Saturday, 26 June 2010

SOBRE A "CULTURA AFRICANA CONTEMPORANEA"

Nao sei se haverao muitas pessoas em Angola (em particular negras) que, como eu (subitamente pintada de "racista" e "complexada" por todos os lados e mais alguns...), possam dizer ter, ou terem tido, tantos amigos, entre homens e mulheres, nao negros... E com "tantos", nao pretendo necessariamente significar "muitos", nem "unicos". Uns, herdados dentre os compadres, amigos, colegas e conhecidos dos pais. Outros, feitos e cultivados individualmente.

Falo de amigos, bem entendido: de se viver junto a noite da Dipanda no 1ro. de Maio; de se receber cestas de frutas e legumes quando estavamos doentes; de se criar junto os filhos; de se apanhar boleia para os mercados ou a praia; de se aprender junto a diversificar os nossos respectivos habitos e gostos alimentares; de se partilhar a lata de leite, o kilo de arroz, o saco de batata, o frango congelado, ou a barra de sabao que na loja do povo nao saia; de se ir junto trocar roupa por comida fora da cidade; de se fazer guitarradas e cantorias em memoraveis noites de tertulia; de conjugar leituras, paixoes, pulsoes, angustias, sonhos, pesadelos e esperancas...

E, tendo ja' aqui falado algures dos meus amigos Alemaes, o mesmo poderia dizer de alguns dos amigos que fiz em, e com quem conheci, Africa para alem das fronteiras fisicas e culturais de Angola: desde os "leoes brancos africanos" educados em Oxbridge e fluentes em kiSwahili e outras linguas africanas comendo sadza e seswa com as maos, passando pelos "gringos" peritos em comida cajun dos bayous de New Orleans e mais entusiastas do que eu da rumba congolesa e do kwassa-kwassa, ou os "nordicos" gourmets em comida marroquina, xais e masalas orientais, aos "boers" de pes descalcos de Stellenbosch mais seus vinhos e biltongs...

Falo de amigos "de vida", portanto - nao de amigos "de ocasiao", ou, como sao designados em Ingles, fair-weather friends ...

[AQUI]
Nao sei se haverao muitas pessoas em Angola (em particular negras) que, como eu (subitamente pintada de "racista" e "complexada" por todos os lados e mais alguns...), possam dizer ter, ou terem tido, tantos amigos, entre homens e mulheres, nao negros... E com "tantos", nao pretendo necessariamente significar "muitos", nem "unicos". Uns, herdados dentre os compadres, amigos, colegas e conhecidos dos pais. Outros, feitos e cultivados individualmente.

Falo de amigos, bem entendido: de se viver junto a noite da Dipanda no 1ro. de Maio; de se receber cestas de frutas e legumes quando estavamos doentes; de se criar junto os filhos; de se apanhar boleia para os mercados ou a praia; de se aprender junto a diversificar os nossos respectivos habitos e gostos alimentares; de se partilhar a lata de leite, o kilo de arroz, o saco de batata, o frango congelado, ou a barra de sabao que na loja do povo nao saia; de se ir junto trocar roupa por comida fora da cidade; de se fazer guitarradas e cantorias em memoraveis noites de tertulia; de conjugar leituras, paixoes, pulsoes, angustias, sonhos, pesadelos e esperancas...

E, tendo ja' aqui falado algures dos meus amigos Alemaes, o mesmo poderia dizer de alguns dos amigos que fiz em, e com quem conheci, Africa para alem das fronteiras fisicas e culturais de Angola: desde os "leoes brancos africanos" educados em Oxbridge e fluentes em kiSwahili e outras linguas africanas comendo sadza e seswa com as maos, passando pelos "gringos" peritos em comida cajun dos bayous de New Orleans e mais entusiastas do que eu da rumba congolesa e do kwassa-kwassa, ou os "nordicos" gourmets em comida marroquina, xais e masalas orientais, aos "boers" de pes descalcos de Stellenbosch mais seus vinhos e biltongs...

Falo de amigos "de vida", portanto - nao de amigos "de ocasiao", ou, como sao designados em Ingles, fair-weather friends ...

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