Thursday, 3 May 2012

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa...



... De Volta 'a Agencia: Questoes de Genero ... 


 


Eramos um grupo de tres ou quarto, a que por vezes se juntavam mais outras duas ou tres. 
Trabalhavamos na agencia. Saiamos quase sempre juntas – para a praia, algumas festas, o cinema, ou outras actividades. 

Vinhamos de backgrounds diferentes, mas eramos todas maes solteiras – cada uma pelas suas proprias razoes e nas suas proprias circunstancias, cada uma com a sua propria forma de lidar com a sua condicao. Havia, no entanto, um porem: apenas a minha gravidez ocorreu e decorreu ‘a vista de ‘todo o mundo’, tanto na agencia como fora dela. 

Quanto as outras, uma tinha tido o filho numa provincia e la’ o deixara ao cuidado da mae dela, onde a crianca viria a morrer ainda bebe’; outra, no dia em que comecou a trabalhar para a agencia, quando regressou a casa encontrou a triste noticia de que o filho tinha morrido por ingestao de petroleo; outra ainda, recem-imigrada de um outro pais lusofono, tambem tinha la’ perdido um filho… 

Tinhamos, no entanto, algo em comum: a joie de vivre de jovens entre os 19 e os 21 anos, com toda uma vida e um mundo a descobrir pela frente - e isso era acentuado pelo facto de estarmos a viver aquele periodo das nossas vidas na capital de um pais em guerra, onde havia recolher obrigatorio e a vida decorria de todas as formas, menos de qualquer forma que pudesse ser considerada "normal"! Sendo que, no meu caso, tendo eu desde a minha puberdade/adolescencia comecado a assumir responsabilidades normalmente atribuidas a pessoas, rapazes ou raparigas/ homens ou mulheres, com muito mais idade do que eu, vivi aquele periodo como se tentasse, sem com isso deixar de manter para mim os valores e principios etico-morais e ate' religiosos que trazia da infancia, "recuperar o tempo perdido" e "ser igual a qualquer jovem como eu".
E isso acarretou-nos alguns side-effects menos agradaveis, de que estavamos completamente alheadas porque mas-intencoes de qualquer indole era a ultima coisa que nos movia: se nao estavamos ja’ exactamente na “idade da inocencia”, estavamos seguramente na “idade do sonho”, do “bem-querer” e do “bem-fazer”, cada uma ‘a sua maneira… 

Nao deixei, no entanto [e isto sobretudo porque de todas eu era a unica que vivia no meu proprio apartamento e a mais 'visivel e assumidamente' mae solteira e por isso a mais vulneravel ao estigma social ainda associado a essa condicao em certos circulos mais conservadores - e isso apesar de que naquela altura ja' quase ninguem, sobretudo da nossa geracao, se casasse "de papel passado e alianca no dedo" porque o casamento era geralmente visto "revolucionariamente" como uma "instituicao burguesa" -, sendo, portanto, a mais preocupada com ditos do tipo "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem es", enquanto elas ainda viviam sob a "proteccao social" da casa dos pais, ou de familia - acrescendo-se a isso o facto de a minha familia mais proxima (mae e irmas, excepto a mais velha, com quem, por razoes ponderosas, nao tinha uma relacao muito proxima) tinha emigrado para Portugal, sendo que com o meu pai e a sua familia eu nao tinha relacao praticamente nenhuma, devido ao facto de os meus pais se terem divorciado acrimoniosamente em 1972. Portanto, para alem da minha relacao com o pai do meu filho e com o meu tio/padrinho Pepe' (a minha tia Celeste, unica irma dele e da minha mae encontrava-se na altura em servico com o marido nas embaixadas de Angola em Pris e Bruxelas), eu fiquei la' a viver aquele periodo, naquela idade, praticamente sozinha...], de em algumas ocasioes as advertir do perigo de alguns comportamentos poderem induzir ao tipo de maledicencias com que hoje, ‘a distancia de milhares de kilometros e mais de um quarto de seculo depois, me vejo confrontada – e disso qualquer delas podera’, com alguma honestidade, testemunhar. E, talvez por isso mesmo, o grupo acabou por se desmembrar…

E depois do desmembramento do grupo, lembro-me de uma noite em que fui com o pai do meu filho a uma discoteca, onde encontramos uma delas - a que pela sua "fogosidade" mais "maus-olhados" tinha atraido ao grupo. Ja' mal nos falavamos naquela altura, tendo o pai do meu filho se referido a ela em tom depreciativo, pelo que olhei para ele com um ar desgostado porque eu nao lhe reconhecia qualquer "moral high ground" para o fazer...
E o facto e' que, a ultima vez que a vi em Lisboa, em Belem, ela estava aparentemente de bem consigo propria, com a sua vida, a sua feminilidade, a sua sexualidade e... com os seus tres filhos!


 


Aqueles foram tempos em que alguns “rapazes” da geracao Y fizeram uma lista “secreta” das que designaram as “top-10 stars” la’ da banda, na qual me incluiram, sem que disso eu tivesse a menor ideia – soube-o apenas por uma outra mulher, que dela nao fazia parte e a quem um dos autores da lista tinha “informado”, referindo-se especialmente a mim… Nunca senti que aquilo em alguma coisa me acrescentasse ou diminuisse, mas a mulher em questao, apesar de ser cinco anos mais velha do que eu, ate’ hoje continua a nao perder uma oportunidade para “competir” comigo e tentar destruir a minha reputacao, quando nao a minha propria vida!.. 

E’ que, a sociedade que nos rodeava ja’ entao era tao (ou mais!) doente quanto o e’ hoje!

Mas isso ja’ e’ picada demasiado batida…

O que interessa hoje para mim e’ que, se um dia a ocasiao se proporcionar, poderei sentar-me numa esteira com os meus netos a volta e, com muito orgulho, contar-lhes muitas historias daquele tempo que poderei rematar com um sereno sorriso nos labios e um saboroso “non, rien de rien, non je ne regrette rien” – certamente nao a forma e as razoes pelas quais sai da agencia!... Ou, mais tarde, da SADC!...

Uma de tais historias poderia ser esta: - Uma vez, o nosso grupo foi convidado por uma senhora estilista (profissao rara naquela altura), de Benguela, a fazer uma passagem de modelos com as suas criacoes. Aceitamos o convite just for the fun of it (certainly not just for the sake or the sex of it!...). O desfile, que tera' sido o primeiro evento do genero na Angola do pos-independencia, foi numa das discotecas de Luanda e estavam presentes algumas figuras notaveis da cidade. Eu, por minha opcao, passei apenas, e muito brevemente, um modelo e logo que sai do palco fui mudar-me para as minhas roupas normais, regressei ao salao para pegar no meu filho que tinha ficado ao colo da senhora estilista e voltei para casa – sozinha, como sempre, onde quer que fosse e com quem fosse, de noite ou de dia…

O desfile foi filmado em video e disseram-me que, durante algum tempo, passou a ser exibido naquela discoteca, como a sua ex-libris, todos os dias. Eu nunca o vi, porque so' passei a frequentar a tal discoteca alguns anos mais tarde com o pai do meu filho.

 Outra, poderia ser esta: - Uma das minhas amigas do grupo a certa altura namorava com um individuo bastante conhecido na cidade como “womaniser”… Uma vez, ela convidou-me para um jantar em casa dele. Posta la’, dei-me conta de que nao havia jantar nenhum e so’ estamos eu, ela, ele e um amigo dele, que eu nunca antes tinha visto… Ficou claro para mim que se tratava ali de um “set-up” para uma especie de “ménage a quatre”, ou qualquer coisa do genero – mesmo porque o individuo que “me era destinado” nao o conseguiu dissimular muito bem, tendo-se a dada altura tornado extremamente desagravel para comigo, quando percebeu que definitivamente de mim “nao ia levar nada”! E nao levou… e' que, tal como "continuo a ser", eu era "verde e doente" e por isso rejeitei muitas "pobres e insignificantes criaturas"!... Mas, ainda assim, no dia seguinte, a minha amiga convenceu-me a ir com eles ao Mussulo. Como, sobretudo naquela altura, nao era preciso muito para alguem me convencer a ir ao Mussulo, la’ os acompanhei e… creio que ‘todo o mundo’ que por la’ nos viu naquele dia ficou a “imaginar coisas”… que nao aconteceram, nem naquele dia, nem nunca! Nao os voltei a ver e a minha relacao com a minha amiga acabou por esmorecer a partir dali. Ja’ nao a vejo desde aquela altura, mas confesso que por vezes tenho saudades dela… 




Bom, nao os voltei a ver, isto e’: a um deles, o que namorou com a minha amiga, por acaso tambem membro do “circulo restrito do senhor Rui Mingas”, vi-o recentemente aqui
Quase irreconhecivel fisicamente, mas, ao que tudo indica, “igual a si proprio”: aqueles “corpos semi-nus”, por entre outras tristes memorias mais recentes, sugeriram-me a tal “ménage 'a trop” (ou, se preferirem, “orgias e bacanais”) a que um dia resisti estoicamente em sua casa, mais de um quarto de seculo atras!... 

Et pourtant: "valores e principios"... she said! 




Esta a minha (possivel) “homenagem”, neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a um pequeno grupo de jovens ‘raparigas’, mas todas ja’ muito mulheres, cada uma ‘a sua maneira, que um dia passaram, malgre’ tout e against all odds, de cabeca erguida, pelo jornalismo angolano do pos-independencia, como quem passa pelas brasas como se passa por uma passerelle!

Apenas eu (...por sinal a unica negra do grupo...), no entanto, me queimei – ou, melhor, viria a ser queimada em lume brando e linchada em praca publica por um bando de rapazes da agencia, auto-designados "boys coisificados", liderados por um oficial de kampanha psikopata e kriminoso, cobardemente escondidos por tras de cortinas de fumo e de ferro, ensandecidos pelo 'bling-bling', a venalidade, a devassidao e a corrupcao da novo-enriquecida Nova Angola, com quem nunca sai para lado nenhum, que nunca tiveram a coragem, o talento, o caracter, ou simplesmente a humildade, para encetar uma conversa comigo, nem o previlegio de alguma vez terem entrado em minha casa - e, por isso, despeitados,ciumentos, rancorosos, ressaibiados e recalcados, acessorados por uma parelha de velhacas mimetikas e plagiaristas e outras tantas "mulheres de domingo", em conluio com os seus kumpadres de outros orgaos de informacao (incluindo os "secretos"), que nunca, ou mal, conheci... e impunemente, porque se consideram, ou sao considerados, INTOCAVEIS!


 E tudo apenas porque, ao contrario de nos ’raparigas’, eles nunca aprenderam nos "muitos livros que leram", ou que "escreveram", nem com as suas castradoras  “Senhoras Professoras”, que lhes chamavam "atrasados mentais", nem com as suas Divas Lesbikas Pornografas Multissexuais, nem com as suas "Queridas de Ocasiao", nem com as suas "Mamas da OMA dos Valores e Principios Amorais", menos ainda com os seus "Saudosos Svengalis" que tentam makakear "a titulo postumo", ou com os seus "Pateticos e Inegavelmente Patifes Minions"  e muito menos com os seus "novos patroes", a gerir com hombridade, sobriedade e cavalheirismo a(s) sua(s) masculinidade(s), sexualidade(s), personalidade(s) e identidade(s) adulta, racional, responsavel e condignamente!...

 A ver se os seus filhos e netos aprendem alguma coisa com esta historia!...


... De Volta 'a Agencia: Questoes de Genero ... 


 


Eramos um grupo de tres ou quarto, a que por vezes se juntavam mais outras duas ou tres. 
Trabalhavamos na agencia. Saiamos quase sempre juntas – para a praia, algumas festas, o cinema, ou outras actividades. 

Vinhamos de backgrounds diferentes, mas eramos todas maes solteiras – cada uma pelas suas proprias razoes e nas suas proprias circunstancias, cada uma com a sua propria forma de lidar com a sua condicao. Havia, no entanto, um porem: apenas a minha gravidez ocorreu e decorreu ‘a vista de ‘todo o mundo’, tanto na agencia como fora dela. 

Quanto as outras, uma tinha tido o filho numa provincia e la’ o deixara ao cuidado da mae dela, onde a crianca viria a morrer ainda bebe’; outra, no dia em que comecou a trabalhar para a agencia, quando regressou a casa encontrou a triste noticia de que o filho tinha morrido por ingestao de petroleo; outra ainda, recem-imigrada de um outro pais lusofono, tambem tinha la’ perdido um filho… 

Tinhamos, no entanto, algo em comum: a joie de vivre de jovens entre os 19 e os 21 anos, com toda uma vida e um mundo a descobrir pela frente - e isso era acentuado pelo facto de estarmos a viver aquele periodo das nossas vidas na capital de um pais em guerra, onde havia recolher obrigatorio e a vida decorria de todas as formas, menos de qualquer forma que pudesse ser considerada "normal"! Sendo que, no meu caso, tendo eu desde a minha puberdade/adolescencia comecado a assumir responsabilidades normalmente atribuidas a pessoas, rapazes ou raparigas/ homens ou mulheres, com muito mais idade do que eu, vivi aquele periodo como se tentasse, sem com isso deixar de manter para mim os valores e principios etico-morais e ate' religiosos que trazia da infancia, "recuperar o tempo perdido" e "ser igual a qualquer jovem como eu".
E isso acarretou-nos alguns side-effects menos agradaveis, de que estavamos completamente alheadas porque mas-intencoes de qualquer indole era a ultima coisa que nos movia: se nao estavamos ja’ exactamente na “idade da inocencia”, estavamos seguramente na “idade do sonho”, do “bem-querer” e do “bem-fazer”, cada uma ‘a sua maneira… 

Nao deixei, no entanto [e isto sobretudo porque de todas eu era a unica que vivia no meu proprio apartamento e a mais 'visivel e assumidamente' mae solteira e por isso a mais vulneravel ao estigma social ainda associado a essa condicao em certos circulos mais conservadores - e isso apesar de que naquela altura ja' quase ninguem, sobretudo da nossa geracao, se casasse "de papel passado e alianca no dedo" porque o casamento era geralmente visto "revolucionariamente" como uma "instituicao burguesa" -, sendo, portanto, a mais preocupada com ditos do tipo "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem es", enquanto elas ainda viviam sob a "proteccao social" da casa dos pais, ou de familia - acrescendo-se a isso o facto de a minha familia mais proxima (mae e irmas, excepto a mais velha, com quem, por razoes ponderosas, nao tinha uma relacao muito proxima) tinha emigrado para Portugal, sendo que com o meu pai e a sua familia eu nao tinha relacao praticamente nenhuma, devido ao facto de os meus pais se terem divorciado acrimoniosamente em 1972. Portanto, para alem da minha relacao com o pai do meu filho e com o meu tio/padrinho Pepe' (a minha tia Celeste, unica irma dele e da minha mae encontrava-se na altura em servico com o marido nas embaixadas de Angola em Pris e Bruxelas), eu fiquei la' a viver aquele periodo, naquela idade, praticamente sozinha...], de em algumas ocasioes as advertir do perigo de alguns comportamentos poderem induzir ao tipo de maledicencias com que hoje, ‘a distancia de milhares de kilometros e mais de um quarto de seculo depois, me vejo confrontada – e disso qualquer delas podera’, com alguma honestidade, testemunhar. E, talvez por isso mesmo, o grupo acabou por se desmembrar…

E depois do desmembramento do grupo, lembro-me de uma noite em que fui com o pai do meu filho a uma discoteca, onde encontramos uma delas - a que pela sua "fogosidade" mais "maus-olhados" tinha atraido ao grupo. Ja' mal nos falavamos naquela altura, tendo o pai do meu filho se referido a ela em tom depreciativo, pelo que olhei para ele com um ar desgostado porque eu nao lhe reconhecia qualquer "moral high ground" para o fazer...
E o facto e' que, a ultima vez que a vi em Lisboa, em Belem, ela estava aparentemente de bem consigo propria, com a sua vida, a sua feminilidade, a sua sexualidade e... com os seus tres filhos!


 


Aqueles foram tempos em que alguns “rapazes” da geracao Y fizeram uma lista “secreta” das que designaram as “top-10 stars” la’ da banda, na qual me incluiram, sem que disso eu tivesse a menor ideia – soube-o apenas por uma outra mulher, que dela nao fazia parte e a quem um dos autores da lista tinha “informado”, referindo-se especialmente a mim… Nunca senti que aquilo em alguma coisa me acrescentasse ou diminuisse, mas a mulher em questao, apesar de ser cinco anos mais velha do que eu, ate’ hoje continua a nao perder uma oportunidade para “competir” comigo e tentar destruir a minha reputacao, quando nao a minha propria vida!.. 

E’ que, a sociedade que nos rodeava ja’ entao era tao (ou mais!) doente quanto o e’ hoje!

Mas isso ja’ e’ picada demasiado batida…

O que interessa hoje para mim e’ que, se um dia a ocasiao se proporcionar, poderei sentar-me numa esteira com os meus netos a volta e, com muito orgulho, contar-lhes muitas historias daquele tempo que poderei rematar com um sereno sorriso nos labios e um saboroso “non, rien de rien, non je ne regrette rien” – certamente nao a forma e as razoes pelas quais sai da agencia!... Ou, mais tarde, da SADC!...

Uma de tais historias poderia ser esta: - Uma vez, o nosso grupo foi convidado por uma senhora estilista (profissao rara naquela altura), de Benguela, a fazer uma passagem de modelos com as suas criacoes. Aceitamos o convite just for the fun of it (certainly not just for the sake or the sex of it!...). O desfile, que tera' sido o primeiro evento do genero na Angola do pos-independencia, foi numa das discotecas de Luanda e estavam presentes algumas figuras notaveis da cidade. Eu, por minha opcao, passei apenas, e muito brevemente, um modelo e logo que sai do palco fui mudar-me para as minhas roupas normais, regressei ao salao para pegar no meu filho que tinha ficado ao colo da senhora estilista e voltei para casa – sozinha, como sempre, onde quer que fosse e com quem fosse, de noite ou de dia…

O desfile foi filmado em video e disseram-me que, durante algum tempo, passou a ser exibido naquela discoteca, como a sua ex-libris, todos os dias. Eu nunca o vi, porque so' passei a frequentar a tal discoteca alguns anos mais tarde com o pai do meu filho.

 Outra, poderia ser esta: - Uma das minhas amigas do grupo a certa altura namorava com um individuo bastante conhecido na cidade como “womaniser”… Uma vez, ela convidou-me para um jantar em casa dele. Posta la’, dei-me conta de que nao havia jantar nenhum e so’ estamos eu, ela, ele e um amigo dele, que eu nunca antes tinha visto… Ficou claro para mim que se tratava ali de um “set-up” para uma especie de “ménage a quatre”, ou qualquer coisa do genero – mesmo porque o individuo que “me era destinado” nao o conseguiu dissimular muito bem, tendo-se a dada altura tornado extremamente desagravel para comigo, quando percebeu que definitivamente de mim “nao ia levar nada”! E nao levou… e' que, tal como "continuo a ser", eu era "verde e doente" e por isso rejeitei muitas "pobres e insignificantes criaturas"!... Mas, ainda assim, no dia seguinte, a minha amiga convenceu-me a ir com eles ao Mussulo. Como, sobretudo naquela altura, nao era preciso muito para alguem me convencer a ir ao Mussulo, la’ os acompanhei e… creio que ‘todo o mundo’ que por la’ nos viu naquele dia ficou a “imaginar coisas”… que nao aconteceram, nem naquele dia, nem nunca! Nao os voltei a ver e a minha relacao com a minha amiga acabou por esmorecer a partir dali. Ja’ nao a vejo desde aquela altura, mas confesso que por vezes tenho saudades dela… 




Bom, nao os voltei a ver, isto e’: a um deles, o que namorou com a minha amiga, por acaso tambem membro do “circulo restrito do senhor Rui Mingas”, vi-o recentemente aqui
Quase irreconhecivel fisicamente, mas, ao que tudo indica, “igual a si proprio”: aqueles “corpos semi-nus”, por entre outras tristes memorias mais recentes, sugeriram-me a tal “ménage 'a trop” (ou, se preferirem, “orgias e bacanais”) a que um dia resisti estoicamente em sua casa, mais de um quarto de seculo atras!... 

Et pourtant: "valores e principios"... she said! 




Esta a minha (possivel) “homenagem”, neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a um pequeno grupo de jovens ‘raparigas’, mas todas ja’ muito mulheres, cada uma ‘a sua maneira, que um dia passaram, malgre’ tout e against all odds, de cabeca erguida, pelo jornalismo angolano do pos-independencia, como quem passa pelas brasas como se passa por uma passerelle!

Apenas eu (...por sinal a unica negra do grupo...), no entanto, me queimei – ou, melhor, viria a ser queimada em lume brando e linchada em praca publica por um bando de rapazes da agencia, auto-designados "boys coisificados", liderados por um oficial de kampanha psikopata e kriminoso, cobardemente escondidos por tras de cortinas de fumo e de ferro, ensandecidos pelo 'bling-bling', a venalidade, a devassidao e a corrupcao da novo-enriquecida Nova Angola, com quem nunca sai para lado nenhum, que nunca tiveram a coragem, o talento, o caracter, ou simplesmente a humildade, para encetar uma conversa comigo, nem o previlegio de alguma vez terem entrado em minha casa - e, por isso, despeitados,ciumentos, rancorosos, ressaibiados e recalcados, acessorados por uma parelha de velhacas mimetikas e plagiaristas e outras tantas "mulheres de domingo", em conluio com os seus kumpadres de outros orgaos de informacao (incluindo os "secretos"), que nunca, ou mal, conheci... e impunemente, porque se consideram, ou sao considerados, INTOCAVEIS!


 E tudo apenas porque, ao contrario de nos ’raparigas’, eles nunca aprenderam nos "muitos livros que leram", ou que "escreveram", nem com as suas castradoras  “Senhoras Professoras”, que lhes chamavam "atrasados mentais", nem com as suas Divas Lesbikas Pornografas Multissexuais, nem com as suas "Queridas de Ocasiao", nem com as suas "Mamas da OMA dos Valores e Principios Amorais", menos ainda com os seus "Saudosos Svengalis" que tentam makakear "a titulo postumo", ou com os seus "Pateticos e Inegavelmente Patifes Minions"  e muito menos com os seus "novos patroes", a gerir com hombridade, sobriedade e cavalheirismo a(s) sua(s) masculinidade(s), sexualidade(s), personalidade(s) e identidade(s) adulta, racional, responsavel e condignamente!...

 A ver se os seus filhos e netos aprendem alguma coisa com esta historia!...

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