Today is the 30th anniversary of May 27, 1977, a date which conveys what are arguably the deepest wounds in the Angolan soul. It marks the brutal repression of a “movement”, mainly by high-level militants of the ruling party MPLA, the so-called “fraccionistas”, allegedly intent on overthrowing the then President, A. Neto, and his entourage from power. Neto then pronounced a famous sentence: “Nao Havera’ Perdao” (“There Will Be No Pardon!”).
In the ensuing months and for several years afterwards, thousands of Angolans from all social, racial and cultural backgrounds (although some more targeted and victimised than others) were either eliminated, imprisoned or confined to “Campos de Re-educacao” (“Re-education Camps”), in some cases in the same camps where they, or their fathers and/or other family members, had been imprisoned by the colonialists, without any formal judicial process.
In the ensuing months and for several years afterwards, thousands of Angolans from all social, racial and cultural backgrounds (although some more targeted and victimised than others) were either eliminated, imprisoned or confined to “Campos de Re-educacao” (“Re-education Camps”), in some cases in the same camps where they, or their fathers and/or other family members, had been imprisoned by the colonialists, without any formal judicial process.
Personally, not having been involved directly or indirectly in either side of the events, I had, nevertheless, as with millions of other Angolans, family members, friends, colleagues and aquaintances eliminated or otherwise victimised by the purge. The total number of dead is estimated at at least 30.000, which is ten times more than the number of Pinochet's victims... Just imagine 1.000 dead each year since that date...
To this day there are parents, wives, offspring, relatives and friends of the disappeared in psychologically suspended grief for not knowing why, when, where and what happened to their loved ones.
Countries such as South Africa have instituted mechanisms like the Truth and Reconciliation Commission to address this sort of issues. Yet, Angola is still hung on its inability to face head-on its darkest traumas, thus unable to rationally heal, or at least try to, its deepest wounds on behalf of its future as a Nation.
(Pictures from here)
(Click nas imagens para ler artigos)
4 comments:
OK, preferia não comentar este assunto -- é ainda demasiado pesado e os textos e imagens dizem quase tudo.
Mas depois de ler a tua resposta ao meu comentário no outro post fiquei com vontade de repetir aqui aquela pergunta “retórica” -- Porquê que tivémos o 27 de Maio? Porquê que no site da Associação 27 de Maio continua-se a falar em medo e autocensura?
Não precisas de responder, foi apenas mais um desabafo.
Só tenho a dizer que depois de ler o que se diz no site da A-27 Maio sobre o “padrinho literário da Mwanapwo” passei a perceber melhor as makas em que este blog se acha envolvido.
Obrigado.
Recebi este comentario no passado dia 23 de Marco, a proposito de um pesadelo que aos habituais frequentadores deste blog nao sera' dificil identificar. Na altura preferi nao o publicar, para nao dar ainda mais asas a "imaginacao" demente de quem se deve ter certamente embebedado com o petroleo do nosso Malongo. Publico-o agora pelo que ele contem de informacao pertinente sobre o conteudo deste post:
“Forca Ana Koluki!
Acho que estas a encaminhar o assunto super bem, contudo depois de checkar o blog em quest~ao, ja ha uns dias e mesmo agora, nao posso deixar de sentir uma raiva enorme pelo facto de a situacao social/cultural/historica/economica do pais estar de tal modo distorcida que intrusos e usurpadores como e' claramente o caso dessa criatura ou aberracao da natureza, se possam arrogar nao so a intrometer-se e banalizar assuntos ta~o profundamente nossos e sagrados, como e' o caso 27 Maio,"fraccionismo" , a tragedia Nacional,que roubou a Nacao Angolana de mais de 40 mil jovens (estimativas da Amnistia Internacional), numero que pessoalmente nao disputo, porque so' eu e mais duas pessoas proximas em 1991 compilamos de entre os nossos conhecimentos pessoais uma lista de mais de 200 nomes isso foi para uma entrevista que eu dei nesse ano para essa organizacao AI, se considerarmos que esses jovens na sua grande maioria eram justamente os que mais activamente e abertamente continuavam a bater-se pela independencia de Angola no seu sentido mais amplo, jovens esses que incondicionalmente se dedicaram e profundamente acreditaram no MPLA e seu Lider A.Neto, que de facto foram a pedra angular para o MPLA ascender ao poder nas condico~es em que o fez, porque sem eles, sua determinacao e dedicacao combinada com inesperiencia+ingenuidade de que so' jovens sao capazes(celulas urbanas e gerrilha da primeira regi~ao), nem com dez vezes mais apoio da esquerda Portuguesa Rosas ou Gagos Coutinhos, O Sr. "M" , face a sua desarticulacao interna e campanha militar UNITA/FNLA e atitude de nao reconciliacao, nao teria a menor chance! O facto 'e que o MPLA com este, "fraci0nismo" que de facto so, fracionismo 'e um anocronismo endemico do grande "M", o 27 de Maio foi apenas o mais visivel, porque conseguiu nao deixar uma unica familia Angolana, nem mesmo a familia do presidende Neto, de facto foi uma das mais proficuas, com pelo menos 3 viti'mas, todas as familias Angolanas com ligacoes urbanas foram afectadas = perca de familiar, amigo ou conhecido morto=desaparecido, preso ou desempregado (lembrar que o Estado era o unico empregador em 1977) consumou de facto em grande medida o "Wipe off" de uma geracao. Os anacronismos do grande "M" com os seus efeitos de devastacao no tecido politico, social e cultural do Pais, nao fica por ai, continua com a desafectacao dos jovens DISAS utilisados, que na sua maioria sucumbiram ou estao mentalmente desarticulados, do exodo de jovens para as pedreiras portuguesas, ngundas Britanicas e so' NGana Zambi sabe para que paises mais, o talento angolano de todos tamanhos e graus porque o facto e' que Angola independente produz mais emigrantes que Angola colonisada e em contra-partida nutre e acolhe aberracoes como a criatura em causa, que enquanto, paga a peso de ouro com os recursos petroliferos do Pais, dos Angolanos certamente deve apreciar deleitada enquanto acessa a internet,como so' ela sabe e pode... com ar condicionado ligado, jantar de 5 estrelas feito pelo cozinheiro Mavunga casa limpa pela servente Massanga... aos longe ela deve ver da janela do quarto dela e achar muito romantico o bambulear das labaredas, feitas de lenha de pau preto, rosa ou ferro, que sao a unica fonte de energia possivel para cozinhar a unica refeicao do dia da familia do Mavunga e a melhor oportunidade de escolarisacao da filha da Massanga, que passou dia na Lavra, porque o programa da FESA ainda nao chegou ate a sanzala dela para construir uma escola ou coisa alguma, e entao pode ver o rosto da avo dela Mbembo, iluminado pelas labaredas, chorar os contos de antigamente de quando angola era colonia...que devem provocar na miuda Ufolo um desejo de conhecer tal "maravilha".
Enquanto isso a Internauta do Malongo certamente que se cruza nos corredores da petrolifera com o engenheiro NVunda, que ha 5 mais anos esta a tentar construir uma casa de blocos no Jacare, que deve ser casado com a Dra Luegi, formada em Cuba e continua desempregada, porque ainda na~o conseguiu fundos suficientes para abrir a propria clinica nem foi aceite em nenhuma das parcerias de saude privada, porque nao e de nenhuma das "familias".
Acho que a minha raiva diminuiu, mas algem tem de repor a legalidade, a dignidade, o nacionalismo, recuperar a Historia a Nacao para os Angolanos e nao deixar brecha nem clima para Desgracas abjectas como a criatura em causa possam nem mesmo conjecturar, que quando lhes e dada a oportunidade de trabalhar/viver nababescamente em Angola tenham qualquer outro assunto com Angola ou Angolanos, para alem de prestar o servico para o qual sao pagos anyway....
I did flag the thing, but did not get the sense that it is efective!”
É sempre assim meus manos e manas, uns batem-se e morrem pela pátria e outros apropriam-se dela, e mesmo tendo vindo eles próprios ou os seus ascendentes de outros continentes, arrogam-se hoje o direito de se acharem mais angolanos do que a própria Angola e se proclamarem seus “únicos e dignos” representantes! Até quando vão os angolanos permitir tanto insulto? Até quando vamos ver a Nossa Terra sucumbir a esses abutres, que quando ela já não tiver mais nada para dar vão a abandonar e deixar-nos só com os ossos e ainda por cima cuspir por cima e dizer que a culpa de todas as desgraças é só nossa? Quando é que teremos paz neste Mundo já que tantos de nós tivémos que abdicar da nossa própria pátria para que eles possam dançar a vontade sobre os corpos dos nossos mortos? ATÉ QUANDO????
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