Saturday 15 January 2011

Olhares Diversos (XXIII)




Sobre a Cultura Nacional

Angola: "Um só povo, uma só nação"?

O dia Nacional da Cultura é festejado, oficialmente, no Dundo, Lunda-Norte,[*] com diversas actividades culturais. No entanto, a alegria e o ânimo gerados com as festividades não se reflectem no debate quando se discute o que é a cultura angolana, unidade cultural ou até mesmo a identidade cultural angolana.

As controvérsias acontecem porque Angola é um país dividido, separado e diferente nas suas linhas culturais. E essas assimetrias expressam a sua multiplicidade étnica, racial e linguística.

São cerca de 16 milhões de habitantes que se comunicam em português (como língua nacional), e regionalmente em sete línguas diferentes, mais de 20 dialectos, e sete grupos etnolinguísticos. Todos eles diferentes nos hábitos e costumes, mas unidos pela história, pelo território e pelo pais que a todos se liga.

O padre Muanamossi Matumona é um jornalista e sociólogo que muitas vezes escreveu sobre cultura angolana. Um dos mais controversos que publicou foi sobre Unidade Cultural Angolana no ano de 1993. Um ano difícil para o país que continuava a lutar de armas na mão, depois de eleições problematicas. Uma guerra que para muitos era fruto até da intolerância cultural que se atribuía a umbundus (representados pela UNITA) e quimbundus ( do lado governamental, principalmente o MPLA.

Mas o filósofo Almerindo Jaka Jamba chama atenção a ideia que se tenta transmitir com o slogan “um povo e uma só nação”. O estudioso e professor universitário vai mais longe dizendo mesmo que apesar da independência politica e económica, o angolano precisa ainda de se encontrar como africano e a isso, diz o académico, corresponde uma dimensão estratégica.


[Continue lendo aqui]



* No entanto, de acordo com esta noticia, entre varias outras, o acto central teve lugar no Uige



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"Conferencia Internacional sobre Cultura Cokwe"

Festival Mondial des Arts Negres

E por falar em "Representacoes"




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As controvérsias acontecem porque Angola é um país dividido, separado e diferente nas suas linhas culturais. E essas assimetrias expressam a sua multiplicidade étnica, racial e linguística.

São cerca de 16 milhões de habitantes que se comunicam em português (como língua nacional), e regionalmente em sete línguas diferentes, mais de 20 dialectos, e sete grupos etnolinguísticos. Todos eles diferentes nos hábitos e costumes, mas unidos pela história, pelo território e pelo pais que a todos se liga.

O padre Muanamossi Matumona é um jornalista e sociólogo que muitas vezes escreveu sobre cultura angolana. Um dos mais controversos que publicou foi sobre Unidade Cultural Angolana no ano de 1993. Um ano difícil para o país que continuava a lutar de armas na mão, depois de eleições problematicas. Uma guerra que para muitos era fruto até da intolerância cultural que se atribuía a umbundus (representados pela UNITA) e quimbundus ( do lado governamental, principalmente o MPLA.

Mas o filósofo Almerindo Jaka Jamba chama atenção a ideia que se tenta transmitir com o slogan “um povo e uma só nação”. O estudioso e professor universitário vai mais longe dizendo mesmo que apesar da independência politica e económica, o angolano precisa ainda de se encontrar como africano e a isso, diz o académico, corresponde uma dimensão estratégica.


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* No entanto, de acordo com esta noticia, entre varias outras, o acto central teve lugar no Uige



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1 comment:

Egbomy Conceição said...

Prezado Almerindo Jaka Jamba,

Se conselho fosse bom!
Eu não estaria lhe escrevendo está, e revendo todas nossas conversas no
Brasil sobre discriminação e racismo. Como eu lhe entendo hoje quando voce falava sobre Angola e mais ainda quando citava Johnnesburg e me dizia venha conhecer? venha ver seus irmãos(as) que estão aqui lhe esperando.
Carinho e axé,
Egbonmy Conceição Reis de Ógùn
Coordenadora INTECAB - SP
www.intecabsp.wordpress.com
www.telecentrointecabsp.blogspot.com
www.portalafricas.com.br