Wednesday 31 March 2010

Sim Sra. Ministra!



Carolina Cerqueira

Ministra da Comunicacao Social de Angola:


(...)

Constatamos com preocupação que a qualidade jornalística e obviamente a qualidade editorial da nossa comunicação social, tanto pública como privada carece de mais inovação em termos de pesquisa, de isenção, de respeito pela verdade dos factos, de investigação, de divulgação de conhecimentos, de valores culturais e de princípios de identidade, suportes essenciais para o desenvolvimento socioeconómico sustentado do futuro. O profissionalismo jornalístico, expresso na pretensão da veracidade deve expressar na sua objectividade.

A regulamentação do vasto pacote legislativo que irá traçar o figurino de actuação da comunicação social à luz dos desafios e propósitos da III República é uma tarefa que envolve já os representantes da classe de todos os órgãos da Comunicação Social públicos e privados, de forma a que os direitos da classe sejam legalmente protegidos mas que os seus deveres não permitam a proliferação de informações caluniosas que atentam muitas vezes contra a moral pública, a integridade e a dignidade das pessoas, o desrespeito pelos titulares dos órgãos de soberania a própria soberania do Estado e a unidade Nacional.

(...)

Os média podem e devem promover a cultura de responsabilização e de prestação de contas, ajudar a cultivar o espírito de cidadania, de inclusão e de participação, estimular a auto estima e acarinhar a criatividade dos angolanos.

Todos estamos conscientes que os média são cada vez mais um elemento incontornável na formação das culturas, de socialização e na constituição de personalidades assumindo uma responsabilidade importante no estabelecimento da força coesiva que garante a integração social, independentemente da participação dos agentes sociais.

(...)

Os média dispõem de uma capacidade que pode despoletar dinâmicas sociais alternativas tendentes a aprofundar o exercício da democracia e é nesse sentido que apelo a todos para uma cultura nova na conduta dos jornalistas, cultura que promova a inclusão e a participação de todos na construção da nova Angola, cultura que promova e acarinhe o esforço de todos os angolanos, desde o mais humilde aos esforços de desenvolvimento nacional, atitude que reprove os actos de violência, em todas as suas dimensões e que seja capaz atraves de exemplos positivos de contribuir para a educação civica das populações, complementando o papel da familia, da Escola e da Igreja, enquanto mecanismos que tambem asseguram a regularidade nas dinâmicas sociais.

O que torna a Comunicação Social mais forte e pluralista é garantir uma comunicação que previlegie uma relação dinamica com o público, aberta à critica e à partilha de saberes, ao confronto de opiniões e de argumentos e à pluralidade de discursos, numa base de segurança, confiança e respeito pela diversidade.

(...)

Enquanto espaço público, os media deverão desempenhar um papel importante como espaços de aprofundamento de cidadania, interagindo com a sociedade civil como instância de mediação entre o público e o privado, contribuindo para uma globalização de cultura, expondo-se aos ventos das mudanças que auxilia o aprofundamento da democracia, o reforço das instituições de forma a responder inteligentemente a fluidez das dinamicas sociais.

A relação local/global resultante da articulação entre comunidades e espaços públicos, e uma cultura politica global informado pelos papeis da diversidade, do respeito pelos actos humanos e na universalidade no reconhecimento das pretensões legitimas não será realidade sem reconhecimento de uma dimensão cívica na actividade dos media, que assegurem o pluralismo e a equidade, o aprofundamento de uma reflexão acerca do modo como o próprio jornalismo pode influenciar positivamente a vida pública.

(...)

Por exemplo verificamos que as noticias do trabalho jornalístico, na abordagem das questões da violência estão mais orientadas para a cobertura e tratamento do que é pontual e episódico do que para o contexto em que os acontecimentos ocorrem.As poucas tentativas de descrever um tema com mais profundidade são geralmente desprovidas de sistematicidade e pouco incisivas.

Aquilo que geralmente é transmitido ao público é a localização dos acontecimentos, os indivíduos que nele estão envolvidos e pormenores, com frequência, estes elementos ocupam, automaticamente o 1º lugar na memoria dos destinatários enquanto que a causa dos acontecimentos permanece em fundo.

O que dai resulta é uma memória fragmentada , cheia de pormenores isolados e a que falta o contexto. Cai-se assim num ciclo vicioso e normalmente a abordagem dos temas sobre a violência são mais sensacionalistas do que educativos, suscitando mais curiosidade do que repulsa.

Sensibilizar e consciencializar a população assim como potenciar acções de apoio social que contribuam para superar o impacto de uma situação de violência, é o desafio que lançamos a cada um de vós, conscientes de que será possível assim fazer uma informação mais humana e mais adequada a actual conjuntura nacional.


[Informacao daqui]



Carolina Cerqueira

Ministra da Comunicacao Social de Angola:


(...)

Constatamos com preocupação que a qualidade jornalística e obviamente a qualidade editorial da nossa comunicação social, tanto pública como privada carece de mais inovação em termos de pesquisa, de isenção, de respeito pela verdade dos factos, de investigação, de divulgação de conhecimentos, de valores culturais e de princípios de identidade, suportes essenciais para o desenvolvimento socioeconómico sustentado do futuro. O profissionalismo jornalístico, expresso na pretensão da veracidade deve expressar na sua objectividade.

A regulamentação do vasto pacote legislativo que irá traçar o figurino de actuação da comunicação social à luz dos desafios e propósitos da III República é uma tarefa que envolve já os representantes da classe de todos os órgãos da Comunicação Social públicos e privados, de forma a que os direitos da classe sejam legalmente protegidos mas que os seus deveres não permitam a proliferação de informações caluniosas que atentam muitas vezes contra a moral pública, a integridade e a dignidade das pessoas, o desrespeito pelos titulares dos órgãos de soberania a própria soberania do Estado e a unidade Nacional.

(...)

Os média podem e devem promover a cultura de responsabilização e de prestação de contas, ajudar a cultivar o espírito de cidadania, de inclusão e de participação, estimular a auto estima e acarinhar a criatividade dos angolanos.

Todos estamos conscientes que os média são cada vez mais um elemento incontornável na formação das culturas, de socialização e na constituição de personalidades assumindo uma responsabilidade importante no estabelecimento da força coesiva que garante a integração social, independentemente da participação dos agentes sociais.

(...)

Os média dispõem de uma capacidade que pode despoletar dinâmicas sociais alternativas tendentes a aprofundar o exercício da democracia e é nesse sentido que apelo a todos para uma cultura nova na conduta dos jornalistas, cultura que promova a inclusão e a participação de todos na construção da nova Angola, cultura que promova e acarinhe o esforço de todos os angolanos, desde o mais humilde aos esforços de desenvolvimento nacional, atitude que reprove os actos de violência, em todas as suas dimensões e que seja capaz atraves de exemplos positivos de contribuir para a educação civica das populações, complementando o papel da familia, da Escola e da Igreja, enquanto mecanismos que tambem asseguram a regularidade nas dinâmicas sociais.

O que torna a Comunicação Social mais forte e pluralista é garantir uma comunicação que previlegie uma relação dinamica com o público, aberta à critica e à partilha de saberes, ao confronto de opiniões e de argumentos e à pluralidade de discursos, numa base de segurança, confiança e respeito pela diversidade.

(...)

Enquanto espaço público, os media deverão desempenhar um papel importante como espaços de aprofundamento de cidadania, interagindo com a sociedade civil como instância de mediação entre o público e o privado, contribuindo para uma globalização de cultura, expondo-se aos ventos das mudanças que auxilia o aprofundamento da democracia, o reforço das instituições de forma a responder inteligentemente a fluidez das dinamicas sociais.

A relação local/global resultante da articulação entre comunidades e espaços públicos, e uma cultura politica global informado pelos papeis da diversidade, do respeito pelos actos humanos e na universalidade no reconhecimento das pretensões legitimas não será realidade sem reconhecimento de uma dimensão cívica na actividade dos media, que assegurem o pluralismo e a equidade, o aprofundamento de uma reflexão acerca do modo como o próprio jornalismo pode influenciar positivamente a vida pública.

(...)

Por exemplo verificamos que as noticias do trabalho jornalístico, na abordagem das questões da violência estão mais orientadas para a cobertura e tratamento do que é pontual e episódico do que para o contexto em que os acontecimentos ocorrem.As poucas tentativas de descrever um tema com mais profundidade são geralmente desprovidas de sistematicidade e pouco incisivas.

Aquilo que geralmente é transmitido ao público é a localização dos acontecimentos, os indivíduos que nele estão envolvidos e pormenores, com frequência, estes elementos ocupam, automaticamente o 1º lugar na memoria dos destinatários enquanto que a causa dos acontecimentos permanece em fundo.

O que dai resulta é uma memória fragmentada , cheia de pormenores isolados e a que falta o contexto. Cai-se assim num ciclo vicioso e normalmente a abordagem dos temas sobre a violência são mais sensacionalistas do que educativos, suscitando mais curiosidade do que repulsa.

Sensibilizar e consciencializar a população assim como potenciar acções de apoio social que contribuam para superar o impacto de uma situação de violência, é o desafio que lançamos a cada um de vós, conscientes de que será possível assim fazer uma informação mais humana e mais adequada a actual conjuntura nacional.


[Informacao daqui]

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