Monday, 30 June 2008

THIS MONTH LAST YEAR (6)


O mes que hoje termina comecou neste blog, no ano passado, com um “misterio” que ate’ hoje perdura: o desaparecimento de Madeleine…

Seguiu-se uma serie sobre 'Metodos Quantitativos de origem Africana e Matematica por Africanos', em sobreposicao ao (in)famoso livro de Chika Onyani, “Capitalist Nigger”. Varios outros livros foram notados, e.g. “De escravo a cozinheiro: colonialismo e racismo em Mocambique”, de Valdemir Zamparoni, “A Cabeca de Salome” e “Manual para Amantes Desesperados” de Paula Tavares, “Agora Luanda” de Ines Goncalves e Kiluanje Liberdade e o premiado “Half of a Yellow Sun” de Chimamanda Ngozi Adichie, para alem dos listados em “Recent Publications on ‘Lusophone’ Africa”. Ainda no campo literario, houve uma interessante discussao sobre a “Unificacao da Escrita da Lingua Portuguesa”.

A politica internacional marcou presenca com a tomada de posse de Gordon Brown como Primeiro Ministro do UK e o primeiro grande debate entre todos os (entao) candidatos Democratas a Presidencia dos EUA.

Foram feitos apontamentos pontuais sobre ‘estados de alma, vida, morte e natureza’: nas cheias que na altura assolaram o UK e cujos efeitos em muito se assemelharam aos que se verificaram em Luanda e noutras localidades de Angola, como o Soyo; em “The Antithesis of Pornography”, “Muzongue’ de Domingo”, “Tirso Amaral (in Memoriam)” e “Sunday Chill” (n.b. este foi apenas o lado visivel de um ‘tete-a-tete’ virtual com um grande kamba deste blog com quem andava digamos que ‘at odds’, mas la’ nos entendemos, eu ofereci-lhe um gelado de mucua e ele ofereceu-me um ramo de oliveira e… fizemos as pazes).

Junho tambem registou aquela que, para todos os efeitos, foi a primeira tentativa de, de forma sistematica, integrar a “lusosfera Africana” na “blogosfera global” atraves do GVO. Mas, infelizmente, aquela foi para mim a aventura que para todo o sempre “regretarei” (… nao, nao posso dizer como a Piaf “non, rien de rien, non je ne regrette rien”…) nesta minha (ja’ bastante acidentada) vida virtual. E o mais dramatico daquela nefasta experiencia e’ que eu ate’ tinha antecipado os trilhos cheios de espinhos e armadilhas que se me afiguravam, mas nao tive imaginacao suficiente para prever o que de facto vim a ter que confrontar e, muito menos, tao cedo naquela caminhada…

Mas o mais ironico de tudo aquilo foi que eu naquele mes tambem escrevi neste blog “... querem kanjonjar ate' mesmo a blogosfera... imagine-se se conseguissem controlar a internet!...” Bom, a internet (ainda) nao conseguiram, mas, como tambem tinha previsto, rapidamente ‘conseguiram arranjar’ quem controlasse por eles a “lusosfera Africana” no GVO e os resultados sao os que se teem vindo a observar ate’ hoje…

Highlights: “Revisiting South Africa (III): Shack Chic” e, inevitavelmente (como nao?), “Bonga: Cancoes da Diaspora Africana”!





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Turmas do Bairro - Bonga

O mes que hoje termina comecou neste blog, no ano passado, com um “misterio” que ate’ hoje perdura: o desaparecimento de Madeleine…

Seguiu-se uma serie sobre 'Metodos Quantitativos de origem Africana e Matematica por Africanos', em sobreposicao ao (in)famoso livro de Chika Onyani, “Capitalist Nigger”. Varios outros livros foram notados, e.g. “De escravo a cozinheiro: colonialismo e racismo em Mocambique”, de Valdemir Zamparoni, “A Cabeca de Salome” e “Manual para Amantes Desesperados” de Paula Tavares, “Agora Luanda” de Ines Goncalves e Kiluanje Liberdade e o premiado “Half of a Yellow Sun” de Chimamanda Ngozi Adichie, para alem dos listados em “Recent Publications on ‘Lusophone’ Africa”. Ainda no campo literario, houve uma interessante discussao sobre a “Unificacao da Escrita da Lingua Portuguesa”.

A politica internacional marcou presenca com a tomada de posse de Gordon Brown como Primeiro Ministro do UK e o primeiro grande debate entre todos os (entao) candidatos Democratas a Presidencia dos EUA.

Foram feitos apontamentos pontuais sobre ‘estados de alma, vida, morte e natureza’: nas cheias que na altura assolaram o UK e cujos efeitos em muito se assemelharam aos que se verificaram em Luanda e noutras localidades de Angola, como o Soyo; em “The Antithesis of Pornography”, “Muzongue’ de Domingo”, “Tirso Amaral (in Memoriam)” e “Sunday Chill” (n.b. este foi apenas o lado visivel de um ‘tete-a-tete’ virtual com um grande kamba deste blog com quem andava digamos que ‘at odds’, mas la’ nos entendemos, eu ofereci-lhe um gelado de mucua e ele ofereceu-me um ramo de oliveira e… fizemos as pazes).

Junho tambem registou aquela que, para todos os efeitos, foi a primeira tentativa de, de forma sistematica, integrar a “lusosfera Africana” na “blogosfera global” atraves do GVO. Mas, infelizmente, aquela foi para mim a aventura que para todo o sempre “regretarei” (… nao, nao posso dizer como a Piaf “non, rien de rien, non je ne regrette rien”…) nesta minha (ja’ bastante acidentada) vida virtual. E o mais dramatico daquela nefasta experiencia e’ que eu ate’ tinha antecipado os trilhos cheios de espinhos e armadilhas que se me afiguravam, mas nao tive imaginacao suficiente para prever o que de facto vim a ter que confrontar e, muito menos, tao cedo naquela caminhada…

Mas o mais ironico de tudo aquilo foi que eu naquele mes tambem escrevi neste blog “... querem kanjonjar ate' mesmo a blogosfera... imagine-se se conseguissem controlar a internet!...” Bom, a internet (ainda) nao conseguiram, mas, como tambem tinha previsto, rapidamente ‘conseguiram arranjar’ quem controlasse por eles a “lusosfera Africana” no GVO e os resultados sao os que se teem vindo a observar ate’ hoje…

Highlights: “Revisiting South Africa (III): Shack Chic” e, inevitavelmente (como nao?), “Bonga: Cancoes da Diaspora Africana”!





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Turmas do Bairro - Bonga

Thursday, 26 June 2008

ECOS DA IMPRENSA ANGOLANA (14)

Desde o ultimo numero desta serie acumularam-se uma ‘data’ de artigos publicados na imprensa angolana, dos quais destaco os seguintes:

1. Teresinha Lopes apresenta, no Novo Jornal (NJ), os seus pontos de vista sobre a questao do “genero e as quotas”:

NAO SOU, em regra, "politicamente correcta": sou fumadora inveterada, rio ou choro conforme me apetece, nem sempre sou gentil, não conheço países em desenvolvimento, mas apenas países subdesenvolvidos e não consigo, sinceramente, perceber com clareza, a que é que se refere o "género", expressão tão em voga nos países desenvolvidos (traduzida no "gender") e que, por arrasto, como sempre acontece, nos atingiu já a todos. Fala-se em "igualdade no género", luta-se contra a "violência no género". E eu confesso me perplexa...

2. De Ismael Mateus, no Cruzeiro do Sul, uma analise critica da historia da empresa brasileira Odebrecht em Angola:

Nestes mais de 20 anos, o nosso pareceiro filantrópico galgou por mais de sete províncias do país e entrou por várias áreas de actividade, qualquer delas mais lucrativas que a outra: construção civil, diamantes, sector imobiliário e prestação de serviços. Centenas e centenas de brasileiros fixaram residência em Angola com salários nunca imaginados no seu país ou em empresas brasileiras que prestam serviços à Odebrecht-Angola, melhorando automaticamente os seus lucros. Em Angola, instalou-se a dúvida sobre a qualidade das obras, centenas de postos de trabalhos foram e são ocupados por estrangeiros durante anos a fio; os salários entre uns e outros que fazem o mesmo trabalho são largamente diferenciados; em mais de 20 anos nenhum angolano conseguiu pertencer aos quadros directivos da empresa e até os mais básicos produtos operacionais da empresa ou de consumo do pessoal vem do Brasil. Absolutamente tudo vem (leia-se compra-se) do Brasil como se vê nos chamados malotes aéreos. Os 600 milhões de "investimentos" serão mesmo uma ajuda? Quanto ganha a Odebrecht em Angola? Qual é a percentagem desse lucro gasto em responsabilidade social?

3. O Folha 8 trouxe a estampa mais alguns extractos de “O Auschwitz de Africa”:

Publicamos nesta edição mais alguns extractos da obra literária o Auschwitz de África, um trabalho que está em curso de preparação a propósito dos vários levantamentos no seio do MPIA, cujo expoente maior foi o 27 de Maio de 1977 e a trágica purga assassina que se lhe seguiu. Como se pode avaliar pelos textos aqui apresentados, a tese defendida nesta pesquisa defende o princípio de que o "nitismo", ou se quisermos, "o fraccionismo", tem a sua origem numa curiosa faceta do "líder imortal", Agostinho Neto: a sua tremenda incapacidade de unir as diferentes correntes de opinião que sempre existiram no seio do MPLA.

5. Ainda no NJ, Gustavo Costa assina um artigo, “O Segredo esta na Cabeca”, que nao resisto a confessar me deixou, para dizer o minimo, perplexa:
Da esquerda para a direita, de cima para abaixo, há poder. Muito poder de um lado. Poder político. Poder financeiro. E poder económico. Pouco poder mas algum poder do outro lado. Mas, em ambos os casos, em largas franjas desses poderes, falta capital humano. Falta capital moral. Falta capital espiritual. Falta pensar pela própria cabeça... África e os africanos não lhes dizem nada. Por isso, os nossos «piquininos Vips» não só os menosprezam como se derretem em sabujices perante comerciantes portugueses, libaneses e «monhêses». Não sabem sequer esconder os seus complexos de inferioridade. Confundem o potencial intelectual dos «zairenses» com a venda de micates nas ruas de Luanda; ignoram o valor da imensa massa crítica que jorram as elites da Nigéria; desconhecem o poder económico de Marrocos só com a produção de frutas; não têm noção da dimensão do turismo mauriciano e, complexados e atrasados, recusam aceitar que Angola não faz parte do campeonato da África do Sul.

*****
{Como musica de fundo para este post deixo-vos este link que me foi ontem enviado de Luanda. É só deixar rolar…}


Desde o ultimo numero desta serie acumularam-se uma ‘data’ de artigos publicados na imprensa angolana, dos quais destaco os seguintes:

1. Teresinha Lopes apresenta, no Novo Jornal (NJ), os seus pontos de vista sobre a questao do “genero e as quotas”:

NAO SOU, em regra, "politicamente correcta": sou fumadora inveterada, rio ou choro conforme me apetece, nem sempre sou gentil, não conheço países em desenvolvimento, mas apenas países subdesenvolvidos e não consigo, sinceramente, perceber com clareza, a que é que se refere o "género", expressão tão em voga nos países desenvolvidos (traduzida no "gender") e que, por arrasto, como sempre acontece, nos atingiu já a todos. Fala-se em "igualdade no género", luta-se contra a "violência no género". E eu confesso me perplexa...

2. De Ismael Mateus, no Cruzeiro do Sul, uma analise critica da historia da empresa brasileira Odebrecht em Angola:

Nestes mais de 20 anos, o nosso pareceiro filantrópico galgou por mais de sete províncias do país e entrou por várias áreas de actividade, qualquer delas mais lucrativas que a outra: construção civil, diamantes, sector imobiliário e prestação de serviços. Centenas e centenas de brasileiros fixaram residência em Angola com salários nunca imaginados no seu país ou em empresas brasileiras que prestam serviços à Odebrecht-Angola, melhorando automaticamente os seus lucros. Em Angola, instalou-se a dúvida sobre a qualidade das obras, centenas de postos de trabalhos foram e são ocupados por estrangeiros durante anos a fio; os salários entre uns e outros que fazem o mesmo trabalho são largamente diferenciados; em mais de 20 anos nenhum angolano conseguiu pertencer aos quadros directivos da empresa e até os mais básicos produtos operacionais da empresa ou de consumo do pessoal vem do Brasil. Absolutamente tudo vem (leia-se compra-se) do Brasil como se vê nos chamados malotes aéreos. Os 600 milhões de "investimentos" serão mesmo uma ajuda? Quanto ganha a Odebrecht em Angola? Qual é a percentagem desse lucro gasto em responsabilidade social?

3. O Folha 8 trouxe a estampa mais alguns extractos de “O Auschwitz de Africa”:

Publicamos nesta edição mais alguns extractos da obra literária o Auschwitz de África, um trabalho que está em curso de preparação a propósito dos vários levantamentos no seio do MPIA, cujo expoente maior foi o 27 de Maio de 1977 e a trágica purga assassina que se lhe seguiu. Como se pode avaliar pelos textos aqui apresentados, a tese defendida nesta pesquisa defende o princípio de que o "nitismo", ou se quisermos, "o fraccionismo", tem a sua origem numa curiosa faceta do "líder imortal", Agostinho Neto: a sua tremenda incapacidade de unir as diferentes correntes de opinião que sempre existiram no seio do MPLA.

5. Ainda no NJ, Gustavo Costa assina um artigo, “O Segredo esta na Cabeca”, que nao resisto a confessar me deixou, para dizer o minimo, perplexa:
Da esquerda para a direita, de cima para abaixo, há poder. Muito poder de um lado. Poder político. Poder financeiro. E poder económico. Pouco poder mas algum poder do outro lado. Mas, em ambos os casos, em largas franjas desses poderes, falta capital humano. Falta capital moral. Falta capital espiritual. Falta pensar pela própria cabeça... África e os africanos não lhes dizem nada. Por isso, os nossos «piquininos Vips» não só os menosprezam como se derretem em sabujices perante comerciantes portugueses, libaneses e «monhêses». Não sabem sequer esconder os seus complexos de inferioridade. Confundem o potencial intelectual dos «zairenses» com a venda de micates nas ruas de Luanda; ignoram o valor da imensa massa crítica que jorram as elites da Nigéria; desconhecem o poder económico de Marrocos só com a produção de frutas; não têm noção da dimensão do turismo mauriciano e, complexados e atrasados, recusam aceitar que Angola não faz parte do campeonato da África do Sul.

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{Como musica de fundo para este post deixo-vos este link que me foi ontem enviado de Luanda. É só deixar rolar…}


Wednesday, 25 June 2008

“GIVE THEM CAKE!”

Ou “Let Them Eat Cake!”

Os Britanicos, em particular os “policy analysts” e/ou “activistas do social”, usam frequentemente essa frase para criticar medidas de politica, ou simples projectos localizados, que se apresentem completamente desajustados ao(s) problema(s) que pretendem resolver ou mitigar e particularmente inocuos (no limite, ofensivos) face a realidade vivida pelos individuos ou grupos visados por tais iniciativas (ver uma analise aplicada dessa questao aqui). Esse tipo de critica chega a provocar a queda de governos (pelo menos em paises como este…) particularmente quando estao envolvidos dinheiros publicos.

A frase e’ atribuida a Rainha Marie Antoinette e uma das versoes da sua historia reza que, estando ela a ser brindada pela sua coorte com um concerto de violino, piano e ballet, foi interrompida pelo clamor de multidoes de “descamisados” em frente ao seu palacio. Tendo ela indagado o que se passava, um dos seus servicais informou-a de que se tratava de “gente absolutamente pobre e miseravel, vivendo em favelas sem agua, luz ou saneamento e com altissimos niveis de criminalidade, gente sem trabalho, terra, acesso a educacao ou a alimentacao condigna… em suma, tao pobres que nem pao tinham para dar aos seus filhos”! Ao que a Rainha retorquiu: “Ah, nao teem pao? Entao deam-lhes bolo!”

A historia tambem reza que essa foi a principal razao pela qual Marie Antoinette foi guilhotinada durante a Revolucao Francesa…

A que proposito vem esta historia? Bem, poderiamos responder como aquela outra Rainha: “(de) nada senhor(es)… sao apenas rosas…”
Ou “Let Them Eat Cake!”

Os Britanicos, em particular os “policy analysts” e/ou “activistas do social”, usam frequentemente essa frase para criticar medidas de politica, ou simples projectos localizados, que se apresentem completamente desajustados ao(s) problema(s) que pretendem resolver ou mitigar e particularmente inocuos (no limite, ofensivos) face a realidade vivida pelos individuos ou grupos visados por tais iniciativas (ver uma analise aplicada dessa questao aqui). Esse tipo de critica chega a provocar a queda de governos (pelo menos em paises como este…) particularmente quando estao envolvidos dinheiros publicos.

A frase e’ atribuida a Rainha Marie Antoinette e uma das versoes da sua historia reza que, estando ela a ser brindada pela sua coorte com um concerto de violino, piano e ballet, foi interrompida pelo clamor de multidoes de “descamisados” em frente ao seu palacio. Tendo ela indagado o que se passava, um dos seus servicais informou-a de que se tratava de “gente absolutamente pobre e miseravel, vivendo em favelas sem agua, luz ou saneamento e com altissimos niveis de criminalidade, gente sem trabalho, terra, acesso a educacao ou a alimentacao condigna… em suma, tao pobres que nem pao tinham para dar aos seus filhos”! Ao que a Rainha retorquiu: “Ah, nao teem pao? Entao deam-lhes bolo!”

A historia tambem reza que essa foi a principal razao pela qual Marie Antoinette foi guilhotinada durante a Revolucao Francesa…

A que proposito vem esta historia? Bem, poderiamos responder como aquela outra Rainha: “(de) nada senhor(es)… sao apenas rosas…”

Saturday, 21 June 2008

AVISO!

Faco uma breve interrupcao das minhas ferias, apenas para avisar este sujeitinho e outros que tenham o mesmo desplante e audacia, em particular os tais “jornalistas de verdade que nunca fugiram de Angola”, como este, que os materiais publicados neste blog estao protegidos por esta licenca, que obriga a que se mencione o blog de onde tais materiais foram retirados!

[N.B.: Porque cada vez mais ha' ladroes fugitivos da justica ha' mais de 30 anos... verdadeiros mercenarios e prostitutos politicos mascarados de "jornalistas" de paroquia... confundindo cartoes partidarios com carteiras profissionais, panfletos propagandisticos com 'textos de autor' e blogs de quinta categoria com jornais de 'alguma categoria'... que apenas dao mau nome aos partidos politicos que os "compram" e aos JORNALISTAS DE VERDADE em geral e muito particularmente aqueles que nunca fugiram de Angola... verdes de inveja daquilo que jamais serao capazes de obter na vida com um minimo de dignidade que, de resto, jamais terao... absolutamente despreziveis e enojantes, sem a menor restea de hombridade, verticalidade, civilidade, merito profissional ou os mais elementares principios de moral ou etica deontologica (veja-se, entre todas as outras, apenas esta pouca vergonha!)* ... quais discos partidos, papagueadores de trocadilhos, frases feitas e chavoes sem qualquer sentido ou substancia, com os quais apenas revelam a sua total vacuidade e incuravel ignorancia, patetica petulancia, abjecto racismo, doentia misoginia e cronica incapacidade de pensar... urge que alguns (certamente aqueles ao nivel de quem tais energumenos jamais chegarao por muito que se ponham em bicos de pes e cuja capacidade de PENSAR dispensa "arautos" de encomenda, e.g. ex-Jornalistas com muita honra, Escritores, Ensaistas, Articulistas, Poliglotas, Economistas, Mestres de Ciencia, Consultores Internacionais de reconhecido merito... que, por isso mesmo, dispensam o 'anonimato' e podem dar-se ao luxo de ocasionalmente e com toda a legitimidade usar 'pseudonimos', sem com isso jamais esconderem a sua verdadeira identidade!) que nao teem nem nunca tiveram de fugir do que quer que seja e muito menos de usar ou esconder-se cobardemente por tras de miudos imberbes, semi-analfabetos, cheios de verdadeiros complexos de colonizado, meros aprendizes de 'radialistas provincianos' mas com arrogancia ignorante suficiente para se armarem em "grandes jornalistas" para DIFAMAREM GRATUITAMENTE e sem qualquer provocacao quem quer que seja (alias, o que lhes doi e' exactamente serem tao insignificantes que passam completamente ignorados por quem esta' ca' em cima...), comecem sem delongas a tratar de levar esses crapulas rastejantes, imbecis e criminosos a JUSTICA!
E' que ao menos os 'macacos' ao pe' desses desgracados teem alguma inteligencia e dignidade: sao criativos e engracados, por isso caem em graca... e nao correm o risco de rebentar a qualquer momento sob quaisquer ridiculamente arrogantes egos super-inflamados!]

*OU MAIS ESTA: descubra as 'semelhancas' aqui...
Faco uma breve interrupcao das minhas ferias, apenas para avisar este sujeitinho e outros que tenham o mesmo desplante e audacia, em particular os tais “jornalistas de verdade que nunca fugiram de Angola”, como este, que os materiais publicados neste blog estao protegidos por esta licenca, que obriga a que se mencione o blog de onde tais materiais foram retirados!

[N.B.: Porque cada vez mais ha' ladroes fugitivos da justica ha' mais de 30 anos... verdadeiros mercenarios e prostitutos politicos mascarados de "jornalistas" de paroquia... confundindo cartoes partidarios com carteiras profissionais, panfletos propagandisticos com 'textos de autor' e blogs de quinta categoria com jornais de 'alguma categoria'... que apenas dao mau nome aos partidos politicos que os "compram" e aos JORNALISTAS DE VERDADE em geral e muito particularmente aqueles que nunca fugiram de Angola... verdes de inveja daquilo que jamais serao capazes de obter na vida com um minimo de dignidade que, de resto, jamais terao... absolutamente despreziveis e enojantes, sem a menor restea de hombridade, verticalidade, civilidade, merito profissional ou os mais elementares principios de moral ou etica deontologica (veja-se, entre todas as outras, apenas esta pouca vergonha!)* ... quais discos partidos, papagueadores de trocadilhos, frases feitas e chavoes sem qualquer sentido ou substancia, com os quais apenas revelam a sua total vacuidade e incuravel ignorancia, patetica petulancia, abjecto racismo, doentia misoginia e cronica incapacidade de pensar... urge que alguns (certamente aqueles ao nivel de quem tais energumenos jamais chegarao por muito que se ponham em bicos de pes e cuja capacidade de PENSAR dispensa "arautos" de encomenda, e.g. ex-Jornalistas com muita honra, Escritores, Ensaistas, Articulistas, Poliglotas, Economistas, Mestres de Ciencia, Consultores Internacionais de reconhecido merito... que, por isso mesmo, dispensam o 'anonimato' e podem dar-se ao luxo de ocasionalmente e com toda a legitimidade usar 'pseudonimos', sem com isso jamais esconderem a sua verdadeira identidade!) que nao teem nem nunca tiveram de fugir do que quer que seja e muito menos de usar ou esconder-se cobardemente por tras de miudos imberbes, semi-analfabetos, cheios de verdadeiros complexos de colonizado, meros aprendizes de 'radialistas provincianos' mas com arrogancia ignorante suficiente para se armarem em "grandes jornalistas" para DIFAMAREM GRATUITAMENTE e sem qualquer provocacao quem quer que seja (alias, o que lhes doi e' exactamente serem tao insignificantes que passam completamente ignorados por quem esta' ca' em cima...), comecem sem delongas a tratar de levar esses crapulas rastejantes, imbecis e criminosos a JUSTICA!
E' que ao menos os 'macacos' ao pe' desses desgracados teem alguma inteligencia e dignidade: sao criativos e engracados, por isso caem em graca... e nao correm o risco de rebentar a qualquer momento sob quaisquer ridiculamente arrogantes egos super-inflamados!]

*OU MAIS ESTA: descubra as 'semelhancas' aqui...

Thursday, 12 June 2008

Wednesday, 11 June 2008

MENSAGENS DE JC!*

{auto-censurado}

JUST POETRY (II)










We deal in too many externals, brother

always afros, handshakes and dashikis

never can a man build a working structure for black capitalism

always does the man read Mao or Fanon

I think I know you would-be black revolutionaries too well

standing on a box on the corner, talking about blowing the white man away

that's not where it's at yet, brother

calling this man an Uncle Tom and telling this woman to get an afro

but you won't speak to her if she looks like hell, now will you brother

some of us been checking your act out kinda close

and by now its looking kinda shaky

the way you been rushin' people with your super black bag

jumping down on some black men with both feet cause they're after their BA

But you're never around when your BA is in danger...I mean your black ass

I think it was a little too easy for you to forget that you were a negro before Malcolm

You drove your white girl through the village every Friday night

while the grassroots stared in envy and drank wine, do you remember?

You need to get your memory banks organized brother.

Show that man you call an Uncle Tom just where he's wrong

Show that woman that you're a sincere black man

All we need to do is see you shut up and be black

Help that woman

Help that man

That's what brothers are for brother.








We deal in too many externals, brother

always afros, handshakes and dashikis

never can a man build a working structure for black capitalism

always does the man read Mao or Fanon

I think I know you would-be black revolutionaries too well

standing on a box on the corner, talking about blowing the white man away

that's not where it's at yet, brother

calling this man an Uncle Tom and telling this woman to get an afro

but you won't speak to her if she looks like hell, now will you brother

some of us been checking your act out kinda close

and by now its looking kinda shaky

the way you been rushin' people with your super black bag

jumping down on some black men with both feet cause they're after their BA

But you're never around when your BA is in danger...I mean your black ass

I think it was a little too easy for you to forget that you were a negro before Malcolm

You drove your white girl through the village every Friday night

while the grassroots stared in envy and drank wine, do you remember?

You need to get your memory banks organized brother.

Show that man you call an Uncle Tom just where he's wrong

Show that woman that you're a sincere black man

All we need to do is see you shut up and be black

Help that woman

Help that man

That's what brothers are for brother.


Saturday, 7 June 2008

A CAUSE WELL WORTH GETTING TO THE STREETS FOR!

Thousands of people, most of whom teenagers, got to the streets of London today to protest against the growing levels of gun and knife crime in this city.
A cause I hold dear and have raised here before.

[READ MORE HERE]
Thousands of people, most of whom teenagers, got to the streets of London today to protest against the growing levels of gun and knife crime in this city.
A cause I hold dear and have raised here before.

[READ MORE HERE]

Thursday, 5 June 2008

ECOS DA IMPRENSA ANGOLANA (13)

Slowly but surely, a tragedia do 27 de Maio de 1977 comeca a fazer o seu caminho para as 'headlines':

No SA, Miguel Francisco, a.k.a. ‘Michel’ (dir.), autor do livro “Nuvem Negra”, endereca uma carta aberta ao escritor e deputado do MPLA Joao Melo (esq.):

Endereço-lhe esta modesta carta reagindo ao artigo que Vossa Excelência escreveu, publicado no Jornal de Angola, na edição do dia 26 do mês em curso, no habitual espaço intitulado «Palavras à Solta» (um espaço que só indivíduos da vossa estirpe política têm o privilégio de nele publicar as suas ideias, porque indivíduos como eu jamais conseguem fazê-lo), cuja epígrafe é: «O 27 e o 28 de Maio» , certamente em alusão aos tristes acontecimentos do dia 27 de Maio de 1977.
(…)
Fique desde já sabendo que eu, Miguel Francisco, vulgarmente conhecido por «Michel», autor do livro «Nuvem Negra», que relata apenas as situações duramente vividas naquele
terrível inferno, não integro nenhum grupo estruturado, e nem sequer recebo ordens de nenhuma direcção para falsear os acontecimentos que se seguiram àquele fatídico dia 27 de Maio.
(…)
Francamente! Se Vossa Excelência diz que há manipulação do número de vítimas é porque sabe qual é o número exacto (ou pelo menos aproximado) delas, logo, é porque
participou no massacre, ainda que indirectamente. Então porquê que não vem a público dizer quantas foram?
(…)
Quanto ao resto que escreveu no artigo, não comento. Sou de opinião que promova um debate público na União de Escritores Angolanos, enquanto escritor, naqueles vossos debates «Maka à Quarta-feira». Convide também os seus companheiros: o Nudunduma e o Pepetela, já que todos vós pertencestes à tristemente célebre «Comissão de Lágrimas».
[Aqui]

Wilson Dada, na sua Kuluna, escreve sobre “a preservacao da memoria, a homenagem merecida e a celebracao da amizade” durante o almoco anual evocativo do 27 de Maio:

Os organizadores já são suficientemente conhecidos e os objectivos da iniciativa igualmente. O contexto também, embora os mais novos na sua esmagadora maioria o desconheçam por razões fáceis de entender. Vivemos num país onde a história ainda é ministrada nas nossas escolas como uma disciplina de formação e condicionamento político-ideológico dos nossos jovens.
(… )
A comunicação social (estatal e privada) primou pela sua ausência, tendo a cobertura do evento ficado a cargo do seu organizador que está aqui exactamente a dar-vos notícias frescas do mesmo em primeira-mão em mais um rigoroso exclusivo deste colunista.
O ano passado o almoço foi marcado pelo lançamento do livro do Michel (Nuvem Negra) que este ano voltou a vender mais alguns books no "local do crime" conjuntamente com o Azevedo (Fias Ndombe) com a sua Maria Lixívia, uma novela que também tem muito a ver com o passado que estávamos ali a evocar.

O 'kulunista' evoca tambem “o passado e as omissões de uma história mal contada” a proposito do ja' referido artigo de Joao Melo…

No texto que o João Melo (JM) assinou na passada segunda-feira no Jornal de Angola sobre "O 27 e o 28 de Maio" há uma referência histórica feita por ele que me chamou particularmente a atenção. Em causa está uma omissão que é sintomática da forma como determinadas figuras e factos do passado são tratados no presente por determinados autores que depois acusam os outros de serem revisionistas.
A omissão está relacionada com a transmissão da ideia segundo a qual Nito Alves terá sido o único alto dirigente do MPLA da época a manifestar indisponibilidade para qualquer acordo com a Revolta Activa (RA) no sentido da sua reintegração como era desejo da maior parte dos membros que integravam aquela tendência do MPLA.
Com base numa breve investigação que a propósito realizei sobre o assunto, tendo como fontes elementos afectos à própria Revolta Activa cheguei a outras conclusões.

… e termina com “A necessidade de um breve esclarecimento: O Ernesto Bartolomeu, a TPA e a Censura”, em referencia a um seu artigo aqui publicado:

Foi com alguma surpresa que o nosso sócio e sósia, o RS, viu nas colunas do semanário "A Capital" o seu nome citado pelo Ernesto Bartolomeu (EB) como tendo sido de algum modo responsável pelo processo disciplinar que lhe foi instaurado e que culminou com o seu afastamento (esperemos que temporário) dos ecrãs da TPA.
(…)
A surpresa já referida e que está na origem deste esclarecimento tem a ver com o facto de, na entrevista concedida por EB, ter sido passada a ideia de que eu teria escrito no Angolense que ele disse que havia censura na TPA. Desde já e é bom que fique claro, no meu texto não há nada que aponte nessa direcção, sendo portanto falso que eu lhe tenha atribuído uma tal expressão.
[Aqui]

No Agora, uma entrevista com o Presidente da FNLA, Ngola Kabango:

Não há dúvidas de que a FNLA está a atravessar momentos difíceis e que é preciso envidarmos esforços para encontrarmos soluções. Mas, gostaria de fazer um pequeno historial sobre a situação. O presidente Holden Roberto, já nos últimos dias da sua vida, impulsionou o processo preparatório do congresso de 2007 e nós estávamos com ele para que a grande família preparasse o conclave e se reunisse. Infelizmente, tanto ele como nós, não fomos compreendidos pelos nossos irmãos.
(…)
Não estamos parados, estamos a trabalhar, pese embora as nossas mensagens passem com dificuldades, sobretudo nos órgãos de comunicação social estatais. Prova disso, temos agendada para o dia 30 a reunião do conselho político nacional que vai aprovar o programa de Governo e a estratégia eleitoral. Se, por um lado, estamos à procura de soluções para a crise interna, do outro estamos a trabalhar internamente e em todo o território nacional, obviamente, com grandes dificuldades porque a FNLA tem as suas verbas bloqueadas e até hoje não recebeu os subsídios que foram atribuídos aos fiscais credenciados.
[Aqui]

Voltando ao SA, Luis Kandjimbo apresenta-nos um “breve enquadramento historico e sociologico” da geracao literaria de 80:

Grande parte dos autores pertencentes a esta geração nasceu no período compreendido entre 1955 e 1965, durante o qual ocorreram factos de relevância histórica e sociológica. É o período das independências políticas em África e da continuação das resistências contra o colonialismo, através da luta armada, como são os casos de Angola, Guiné Bissau, Moçambique.
(…)
É nesse ambiente que ocorre a socialização da Geração de 80, a que denomino por Geração das Incertezas. Ela realiza a sua formação em circunstâncias marcadas por profundas incertezas do ponto de vista ontológico, além das experiências graves e catastróficas como a guerra. Esta geração alcança a maturidade em fins da década de 70, afirma-se na década de 80 com a publicação de livros, participação em concursos literários, a que se junta uma intensa e eufórica actividade associativa nos principais centros urbanos de Angola.
[Aqui]

Finalmente, no Novo Jornal, uma entrevista com Maria Joao Ganga:

Maria João Ganga está a concluir uma curta metragem - Restos de lixo. Na verdade, trata-se do argumento de uma peça de teatro transposta aos ecrãs, num espelho fiel de uma "sociedade doente". Mulher do Teatro, mas sobretudo do Elinga, apaixonada pela sétima arte, escalpeliza aqui também o seu pensamento sobre o cinema angolano.
"Restos de lixo", conta a história de um louco que encontra uma caixa de música dentro de um contentor de lixo... no seu imaginário, ele crê ter encontrado a bonequinha da caixa de música.
[Aqui]
Slowly but surely, a tragedia do 27 de Maio de 1977 comeca a fazer o seu caminho para as 'headlines':

No SA, Miguel Francisco, a.k.a. ‘Michel’ (dir.), autor do livro “Nuvem Negra”, endereca uma carta aberta ao escritor e deputado do MPLA Joao Melo (esq.):

Endereço-lhe esta modesta carta reagindo ao artigo que Vossa Excelência escreveu, publicado no Jornal de Angola, na edição do dia 26 do mês em curso, no habitual espaço intitulado «Palavras à Solta» (um espaço que só indivíduos da vossa estirpe política têm o privilégio de nele publicar as suas ideias, porque indivíduos como eu jamais conseguem fazê-lo), cuja epígrafe é: «O 27 e o 28 de Maio» , certamente em alusão aos tristes acontecimentos do dia 27 de Maio de 1977.
(…)
Fique desde já sabendo que eu, Miguel Francisco, vulgarmente conhecido por «Michel», autor do livro «Nuvem Negra», que relata apenas as situações duramente vividas naquele
terrível inferno, não integro nenhum grupo estruturado, e nem sequer recebo ordens de nenhuma direcção para falsear os acontecimentos que se seguiram àquele fatídico dia 27 de Maio.
(…)
Francamente! Se Vossa Excelência diz que há manipulação do número de vítimas é porque sabe qual é o número exacto (ou pelo menos aproximado) delas, logo, é porque
participou no massacre, ainda que indirectamente. Então porquê que não vem a público dizer quantas foram?
(…)
Quanto ao resto que escreveu no artigo, não comento. Sou de opinião que promova um debate público na União de Escritores Angolanos, enquanto escritor, naqueles vossos debates «Maka à Quarta-feira». Convide também os seus companheiros: o Nudunduma e o Pepetela, já que todos vós pertencestes à tristemente célebre «Comissão de Lágrimas».
[Aqui]

Wilson Dada, na sua Kuluna, escreve sobre “a preservacao da memoria, a homenagem merecida e a celebracao da amizade” durante o almoco anual evocativo do 27 de Maio:

Os organizadores já são suficientemente conhecidos e os objectivos da iniciativa igualmente. O contexto também, embora os mais novos na sua esmagadora maioria o desconheçam por razões fáceis de entender. Vivemos num país onde a história ainda é ministrada nas nossas escolas como uma disciplina de formação e condicionamento político-ideológico dos nossos jovens.
(… )
A comunicação social (estatal e privada) primou pela sua ausência, tendo a cobertura do evento ficado a cargo do seu organizador que está aqui exactamente a dar-vos notícias frescas do mesmo em primeira-mão em mais um rigoroso exclusivo deste colunista.
O ano passado o almoço foi marcado pelo lançamento do livro do Michel (Nuvem Negra) que este ano voltou a vender mais alguns books no "local do crime" conjuntamente com o Azevedo (Fias Ndombe) com a sua Maria Lixívia, uma novela que também tem muito a ver com o passado que estávamos ali a evocar.

O 'kulunista' evoca tambem “o passado e as omissões de uma história mal contada” a proposito do ja' referido artigo de Joao Melo…

No texto que o João Melo (JM) assinou na passada segunda-feira no Jornal de Angola sobre "O 27 e o 28 de Maio" há uma referência histórica feita por ele que me chamou particularmente a atenção. Em causa está uma omissão que é sintomática da forma como determinadas figuras e factos do passado são tratados no presente por determinados autores que depois acusam os outros de serem revisionistas.
A omissão está relacionada com a transmissão da ideia segundo a qual Nito Alves terá sido o único alto dirigente do MPLA da época a manifestar indisponibilidade para qualquer acordo com a Revolta Activa (RA) no sentido da sua reintegração como era desejo da maior parte dos membros que integravam aquela tendência do MPLA.
Com base numa breve investigação que a propósito realizei sobre o assunto, tendo como fontes elementos afectos à própria Revolta Activa cheguei a outras conclusões.

… e termina com “A necessidade de um breve esclarecimento: O Ernesto Bartolomeu, a TPA e a Censura”, em referencia a um seu artigo aqui publicado:

Foi com alguma surpresa que o nosso sócio e sósia, o RS, viu nas colunas do semanário "A Capital" o seu nome citado pelo Ernesto Bartolomeu (EB) como tendo sido de algum modo responsável pelo processo disciplinar que lhe foi instaurado e que culminou com o seu afastamento (esperemos que temporário) dos ecrãs da TPA.
(…)
A surpresa já referida e que está na origem deste esclarecimento tem a ver com o facto de, na entrevista concedida por EB, ter sido passada a ideia de que eu teria escrito no Angolense que ele disse que havia censura na TPA. Desde já e é bom que fique claro, no meu texto não há nada que aponte nessa direcção, sendo portanto falso que eu lhe tenha atribuído uma tal expressão.
[Aqui]

No Agora, uma entrevista com o Presidente da FNLA, Ngola Kabango:

Não há dúvidas de que a FNLA está a atravessar momentos difíceis e que é preciso envidarmos esforços para encontrarmos soluções. Mas, gostaria de fazer um pequeno historial sobre a situação. O presidente Holden Roberto, já nos últimos dias da sua vida, impulsionou o processo preparatório do congresso de 2007 e nós estávamos com ele para que a grande família preparasse o conclave e se reunisse. Infelizmente, tanto ele como nós, não fomos compreendidos pelos nossos irmãos.
(…)
Não estamos parados, estamos a trabalhar, pese embora as nossas mensagens passem com dificuldades, sobretudo nos órgãos de comunicação social estatais. Prova disso, temos agendada para o dia 30 a reunião do conselho político nacional que vai aprovar o programa de Governo e a estratégia eleitoral. Se, por um lado, estamos à procura de soluções para a crise interna, do outro estamos a trabalhar internamente e em todo o território nacional, obviamente, com grandes dificuldades porque a FNLA tem as suas verbas bloqueadas e até hoje não recebeu os subsídios que foram atribuídos aos fiscais credenciados.
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Voltando ao SA, Luis Kandjimbo apresenta-nos um “breve enquadramento historico e sociologico” da geracao literaria de 80:

Grande parte dos autores pertencentes a esta geração nasceu no período compreendido entre 1955 e 1965, durante o qual ocorreram factos de relevância histórica e sociológica. É o período das independências políticas em África e da continuação das resistências contra o colonialismo, através da luta armada, como são os casos de Angola, Guiné Bissau, Moçambique.
(…)
É nesse ambiente que ocorre a socialização da Geração de 80, a que denomino por Geração das Incertezas. Ela realiza a sua formação em circunstâncias marcadas por profundas incertezas do ponto de vista ontológico, além das experiências graves e catastróficas como a guerra. Esta geração alcança a maturidade em fins da década de 70, afirma-se na década de 80 com a publicação de livros, participação em concursos literários, a que se junta uma intensa e eufórica actividade associativa nos principais centros urbanos de Angola.
[Aqui]

Finalmente, no Novo Jornal, uma entrevista com Maria Joao Ganga:

Maria João Ganga está a concluir uma curta metragem - Restos de lixo. Na verdade, trata-se do argumento de uma peça de teatro transposta aos ecrãs, num espelho fiel de uma "sociedade doente". Mulher do Teatro, mas sobretudo do Elinga, apaixonada pela sétima arte, escalpeliza aqui também o seu pensamento sobre o cinema angolano.
"Restos de lixo", conta a história de um louco que encontra uma caixa de música dentro de um contentor de lixo... no seu imaginário, ele crê ter encontrado a bonequinha da caixa de música.
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Wednesday, 4 June 2008

OBAMA VS. CLINTON: THE MOTHER OF ALL BATTLES - THE GRAND FINALE! (14)

YES!!!

It's Our Time

Wednesday, 4 June, 2008 4:19 AM
From:
"Barack Obama"
To:
"Ana Santana"

Ana --

I'm about to take the stage in St. Paul and announce that we have won the Democratic nomination for President of the United States.
It's been a long journey, and we should all pause to thank Hillary Clinton, who made history in this campaign. Our party and our country are better off because of her.
I want to make sure you understand what's ahead of us. Earlier tonight, John McCain outlined a vision of America that's very different from ours -- a vision that continues the disastrous policies of George W. Bush.
But this is our moment. This is our time. Our time to turn the page on the policies of the past and bring new energy and new ideas to the challenges we face. Our time to offer a new direction for the country we love.
It's going to take hard work, but thanks to you and millions of other donors and volunteers, no one has ever been more prepared for such a challenge.
Thank you for everything you've done to get us here. Let's keep making history.

Barack

[ Watch/Read Speech Here]







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Beethoven - Symphony No. 9 op.125, "Choral" - Presto





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Beethoven - Symphony No. 9 op.125, "Choral" - Allegro assai
YES!!!

It's Our Time

Wednesday, 4 June, 2008 4:19 AM
From:
"Barack Obama"
To:
"Ana Santana"

Ana --

I'm about to take the stage in St. Paul and announce that we have won the Democratic nomination for President of the United States.
It's been a long journey, and we should all pause to thank Hillary Clinton, who made history in this campaign. Our party and our country are better off because of her.
I want to make sure you understand what's ahead of us. Earlier tonight, John McCain outlined a vision of America that's very different from ours -- a vision that continues the disastrous policies of George W. Bush.
But this is our moment. This is our time. Our time to turn the page on the policies of the past and bring new energy and new ideas to the challenges we face. Our time to offer a new direction for the country we love.
It's going to take hard work, but thanks to you and millions of other donors and volunteers, no one has ever been more prepared for such a challenge.
Thank you for everything you've done to get us here. Let's keep making history.

Barack

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Sunday, 1 June 2008

EM MAIO: A MUSICA DOS “3 REIS” REVISITADA

Artur Nunes, David Ze’ e Urbano de Castro. Foram apelidados “Os 3 Reis Magos da Cancao Angolana”. Desapareceram, para sempre, em Maio de 1977.
A musica deles ficou.
Para sempre.

ARTUR NUNES

Nasceu em 1950, de pai Norte-Americano e de mae Angolana, tendo comecado a cantar em finais de 60. O seu gosto pelo canto surge nos kombas, rituais funebres onde as velhas entoam canticos dolentes. Belina, Kizua Ki Nguifua, Tia, foram cancoes de grande sucesso, que expressam a dor e a saudade. A forma impar de interpretar os “Cantares da Alma” valeu-lhe o apelido de “O Espiritual”. Entre 1972 e 1976, gravou 12 singles e tambem dois temas na colectanea Rebita 75.(*)





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Belina




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Kizua Ki Nguifua




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Tia

DAVID ZE'
Nasceu em 1944 numa familia vocacionada para o canto. Os seus pais eram coristas da Igreja Metodista e os cantores Dilangue e Gaby Moy sao seus irmaos. E’ considerado como um dos maiores compositores. O quotidiano inspira as suas cancoes. Temas como Rumba Zakutine expressam a satira social.(*)





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Mama Kudile




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Rumba Zakutine




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Mona Ku Jimbe Manheno

URBANO DE CASTRO
Conhecido nos suburbios de Luanda como “brigao de respeito”, tornou-se rapidamente um dos grandes artistas dos palcos luandenses. Gravou primeiro para a etiqueta Ngoma e em seguida para Fadiang, um total de 27 singles e mais 4 temas inseridos no LP Rebita 75. A sua linha musical comporta uma grande variedade de generos, com influencias latino-americanas, como em Rosa Maria e sobretudo sembas cadenciados como Semba Lekalo.(*)





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Nvula




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Semba Lekalo




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Rosa Maria


Maio. Tempo de revisitacao do 27. Em silencio, primeiro. Durante as duas primeiras decadas que se seguiram aquele dia prenhe de mudez. Clandestinamente. Menos silenciosamente depois.





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Kamba Dia Me - Nanutu (Original de David Ze')

Cada vez menos silenciosamente agora. A musica ficou. A nova geracao de musicos e poetas a revisitam, a releiem, a reeditam, a retocam. Todos a revivemos. Todos os libertamos.
Eles estao vivos.
Algures na nossa memoria colectiva.






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Belina - Paulo Flores (Original de Artur Nunes)

Para sempre.

(*) Dados biograficos por Jorge Macedo, Artur Arriscado, João Chagas, Gilberto Junior e Ariel de Bigault, in Angola 70’s (Buda Musique 1999)
Artur Nunes, David Ze’ e Urbano de Castro. Foram apelidados “Os 3 Reis Magos da Cancao Angolana”. Desapareceram, para sempre, em Maio de 1977.
A musica deles ficou.
Para sempre.

ARTUR NUNES

Nasceu em 1950, de pai Norte-Americano e de mae Angolana, tendo comecado a cantar em finais de 60. O seu gosto pelo canto surge nos kombas, rituais funebres onde as velhas entoam canticos dolentes. Belina, Kizua Ki Nguifua, Tia, foram cancoes de grande sucesso, que expressam a dor e a saudade. A forma impar de interpretar os “Cantares da Alma” valeu-lhe o apelido de “O Espiritual”. Entre 1972 e 1976, gravou 12 singles e tambem dois temas na colectanea Rebita 75.(*)





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Tia

DAVID ZE'
Nasceu em 1944 numa familia vocacionada para o canto. Os seus pais eram coristas da Igreja Metodista e os cantores Dilangue e Gaby Moy sao seus irmaos. E’ considerado como um dos maiores compositores. O quotidiano inspira as suas cancoes. Temas como Rumba Zakutine expressam a satira social.(*)





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URBANO DE CASTRO
Conhecido nos suburbios de Luanda como “brigao de respeito”, tornou-se rapidamente um dos grandes artistas dos palcos luandenses. Gravou primeiro para a etiqueta Ngoma e em seguida para Fadiang, um total de 27 singles e mais 4 temas inseridos no LP Rebita 75. A sua linha musical comporta uma grande variedade de generos, com influencias latino-americanas, como em Rosa Maria e sobretudo sembas cadenciados como Semba Lekalo.(*)





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Rosa Maria


Maio. Tempo de revisitacao do 27. Em silencio, primeiro. Durante as duas primeiras decadas que se seguiram aquele dia prenhe de mudez. Clandestinamente. Menos silenciosamente depois.





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Kamba Dia Me - Nanutu (Original de David Ze')

Cada vez menos silenciosamente agora. A musica ficou. A nova geracao de musicos e poetas a revisitam, a releiem, a reeditam, a retocam. Todos a revivemos. Todos os libertamos.
Eles estao vivos.
Algures na nossa memoria colectiva.






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Belina - Paulo Flores (Original de Artur Nunes)

Para sempre.

(*) Dados biograficos por Jorge Macedo, Artur Arriscado, João Chagas, Gilberto Junior e Ariel de Bigault, in Angola 70’s (Buda Musique 1999)