“Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.”
Manuel Alegre
Numa longa entrevista ao jornal A Capital, o director do Semanario Angolense (SA), Graca Campos, disserta sobre a actual panaramica da imprensa privada em Angola:
[Aqui]
No Jornal Angolense, Wilson Dada (Reginaldo Silva), conduz-nos pelos intersticios da pre-campanha eleitoral ja' iniciada:
“Depois do que aconteceu com as passeatas e meetings (comícios/ bebidos/maratonas) organizados pelo MPLA no último fim-desemana um pouco por todo o país, generosamente amplificados e ampliados pela sempre fiel comunicação social estatal, pode-se dizer que oficialmente teve inicio a pré-campanha eleitoral, embora a lei eleitoral não preveja nenhum período com esta designação.”
O kulunista partilha tambem algumas recebidas 'licoes de jornalismo' com os seus leitores:
“O reino da objectividade é a informação, a notícia, a cobertura, a reportagem, a análise, assim como o reino da tomada de posição era a opinião, o comentário, o artigo, o editorial. E fundamental separar e distinguir informação de opinião, indicar as diferenças de conteúdo e forma dos géneros jornalísticos, e apresentar toda a produção jornalística ao leitor/telespectador de forma a que ele perceba imediatamente o que é a exposição da realidade e o que é o juízo de valor". [Aqui]
No SA, o linguista e tradutor Adérito Miranda introduz-nos o “Segmento Mba como música”, na sua serie sobre “Linguística Bantu a partir do Kimbundu”:
"Conhecemos o segmento Mba com dois significados, sendo um no reino animal (pessoas, animais, população), que já foi aqui tratado abundantemente, e outro na música, como se pode ver nos vocábulos acima referenciados. Na música, o Mba representa ou reproduz fonologicamente uma batida no tambor ou em qualquer outro instrumento de percussão. Façamos então uma breve análise sobre aqueles casos." [Aqui]
Ainda no SA, Luis Kandjimbo apresenta uma recensao critica da obra de Arnaldo Santos, detendo-se particularmente no seu romance “A Casa Velha das Margens”:
“O autor do romance em apreço é natural de Luanda, onde nasceu em 1935. Fez os estudos primários e secundários em Luanda. Na década de 50, integrou o chamado «grupo da Cultura». Colaborou em várias publicações periódicas luandenses, entre as quais a revista Cultura, o Jornal de Angola (da década de 60), Abc e Mensagem da Casa dos Estudantes do Império. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos (Uea). Passou a infância e a adolescência no bairro do Kinaxixi, topónimo que ocupa um lugar privilegiado na sua produção narrativa. Aos vinte anos de idade, publicou a sua primeira colectânea de contos, intitulada Quinaxixi. Com o livro de crónicas Tempo do Munhungo, arrebatou em 1968 o Prémio Mota Veiga, um dos poucos existentes em Luanda, nas décadas de 60 e 70.
Preciosista na depuração do texto narrativo curto e avaro da economia dos seus elementos, Arnaldo Santos submete a língua portuguesa a um singular tratamento articulando formas de expressão resultantes de modelos de comunicação angolanos a correspondentes formas de conteúdo. No dizer de Jorge Macedo, ele usa «lexias-kimbundo no interior de um português de luzidia correcção». Devido a esse labor oficinal, a sua obra narrativa não conheceu variações até à década de 90, gravitando em torno da forma breve do texto narrativo, entre o conto (Kinaxixi) e a crónica (Tempo do Munhungo). O seu romance que anuncia um outro fôlego, A Boneca de Quilengues, é publicado em 1991. No panorama da ficção narrativa angolana, é uma referência incontornável.” [Aqui]
“Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.”
Manuel Alegre
Numa longa entrevista ao jornal A Capital, o director do Semanario Angolense (SA), Graca Campos, disserta sobre a actual panaramica da imprensa privada em Angola:
[Aqui]
No Jornal Angolense, Wilson Dada (Reginaldo Silva), conduz-nos pelos intersticios da pre-campanha eleitoral ja' iniciada:
“Depois do que aconteceu com as passeatas e meetings (comícios/ bebidos/maratonas) organizados pelo MPLA no último fim-desemana um pouco por todo o país, generosamente amplificados e ampliados pela sempre fiel comunicação social estatal, pode-se dizer que oficialmente teve inicio a pré-campanha eleitoral, embora a lei eleitoral não preveja nenhum período com esta designação.”
O kulunista partilha tambem algumas recebidas 'licoes de jornalismo' com os seus leitores:
“O reino da objectividade é a informação, a notícia, a cobertura, a reportagem, a análise, assim como o reino da tomada de posição era a opinião, o comentário, o artigo, o editorial. E fundamental separar e distinguir informação de opinião, indicar as diferenças de conteúdo e forma dos géneros jornalísticos, e apresentar toda a produção jornalística ao leitor/telespectador de forma a que ele perceba imediatamente o que é a exposição da realidade e o que é o juízo de valor". [Aqui]
No SA, o linguista e tradutor Adérito Miranda introduz-nos o “Segmento Mba como música”, na sua serie sobre “Linguística Bantu a partir do Kimbundu”:
"Conhecemos o segmento Mba com dois significados, sendo um no reino animal (pessoas, animais, população), que já foi aqui tratado abundantemente, e outro na música, como se pode ver nos vocábulos acima referenciados. Na música, o Mba representa ou reproduz fonologicamente uma batida no tambor ou em qualquer outro instrumento de percussão. Façamos então uma breve análise sobre aqueles casos." [Aqui]
Ainda no SA, Luis Kandjimbo apresenta uma recensao critica da obra de Arnaldo Santos, detendo-se particularmente no seu romance “A Casa Velha das Margens”:
“O autor do romance em apreço é natural de Luanda, onde nasceu em 1935. Fez os estudos primários e secundários em Luanda. Na década de 50, integrou o chamado «grupo da Cultura». Colaborou em várias publicações periódicas luandenses, entre as quais a revista Cultura, o Jornal de Angola (da década de 60), Abc e Mensagem da Casa dos Estudantes do Império. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos (Uea). Passou a infância e a adolescência no bairro do Kinaxixi, topónimo que ocupa um lugar privilegiado na sua produção narrativa. Aos vinte anos de idade, publicou a sua primeira colectânea de contos, intitulada Quinaxixi. Com o livro de crónicas Tempo do Munhungo, arrebatou em 1968 o Prémio Mota Veiga, um dos poucos existentes em Luanda, nas décadas de 60 e 70.
Preciosista na depuração do texto narrativo curto e avaro da economia dos seus elementos, Arnaldo Santos submete a língua portuguesa a um singular tratamento articulando formas de expressão resultantes de modelos de comunicação angolanos a correspondentes formas de conteúdo. No dizer de Jorge Macedo, ele usa «lexias-kimbundo no interior de um português de luzidia correcção». Devido a esse labor oficinal, a sua obra narrativa não conheceu variações até à década de 90, gravitando em torno da forma breve do texto narrativo, entre o conto (Kinaxixi) e a crónica (Tempo do Munhungo). O seu romance que anuncia um outro fôlego, A Boneca de Quilengues, é publicado em 1991. No panorama da ficção narrativa angolana, é uma referência incontornável.” [Aqui]