Saturday 28 April 2007

INTERESTING READINGS FOR THE SOCIAL RESEARCHER...

... OR JUST THE INTERESTED LAY READER



Critique of Anthropology is dedicated to the development of anthropology as a discipline that subjects social reality to critical analysis. The journal challenges received wisdoms inside academic anthropology and in society at large, presenting work that is innovative, challenging, sometimes experimental and often uncomfortable.

For more reading suggestions CLICK HERE.
... OR JUST THE INTERESTED LAY READER



Critique of Anthropology is dedicated to the development of anthropology as a discipline that subjects social reality to critical analysis. The journal challenges received wisdoms inside academic anthropology and in society at large, presenting work that is innovative, challenging, sometimes experimental and often uncomfortable.

For more reading suggestions CLICK HERE.

3 comments:

Koluki said...

A republicacao deste post vem a proposito dos seguintes comentarios feitos ao post sobre "Significancias Lusosfericas"

António Clemente said...
Koluki,
Para aproveitar esta maré de esclarecimentos, estou muito curioso em saber se tem lido os artigos assinados por um tal Wa Zani publicados aqui no nosso único jornal diário oficial. Se sim e se não for pedir muito, gostava de ler os seus comentários na generalidade. Antecipadamente grato.
AC

Saturday, September 08, 2007
Koluki said...
AC,

Para lhe ser perfeitamente honesta, acho que isso e’ pedir muito e preferiria nem sequer tocar nesse assunto, mas vindo o pedido de si nao me e’ facil lhe eskindivar…

Sim, tenho lido os ditos artigos (… ‘de opiniao’ e que serao tudo menos ‘cronicas’…) – felizmente vou tendo acesso um tanto previligiado a imprensa nacional, oficial ou nao, tanto online como atraves de exemplares que vou recebendo da banda p.m.p. ou por e-mail – e devo dizer-lhe que nunca li tanto dislate junto e por atacado, tanto ‘denialismo’, nem tanta desonestidade intelectual a mistura com as carradas de arrogancia ignorante com que alguns nos venhem habituando…

Mas, sinceramente, admiro a ‘coragem e atrevimento’ de quem ainda se dispoe a fazer o papel de ‘ideologo de servico’ nesta altura do campeonato em Angola e no mundo – parece que voltamos em forca ao famigerado tempo do “bater no ferro enquanto ainda esta’ quente”! Lembram-se?

Quanto a mim, tudo ali se resume a um conjunto de motivacoes muito simples e muito mal camufladas sob um pretenso intelectualismo rebuscado incoerente e incongruentemente em citacoes avulsas de autores mais ou menos conhecidos e baseado no mais arcaico aparato conceptual racista, do qual, apesar das aparentes intencoes, o autor manifestamente nao se consegue libertar; em suma, trata-se muito simplesmente de: VIRAR O BICO AO PREGO! Isto e’:

- Faco parte de uma minoria que sempre beneficiou do status quo racial antes e depois da independencia? Pois vou nega-lo atraves da negacao da existencia desse mesmo status quo, ou da minimizacao dos seus efeitos na sociedade ou, melhor ainda, quanto muito vou fazer-me passar por “vitima” dele…

- Nao faco a menor ideia das consequencias socio-economicas e culturais do racismo porque nunca fui por elas afectado? Pois vou negar a existencia desse tal racismo e imputar a culpa das tais consequencias as suas vitimas e, melhor ainda, faze-las passar por “perpetradores”…

- Nao me revejo numa qualquer identidade cultural e muito menos numa identidade cultural africana? Pois vou negar a sua existencia e, melhor ainda, afirmar despudoradamente que o que esta’ em causa nao e’ uma ou varias identidades culturais, mas sim uma “identidade racial” baseada na “melanina”…

- Eu, ou os meus amigos, fomos apanhados com a boca na botija praticando as formas mais descaradas de vulturismo cultural, racismo e elitismo? Vou nega-lo absolutamente e, melhor ainda, acusar quem nos ‘desmascarou’ de ser “racista” e “complexado”…

Enfim, meu caro, dificilmente se encontrara’ em quaisquer anais literarios caso mais flagrante de esquizofrenia! Mas… e’ a “accao psicologica” no seu melhor! Afinal nao foi em vao que o regime colonial-fascista a praticou ‘a exaustao!

Felizmente, em relacao a todas essas questoes, tenho a alma limpa, a consciencia tranquila e “as costas largas”: nao precisaria sequer de usar como “bandeira”, como muita ‘boa gente’ o faz ‘a saciedade, a mesticagem racial existente na minha propria familia, comecando no meu filho, passando por alguns dos meus sobrinhos e acabando no meu cunhado branco louro de olhos azuis… ou os meus muitos amigos, tanto em Angola como fora dela, de todas as racas… ou a minha vasta experiencia de convivio cultural, academico e profissional com amigos e colegas de multiplas racas, identidades e nacionalidades em diversos paises e contextos culturais, sociais e economicos... ou o quanto sei, pelas mais diversas experiencias pessoais, do que estou a falar quando falo do racismo em Angola…

Basta-me dizer que ha’ anos venho estudando seriamente todas essas questoes e a unica coisa que vou aqui repetir, porque ja’ o disse e re-disse inumeras vezes neste blog em varios contextos e situacoes, tal como ha’ muito venho contestando o conceito de “crioulidade” e rebatendo alguns discursos nele baseados, e’ que: o conceito de raca e’ um constructo ideologico datado no tempo historico – no entanto, a pretensao de usar esse facto para o negar enquanto conceito operativo ao longo da historia das sociedades desde a sua criacao e, muito particularmente, para negar o racismo existente historicamente em Angola e as suas consequencias humanas, nao constitui apenas, a meu ver, pura desonestidade intelectual, mas chega a bordar a criminalidade!

E uma vez que tambem julgo saber que os tais artigos serao publicados em livro, o maximo que me permito aqui fazer como contribuicao para o seu sucesso e’ reeditar um post que ha’ tempos aqui publiquei com sugestoes de leitura para cientistas sociais, ou simplesmente para leitores leigos interessados (estao em Ingles, mas…), esperando que, caso o nosso “negro” (expressao que no mundo literario, especialmente no frances, designa alguem que escreve textos que outros assinam ou dos quais se fazem passar por autores…) nao leia apenas romances, novelas e contos (do vigario!), possa com eles “aprender a aprender; para saber, para saber-estar e para se saber situar”… antes de publicar.

Wa Zanuka!

Anonymous said...

Parente, parece que tu é que estás a bater feio no ferro quente, mas no bom sentido, é claro. Se me permites, gostava de fazer mais uma sugestão – tenho estado a tentar encontrar equivalente em português para “denial” e o que me parece apropriado é “niilismo”, que tal?

Koluki said...

Diasporo, mo parente: lamento, mas, mais uma vez, nao me parece que va aceitar a tua sugestao :-(
Mas anima-te: nao e' que ela nao seja oportuna e relevante, porque eu tb. ando a ver se consigo traduzir "denial" para portugues, mas nao encontro equivalente satisfatorio - porque "negacao" so' nao me parece abarcar todo o sentido de "denial".
No, entanto, tambem nao me parece que "niilismo" seja exactamente o equivalente: nos seus dois sentidos que conheco, a "negacao da existencia/ entidade/ identidade" e/ou a "negacao de valor, em particular de valores eticos, morais e religiosos", ele chega perto de "denial", mas nao me parece que o cobre inteiramente...
Anyway, quero apenas dizer que ainda nao estou convencida, mas se ficar talvez passe a usa-lo. Entretanto fico-me com os meus "denialistas" e "denialismos", ate' porque "niilismo" e' palavra muito cara para mim...
Bjs.