Friday, 30 May 2008

ECOS DA IMPRENSA ANGOLANA (12)

Esta semana, no SA, uma interessante entrevista com o Embaixador de Franca em Angola:

"A visita do presidente francês provavelmente seja o reconhecimento de que, depois de há dez anos, o presidente (Jacques) Chirac efectuou uma visita de Estado a Angola, a paz finalmente reina entre os angolanos, que prevalece a reconciliação e que está em curso um processo de abertura do país (não só do lado económico, da abertura dos capitais ou financeira), uma abertura subjacente ao facto de Angola ter projectado o reembolso da divida externa (para com os países do Clube do Paris), com o que tomou uma decisão tão importante, que abriu Angola à obtenção de novo créditos financeiros, mas, sobretudo, a um novo crédito moral, pois trata-se do regresso de Angola à comunidade financeira internacional. Foi uma decisão implementada em Janeiro deste ano que se torna importante na medida em que representa o regresso de Angola à comunidade financeira internacional, o que quer dizer que Angola vai poder obter novos créditos. Pedimos que seja consignado dinheiro à Agência Francesa de Desenvolvimento a decisão de Angola (claro que o Clube de Paris ajudou Angola a tomar essa decisão que, no entanto, foi inteiramente angolana) foi uma decisão de grande elevação, porquanto trata-se de, por fim, retomar os laços com a comunidade internacional. Quer dizer que a «ilha» que se pensava que era Angola, aproximou-se um pouco mais do continente africano."
[
Aqui]

Ainda no SA, um dossier sobre um workshop que a Open Society organizou em Luanda sobre o Orcamento Geral do Estado:

"Conclusões e Recomendações do Workshop"

• A nossa economia tem tido um crescimento global bastante acentuado. Todavia, quando são analisados os principais indicadores que integram o índice de Desenvolvimento Humano, notamos uma evolução positiva apenas no que respeita ao valor do Pib per capita. Muitos dos restantes indicadores continuam a degradar-se. É isso que justifica o mantermo-nos ainda muito perto da cauda do ranking internacional.
• O anteriormente descrito induz-nos a recomendar que, no processo de elaboração do OGE, haja um crescente cuidado com o sector social e com os recursos humanos, como forma de se garantir não só a sustentabilidade do crescimento económico, mas, também, um maior respeito pelos direitos humanos.
[Aqui]

Sobre a questao, dois Economistas expoem os seus pontos de vista:

Alves da Rocha em "A Preparacao do Orcamento e os seus Principios"

"O Governo angolano tem vindo, sistematicamente, a ser questionado sobre a transparência do processo orçamental e as razões duma ausência de participação da sociedade civil na elaboração do Orçamento Geral do Estado. Os questionamentos e as pressões advêm de algumas organizações angolanas e, também, de muitas ONG estrangeiras, as quais, de certa maneira, têm procurado influenciar as suas congeners angolanas sobre a necessidade de a metodologia de elaboração do documento financeiro do Governo ser mais aberta e dialogante. Sobre esta matéria eu tenho uma opinião muito própria e estou, na verdade, bastante curioso em conhecer as experiências que irão ser apresentadas nesta conferência, para tentar perceber o que elas têm de demagógico e de efectivo, em termos de reforço dos sistemas democráticos nacionais."
[Aqui]

Fernando Heitor em "A Fiscalizacao do OGE pela AN"

"O Orçamento é uma previsão anual das despesas a realizar pelo Estado e dos processos de as cobrir, incluindo a autorização concedida ao Governo para realizar despesas públicas e cobrar receitas, limitando os poderes financeiros do Governo em cada ano. Exprime, a forma como o Estado vai obter e gastar os seus rendimentos durante o ano; Condensa a política financeira a executar durante esse ano; Orçamento, é portanto, a instituição jurídica fundamental e o quadro básico que orienta a actividade financeira dos Estados modernos, sejam eles, mais ou menos democráticos!"
[Aqui]

No Cruzeiro do Sul uma detalhada analise do surgimento do primeiro canal de televisao privado em Angola:

"Foi noticiado, em Portugal, o lançamento, ainda este ano, em Angola, da primeira televisão privada. O futuro canal, Segundo o jornal de notícias, vai chamar-se Zimbo TV e é propriedade da Medianova SA. De acordo com a mesma fonte, o projecto da primeira televisão privada conta com o apoio da TVI, o segundo canal privado português. Medianova que é uma Sociedade Anónima, mas, nos termos da lei de imprensa, as suas acções têm de ser nominativas e, para efeitos de respeito pela concorrência, a sua composição deve ser dada a conhecer ao conselho nacional de comunicação social. Tudo indica que a Medianova seja uma emanação dos serviços de apoio à Presidência da República.
No entanto, ao Jornal Público, de Portugal, Artur Queirós havia afirmado que o objective do grupo é o de assegurar "informação rigorosa, independente e profissional", sem interferência do poder político". Ainda em 2006, o Jornal público havia anunciado o lançamento de um projecto multifacetado na midia angolana. Já nessa altura, se dizia que o nome do grupo de comunicação seria Medianova e que o director de publicações seria Artur Queirós, um jornalista português próximo dos serviços de imprensa da presidência da república e também um dos seus mais radicais defensores em comentários no Jornal de Angola."
[Aqui]

O Novo Jornal da-nos conta de uma dissertacao de JMM Tali na Sorbonne:

"O Historiador Jean Michel Mabeko Tali irá dissertar uma palestra subordinada ao tema «0 problema de Cabinda e o processo de paz em Angola», na próxima segunda, 26 de Maio, na Universidade Sorbonne, em Paris. Esta conferência está inserida no âmbito dos seminários sobre «História de África Negra do Século XIX aos nossos dias» e «Fronteiras Dinâmicas de Transterritorialização», numa organização do historiador congolês Elikia Mbokolo, director da Escola de Altos Estudos Sociais daquela universidade."
[Aqui]


Ainda no NJ, uma entrevista com Paulo Flores:

"0 músico angolano Paulo Flores assinala 20 anos de carreira, após o lançamento do seu primeiro disco, Kapuete Kamundanda, em 1988. Neste sentido, para reavivar os seus fãs, Paulo Flores promete realizar no próximo mês de Julho um grande espectáculo ao vivo, na Cidadela Desportiva, em Luanda, que servirá igualmente para gravação de um CD e DVD ao vivo. Esta trilogia é um trabalho que irá sair na primeira semana de Dezembro, mas em Junho vamos fazer um volume com três músicas de cada CD e mais um «bónus track». Então, no fundo, será a primeira apresentação das músicas que no total serão 27.
(...)
Às vezes fica um pouco difícil sintetizar as 27 músicas, mas irei recuperar quatro músicas, às quais irei dar novos arranjos e acabamentos, o resto é tudo inédito. É um pouco difícil resumir, mas falase de esperança, de amor, do dia-adia. E faço uma releitura de alguns temas entre os quais uma música do David Zé, uma dos Ngola Ritmos, um tema antigo do Bana, faço uma versão em português do «Recontré», canto uma música com a Mayra Andrade, com letra do Vinicius de Moraes, gravei, no Rio de Janeiro, uma música com o Daniel Jobin, neto do Tom, no piano do Tom, chama-se «Interlúdio» e acredito que venha a ser um dos momentos altos da trilogia. Portanto, acredito que as pessoas irão gostar."
[Aqui]
Esta semana, no SA, uma interessante entrevista com o Embaixador de Franca em Angola:

"A visita do presidente francês provavelmente seja o reconhecimento de que, depois de há dez anos, o presidente (Jacques) Chirac efectuou uma visita de Estado a Angola, a paz finalmente reina entre os angolanos, que prevalece a reconciliação e que está em curso um processo de abertura do país (não só do lado económico, da abertura dos capitais ou financeira), uma abertura subjacente ao facto de Angola ter projectado o reembolso da divida externa (para com os países do Clube do Paris), com o que tomou uma decisão tão importante, que abriu Angola à obtenção de novo créditos financeiros, mas, sobretudo, a um novo crédito moral, pois trata-se do regresso de Angola à comunidade financeira internacional. Foi uma decisão implementada em Janeiro deste ano que se torna importante na medida em que representa o regresso de Angola à comunidade financeira internacional, o que quer dizer que Angola vai poder obter novos créditos. Pedimos que seja consignado dinheiro à Agência Francesa de Desenvolvimento a decisão de Angola (claro que o Clube de Paris ajudou Angola a tomar essa decisão que, no entanto, foi inteiramente angolana) foi uma decisão de grande elevação, porquanto trata-se de, por fim, retomar os laços com a comunidade internacional. Quer dizer que a «ilha» que se pensava que era Angola, aproximou-se um pouco mais do continente africano."
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Aqui]

Ainda no SA, um dossier sobre um workshop que a Open Society organizou em Luanda sobre o Orcamento Geral do Estado:

"Conclusões e Recomendações do Workshop"

• A nossa economia tem tido um crescimento global bastante acentuado. Todavia, quando são analisados os principais indicadores que integram o índice de Desenvolvimento Humano, notamos uma evolução positiva apenas no que respeita ao valor do Pib per capita. Muitos dos restantes indicadores continuam a degradar-se. É isso que justifica o mantermo-nos ainda muito perto da cauda do ranking internacional.
• O anteriormente descrito induz-nos a recomendar que, no processo de elaboração do OGE, haja um crescente cuidado com o sector social e com os recursos humanos, como forma de se garantir não só a sustentabilidade do crescimento económico, mas, também, um maior respeito pelos direitos humanos.
[Aqui]

Sobre a questao, dois Economistas expoem os seus pontos de vista:

Alves da Rocha em "A Preparacao do Orcamento e os seus Principios"

"O Governo angolano tem vindo, sistematicamente, a ser questionado sobre a transparência do processo orçamental e as razões duma ausência de participação da sociedade civil na elaboração do Orçamento Geral do Estado. Os questionamentos e as pressões advêm de algumas organizações angolanas e, também, de muitas ONG estrangeiras, as quais, de certa maneira, têm procurado influenciar as suas congeners angolanas sobre a necessidade de a metodologia de elaboração do documento financeiro do Governo ser mais aberta e dialogante. Sobre esta matéria eu tenho uma opinião muito própria e estou, na verdade, bastante curioso em conhecer as experiências que irão ser apresentadas nesta conferência, para tentar perceber o que elas têm de demagógico e de efectivo, em termos de reforço dos sistemas democráticos nacionais."
[Aqui]

Fernando Heitor em "A Fiscalizacao do OGE pela AN"

"O Orçamento é uma previsão anual das despesas a realizar pelo Estado e dos processos de as cobrir, incluindo a autorização concedida ao Governo para realizar despesas públicas e cobrar receitas, limitando os poderes financeiros do Governo em cada ano. Exprime, a forma como o Estado vai obter e gastar os seus rendimentos durante o ano; Condensa a política financeira a executar durante esse ano; Orçamento, é portanto, a instituição jurídica fundamental e o quadro básico que orienta a actividade financeira dos Estados modernos, sejam eles, mais ou menos democráticos!"
[Aqui]

No Cruzeiro do Sul uma detalhada analise do surgimento do primeiro canal de televisao privado em Angola:

"Foi noticiado, em Portugal, o lançamento, ainda este ano, em Angola, da primeira televisão privada. O futuro canal, Segundo o jornal de notícias, vai chamar-se Zimbo TV e é propriedade da Medianova SA. De acordo com a mesma fonte, o projecto da primeira televisão privada conta com o apoio da TVI, o segundo canal privado português. Medianova que é uma Sociedade Anónima, mas, nos termos da lei de imprensa, as suas acções têm de ser nominativas e, para efeitos de respeito pela concorrência, a sua composição deve ser dada a conhecer ao conselho nacional de comunicação social. Tudo indica que a Medianova seja uma emanação dos serviços de apoio à Presidência da República.
No entanto, ao Jornal Público, de Portugal, Artur Queirós havia afirmado que o objective do grupo é o de assegurar "informação rigorosa, independente e profissional", sem interferência do poder político". Ainda em 2006, o Jornal público havia anunciado o lançamento de um projecto multifacetado na midia angolana. Já nessa altura, se dizia que o nome do grupo de comunicação seria Medianova e que o director de publicações seria Artur Queirós, um jornalista português próximo dos serviços de imprensa da presidência da república e também um dos seus mais radicais defensores em comentários no Jornal de Angola."
[Aqui]

O Novo Jornal da-nos conta de uma dissertacao de JMM Tali na Sorbonne:

"O Historiador Jean Michel Mabeko Tali irá dissertar uma palestra subordinada ao tema «0 problema de Cabinda e o processo de paz em Angola», na próxima segunda, 26 de Maio, na Universidade Sorbonne, em Paris. Esta conferência está inserida no âmbito dos seminários sobre «História de África Negra do Século XIX aos nossos dias» e «Fronteiras Dinâmicas de Transterritorialização», numa organização do historiador congolês Elikia Mbokolo, director da Escola de Altos Estudos Sociais daquela universidade."
[Aqui]


Ainda no NJ, uma entrevista com Paulo Flores:

"0 músico angolano Paulo Flores assinala 20 anos de carreira, após o lançamento do seu primeiro disco, Kapuete Kamundanda, em 1988. Neste sentido, para reavivar os seus fãs, Paulo Flores promete realizar no próximo mês de Julho um grande espectáculo ao vivo, na Cidadela Desportiva, em Luanda, que servirá igualmente para gravação de um CD e DVD ao vivo. Esta trilogia é um trabalho que irá sair na primeira semana de Dezembro, mas em Junho vamos fazer um volume com três músicas de cada CD e mais um «bónus track». Então, no fundo, será a primeira apresentação das músicas que no total serão 27.
(...)
Às vezes fica um pouco difícil sintetizar as 27 músicas, mas irei recuperar quatro músicas, às quais irei dar novos arranjos e acabamentos, o resto é tudo inédito. É um pouco difícil resumir, mas falase de esperança, de amor, do dia-adia. E faço uma releitura de alguns temas entre os quais uma música do David Zé, uma dos Ngola Ritmos, um tema antigo do Bana, faço uma versão em português do «Recontré», canto uma música com a Mayra Andrade, com letra do Vinicius de Moraes, gravei, no Rio de Janeiro, uma música com o Daniel Jobin, neto do Tom, no piano do Tom, chama-se «Interlúdio» e acredito que venha a ser um dos momentos altos da trilogia. Portanto, acredito que as pessoas irão gostar."
[Aqui]

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