Desde quando o outro seu irmao, o C., era visita frequente em nossa casa e parecia estar sempre disposto a namorar todas as mulatas conhecidas da minha mae (algumas das quais apresentavam as suas maes negras como suas "lavadeiras"...), que antes do 25 de Abril diziam que nunca (!), jamais (!) “se entregariam a um preto”… e que por ele, depois do 25, eram capazes de lutar…

Desde que, apesar da regeicao do meu avo, o seu irmao T. e a minha tia C. mantiveram uma amizade inquebrantavel para o resto da vida. Amizade que abrangia ambas as familias, em particular a da sua irma F. (por sinal casada - ou seria 'amigada'? - com um branco), tendo ambas, a minha querida tia e a F., a dada altura abracado outra religiao que nao a catolica ou a protestante e falecido a breve espaco uma da outra, pouco antes de eu me ter tornado, a convite do G., colaboradora e contribuinte (sem qualquer remuneracao) de um certo “pasquim”, por via de circunstancias outras que as das 'estorias da imprensa angolana' (certamente nada a ver com pretensos "estrelatos"!) …

Ou melhor, as circunstancias eram as mesmas: a determinada altura, eu tinha “sentido”, mais do que “decidido”, que o seu irmao T., dada a historia das nossas familias, deveria ser padrinho do meu filho – e foi-o. E foi quando o pai do meu filho faleceu – no mesmo periodo em que, no breve espaco de meses, faleceram a minha querida tia C., a F. e o meu saudoso pai – que eu, pela primeira vez, contactei o G. tentando obter o contacto do seu irmao T., advogado, para tentar resolver umas certas “makas”…

Continuei sem conseguir contactar o T., as “makas” nao foram resolvidas, mas eu continuei, mais do que a “decidir”, a “sentir” que a historia das nossas familias ainda nao se tinha completamente dissipado e entendi que devia comportar-me como “irma” do G. em quaisquer circunstancias…

Incluindo quando a minha querida mae me apareceu a chorar – numa altura em que eu dedicava quase todas as minhas energias ao forjar de uma “campanha bloguistica” para a sua libertacao, quando ele foi encarcerado, alegadamente por “crimes de lesa-patria” contra certos “velhos-novos senhorios” do B.O., da Cuca, do Kassenda, da Precol, do Kinaxixi e de outros Luandenses bairros mais – para me falar do assassinato, em Luanda, do filho da F., o T., e para me mostrar os jornais onde se falava do 'lento envenenamento' no carcere de M., apontando repetidamente para a sua foto, sem contudo a ele se referir explicitamente… E eu, completamente alheada de todas as “mensagens” e “dicas”, apenas lhe dizia de como andava muito ocupada com a “campanha”…

Enfim, sobre mim e o G. talvez deva apenas corroborar (e este nao e' o primeiro, nem unico caso que me leva a faze-lo...) as afirmacoes do R., segundo as quais alguns jornalistas (e eu acrescento: e “opinionistas”) em certos orgaos de imprensa (pergunto-me: apena pelo p(h)oder? apenas pelo dinheiro? apenas pelo ego?) se comportam como verdadeiras “centrais que corroem a sociedade”…
Eu e o G.


Na verdade, nunca nos conhecemos bem pessoalmente.
Na verdade, nunca tivemos sequer uma conversa tete-a-tete.
Na verdade, tudo quanto nos comunicamos foi via internet, muito esparsamente, ao longo dos ultimos 8 anos.

Mas, dir-se-ia que eu o conhecia desde que nasci…

Desde quando o meu avo materno – tal como a sua esposa, minha avo, que o tratava por MButa Muntu, natural de MBanza Kongo (embora tenham vivido grande parte da segunda metade das suas vidas na Damba-Uige), feito catolico de um costado (dos outros tres, de um ele era padre, do outro NKisi e do outro homem de familia!) – se opusera ao pedido de casamento que o irmao mais velho do G., o T., fizera a minha tia mais querida, a C., aparentemente, apenas por ele provir de uma familia de protestantes…

Desde quando o outro seu irmao, o C., era visita frequente em nossa casa e parecia estar sempre disposto a namorar todas as mulatas conhecidas da minha mae (algumas das quais apresentavam as suas maes negras como suas "lavadeiras"...), que antes do 25 de Abril diziam que nunca (!), jamais (!) “se entregariam a um preto”… e que por ele, depois do 25, eram capazes de lutar…

Desde que, apesar da regeicao do meu avo, o seu irmao T. e a minha tia C. mantiveram uma amizade inquebrantavel para o resto da vida. Amizade que abrangia ambas as familias, em particular a da sua irma F. (por sinal casada - ou seria 'amigada'? - com um branco), tendo ambas, a minha querida tia e a F., a dada altura abracado outra religiao que nao a catolica ou a protestante e falecido a breve espaco uma da outra, pouco antes de eu me ter tornado, a convite do G., colaboradora e contribuinte (sem qualquer remuneracao) de um certo “pasquim”, por via de circunstancias outras que as das 'estorias da imprensa angolana' (certamente nada a ver com pretensos "estrelatos"!) …

Ou melhor, as circunstancias eram as mesmas: a determinada altura, eu tinha “sentido”, mais do que “decidido”, que o seu irmao T., dada a historia das nossas familias, deveria ser padrinho do meu filho – e foi-o. E foi quando o pai do meu filho faleceu – no mesmo periodo em que, no breve espaco de meses, faleceram a minha querida tia C., a F. e o meu saudoso pai – que eu, pela primeira vez, contactei o G. tentando obter o contacto do seu irmao T., advogado, para tentar resolver umas certas “makas”…

Continuei sem conseguir contactar o T., as “makas” nao foram resolvidas, mas eu continuei, mais do que a “decidir”, a “sentir” que a historia das nossas familias ainda nao se tinha completamente dissipado e entendi que devia comportar-me como “irma” do G. em quaisquer circunstancias…

Incluindo quando a minha querida mae me apareceu a chorar – numa altura em que eu dedicava quase todas as minhas energias ao forjar de uma “campanha bloguistica” para a sua libertacao, quando ele foi encarcerado, alegadamente por “crimes de lesa-patria” contra certos “velhos-novos senhorios” do B.O., da Cuca, do Kassenda, da Precol, do Kinaxixi e de outros Luandenses bairros mais – para me falar do assassinato, em Luanda, do filho da F., o T., e para me mostrar os jornais onde se falava do 'lento envenenamento' no carcere de M., apontando repetidamente para a sua foto, sem contudo a ele se referir explicitamente… E eu, completamente alheada de todas as “mensagens” e “dicas”, apenas lhe dizia de como andava muito ocupada com a “campanha”…

Enfim, sobre mim e o G. talvez deva apenas corroborar (e este nao e' o primeiro, nem unico caso que me leva a faze-lo...) as afirmacoes do R., segundo as quais alguns jornalistas (e eu acrescento: e “opinionistas”) em certos orgaos de imprensa (pergunto-me: apena pelo p(h)oder? apenas pelo dinheiro? apenas pelo ego?) se comportam como verdadeiras “centrais que corroem a sociedade”…

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