Peter Seewald:
On the occasion of your trip to Africa in March 2009, the Vatican's policy on Aids once again became the target of media criticism.
Twenty-five percent of all Aids victims around the world today are treated in
Catholic facilities. In some countries, such as Lesotho, for example, the
statistic is 40 percent. In Africa you stated that the Church's traditional
teaching has proven to be the only sure way to stop the spread of HIV. Critics,
including critics from the Church's own ranks, object that it is madness to
forbid a high-risk population to use condoms.
Pope Benedict:
The media coverage completely ignored the rest of the trip to
Africa on account of a single statement. Someone had asked me why the Catholic
Church adopts an unrealistic and ineffective position on Aids. At that point, I
really felt that I was being provoked, because the Church does more than anyone
else. And I stand by that claim.
(…)
In my remarks I was not making a general statement about the condom issue, but merely said, and this is what caused such great offense, that we cannot solve the problem by distributing condoms. Much more needs to be done. We must stand close to the people, we must guide and help them; and we must do this both before and after they contract the disease.
As a matter of fact, you know, people can get condoms when they want them anyway. But this just goes to show that condoms alone do not resolve the question itself. More needs to happen. Meanwhile, the secular realm itself has developed the so called ABC Theory: Abstinence-Be Faithful-Condom, where the condom is understood only as a last resort, when the other two points fail to work.
This means that the sheer fixation on the condom implies a banalization of sexuality, which, after all, is precisely the dangerous source of the attitude of no longer seeing sexuality as the expression of love, but only a sort of drug that people administer to themselves. This is why the fight against the banalization of sexuality is also a part of the struggle to ensure that sexuality is treated as a positive value and to enable it to have a positive effect on the whole of man's being.
Peter Seewald:
Are you saying, then, that the Catholic Church is actually not opposed in principle to the use of condoms?
Pope Benedict:
She of course does not regard it as a real or moral solution, but, in this or that case, there can be nonetheless, in the intention of reducing the risk of infection, a first step in a movement toward a different way, a more human way, of living sexuality.
Tuesday, 30 November 2010
The Pope on Condoms: 'a step forward'?
Monday, 29 November 2010
Sunday, 28 November 2010
Just Poetry (XXXII)
Why aim at the impossible
When the feasible is possible
Why aim so high
When all you might get is nigh
Why want to draw love
From the fling of a drove
Why?
Why not make the aim feasible
Through a possible grove
Why not fill the nigh
With all you might love
When the night
Draws so close
Why not?
K.
Friday, 26 November 2010
Reflectindo...
Never act as clever as you are!
Don't be brilliant!
(...if you do nobody will like you...)
Always blend in!
Estas palavras, proferidas denunciatoriamente por uma das intervenientes (e nao, ela nao se parece nada com uma "intelectual" - quanto mais nao seja porque nao usa oculos, nao tem cabelos grizalhos, nem anda no ballet classico desde os oito anos de idade... - e muito menos se auto-entitula como tal: de facto, assemelha-se bastante a qualquer uma das nossas damas do kuduro que aki tentei de algum modo "defender"...) no documentario aqui apresentado, o qual apenas descobri na vespera de aqui o ter postado, conteem a chave de muito do que se tem passado com e neste blog... Veja-se, mais uma vez (... porque nunca sera' demais e porque espero que pelo menos algumas jovens negras angolanas - como as que me transmitiram o calor humano de que aqui falo e aquelas a quem aqui me dirijo - aprendam alguma coisa com isto...) esta campanha, que se sumariza nesta orgia e neste bacanal...
Efectivamente, por outras, mas equivalentes palavras, eu li exactamente o mesmo, mas apologeticamente, no NJ (e.g., entre varias outras, em particular por um certo minion , quaisquer coisas relacionadas com "esquecer a cultura dos ancestrais" - i.e. nao se prestar a ser uma "mulher submissa e subserviente" - e, em resultado disso, "ninguem na sociedade gostar", por entre "falas em ingles cursivo", "levar tanto tempo para fazer um curso", "ter conhecimentos mal adquiridos/digeridos que quando ganham alguma seguranca"... "e' chato para o Popper", para ja' nao mencionar o (in)famoso e sempre (in)conveniente, particularmente quando usado perversamente neste tipo de contexto, "so' sei que nada sei" de Socrates (... mais uma "boca", como dizia Herberto Helder, tirada de passagem a cultura para com seu uso desencadear a explosao mitica...), como se alguem acreditasse que, tendo dito isso, no que apenas expressava o conceito filosofico de "duvida metodica", Socrates de facto "nao sabia", ou acreditava "nao saber nada"!... etc.,etc.,etc...) [*], no "O Pais" (..."no stars please!"...), no SA (... neste nao vale a pena sequer falar mais... ou talvez valha a pena repescar apenas as tristemente celebres "bocas intelectualoides" e uns certos "tem a mania do sabetudismo!" - este da autoria de um "miudo" nao-economista que, curiosamente, fez seguir essa 'boca' de uma "lecturacao" sobre "desenvolvimento economico"! - e "coloque-se no seu devido lugar!"...) e por ai afora (e.g., "achas mesmo que vales assim tanto? Olha as nossas colegas mulheres aqui, sem tantas qualificacoes nem remuneracoes, como estao muito bem e muito felizes"...; "tem a mania de se achar mais do que os outros"...)!
... Para que estudar tanto? (num habia nexexidade!)... E ainda por cima coisas que "qualquer mulher angolana sabe sem precisar de tirar cursos superiores"?... E ainda por cima tao longe e 'a revelia da "sacrossanta patria/familia lusofona"?... E ainda por cima para obter apenas "falsos diplomas" seguidos de "infiltracoes em reunioes de peritos"?!... Porque nao simplesmente estender a mao, manter-se "jovem", "elegante", "bem-cheirosa" e "disponivel para o sexo" (aparentemente seja la' com quem for, mesmo sendo certo que se esta' sujeita a logo em seguida ser-se insidiosa e difamatoriamente apelidada de "promiscua", "prostituta", "poluta" e "sem valores nem principios"...)?! [**] ...E mais ainda (veja-se, a este proposito, o que diz o academico Indiano entrevistado no documentario): porque nao colocar uma peruca ou tissagem loura como a Beyonce' e ser apenas "Tosca, mas nao a de Puccini" e conformar-se (invejar!) e submeter-se pura e simplesmente ao 'modelo de beleza' euro-caucasiano (vejam-se tambem as declaracoes do jornalista branco Irlandes (... supostamente uma 'figura' triste/patética a merecer histericos 'lols' a fartazana - e' so' fartar vilanagem!!!) sobre a Beyonce' no mesmo post sobre "shadeism"...) que "comeca na Venus de Milo e acaba na irresistivel Jessica Rabbit"?! [***]
Ou, melhor ainda do que tudo isso, porque nao "cometer um suicidio em grande estilo, antes que se seja esquartejada a catanada"?!
Enfim... para que OUSAR SER?!
... Por essas e por outras, ao longo da minha vida, sempre me vi forcada, tanto fisica, mental, psicologica e espiritualmente (... e o unico periodo em que fui capaz, porque esta sociedade mo tornou possivel, de nao o fazer foram os anos em que vivi em Londres sem qualquer contacto com o "mundo lusofono" - periodo em que, by the way, consegui praticamente deixar de fumar -, mas... de ha' uns anos a esta parte "deu-me" para retomar esse contacto e... os resultados estao a vista!...), a me auto-anular, auto-suprimir, auto-sabotar, auto-censurar, (e quando nao o faco, outros imediatamente se encarregam de obrigar-me a faze-lo, ou fazem-no "por mim"...), para nao parecer, e muito menos ser, "mais do que o(a)s outro(a)s" (o que quer que seja que isso signifique...) e, assim, acabar NAO SENDO NADA!
E porque esse processo (a que os Ingleses muito apta e concisamente apelidam de dumbing down) opera tanto nos fenomenos de racismo, como nos de sexismo e machismo (...ja' para nao falar nos ditos de "crispacao geracional", ou nos de suposta "solidariedade e coesao comunitaria", "politico-ideologica" e "patriotica", ou algo assim parecido...), nao so' e' frequente nele se formarem aliancas, por um lado, entre mulheres nao negras com homens negros e, por outro lado, entre homens negros com homens brancos, contra mulheres negras, como tambem sobre ele escreveram, a seu tempo e a seu modo, tanto Agostinho Neto, como Bessie Head, entre varios outros...
[Dysfunctional Family ,by Yinka Shonibare]
Mas, como tambem se diz logo no inicio do documentario, "tudo comeca na familia"... De facto, nunca me esqueco desta frase (ordem?) que me foi dirigida por alguem da minha familia mais proxima: "tens que deixar os outros existir!" (... nao que eu alguma vez tivesse tido a intencao, a pretensao ou, menos ainda, a capacidade de impedir "os outros de existir"... so, what that means in practice is: "tens que deixar de existir para que eu e a(o)s outra(o)s possamos existir!"...). E eu cresci a ouvir no seio da minha familia tanto strong statements sobre "direitos adquiridos" (e, ja' agora e a titulo de curiosidade, a ser cognominada por um amigo da familia - por sinal um arquitecto portugues de quem incluo um postal aqui e que, by the way, foi quem me ofereceu o meu primeiro disco dos Pink Floyd - desde os meus 15/16 anos como "a intelectual da familia", cognome tambem usado frequentemente pela minha mae... - o que, amarga ironia, se viria a revelar uma afiada espada de dois gumes ao longo da minha vida!...) este dito, aparentemente baseado num proverbio baKongo: "a orelha nunca pode crescer mais do que a cabeca"!
Trouble is... talvez 'a excepcao destes, toda(o)s nascemos com a (e pensamos pela) nossa propria cabeca!
[Em suma: alguem ja' tentou reflectir um pouco mais profundamente sobre de onde veem os famosos e famigerados "complexos de inferioridade" (tambem designados por outros de "complexos de colonizado") dos negros e, muito particularmente, das negras?... Ou das causas estruturais do aparentemente "cronico subdesenvolvimento" de Africa?!... I wonder...]
[*] E, ja' agora, alguem reparou como os ataques do minion no NJ (e.g. "quem disse que eu me estava a referir a ti", "como e' que vieste parar ao meu computador", "olha que eu ja' tenho 60 anos e sou antigo combatente"... para alem dos ja' acima referidos) comecaram (ou pelo menos deles pela primeira vez me apercebi) quando eu me referi a ele no contexto deste kibeto (num comentario ate' digamos que, para usar a palavra da moda, "afectuoso", mas entretanto retirado quando me vi confrontada com tais ataques - eu que nao tenho tido nenhum contacto com ele, nem via computador, e.g. email, nem por nenhuma outra via, desde a ultima vez que o vi em Lisboa ja' la' vao uns bons mais de 20 anos!... - e, ja' agora tambem, repararam como simultaneamente ele se atirou ao alvo do kibeto com "todas as armas disponiveis", por entre estorias de animais no "quintal do seu palacio"? ), tendo antes feito um comentario a este post, em que me referia a um "amigo-como irmao (por sinal branco) que estava connosco a quem pedi que me levasse imediatamente para casa"?
Pois o que eu nao disse na altura [porque continuei, pelo menos ate' agora - e, na verdade, ainda continuo - a resistir deixar-me afundar completamente na enxurrada de lama e pedras que a chusma liderada (telecomandada!) por ele (apenas porque para la' regressou depois de longos anos com 'ares afectados' de Paris...) - tal como ele e outros o foram e, por incrivel que pareca, continuam a ser (!) por um certo Incrivel Svengali (... e ainda se arrogam proclamar que "pensam pela sua propria cabeca"!...) - me tem atirado...) foi que ele acompanhou-me ate' a porta do meu predio onde assim que la' chegamos me comecei a despedir dele, mas ele com um ar muito estranho (por falta de melhor qualificacao) comecou a dizer-me "sinto-me bastante lisonjeado por me teres escolhido para te trazer para casa" e comecou a "avancar para mim"... Ao que eu apenas lhe lancei um ultimo olhar, disse-lhe muito obrigada, despedi-me mais uma vez, virei-lhe as costas, entrei no predio, fechei a porta e deixei-o ali com o seu "ar muito estranho"! Ora, fiquei agora a saber, passados mais de 20 anos, atraves dessas "bocas no NJ" que o individuo afinal nunca se conformou por eu o ter sempre tratado apenas como "amigo-como irmao", porque sempre quis ser "muito mais do que isso"!...
E mais acrescento que apenas o tratava como tal devido ao meu relacionamento com a familia, incluindo a mae, dele e ao conteudo de alguns dos seus postais aqui incluidos!
Mas... o que o poder da imprensa e' capaz de fazer quando sobe 'a cabeca de um minion frustrado e complexado metido a "antigo combatente de ocasiao"! ... Sera' que ele esteve, ou teria alguma motivacao ou razao para estar nesta manifestacao, ou nesta, por exemplo?!
[**] E porque tambem nunca sera' demais (re)lembrar como "tudo isso" comecou, proponho uma reflexao sobre estas minhas afirmacoes, feitas aqui:
(...) E, já agora, “não gravaste nem filmaste porque não querias profanar aquele momento de intimidade tão único”…mas não te coibiste de o reproduzir aqui em detalhe, num espaço aberto ao mundo… será que as “mamãs” que tanta questão faziam que os homens “não vissem” não se importarão agora que qualquer homem no mundo as possa ver através dos teus olhos e comentar sobre o que viu?! Mas tu não tens culpa, és apenas o produto de um sistema político de apropriação cultural, também conhecido como “vulturismo cultural”, muito mal gerido ao longo destes 30 anos do pós-independência por elementos de um grupo social muito bem definido em Angola… e esse fenómeno há muito vem sendo estudado e debatido com muita seriedade, sobretudo fora do mundo lusófono. Mas, cedo ou tarde, esses debates e suas consequências chegarão a Angola…
... E estas, reproduzidas tambem no post em referencia sobre "shadeism":
There is a long history of sexualizing the black body with disastrous consequences - from lynchings in the South to the 'high-tech' lynchings of recent past. Collins looks at the ways African-American women's bodies have always been on display, from Josephine Baker to Destiny's Child, and the contradictory images of black masculinity from Michael Jackson to Michael Jordan.
(...)
In Black Sexual Politics, one of America's most influential writers on race and gender explores how images of Black sexuality have been used to maintain the color line and how they threaten to spread a new brand of racism around the world today. The ideal of pure white womanhood, Collins argues, required the invention of hot-blooded Latinas, exotic Suzy Wongs, and wanton jezebels...
(...)
In a book of sophisticated critical theory that could be used as a tool for antiracist political action, Collins (Charles Phelps Taft Professor of Sociology, Univ. of Cincinnati; Black Feminist Thought) asserts that "racism and sexism are deeply intertwined, and racism can never be solved without seeing and challenging sexism."
E para um pouco mais de leitura/analise comparativa, vejam-se os meus argumentos sobre o "debate dos feminismos" aqui, a luz deste artigo, tambem incluido no post sobre "shadeism"...
[***] E para completar o quadro, veja-se isto, por referencia ao que aqui afirmei (v. "How is it decided that this criticism of the publication for the first time in the Portuguese market of a magazine directed at African women is “more interesting” than, say, the criticisms arising from this, or this?") e a forma como essa questao (representacao de modelos de beleza feminina nos media - veja-se, em particular, a reaccao da Angolana Muginga a capa de uma das revistas consideradas) e' abordada no documentario que tem servido de base a esta refexao - documentario que nao so' ilustra perfeitamente o meu "dialogo com uma sista" com que o 'entrelacei', como tambem confirma o que aqui dizia sobre essas questoes:
(...) Grupo “afro-americano” esse onde, nunca e’ demais repeti-lo, se incluem todos os nao-brancos desde que tenham uma gota de sangue negro. E, se e’ certo que o "one drop rule" foi inicialmente uma criacao do grupo dominante branco nos EUA com motivacoes racistas, nao e’ menos certo que ele foi apropriado, internalizado e socializado historicamente pelos “afro-americanos” que – ao contrario, nunca e’ demais nota-lo, do que se passou e em grande medida ainda se passa nas ex-colonias portuguesas onde se instituiu uma diferenciacao racica hierarquizante de acordo com os varios tons de pele entre negros e brancos – partilharam ao longo de seculos em condicoes de igualdade tanto a discriminacao racial contra si (vide o caso da 'cabrita' Rosa Parks), como as oportunidades sociais, politicas e economicas que souberam conquistar para si (vide o caso da 'negra' Oprah Winfrey) como um unico grupo racico, pesem embora as clivagens e friccoes que tambem existem no seu seio, originadas, directa ou indirectamente, pelos diferentes tons de pele entre si (particularmente entre as mulheres, como quem tenha ouvido atentamente uma celebre conversa entre mulheres “negras” no filme Jungle Fever de Spike Lee tera’ notado."
Never act as clever as you are!
Don't be brilliant!
(...if you do nobody will like you...)
Always blend in!
Estas palavras, proferidas denunciatoriamente por uma das intervenientes (e nao, ela nao se parece nada com uma "intelectual" - quanto mais nao seja porque nao usa oculos, nao tem cabelos grizalhos, nem anda no ballet classico desde os oito anos de idade... - e muito menos se auto-entitula como tal: de facto, assemelha-se bastante a qualquer uma das nossas damas do kuduro que aki tentei de algum modo "defender"...) no documentario aqui apresentado, o qual apenas descobri na vespera de aqui o ter postado, conteem a chave de muito do que se tem passado com e neste blog... Veja-se, mais uma vez (... porque nunca sera' demais e porque espero que pelo menos algumas jovens negras angolanas - como as que me transmitiram o calor humano de que aqui falo e aquelas a quem aqui me dirijo - aprendam alguma coisa com isto...) esta campanha, que se sumariza nesta orgia e neste bacanal...
Efectivamente, por outras, mas equivalentes palavras, eu li exactamente o mesmo, mas apologeticamente, no NJ (e.g., entre varias outras, em particular por um certo minion , quaisquer coisas relacionadas com "esquecer a cultura dos ancestrais" - i.e. nao se prestar a ser uma "mulher submissa e subserviente" - e, em resultado disso, "ninguem na sociedade gostar", por entre "falas em ingles cursivo", "levar tanto tempo para fazer um curso", "ter conhecimentos mal adquiridos/digeridos que quando ganham alguma seguranca"... "e' chato para o Popper", para ja' nao mencionar o (in)famoso e sempre (in)conveniente, particularmente quando usado perversamente neste tipo de contexto, "so' sei que nada sei" de Socrates (... mais uma "boca", como dizia Herberto Helder, tirada de passagem a cultura para com seu uso desencadear a explosao mitica...), como se alguem acreditasse que, tendo dito isso, no que apenas expressava o conceito filosofico de "duvida metodica", Socrates de facto "nao sabia", ou acreditava "nao saber nada"!... etc.,etc.,etc...) [*], no "O Pais" (..."no stars please!"...), no SA (... neste nao vale a pena sequer falar mais... ou talvez valha a pena repescar apenas as tristemente celebres "bocas intelectualoides" e uns certos "tem a mania do sabetudismo!" - este da autoria de um "miudo" nao-economista que, curiosamente, fez seguir essa 'boca' de uma "lecturacao" sobre "desenvolvimento economico"! - e "coloque-se no seu devido lugar!"...) e por ai afora (e.g., "achas mesmo que vales assim tanto? Olha as nossas colegas mulheres aqui, sem tantas qualificacoes nem remuneracoes, como estao muito bem e muito felizes"...; "tem a mania de se achar mais do que os outros"...)!
... Para que estudar tanto? (num habia nexexidade!)... E ainda por cima coisas que "qualquer mulher angolana sabe sem precisar de tirar cursos superiores"?... E ainda por cima tao longe e 'a revelia da "sacrossanta patria/familia lusofona"?... E ainda por cima para obter apenas "falsos diplomas" seguidos de "infiltracoes em reunioes de peritos"?!... Porque nao simplesmente estender a mao, manter-se "jovem", "elegante", "bem-cheirosa" e "disponivel para o sexo" (aparentemente seja la' com quem for, mesmo sendo certo que se esta' sujeita a logo em seguida ser-se insidiosa e difamatoriamente apelidada de "promiscua", "prostituta", "poluta" e "sem valores nem principios"...)?! [**] ...E mais ainda (veja-se, a este proposito, o que diz o academico Indiano entrevistado no documentario): porque nao colocar uma peruca ou tissagem loura como a Beyonce' e ser apenas "Tosca, mas nao a de Puccini" e conformar-se (invejar!) e submeter-se pura e simplesmente ao 'modelo de beleza' euro-caucasiano (vejam-se tambem as declaracoes do jornalista branco Irlandes (... supostamente uma 'figura' triste/patética a merecer histericos 'lols' a fartazana - e' so' fartar vilanagem!!!) sobre a Beyonce' no mesmo post sobre "shadeism"...) que "comeca na Venus de Milo e acaba na irresistivel Jessica Rabbit"?! [***]
Ou, melhor ainda do que tudo isso, porque nao "cometer um suicidio em grande estilo, antes que se seja esquartejada a catanada"?!
Enfim... para que OUSAR SER?!
... Por essas e por outras, ao longo da minha vida, sempre me vi forcada, tanto fisica, mental, psicologica e espiritualmente (... e o unico periodo em que fui capaz, porque esta sociedade mo tornou possivel, de nao o fazer foram os anos em que vivi em Londres sem qualquer contacto com o "mundo lusofono" - periodo em que, by the way, consegui praticamente deixar de fumar -, mas... de ha' uns anos a esta parte "deu-me" para retomar esse contacto e... os resultados estao a vista!...), a me auto-anular, auto-suprimir, auto-sabotar, auto-censurar, (e quando nao o faco, outros imediatamente se encarregam de obrigar-me a faze-lo, ou fazem-no "por mim"...), para nao parecer, e muito menos ser, "mais do que o(a)s outro(a)s" (o que quer que seja que isso signifique...) e, assim, acabar NAO SENDO NADA!
E porque esse processo (a que os Ingleses muito apta e concisamente apelidam de dumbing down) opera tanto nos fenomenos de racismo, como nos de sexismo e machismo (...ja' para nao falar nos ditos de "crispacao geracional", ou nos de suposta "solidariedade e coesao comunitaria", "politico-ideologica" e "patriotica", ou algo assim parecido...), nao so' e' frequente nele se formarem aliancas, por um lado, entre mulheres nao negras com homens negros e, por outro lado, entre homens negros com homens brancos, contra mulheres negras, como tambem sobre ele escreveram, a seu tempo e a seu modo, tanto Agostinho Neto, como Bessie Head, entre varios outros...
[Dysfunctional Family ,by Yinka Shonibare]
Mas, como tambem se diz logo no inicio do documentario, "tudo comeca na familia"... De facto, nunca me esqueco desta frase (ordem?) que me foi dirigida por alguem da minha familia mais proxima: "tens que deixar os outros existir!" (... nao que eu alguma vez tivesse tido a intencao, a pretensao ou, menos ainda, a capacidade de impedir "os outros de existir"... so, what that means in practice is: "tens que deixar de existir para que eu e a(o)s outra(o)s possamos existir!"...). E eu cresci a ouvir no seio da minha familia tanto strong statements sobre "direitos adquiridos" (e, ja' agora e a titulo de curiosidade, a ser cognominada por um amigo da familia - por sinal um arquitecto portugues de quem incluo um postal aqui e que, by the way, foi quem me ofereceu o meu primeiro disco dos Pink Floyd - desde os meus 15/16 anos como "a intelectual da familia", cognome tambem usado frequentemente pela minha mae... - o que, amarga ironia, se viria a revelar uma afiada espada de dois gumes ao longo da minha vida!...) este dito, aparentemente baseado num proverbio baKongo: "a orelha nunca pode crescer mais do que a cabeca"!
Trouble is... talvez 'a excepcao destes, toda(o)s nascemos com a (e pensamos pela) nossa propria cabeca!
[Em suma: alguem ja' tentou reflectir um pouco mais profundamente sobre de onde veem os famosos e famigerados "complexos de inferioridade" (tambem designados por outros de "complexos de colonizado") dos negros e, muito particularmente, das negras?... Ou das causas estruturais do aparentemente "cronico subdesenvolvimento" de Africa?!... I wonder...]
[*] E, ja' agora, alguem reparou como os ataques do minion no NJ (e.g. "quem disse que eu me estava a referir a ti", "como e' que vieste parar ao meu computador", "olha que eu ja' tenho 60 anos e sou antigo combatente"... para alem dos ja' acima referidos) comecaram (ou pelo menos deles pela primeira vez me apercebi) quando eu me referi a ele no contexto deste kibeto (num comentario ate' digamos que, para usar a palavra da moda, "afectuoso", mas entretanto retirado quando me vi confrontada com tais ataques - eu que nao tenho tido nenhum contacto com ele, nem via computador, e.g. email, nem por nenhuma outra via, desde a ultima vez que o vi em Lisboa ja' la' vao uns bons mais de 20 anos!... - e, ja' agora tambem, repararam como simultaneamente ele se atirou ao alvo do kibeto com "todas as armas disponiveis", por entre estorias de animais no "quintal do seu palacio"? ), tendo antes feito um comentario a este post, em que me referia a um "amigo-como irmao (por sinal branco) que estava connosco a quem pedi que me levasse imediatamente para casa"?
Pois o que eu nao disse na altura [porque continuei, pelo menos ate' agora - e, na verdade, ainda continuo - a resistir deixar-me afundar completamente na enxurrada de lama e pedras que a chusma liderada (telecomandada!) por ele (apenas porque para la' regressou depois de longos anos com 'ares afectados' de Paris...) - tal como ele e outros o foram e, por incrivel que pareca, continuam a ser (!) por um certo Incrivel Svengali (... e ainda se arrogam proclamar que "pensam pela sua propria cabeca"!...) - me tem atirado...) foi que ele acompanhou-me ate' a porta do meu predio onde assim que la' chegamos me comecei a despedir dele, mas ele com um ar muito estranho (por falta de melhor qualificacao) comecou a dizer-me "sinto-me bastante lisonjeado por me teres escolhido para te trazer para casa" e comecou a "avancar para mim"... Ao que eu apenas lhe lancei um ultimo olhar, disse-lhe muito obrigada, despedi-me mais uma vez, virei-lhe as costas, entrei no predio, fechei a porta e deixei-o ali com o seu "ar muito estranho"! Ora, fiquei agora a saber, passados mais de 20 anos, atraves dessas "bocas no NJ" que o individuo afinal nunca se conformou por eu o ter sempre tratado apenas como "amigo-como irmao", porque sempre quis ser "muito mais do que isso"!...
E mais acrescento que apenas o tratava como tal devido ao meu relacionamento com a familia, incluindo a mae, dele e ao conteudo de alguns dos seus postais aqui incluidos!
Mas... o que o poder da imprensa e' capaz de fazer quando sobe 'a cabeca de um minion frustrado e complexado metido a "antigo combatente de ocasiao"! ... Sera' que ele esteve, ou teria alguma motivacao ou razao para estar nesta manifestacao, ou nesta, por exemplo?!
[**] E porque tambem nunca sera' demais (re)lembrar como "tudo isso" comecou, proponho uma reflexao sobre estas minhas afirmacoes, feitas aqui:
(...) E, já agora, “não gravaste nem filmaste porque não querias profanar aquele momento de intimidade tão único”…mas não te coibiste de o reproduzir aqui em detalhe, num espaço aberto ao mundo… será que as “mamãs” que tanta questão faziam que os homens “não vissem” não se importarão agora que qualquer homem no mundo as possa ver através dos teus olhos e comentar sobre o que viu?! Mas tu não tens culpa, és apenas o produto de um sistema político de apropriação cultural, também conhecido como “vulturismo cultural”, muito mal gerido ao longo destes 30 anos do pós-independência por elementos de um grupo social muito bem definido em Angola… e esse fenómeno há muito vem sendo estudado e debatido com muita seriedade, sobretudo fora do mundo lusófono. Mas, cedo ou tarde, esses debates e suas consequências chegarão a Angola…
... E estas, reproduzidas tambem no post em referencia sobre "shadeism":
There is a long history of sexualizing the black body with disastrous consequences - from lynchings in the South to the 'high-tech' lynchings of recent past. Collins looks at the ways African-American women's bodies have always been on display, from Josephine Baker to Destiny's Child, and the contradictory images of black masculinity from Michael Jackson to Michael Jordan.
(...)
In Black Sexual Politics, one of America's most influential writers on race and gender explores how images of Black sexuality have been used to maintain the color line and how they threaten to spread a new brand of racism around the world today. The ideal of pure white womanhood, Collins argues, required the invention of hot-blooded Latinas, exotic Suzy Wongs, and wanton jezebels...
(...)
In a book of sophisticated critical theory that could be used as a tool for antiracist political action, Collins (Charles Phelps Taft Professor of Sociology, Univ. of Cincinnati; Black Feminist Thought) asserts that "racism and sexism are deeply intertwined, and racism can never be solved without seeing and challenging sexism."
E para um pouco mais de leitura/analise comparativa, vejam-se os meus argumentos sobre o "debate dos feminismos" aqui, a luz deste artigo, tambem incluido no post sobre "shadeism"...
[***] E para completar o quadro, veja-se isto, por referencia ao que aqui afirmei (v. "How is it decided that this criticism of the publication for the first time in the Portuguese market of a magazine directed at African women is “more interesting” than, say, the criticisms arising from this, or this?") e a forma como essa questao (representacao de modelos de beleza feminina nos media - veja-se, em particular, a reaccao da Angolana Muginga a capa de uma das revistas consideradas) e' abordada no documentario que tem servido de base a esta refexao - documentario que nao so' ilustra perfeitamente o meu "dialogo com uma sista" com que o 'entrelacei', como tambem confirma o que aqui dizia sobre essas questoes:
(...) Grupo “afro-americano” esse onde, nunca e’ demais repeti-lo, se incluem todos os nao-brancos desde que tenham uma gota de sangue negro. E, se e’ certo que o "one drop rule" foi inicialmente uma criacao do grupo dominante branco nos EUA com motivacoes racistas, nao e’ menos certo que ele foi apropriado, internalizado e socializado historicamente pelos “afro-americanos” que – ao contrario, nunca e’ demais nota-lo, do que se passou e em grande medida ainda se passa nas ex-colonias portuguesas onde se instituiu uma diferenciacao racica hierarquizante de acordo com os varios tons de pele entre negros e brancos – partilharam ao longo de seculos em condicoes de igualdade tanto a discriminacao racial contra si (vide o caso da 'cabrita' Rosa Parks), como as oportunidades sociais, politicas e economicas que souberam conquistar para si (vide o caso da 'negra' Oprah Winfrey) como um unico grupo racico, pesem embora as clivagens e friccoes que tambem existem no seu seio, originadas, directa ou indirectamente, pelos diferentes tons de pele entre si (particularmente entre as mulheres, como quem tenha ouvido atentamente uma celebre conversa entre mulheres “negras” no filme Jungle Fever de Spike Lee tera’ notado."
Tuesday, 23 November 2010
1960-2010: "The Year of Afrika" 50 Years on (XXII) *
Acaba de ser enviado para o prelo e esta’ previsto para breve o lancamento do primeiro Compendio da prestigiada editora academica Oxford University Press (OUP) dedicado as economias africanas, entitulado “The Oxford Companion to the Economics of Africa”, para o qual fui convidada pelos seus editores e contratada pela OUP para contribuir com uma entrada, que entitulei "Angola: China-Led Reconstruction".
Este Compendio, projectado para coincidir com as comemoracoes do “African Jubilee” que teem marcado este ano de 2010, integra-se na ja’ estabelecida serie “The Oxford Companion” e e’ apenas o segundo dedicado exclusivamente a economia de uma regiao geografica do mundo, depois do que foi dedicado a economia da India em 2007.
Dentre alguns dos nomes “mais familiares” aos leitores deste blog que para ele contribuem destacam-se os de Ngozi Okonjo-Iweala (The World Bank), Paul Collier (University of Oxford), Robert H. Bates (Harvard University) e Joseph E. Stiglitz (Columbia University).
Como um appetiser, aqui fica o registo do prefacio pelos seus editores:
This compendium of entries, together with an overview, provides thematic and country perspectives by more than 100 leading economic analysts of Africa. The contributors include: the best of young African researchers based in Africa; renowned academics from the top Universities in Africa, Europe and North America; present and past Chief Economists of the African Development Bank,; present and past Chief Economists for Africa of the World Bank; present and past Chief Economists of the World Bank; African Central Bank governors and Finance Ministers; and four Nobel Laureates in Economics. Other than the requirement that the entry be analytical and not polemical, the contributors were given freedom to put forward their particular perspective on a topic. The entries are not therefore surveys of the literature. Rather, they constitute a picture of the concerns of modern economics as it is applied to African problems, as seen by the leading economists working on Africa. We hope that this Companion will contribute to economic analysis and policy in Africa and thus to African development.
Ernest Aryeetey
Shantayanan Devarajan
Ravi Kanbur
Louis Kasekende
*[Update: Ja' saiu - AQUI]
Acaba de ser enviado para o prelo e esta’ previsto para breve o lancamento do primeiro Compendio da prestigiada editora academica Oxford University Press (OUP) dedicado as economias africanas, entitulado “The Oxford Companion to the Economics of Africa”, para o qual fui convidada pelos seus editores e contratada pela OUP para contribuir com uma entrada, que entitulei "Angola: China-Led Reconstruction".
Este Compendio, projectado para coincidir com as comemoracoes do “African Jubilee” que teem marcado este ano de 2010, integra-se na ja’ estabelecida serie “The Oxford Companion” e e’ apenas o segundo dedicado exclusivamente a economia de uma regiao geografica do mundo, depois do que foi dedicado a economia da India em 2007.
Dentre alguns dos nomes “mais familiares” aos leitores deste blog que para ele contribuem destacam-se os de Ngozi Okonjo-Iweala (The World Bank), Paul Collier (University of Oxford), Robert H. Bates (Harvard University) e Joseph E. Stiglitz (Columbia University).
Como um appetiser, aqui fica o registo do prefacio pelos seus editores:
This compendium of entries, together with an overview, provides thematic and country perspectives by more than 100 leading economic analysts of Africa. The contributors include: the best of young African researchers based in Africa; renowned academics from the top Universities in Africa, Europe and North America; present and past Chief Economists of the African Development Bank,; present and past Chief Economists for Africa of the World Bank; present and past Chief Economists of the World Bank; African Central Bank governors and Finance Ministers; and four Nobel Laureates in Economics. Other than the requirement that the entry be analytical and not polemical, the contributors were given freedom to put forward their particular perspective on a topic. The entries are not therefore surveys of the literature. Rather, they constitute a picture of the concerns of modern economics as it is applied to African problems, as seen by the leading economists working on Africa. We hope that this Companion will contribute to economic analysis and policy in Africa and thus to African development.
Ernest Aryeetey
Shantayanan Devarajan
Ravi Kanbur
Louis Kasekende
*[Update: Ja' saiu - AQUI]
Monday, 22 November 2010
Angola - Nos Trilhos da Independencia
De Paulo Lara, coordenador deste novo e promissor projecto, recebi ontem esta mensagem introdutoria:
Caros amigos
Depois de cerca de um ano de trabalho e no quadro do 35º aniversário da nossa Dipanda, decidimos dar a conhecer aos amigos o Projecto “Angola - Nos Trilhos da Independência” que podem ver em http://www.projectotrilhos.com/
Os anexos fílmicos (dois trailers e um making off), em função da capacidade e velocidade existente no local em que se encontrem, poderão demorar algum tempo até serem descarregados. É uma questão de terem paciência.
As questões, criticas ou sugestões são sempre bem vindas.
Abraço.
Paulo
Angola segue, independente, a caminho dos 40 anos e esse facto torna urgente a necessidade de preservar os testemunhos dos que contribuíram para que aqui chegássemos.
Na luta pela independência participaram indivíduos, que nos podem ainda narrar as suas experiências vividas. Testemunhos que é preciso recolher, registar e preservar.
A tarefa é urgente e a colaboração de todos é necessária. Só assim poderemos assegurar que através do trabalho de estudiosos e investigadores, as gerações mais novas e vindouras venham a enriquecer o seu conhecimento sobre a nossa História.
Com o objectivo de contribuir com a sua parte nesta tarefa de todos, a Associação Tchiweka de Documentação (ATD) decidiu, para além das suas actividades correntes, levar a cabo o Projecto “Angola nos Trilhos da Independência” que tem por objectivo proceder à recolha de testemunhos orais de nacionais ou estrangeiros, directa ou indirectamente envolvidos na luta anticolonial.
“Angola nos Trilhos da Independência”, pretende contribuir para uma pesquisa abrangente, que permita o registo de testemunhos no mosaico do movimento nacionalista.
Este Projecto tem uma duração de 5 anos. Em 2015, com base no material recolhido e com execução Geração-80, a ATD pretende promover um documentário sobre o trabalho realizado.
[Mais detalhes aqui]
Angola is independent for almost 40 years and this fact makes it urgent the need to preserve testimonies of those who contributed to this achievement.
Some people that participated in the struggle for independence can still share recounts of their experiences. Testimonials that – we must collect, record and preserve.
The task is urgent and everyone’s cooperation is needed. This way, we can ensure that, through the work of scholars and researchers, the younger generations and the ones to come will enrich their knowledge about our History.
The “Associação Tchiweka de Documentação” (ATD) association decided, in addition to its regular activities, to carry out the project “Angola – Nos Trilhos da Independência” with the goal of contributing with its share in this common task. This project aims to collect oral testimonies of domestic or foreign, directly or indirectly involved in the anti-colonial struggle.
“Angola – Nos Trilhos da Independência”, intends to contribute for a comprehensive research, which allows the registration of testimony in the nationalist movement medley.
This project will span over 5 years.
In 2015, based on gathered material and with “Geração-80” production, ATD will promote a documentary about the work done.
[More details here]
De Paulo Lara, coordenador deste novo e promissor projecto, recebi ontem esta mensagem introdutoria:
Caros amigos
Depois de cerca de um ano de trabalho e no quadro do 35º aniversário da nossa Dipanda, decidimos dar a conhecer aos amigos o Projecto “Angola - Nos Trilhos da Independência” que podem ver em http://www.projectotrilhos.com/
Os anexos fílmicos (dois trailers e um making off), em função da capacidade e velocidade existente no local em que se encontrem, poderão demorar algum tempo até serem descarregados. É uma questão de terem paciência.
As questões, criticas ou sugestões são sempre bem vindas.
Abraço.
Paulo
Angola segue, independente, a caminho dos 40 anos e esse facto torna urgente a necessidade de preservar os testemunhos dos que contribuíram para que aqui chegássemos.
Na luta pela independência participaram indivíduos, que nos podem ainda narrar as suas experiências vividas. Testemunhos que é preciso recolher, registar e preservar.
A tarefa é urgente e a colaboração de todos é necessária. Só assim poderemos assegurar que através do trabalho de estudiosos e investigadores, as gerações mais novas e vindouras venham a enriquecer o seu conhecimento sobre a nossa História.
Com o objectivo de contribuir com a sua parte nesta tarefa de todos, a Associação Tchiweka de Documentação (ATD) decidiu, para além das suas actividades correntes, levar a cabo o Projecto “Angola nos Trilhos da Independência” que tem por objectivo proceder à recolha de testemunhos orais de nacionais ou estrangeiros, directa ou indirectamente envolvidos na luta anticolonial.
“Angola nos Trilhos da Independência”, pretende contribuir para uma pesquisa abrangente, que permita o registo de testemunhos no mosaico do movimento nacionalista.
Este Projecto tem uma duração de 5 anos. Em 2015, com base no material recolhido e com execução Geração-80, a ATD pretende promover um documentário sobre o trabalho realizado.
[Mais detalhes aqui]
Angola is independent for almost 40 years and this fact makes it urgent the need to preserve testimonies of those who contributed to this achievement.
Some people that participated in the struggle for independence can still share recounts of their experiences. Testimonials that – we must collect, record and preserve.
The task is urgent and everyone’s cooperation is needed. This way, we can ensure that, through the work of scholars and researchers, the younger generations and the ones to come will enrich their knowledge about our History.
The “Associação Tchiweka de Documentação” (ATD) association decided, in addition to its regular activities, to carry out the project “Angola – Nos Trilhos da Independência” with the goal of contributing with its share in this common task. This project aims to collect oral testimonies of domestic or foreign, directly or indirectly involved in the anti-colonial struggle.
“Angola – Nos Trilhos da Independência”, intends to contribute for a comprehensive research, which allows the registration of testimony in the nationalist movement medley.
This project will span over 5 years.
In 2015, based on gathered material and with “Geração-80” production, ATD will promote a documentary about the work done.
[More details here]
Sunday, 21 November 2010
Just Poetry (XXXI)
Dizes a hora de chegar
rompes as águas
em que te guardo
à conta de espasmos.
Dizes a hora de partir
desvendas os rios
em que te sigo
à conta de ciclos.
Dizes a hora de chegar
desenhas os caminhos
em que te guardo
à conta de signos.
A.S.
Saturday, 20 November 2010
Sobre "a promocao da imagem de Angola no Exterior"...
A promoção de imagem de Angola no exterior do país passa necessariamente pelo envolvimento de todos os estratos social do país, disse quarta-feira, na cidade do Huambo, o administrador não executivo da Televisão Pública de Angola (TPA), Victor Aleixo Costa Lemos.
Victor Aleixo dissertando o tema, “A promoção da imagem de Angola no exterior”, no quadro do VI Conselho Consultivo do Ministério da Comunicação Social realizado de 17 a 19 deste mês, na cidade do Huambo adiantou que a sua efectivação deve se incidir em primeira instância no país e depois no exterior.
O prelector adiantou que, este procedimento vai aproximar os diferentes actores da sociedade angolana, criando uma auto-estima de divulgar a realidade cultural e os feitos já conquistados nos vários domínios da vida económica e social do país.
Disse por outro lado, que a "venda" desta imagem passa ainda pela divulgação constante, sobretudo das realizações em curso no país, a reabilitação e construção de estradas e pontes, escolas e infra-estruturas hospitalares. Disse ainda existir um desconhecimento de muita coisa que está a ser realizada, no quadro de reconstrução do país por falta e ou de pouca divulgação não só no exterior como também no próprio país.
Na sua abordagem, Victor Aleixo adiantou que a promoção da imagem de Angola é uma tarefa de todos e não só apenas dos adidos de Imprensa, nas missões diplomáticas de Angola nos vários países.
[Aqui]
Tudo muito bem, meu caro amigo, mas… quando certos "compatriotas" se decidirem a deixar de urdir, brandir e esgrimir coisas destas e destas e mais destas, destas e destas, entre muitas outras de efeito equivalente e ainda mais virulentas, materiais e palpaveis, contra Angolanos (e, especialmente, Angolanas) de pleno direito no exterior, talvez alguma da malta aqui se disponha a voltar a fazer os papeis de parva(o)s - como estes, so’ para dar esses exemplos -, que sempre nos dispusemos a fazer pela NOSSA TERRA (sem esperarmos, nem cobrarmos nada em troca!...), mesmo quando nos negam o direito a nacionalidade apenas para nos prejudicarem pessoal e profissionalmente!…
Em qualquer caso, nao nos pecam para sermos vossos “agents de agitprop”… e’ que os tempos do “cada cidadao e’ e deve sentir-se necessariamente um soldado” ja’ passaram ha’ muito tempo e deram lugar aos tempos que agora vivemos, tanto no interior como no exterior do pais, em que uns se sentem, se comportam, vivem e sao efectivamente “mais cidadaos do que os outros” e "mais Angolanos que a Angolanidade"!...
[Sorry about that!...]
A promoção de imagem de Angola no exterior do país passa necessariamente pelo envolvimento de todos os estratos social do país, disse quarta-feira, na cidade do Huambo, o administrador não executivo da Televisão Pública de Angola (TPA), Victor Aleixo Costa Lemos.
Victor Aleixo dissertando o tema, “A promoção da imagem de Angola no exterior”, no quadro do VI Conselho Consultivo do Ministério da Comunicação Social realizado de 17 a 19 deste mês, na cidade do Huambo adiantou que a sua efectivação deve se incidir em primeira instância no país e depois no exterior.
O prelector adiantou que, este procedimento vai aproximar os diferentes actores da sociedade angolana, criando uma auto-estima de divulgar a realidade cultural e os feitos já conquistados nos vários domínios da vida económica e social do país.
Disse por outro lado, que a "venda" desta imagem passa ainda pela divulgação constante, sobretudo das realizações em curso no país, a reabilitação e construção de estradas e pontes, escolas e infra-estruturas hospitalares. Disse ainda existir um desconhecimento de muita coisa que está a ser realizada, no quadro de reconstrução do país por falta e ou de pouca divulgação não só no exterior como também no próprio país.
Na sua abordagem, Victor Aleixo adiantou que a promoção da imagem de Angola é uma tarefa de todos e não só apenas dos adidos de Imprensa, nas missões diplomáticas de Angola nos vários países.
[Aqui]
Tudo muito bem, meu caro amigo, mas… quando certos "compatriotas" se decidirem a deixar de urdir, brandir e esgrimir coisas destas e destas e mais destas, destas e destas, entre muitas outras de efeito equivalente e ainda mais virulentas, materiais e palpaveis, contra Angolanos (e, especialmente, Angolanas) de pleno direito no exterior, talvez alguma da malta aqui se disponha a voltar a fazer os papeis de parva(o)s - como estes, so’ para dar esses exemplos -, que sempre nos dispusemos a fazer pela NOSSA TERRA (sem esperarmos, nem cobrarmos nada em troca!...), mesmo quando nos negam o direito a nacionalidade apenas para nos prejudicarem pessoal e profissionalmente!…
Em qualquer caso, nao nos pecam para sermos vossos “agents de agitprop”… e’ que os tempos do “cada cidadao e’ e deve sentir-se necessariamente um soldado” ja’ passaram ha’ muito tempo e deram lugar aos tempos que agora vivemos, tanto no interior como no exterior do pais, em que uns se sentem, se comportam, vivem e sao efectivamente “mais cidadaos do que os outros” e "mais Angolanos que a Angolanidade"!...
[Sorry about that!...]
Friday, 19 November 2010
World toilet day
Tuesday, 16 November 2010
"Shadeism"...
All Colours:
Before moving on to Part 2, here's a dialogue (initially posted in the comments' space here)
I (B.) had with a sista (A.) a couple of years ago on this issue:
A: These sort of things happening around us, are the ones that make Black children have low self esteem.
I was saddened by reading an article in The Voice this week, that black Children of ages four to six who were interviewed using a BLACK and a WHITE DOLL, they preferred the white doll, and not only that they also preferred to be white, because BLACK IS A DIRTY COLOUR. How sad can that be.
It does not make it any better, when you find some of our Black sisters trying to BLEACH and become lighter. Is that a sign of having inferiority complex or what?
We as Black should also stop being racist against one another first. I have witnessed cases in families, where one child might have a lighter skin then the other, and the lighter skin child seems to think he or she is better and prettier.
Sorry if I have said too much, but the whole thing makes me very sad.
B: I'm not sure if I know you, but since I was the first to react to this message, I felt that I should also say something on your comment.
Let me say first that I wouldn't normally react to this sort of thing as I did, particularly if my reaction can be misinterpreted as "attention seeking" or something of that sort. However, I decided in the last few years to no longer accumulate certain feelings inside for fear of retaliation. Put briefly: I've had enough of getting all sorts of blows from all sides: BLACK, WHITE, BROWN or YELLOW, in most cases without even understanding WHY!
You are absolutely right about the low-self esteem of some of our children, but who buys them the white dolls in the first place?
You are also right about the black women attempting to lighten their skin, to which I would add those who wear wigs, "white hair extensions", etc., but if these are adult women why do they do that? Isn't it in the first place because black men prefer them like that, or simply because black women have that perception?
Now going to the point that affects me particularly, I happen to be someone who was born with a lighter skin in my family, but I never felt better or prettier than anyone because of that. However, I find it interesting that you talk about the lighter-skinned child "feeling superior", but not of the darker-skinned one "feeling inferior" for no fault of the lighter-skinned and just attacking and bullying her senseless because of her own feelings of inferiority. Another way in which this manifests itself is through jealousy whereby the "lighter skinned" one is invariably perceived as a rival that can take other's men... so, "before she does that, let's keep her far away"! So, basically, I would like to call attention to the need for people not being one-sided in their analysis of "black racism against each other".
In any case, the message I really wanted to pass with my initial comment was that we ALL tend to react more to what goes on in the outside world through the media or high profile campaigns while totally ignoring what goes around us in OUR OWN families, neighbourhoods and close communities.
Sorry if I said too much as well, but there's no other way to mutual understanding than talking openly about this sort of thing.
A: May be the word racist was a bit too much. May be I should have said colour prejudice amongst us blacks.
An incident occured at my work place today. I have a very dark complexion, so this African lady of a lighter complexion asked me where I am from, I told her and her answer was "I thought so". being an African, she should know that where she comes from, there also dark skinned people like me. No wonder our children grow up feeling inferior.
Don't worry about what people think of you, as the saying goes, no one can fit into your skin BUT YOU.
B: Well, I would suggest that in face of that kind of accident you should confront directly the person in question and not keep it inside you to hold it as a grudge against all light-skinned black people. That's what I would've appreciated all throughout my life when I was being attacked, bullied and abused because of my skin tone, complexion, or whatever... That hurts much more than when coming from white people or any other race and this has to be realised by blacks of ALL "colours"!
And it's not just a matter of hurting, it's a matter of causing long term damage to other people for no valid reason or for a reason that could be resolved through a healthy discussion.
I could tell you countless real stories happened to me in a workplace I recently had in Africa: all around darker people bullying me out of my job not just because of my skin complexion, but because I was living in Europe, or had better academic qualifications and experience... To such a point that they ganged-up on me with even some of their worst enemies of other races who also wanted to get rid of me for their own reasons... And this was Afrika! And all this because of inferiority complexes of "darker-skinned" sistas...
Sorry if once again I said too much!
...Dividends of "shadeism"...
IS BEYONCE' A RACE TRAITOR?
The virtual clean sweep enjoyed by Beyonce at the Grammys was proof of one thing — modern music is in bad shape.
Okay, a white, 30-something Irish bloke probably isn’t the exact target market for a black woman who purveys a blend of soulless, poptastic R&B and while, in fairness, some of her songs are infuriatingly catchy, let’s get real — we’re not exactly talking about Ella Fitzgerald here.
But she seems like a pleasant enough modern pop creation who is careful not to say anything that would alienate her fanbase.
So, you would think that after her success at the Grammys, she is an inspiration to black women. But you would be wrong. And quite possibly a racist as well.
Beyonce had blonde hair at the awards and this prompted black commentator Teshima Walker of National Public Radio to fume: “I know that blonde hair is associated with white women and beauty. I saw how men respond to girls and women with golden hair … But now I think maybe black stars should help African-American women release the hold that blonde hair has had on us.”
[Here]
... Film suggestions for brothers & sisters of all shades
[Details here]
... Related Books and Articles
[here]
In a book of sophisticated critical theory that could be used as a tool for antiracist political action, Collins (Charles Phelps Taft Professor of Sociology, Univ. of Cincinnati; Black Feminist Thought) asserts that "racism and sexism are deeply intertwined, and racism can never be solved without seeing and challenging sexism."
(...)
In Black Sexual Politics, one of America's most influential writers on race and gender explores how images of Black sexuality have been used to maintain the color line and how they threaten to spread a new brand of racism around the world today. The ideal of pure white womanhood, Collins argues, required the invention of hot-blooded Latinas, exotic Suzy Wongs, and wanton jezebels -- images that persist in the media today in everything from animal-skin bikinis to the creation of the "welfare mom." Men confront a similar bias in a society that defines African American males as drug dealers, brutish athletes, irresponsible fathers, and rapists. Collins dissects the widespread impact of these distorted messages as she explores African American love relationships, sex in youth culture, interracial romance, sexual violence, and HIV/AIDS.
(...)
Published in 1990, Patricia Hill Collins's Black Feminist Thought was one of the first full-length works to address the then-burgeoning field of Black women's studies; the text tackled issues as varied as work, motherhood, and sexuality from an avowedly Black feminist perspective. Indeed, in the decade and a half since its publication, the book has proven to be required reading for anyone undertaking the serious study of race and gender politics in the United States.
(...)
There is a long history of sexualizing the black body with disastrous consequences - from lynchings in the South to the 'high-tech' lynchings of recent past. Collins looks at the ways African-American women's bodies have always been on display, from Josephine Baker to Destiny's Child, and the contradictory images of black masculinity from Michael Jackson to Michael Jordan. Collins also turns her gaze to sexualized love relationships, examining such important topics as black sexuality, black youth culture and sex, love across the colour line, violence and HIV/ AIDS.In the tradition of her best-selling Black Feminist Thought, Collins turns her critical eye to the topics of race and sexuality, providing analysis of sex and sexuality in relation to not just black women, but black men as well, a significant departure for her work.
[More details here]
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A: These sort of things happening around us, are the ones that make Black children have low self esteem.
I was saddened by reading an article in The Voice this week, that black Children of ages four to six who were interviewed using a BLACK and a WHITE DOLL, they preferred the white doll, and not only that they also preferred to be white, because BLACK IS A DIRTY COLOUR. How sad can that be.
It does not make it any better, when you find some of our Black sisters trying to BLEACH and become lighter. Is that a sign of having inferiority complex or what?
We as Black should also stop being racist against one another first. I have witnessed cases in families, where one child might have a lighter skin then the other, and the lighter skin child seems to think he or she is better and prettier.
Sorry if I have said too much, but the whole thing makes me very sad.
B: I'm not sure if I know you, but since I was the first to react to this message, I felt that I should also say something on your comment.
Let me say first that I wouldn't normally react to this sort of thing as I did, particularly if my reaction can be misinterpreted as "attention seeking" or something of that sort. However, I decided in the last few years to no longer accumulate certain feelings inside for fear of retaliation. Put briefly: I've had enough of getting all sorts of blows from all sides: BLACK, WHITE, BROWN or YELLOW, in most cases without even understanding WHY!
You are absolutely right about the low-self esteem of some of our children, but who buys them the white dolls in the first place?
You are also right about the black women attempting to lighten their skin, to which I would add those who wear wigs, "white hair extensions", etc., but if these are adult women why do they do that? Isn't it in the first place because black men prefer them like that, or simply because black women have that perception?
Now going to the point that affects me particularly, I happen to be someone who was born with a lighter skin in my family, but I never felt better or prettier than anyone because of that. However, I find it interesting that you talk about the lighter-skinned child "feeling superior", but not of the darker-skinned one "feeling inferior" for no fault of the lighter-skinned and just attacking and bullying her senseless because of her own feelings of inferiority. Another way in which this manifests itself is through jealousy whereby the "lighter skinned" one is invariably perceived as a rival that can take other's men... so, "before she does that, let's keep her far away"! So, basically, I would like to call attention to the need for people not being one-sided in their analysis of "black racism against each other".
In any case, the message I really wanted to pass with my initial comment was that we ALL tend to react more to what goes on in the outside world through the media or high profile campaigns while totally ignoring what goes around us in OUR OWN families, neighbourhoods and close communities.
Sorry if I said too much as well, but there's no other way to mutual understanding than talking openly about this sort of thing.
A: May be the word racist was a bit too much. May be I should have said colour prejudice amongst us blacks.
An incident occured at my work place today. I have a very dark complexion, so this African lady of a lighter complexion asked me where I am from, I told her and her answer was "I thought so". being an African, she should know that where she comes from, there also dark skinned people like me. No wonder our children grow up feeling inferior.
Don't worry about what people think of you, as the saying goes, no one can fit into your skin BUT YOU.
B: Well, I would suggest that in face of that kind of accident you should confront directly the person in question and not keep it inside you to hold it as a grudge against all light-skinned black people. That's what I would've appreciated all throughout my life when I was being attacked, bullied and abused because of my skin tone, complexion, or whatever... That hurts much more than when coming from white people or any other race and this has to be realised by blacks of ALL "colours"!
And it's not just a matter of hurting, it's a matter of causing long term damage to other people for no valid reason or for a reason that could be resolved through a healthy discussion.
I could tell you countless real stories happened to me in a workplace I recently had in Africa: all around darker people bullying me out of my job not just because of my skin complexion, but because I was living in Europe, or had better academic qualifications and experience... To such a point that they ganged-up on me with even some of their worst enemies of other races who also wanted to get rid of me for their own reasons... And this was Afrika! And all this because of inferiority complexes of "darker-skinned" sistas...
Sorry if once again I said too much!
...Dividends of "shadeism"...
IS BEYONCE' A RACE TRAITOR?
The virtual clean sweep enjoyed by Beyonce at the Grammys was proof of one thing — modern music is in bad shape.
Okay, a white, 30-something Irish bloke probably isn’t the exact target market for a black woman who purveys a blend of soulless, poptastic R&B and while, in fairness, some of her songs are infuriatingly catchy, let’s get real — we’re not exactly talking about Ella Fitzgerald here.
But she seems like a pleasant enough modern pop creation who is careful not to say anything that would alienate her fanbase.
So, you would think that after her success at the Grammys, she is an inspiration to black women. But you would be wrong. And quite possibly a racist as well.
Beyonce had blonde hair at the awards and this prompted black commentator Teshima Walker of National Public Radio to fume: “I know that blonde hair is associated with white women and beauty. I saw how men respond to girls and women with golden hair … But now I think maybe black stars should help African-American women release the hold that blonde hair has had on us.”
[Here]
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[here]
In a book of sophisticated critical theory that could be used as a tool for antiracist political action, Collins (Charles Phelps Taft Professor of Sociology, Univ. of Cincinnati; Black Feminist Thought) asserts that "racism and sexism are deeply intertwined, and racism can never be solved without seeing and challenging sexism."
(...)
In Black Sexual Politics, one of America's most influential writers on race and gender explores how images of Black sexuality have been used to maintain the color line and how they threaten to spread a new brand of racism around the world today. The ideal of pure white womanhood, Collins argues, required the invention of hot-blooded Latinas, exotic Suzy Wongs, and wanton jezebels -- images that persist in the media today in everything from animal-skin bikinis to the creation of the "welfare mom." Men confront a similar bias in a society that defines African American males as drug dealers, brutish athletes, irresponsible fathers, and rapists. Collins dissects the widespread impact of these distorted messages as she explores African American love relationships, sex in youth culture, interracial romance, sexual violence, and HIV/AIDS.
(...)
Published in 1990, Patricia Hill Collins's Black Feminist Thought was one of the first full-length works to address the then-burgeoning field of Black women's studies; the text tackled issues as varied as work, motherhood, and sexuality from an avowedly Black feminist perspective. Indeed, in the decade and a half since its publication, the book has proven to be required reading for anyone undertaking the serious study of race and gender politics in the United States.
(...)
There is a long history of sexualizing the black body with disastrous consequences - from lynchings in the South to the 'high-tech' lynchings of recent past. Collins looks at the ways African-American women's bodies have always been on display, from Josephine Baker to Destiny's Child, and the contradictory images of black masculinity from Michael Jackson to Michael Jordan. Collins also turns her gaze to sexualized love relationships, examining such important topics as black sexuality, black youth culture and sex, love across the colour line, violence and HIV/ AIDS.In the tradition of her best-selling Black Feminist Thought, Collins turns her critical eye to the topics of race and sexuality, providing analysis of sex and sexuality in relation to not just black women, but black men as well, a significant departure for her work.
[More details here]
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Venus Through Time & Space
Pan-Africanist Presidents & Their Wives
Friday, 12 November 2010
London Jazz Festival
Hugh Masekela & The Mahotella Queens
...But: SOLD OUT!
[Parece incrivel, mas com tantas passagens e estadias na Africa do Sul e arredores, nunca tive uma oportunidade de ver este que e' um dos meus maiores idolos do Jazz Africano (depois do nosso eterno Manu Dibango) ao vivo... e, parece mentira, mas ainda nao foi desta!]
...But: SOLD OUT!
[Vi-o ao vivo ha' ja' alguns anos em Lisboa no Centro Cultural de Belem, numa noite absolutamente inesquecivel, com a Paula Tavares, a Luisa de Almeida, o Jean-Yves e a Zarito (esta, por quem tenho grande estima e que e' irma de um certo minion de triste memoria neste blog... Lembro-me de, por aqueles dias, enquanto tomavamos o pequeno almoco de domingo numa esplanada nos jardins de Belem, perante as minhas repetidas queixas sobre o comportamento - estupido, crapula e cabotino, para dizer o minimo - do seu irmao para comigo, ela me ter dito: "Porque que nao cortas com ele? Corta, Paula!"...
{Zarito e Jean-Yves no meu quintal de limoeiro, nespreira e roseiras-trepadeiras em Belem - algures na ponta final dos anos 80 ou no inicio dos 90 (a toalha de mesa ainda (r)existe after all these years...) - foto JEA}
... Pois, mas levou-me todos estes anos ate' ao ano passado - desde que, com a criacao deste blog, ele nao perdeu a primeira oportunidade para manifestar mais uma vez a sua pequenez incuravel, so' que desta vez atraves do tal de NJ de igualmente triste memoria neste blog - para que eu me decidisse definitivamente a acatar o sabio conselho da Zarito... O que tambem se deveu ao facto de nao ter tido qualquer contacto com ele durante estas ultimas quase duas decadas, excepto brevemente quando estive em Luanda em 2001, ocasiao que tambem nao me deixou particularmente boas memorias dele... (e, by the way, nessa ocasiao ainda tive a insensatez - na verdade na altura disse de mim para cumim: "isto e' perola para porco"... - de lhe oferecer como prenda de Natal um CD que e' uma verdadeira enciclopedia de vida, musica e cultura dos Khoisan, do que muito me haveria de arrepender porque nunca mais consegui encontrar e comprar outro para mim!...).
E' que, quando alguem, como eu, valoriza sobremaneira, ainda que frequentemente incompreendida, a amizade e a familia - por uma questao dos agora tao "badalados" valores e principios! -, esta' sujeito a engolir muitos sapos, porque familiares e amigos ha' que, perante a nossa aparentemente infinita compreensao e tolerancia, acabam por tornar-se absolutamente insuportaveis, ate' que... o "corte" se torna inevitavel!
Mas, nao pretendo, com esta triste recordacao, estragar completamente a memoria de uma noite inesquecivel ao som vibrante do Sonny Rollins com aqueles que naquela altura eram alguns dos meus amigos mais proximos em Lisboa. Portanto, que fique apenas registada a pena de nao o poder ver e ouvir mais uma vez nesta que talvez tenha sido a ultima oportunidade de o fazer - e' que ele esta' a celebrar os seus 80 anos...]
Herbie Hancock...
[Tambem o vi ao vivo em Lisboa no mesmo Coliseu em que vi o Miles Davis, com o meu filho, nos dois ultimos concertos que deu naquela cidade, em 1989 e 1991 (tendo sido este ultimo no mesmo ano em que, alguns meses mais tarde, ele deixaria este mundo e em que, como aqui se da' conta, se estaria a programar uma sua possivel ida a Angola: “Nós tínhamos combinado levá-lo a Angola, estávamos a tratar disso para 1992 porque tínhamos pessoas em Luanda que queriam. Era demais. Fantástico.”)
Gostava de ver Herbie mais uma vez (nao sei se ainda terei muitas oportunidades futuras para o fazer uma vez que ele tambem ja' esta' nos seus 70...), mas porque tinha em mente as 'prioridades' acima nao o pude, infelizmente, incluir no meu programa inicial... and now it's too late!
Mas ouvi-o ontem numa entrevista em directo para o programa Jazz on 3 da BBC Radio 3, que cobriu ao vivo o lancamento deste festival a partir do legendario Ronnie Scott's (tambem a celebrar os seus 50 anos): fiquei assim a saber que o Herbie, apesar da sua "idade avancada", continua "tao bem parecido, energetico e criativo como sempre" (segundo o entrevistador, obviamente...) , o que ele, por entre uma sonora gargalhada, atribui a "evitar o stress", e que a piece de resistance da sua participacao neste festival e' o seu Imagine Project, baseado na obra do John Lennon e em que ele integra piano snippets by Kongo traditional musicians - I can't wait to check it out on CD!]
So, I'm now looking forward to this one:
Terence Blanchard Band + Robert Glasper Trio
[Terence Blanchard: um nome incontornavel do Jazz Contemporaneo. Nunca o vi ao vivo e devo confessar que o meu maior interesse em ve-lo e ouvi-lo deve-se aos seus film scores para o Spike Lee e ao seu ultimo album, Choices, com a participacao do "meu amigo" Cornel West...
I can't wait to see him tomorrow in the same Barbican where I saw, over a decade ago, our eternal African Jazz legend, Manu Dibango, for the first time - the second was at the 2006 edition of the Cape Town International Jazz Festival pictured here]
THAT WAS GREAT!
After a sizzling warm-up at the FreeStage brought to us fresh from New Orleans by the Soul Rebels Brass Band, we had just about three hours of some of the best contemporary jazz - before us was what Terence Blanchard said is the future of jazz to his mind (although also adding something like "people speculate all the time about the future of jazz, but to me there's no point in that: the future of jazz will be what it's going to be"...): opening for him, The Robert Glasper Trio (Glasper – whose artistic world is said to be “where the iconic record label Blue Note gets back to the streets, marrying hip-hop with the free flow of a classic piano trio, merging jazz and contemporary sounds”, and who also served us Herbie Hancock's "I Have A Dream" and Nirvana's "Smells Like Teen Spirit" – on piano; Derrick Hodge on bass and Mark Colenburg on drums) and, then, alongside himself on trumpet and Bruce Wilson on tenor saxophone, the three young players on his own Quintet (Fabian Almazan on piano, Joshua Crumbly on bass and Kendrick Scott on drums).
[There was something funny in between the two group's performance: another drummer, Chris Dave, replaced Mark Colenburg and Terence Blanchard just came on the stage and started playing his thing unannounced with the Glasper's Trio for about 10-15 minutes until their time on stage was over... Many people became quite agitated thinking that it was all for the night and I started saying "these guys can only be joking!"... and they were: it was just the interval before the Blanchard real thing!]
Blanchard offered us parts of his most recent creation, ‘Choices’, where we could hear Cornel West’s voice talking about subjects such as political consciousness, music, love and humanity: from the hurricanes Katrina and Obama, through how Beethoven considered music to be deeper than philosophy, to the love that existed between Miles and Coltrane… in short, about the human condition.
Through and through (with a few jokes about some of his band members’ personal details in between: the pianist – "a very shy guy" from Cuba; the bassist – "a scared to death" recent graduate from the Juilliard (..."you know, there's some intelligent people up here... at least one of us!", he said...); the drummer – a record label owner from Texas "who makes no money with it"; the saxophonist “who came from where it all began: Toussaint, Arizona!” ... Well, this one led to a few other jokes about the first time we hear Arizona and Jazz on the same breath and the woman who approached him at the end of one concert to rebuke him for his 'downplaying' of jazz in Arizona and presenting herself as the president of the Toussaint Jazz Society, and then the pilot who one day popped into him and Herbie Hancock on a plane and introduced himself as the brother of the president of the Toussaint Jazz Society!...], the main man of the evening fulfilled the promise in the words he was presented to us:
“Terence Blanchard is one of the few contemporary horn players who can truly claim to inherit the legacy of jazz trumpet giants Miles Davis, Lee Morgan and Freddie Hubbard. Born in New Orleans, as a child he played alongside friend Wynton Marsalis in summer band camps – later in life Wynton was to recommend him to Art Blakey as his replacement in The Jazz Messengers, becoming its lead soloist and musical director. By the 1990s, Blanchard had become a leader in his own right and had embarked on a highly successful partnership with film maker Spike Lee, writing the scores for every one of his films since 1991, including Malcolm X, Clockers, and the Hurricane Katrina documentary When the Levees Broke for HBO.
His film credits are extensive with over 40 scores to his name. He maintains a regular studio presence, recording his own original music and has been nominated for 11 Grammys, winning four. He stretches himself stylistically, working with other musicians such as Stevie Wonder and Dr John. His last Concord album Choices is probably his most radical yet, with readings by philosopher Cornel West and vocals by neo-soul singer Bilal over a meld of speculative post-bop, experimental yet accessible song forms, and jazz-initiated atmospheres to create a compelling, instructive and uplifting work.”
OTHER FESTIVAL HIGHLIGHTS
Esperanza Spalding
The 26 years old rising star who counts Obama among her biggest fans...
Chucho Valdés & The Afro-Cuban Messengers + Ibrahim Maalouf
AfroCubism
Featuring Eliades Ochoa, Toumani Diabate, Bassekou Kouyate, Djelimady Tounkora, Kasse Mady Diabate.
Charles Lloyd Quartet + Winstone/Gesing/Venier
Hugh Masekela & The Mahotella Queens
...But: SOLD OUT!
[Parece incrivel, mas com tantas passagens e estadias na Africa do Sul e arredores, nunca tive uma oportunidade de ver este que e' um dos meus maiores idolos do Jazz Africano (depois do nosso eterno Manu Dibango) ao vivo... e, parece mentira, mas ainda nao foi desta!]
...But: SOLD OUT!
[Vi-o ao vivo ha' ja' alguns anos em Lisboa no Centro Cultural de Belem, numa noite absolutamente inesquecivel, com a Paula Tavares, a Luisa de Almeida, o Jean-Yves e a Zarito (esta, por quem tenho grande estima e que e' irma de um certo minion de triste memoria neste blog... Lembro-me de, por aqueles dias, enquanto tomavamos o pequeno almoco de domingo numa esplanada nos jardins de Belem, perante as minhas repetidas queixas sobre o comportamento - estupido, crapula e cabotino, para dizer o minimo - do seu irmao para comigo, ela me ter dito: "Porque que nao cortas com ele? Corta, Paula!"...
{Zarito e Jean-Yves no meu quintal de limoeiro, nespreira e roseiras-trepadeiras em Belem - algures na ponta final dos anos 80 ou no inicio dos 90 (a toalha de mesa ainda (r)existe after all these years...) - foto JEA}
... Pois, mas levou-me todos estes anos ate' ao ano passado - desde que, com a criacao deste blog, ele nao perdeu a primeira oportunidade para manifestar mais uma vez a sua pequenez incuravel, so' que desta vez atraves do tal de NJ de igualmente triste memoria neste blog - para que eu me decidisse definitivamente a acatar o sabio conselho da Zarito... O que tambem se deveu ao facto de nao ter tido qualquer contacto com ele durante estas ultimas quase duas decadas, excepto brevemente quando estive em Luanda em 2001, ocasiao que tambem nao me deixou particularmente boas memorias dele... (e, by the way, nessa ocasiao ainda tive a insensatez - na verdade na altura disse de mim para cumim: "isto e' perola para porco"... - de lhe oferecer como prenda de Natal um CD que e' uma verdadeira enciclopedia de vida, musica e cultura dos Khoisan, do que muito me haveria de arrepender porque nunca mais consegui encontrar e comprar outro para mim!...).
E' que, quando alguem, como eu, valoriza sobremaneira, ainda que frequentemente incompreendida, a amizade e a familia - por uma questao dos agora tao "badalados" valores e principios! -, esta' sujeito a engolir muitos sapos, porque familiares e amigos ha' que, perante a nossa aparentemente infinita compreensao e tolerancia, acabam por tornar-se absolutamente insuportaveis, ate' que... o "corte" se torna inevitavel!
Mas, nao pretendo, com esta triste recordacao, estragar completamente a memoria de uma noite inesquecivel ao som vibrante do Sonny Rollins com aqueles que naquela altura eram alguns dos meus amigos mais proximos em Lisboa. Portanto, que fique apenas registada a pena de nao o poder ver e ouvir mais uma vez nesta que talvez tenha sido a ultima oportunidade de o fazer - e' que ele esta' a celebrar os seus 80 anos...]
Herbie Hancock...
[Tambem o vi ao vivo em Lisboa no mesmo Coliseu em que vi o Miles Davis, com o meu filho, nos dois ultimos concertos que deu naquela cidade, em 1989 e 1991 (tendo sido este ultimo no mesmo ano em que, alguns meses mais tarde, ele deixaria este mundo e em que, como aqui se da' conta, se estaria a programar uma sua possivel ida a Angola: “Nós tínhamos combinado levá-lo a Angola, estávamos a tratar disso para 1992 porque tínhamos pessoas em Luanda que queriam. Era demais. Fantástico.”)
Gostava de ver Herbie mais uma vez (nao sei se ainda terei muitas oportunidades futuras para o fazer uma vez que ele tambem ja' esta' nos seus 70...), mas porque tinha em mente as 'prioridades' acima nao o pude, infelizmente, incluir no meu programa inicial... and now it's too late!
Mas ouvi-o ontem numa entrevista em directo para o programa Jazz on 3 da BBC Radio 3, que cobriu ao vivo o lancamento deste festival a partir do legendario Ronnie Scott's (tambem a celebrar os seus 50 anos): fiquei assim a saber que o Herbie, apesar da sua "idade avancada", continua "tao bem parecido, energetico e criativo como sempre" (segundo o entrevistador, obviamente...) , o que ele, por entre uma sonora gargalhada, atribui a "evitar o stress", e que a piece de resistance da sua participacao neste festival e' o seu Imagine Project, baseado na obra do John Lennon e em que ele integra piano snippets by Kongo traditional musicians - I can't wait to check it out on CD!]
Terence Blanchard Band + Robert Glasper Trio
[Terence Blanchard: um nome incontornavel do Jazz Contemporaneo. Nunca o vi ao vivo e devo confessar que o meu maior interesse em ve-lo e ouvi-lo deve-se aos seus film scores para o Spike Lee e ao seu ultimo album, Choices, com a participacao do "meu amigo" Cornel West...
I can't wait to see him tomorrow in the same Barbican where I saw, over a decade ago, our eternal African Jazz legend, Manu Dibango, for the first time - the second was at the 2006 edition of the Cape Town International Jazz Festival pictured here]
THAT WAS GREAT!
After a sizzling warm-up at the FreeStage brought to us fresh from New Orleans by the Soul Rebels Brass Band, we had just about three hours of some of the best contemporary jazz - before us was what Terence Blanchard said is the future of jazz to his mind (although also adding something like "people speculate all the time about the future of jazz, but to me there's no point in that: the future of jazz will be what it's going to be"...): opening for him, The Robert Glasper Trio (Glasper – whose artistic world is said to be “where the iconic record label Blue Note gets back to the streets, marrying hip-hop with the free flow of a classic piano trio, merging jazz and contemporary sounds”, and who also served us Herbie Hancock's "I Have A Dream" and Nirvana's "Smells Like Teen Spirit" – on piano; Derrick Hodge on bass and Mark Colenburg on drums) and, then, alongside himself on trumpet and Bruce Wilson on tenor saxophone, the three young players on his own Quintet (Fabian Almazan on piano, Joshua Crumbly on bass and Kendrick Scott on drums).
[There was something funny in between the two group's performance: another drummer, Chris Dave, replaced Mark Colenburg and Terence Blanchard just came on the stage and started playing his thing unannounced with the Glasper's Trio for about 10-15 minutes until their time on stage was over... Many people became quite agitated thinking that it was all for the night and I started saying "these guys can only be joking!"... and they were: it was just the interval before the Blanchard real thing!]
Blanchard offered us parts of his most recent creation, ‘Choices’, where we could hear Cornel West’s voice talking about subjects such as political consciousness, music, love and humanity: from the hurricanes Katrina and Obama, through how Beethoven considered music to be deeper than philosophy, to the love that existed between Miles and Coltrane… in short, about the human condition.
Through and through (with a few jokes about some of his band members’ personal details in between: the pianist – "a very shy guy" from Cuba; the bassist – "a scared to death" recent graduate from the Juilliard (..."you know, there's some intelligent people up here... at least one of us!", he said...); the drummer – a record label owner from Texas "who makes no money with it"; the saxophonist “who came from where it all began: Toussaint, Arizona!” ... Well, this one led to a few other jokes about the first time we hear Arizona and Jazz on the same breath and the woman who approached him at the end of one concert to rebuke him for his 'downplaying' of jazz in Arizona and presenting herself as the president of the Toussaint Jazz Society, and then the pilot who one day popped into him and Herbie Hancock on a plane and introduced himself as the brother of the president of the Toussaint Jazz Society!...], the main man of the evening fulfilled the promise in the words he was presented to us:
“Terence Blanchard is one of the few contemporary horn players who can truly claim to inherit the legacy of jazz trumpet giants Miles Davis, Lee Morgan and Freddie Hubbard. Born in New Orleans, as a child he played alongside friend Wynton Marsalis in summer band camps – later in life Wynton was to recommend him to Art Blakey as his replacement in The Jazz Messengers, becoming its lead soloist and musical director. By the 1990s, Blanchard had become a leader in his own right and had embarked on a highly successful partnership with film maker Spike Lee, writing the scores for every one of his films since 1991, including Malcolm X, Clockers, and the Hurricane Katrina documentary When the Levees Broke for HBO.
His film credits are extensive with over 40 scores to his name. He maintains a regular studio presence, recording his own original music and has been nominated for 11 Grammys, winning four. He stretches himself stylistically, working with other musicians such as Stevie Wonder and Dr John. His last Concord album Choices is probably his most radical yet, with readings by philosopher Cornel West and vocals by neo-soul singer Bilal over a meld of speculative post-bop, experimental yet accessible song forms, and jazz-initiated atmospheres to create a compelling, instructive and uplifting work.”
OTHER FESTIVAL HIGHLIGHTS
Esperanza Spalding
The 26 years old rising star who counts Obama among her biggest fans...
Chucho Valdés & The Afro-Cuban Messengers + Ibrahim Maalouf
AfroCubism
Featuring Eliades Ochoa, Toumani Diabate, Bassekou Kouyate, Djelimady Tounkora, Kasse Mady Diabate.
Thursday, 11 November 2010
Angola: 35 años*
Angola se encuentra a alrededor de 5,000 kilómetros de distancia al sur de la península ibérica y al oeste del sur de América. Sin embargo, esta nación del África austral ha jugado un papel clave en la historia iberoamericana.
Una década antes de que Colón llegase al Caribe, el portugués Diogo Cao arribó al río Congo, el segundo más grande del África luego del Nilo, donde lograría ir creando una asociación entre Portugal y el poderoso reino de los Kongos que se extendía alrededor de los actuales territorios del norte de Angola, los mismos que inicialmente no fueron conquistados por los portugueses. Por el contrario, estos fueron cristianizados y se convirtieron en aliados de Lisboa en la zona.
Sin embargo, a fines del siglo XVI los portugueses fueron tratando de conquistarlos a ellos y a la de los "ngolas" para prevenir que ellos volviesen a coquetear con los holandeses y para centrarse en la trata de esclavos hacia Brasil y el Nuevo Mundo.
Angola se convirtió en un punto estratégico para los portugueses, quienes fueron los primeros europeos en establecer su comercio y sus dominios en el África negra y en el Océano Índico (el cual en los siglos XVI y XVII tenía al portugués como su lengua franca).
Angola fue uno de los principales proveedores de esclavos para re-popular al Nuevo Mundo.
Durante los tres siglos que duraron las colonias sur y centro americanas varios países latinoamericanos llegaron a tener más angolanos que gente nacida en España o Portugal. La herencia angolana en nuestras tierras es riquísima, aunque poco estudiada.
Las mismas tropas holandeses que guerreaban contra Portugal por el control del noreste brasilero igualmente lo hacían por las posesiones angolanas. Cuando en 1641-48 los neerlandeses capturaron Luanda, fue la aristocracia carioca, la cual fue tan afectada cuando de esta manera se paraba la llegada de esclavos que usaba para sus plantaciones y para intercambiarlos por plata hispano-americana, quien se encargó enteramente de organizar, financiar y liderar la "reconquista" portuguesa de Angola. Varios de los gobernadores de Angola partieron desde el Brasil.
Durante el periodo colonial Brasil y Angola se hayaron en mutua dependencia.En el siglo XVII unos 10,000 esclavos eran despachados desde Angola anualmente hacia Brasil y el Nuevo Mundo. En el siglo XVIII esta cifra subió a 18,500. Alencastro sostiene que la construcción del Brasil se dio en base a la destrucción de Angola, pues de 1701 a 1810 unos 2 millones de esclavos llegaron al Brasil, de los cuales la mayor parte zarpaban desde Angola. A mediados del siglo XVIII la mayor parte del comercio de esclavos desde Angola era pagada con exportaciones brasileras (como la chachaza y otros licores) y conducida por barcos negreros brasileros (los portugueses llegaron a ser apenas el 15% de ellos). Muchos de los esclavos que salieron desde Angola luego eran comerciados hacia el Caribe, la cuenca del Plata o los Andes.
En la fase final del imperio luso en Brasil (1808-1822) los cariocas fueron quienes administraron Angola y el resto de colonias portuguesas.
Hasta en Perú, que es el país americano que más lejos se haya de Angola por la vía marítima, la presencia angolana marcó mucho del carácter de dicho país. La mayor procesión católica que allí se hace (y posiblemente en todo el mundo) es una para rendir pleitesía al Cristo Moreno, el cual fue pintado por el esclavo angolano Pedro Dalcón. El mayor santo peruano (San Martín de Porras, cuyo nombre ha sido dado a una universidad, un distrito de la capital y un departamento del Perú) fue hijo de una panameña liberta descendiente de angolanos.
Cuando Lima era la capital de la mayor parte del subcontinente suramericano un significativo porcentaje de sus habitantes eran angolanos y africanos. A muchos barrios o poblaciones negras se les denominaba en el Perú virreinal como ‘angolas’. El nombre ‘Angola’ no solo se asocia a barriadas sino también a uno de los hoteles y centros de convención más exclusivos de Lima, los cuales han sido bautizados en honor a ‘María Angola’, la gran campana del Cuzco, considerada como una de las más monumentales y sonoras de Suramérica. El popular plato peruano del escabeche o el baile típico de la costa peruana Landó tienen raíces en Luanda, la capital angolana.
En los últimos años América Latina se ha preciado de haber electo presidentes de ascendencia japonesa (Fujimori), turco-árabe (Menem, Mahuad, Saca o Bucaram), búlgara (Dilma Rousseff), croata (Kirchner), francesa (Bachelet), etc. Sin embargo, no conozco de un solo presidente sur o centro americano que haya reivindicado sus ancestros angolanos.
Hoy en la Hispanoamérica que celebra los bicentenarios de sus independencias es bueno recordar que posiblemente su primer territorio que logró la independencia fue un área de Veracruz en México, la cual en 1570, hace más de 4 siglos, fue liderada por el esclavo liberado Gaspar Yanga, quien llegó allí vía Cabo Verde (el archipiélago afro-portugués), muy posiblemente desde una región del entorno kongo-angolano.
En Londres, la más cosmopolita ciudad del Viejo Mundo, uno puede encontrar comunidades de todos los países del planeta. Al ver uno como buscan socializar entre ellos los diferentes inmigrantes uno se puede ayudar a ver cuales los verdaderos nexos culturales e históricos entre los pueblos. En la capital británica, como se ve en la primera foto, es usual encontrar carteles donde se unen las banderas de Brasil, Angola y Portugal, como el que vemos en esta imagen tomada en la calle principal de Brixton al lado de La Mazorca y Chaney, el restaurante y discoteca hispanoamericanos más populares de dicho popular barrio londinense.
Esas 3 repúblicas colocadas en 3 distintos continentes tienen en común 5 siglos de intercambio, historia, cultura y lengua afines. En las 150 iglesias brasileras del Reino Unido se encuentran mucho más portugueses y angolanos que hispanoamericanos. La Asociación Brasilera del Reino Unido (ABRAS), la cual, con 14,000 afiliados es la mayor organización comunitaria brasileña en Europa (y posiblemente en la diáspora brasilera), tiene más asociados angolanos que la suma de todo el resto de sus miembros provenientes de toda Latinoamérica. Esta semana la profesora brasilera Else Vieira organiza el festival de cine por el 35 aniversario de la independencia luso-africana en la universidad Queens Mary.
Angola es hoy uno de los países africanos más ricos en oro negro y en diamantes. Entre el 2004 y 2007 fue creciendo con una tasa anual promedio de un 15%, una de las cifras más altas del mundo.
De todos los 11 territorios africanos que tienen como lengua oficial al español o al portugués Angola es el que tiene a la mayor población que hable o entienda al menos una lengua ibérica.
Angola ha jugado un rol muy importante en la historia iberoamericana. Entre los siglos XVI y XIX proveyó de multitud de esclavos a las Américas, al punto que hoy debe haber más americano con ascendencia angolana que los 13 a 16 millones de angolanos.
En el siglo XX Angola jugó un rol importante en producir la instalación de la república de Portugal y luego en la caída de la dictadura fascista que ésta tuvo entre 1926 y 1974.
La primera monarquía europea que se expandió al sur de la línea ecuatorial fue la de Portugal. Angola fue una de sus primeras colonias y también uno de los factores que desencadenó su caída.
Tras que Lisboa perdió a su mayor dependencia (Brasil) uno de sus ejes consistió en tratar de unir a sus 2 territorios en el África austral: Angola (de cara al Atlántico sur) y Mozambique (de cara al Índico sur). Para tal efecto de delineó el ‘mapa rosado’ que mostraba las pretensiones de crear un corredor horizontal luso que vaya de oeste a este. Sin embargo, los británicos tenían su propia meta de unir a todas sus colonias desde El Cairo hasta El Cabo en un corredor vertical de norte a sur.
La monarquía de Portugal no se atrevió a desafiar a la corona inglesa, quien además de tener más poder había sido siempre su mayor aliada europea. Su capitulación en los 1890's dio paso a que los británicos estableciesen allí sus colonias de Rodesia (la del norte es hoy Zambia y la del sur es hoy Zimbabue).
Esta rendición generó tal resentimiento interno contra la familia real que terminó por producir un alzamiento hace 100 años. Este, el del 5 de Octubre de 1910, culminaría estableciendo la única república de las 4 entidades de la península ibérica (las otras 3, España, Andorra y Gibraltar, no eligen en comicios a su respectivo jefe de Estado).
El régimen más extenso que tuvo la nueva república portuguesa (la de la dictadura de medio siglo del fascista ‘Estado Novo’) también cayó ayudado por los sucesos en el África lusa. Las guerrillas en Angola y en los otros 4 PALOP fueron minando a la dictadura, la cual se desplomó en Abril 1974. Una de las primeras consecuencias de esa revolución de los clavele fue el que todas las 6 colonias portuguesas (fuera de Macao) se declarasen independientes en un lapso que fue hasta 1975.
Desde la independencia de 1975 hasta el acuerdo de paz del 2002 Angola sufrió la guerra civil más larga del África y una de las más sanguinarias de la II postguerra mundial. Esta produjo 100,000 mutilados, 500,000 muertos y 4 millones de desplazados, altas cifras para una población de 12 a 16 millones de habitantes.
Este conflicto llegó a internacionalizarse como parte de la guerra fría. El UNITA del sur de Angola y el FLNA del norte de Angola recibieron el apoyo de Zaire (liderado por el dictador Mobutu) y de Sudáfrica, mientras el gobierno del MPLA fue secundado por el de Cuba.
El Ché Guevara, antes de partir a Bolivia, había combatido en Zaire, cerca a Angola. La tesis de que Cuba debería irradiarse al África también había estado presente en las conferencias tri-continentales que el castrismo patrocinó en los 1960s.
Desde la segunda mitad de los 1970s la presencia de Cuba se haría muy grande en Angola. Castro envió allí a entre 40 y 50 mil soldados, mil tanques y 50 aviones suyos, para socorrer a los 200,000 combatientes del MPLA. Esta fue la mayor guerra que libró Fidel en el mundo y su éxito ayudó a consolidar el régimen ‘marxista-leninista’ de Angola y de otras partes del continente negro, así como ayudar a que su isla vaya minando el bloqueo de EEUU.
Angola nació así siendo parte de la mayor intervención militar hecha por un país latinoamericano fuera de su continente.
Unos 100,000 cubanos como uniformados, educadores, personal de salud o trabajadores llegaron a Angola, cuya lengua portuguesa es tan parecida a su castellano. La embajada cubana en Luanda ha llegado a ser la segunda de mayor importancia tras la de EEUU.
Hoy Brasil tiene una influencia cultural sobre Angola mayor a la que tiene sobre otros países latinoamericanos. Las novelas y series de TV, los filmes, la lengua y las artes marciales de la Capoeira es algo que une a Brasil con Angola, un país cuya lengua es tan diferente a la de su entorno de habla inglesa o francesa.
El Partido de los Trabajadores gobierna en Brasil y en Angola. Ambas formaciones usan la estrella como símbolo, nacieron como marxistas y han evolucionados hacia convertirse en formaciones de tipo socialdemócrata que aceptan el mercado, las grandes inversiones extranjeras y la democracia multipartidista.
Hoy una gran parte de la población de Portugal, así como de la diáspora portuguesa del mundo proviene de Angola, nación que ya sobrepasa en habitantes al de la misma Portugal.
La suerte de Angola e Iberoamérica está entrelazada. La América ibera tuvo desde sus inicios una masiva inmigración angolana, superior a la de cualquier pueblo europeo al este de los Pirineos. Los angolanos, al igual que otros esclavos, influyeron poderosamente en la cocina, la música, los bailes y la cultura americanas.
Las riquezas de Angola ayudaron a consolidar al imperio de los Braganza evitado que estos corriesen la misma suerte de la realeza de Madrid ante las revoluciones republicanas hispanoamericanas. Los sucesos de Angola ayudaron a producir la caída de la monarquía y luego del fascismo en Lisboa. La guerra angolana dio una gran catapulta a Castro, quien se valió de ella para afianzarse en el poder e ir generando una nueva diplomacia que haría que América Latina crease un bloque con Iberia en 1991 (la actual Comunidad Iberoamericana de Naciones) y luego una serie de organismos que tendiesen a mostrar más autonomía regional ante EEUU (como la comunidad de estados latinoamericanos y caribeños y las cumbres entre éstos y la Unión Europea).
Angola es hoy un socio comercial y cultural muy importante para Brasil en el África y para su estrategia de convertirse en una de las 5 grandes potencias para mediados de este siglo.
*Por Isaac Bigio - Artigo integral AQUI
Angola se encuentra a alrededor de 5,000 kilómetros de distancia al sur de la península ibérica y al oeste del sur de América. Sin embargo, esta nación del África austral ha jugado un papel clave en la historia iberoamericana.
Una década antes de que Colón llegase al Caribe, el portugués Diogo Cao arribó al río Congo, el segundo más grande del África luego del Nilo, donde lograría ir creando una asociación entre Portugal y el poderoso reino de los Kongos que se extendía alrededor de los actuales territorios del norte de Angola, los mismos que inicialmente no fueron conquistados por los portugueses. Por el contrario, estos fueron cristianizados y se convirtieron en aliados de Lisboa en la zona.
Sin embargo, a fines del siglo XVI los portugueses fueron tratando de conquistarlos a ellos y a la de los "ngolas" para prevenir que ellos volviesen a coquetear con los holandeses y para centrarse en la trata de esclavos hacia Brasil y el Nuevo Mundo.
Angola se convirtió en un punto estratégico para los portugueses, quienes fueron los primeros europeos en establecer su comercio y sus dominios en el África negra y en el Océano Índico (el cual en los siglos XVI y XVII tenía al portugués como su lengua franca).
Angola fue uno de los principales proveedores de esclavos para re-popular al Nuevo Mundo.
Durante los tres siglos que duraron las colonias sur y centro americanas varios países latinoamericanos llegaron a tener más angolanos que gente nacida en España o Portugal. La herencia angolana en nuestras tierras es riquísima, aunque poco estudiada.
Las mismas tropas holandeses que guerreaban contra Portugal por el control del noreste brasilero igualmente lo hacían por las posesiones angolanas. Cuando en 1641-48 los neerlandeses capturaron Luanda, fue la aristocracia carioca, la cual fue tan afectada cuando de esta manera se paraba la llegada de esclavos que usaba para sus plantaciones y para intercambiarlos por plata hispano-americana, quien se encargó enteramente de organizar, financiar y liderar la "reconquista" portuguesa de Angola. Varios de los gobernadores de Angola partieron desde el Brasil.
Durante el periodo colonial Brasil y Angola se hayaron en mutua dependencia.En el siglo XVII unos 10,000 esclavos eran despachados desde Angola anualmente hacia Brasil y el Nuevo Mundo. En el siglo XVIII esta cifra subió a 18,500. Alencastro sostiene que la construcción del Brasil se dio en base a la destrucción de Angola, pues de 1701 a 1810 unos 2 millones de esclavos llegaron al Brasil, de los cuales la mayor parte zarpaban desde Angola. A mediados del siglo XVIII la mayor parte del comercio de esclavos desde Angola era pagada con exportaciones brasileras (como la chachaza y otros licores) y conducida por barcos negreros brasileros (los portugueses llegaron a ser apenas el 15% de ellos). Muchos de los esclavos que salieron desde Angola luego eran comerciados hacia el Caribe, la cuenca del Plata o los Andes.
En la fase final del imperio luso en Brasil (1808-1822) los cariocas fueron quienes administraron Angola y el resto de colonias portuguesas.
Hasta en Perú, que es el país americano que más lejos se haya de Angola por la vía marítima, la presencia angolana marcó mucho del carácter de dicho país. La mayor procesión católica que allí se hace (y posiblemente en todo el mundo) es una para rendir pleitesía al Cristo Moreno, el cual fue pintado por el esclavo angolano Pedro Dalcón. El mayor santo peruano (San Martín de Porras, cuyo nombre ha sido dado a una universidad, un distrito de la capital y un departamento del Perú) fue hijo de una panameña liberta descendiente de angolanos.
Cuando Lima era la capital de la mayor parte del subcontinente suramericano un significativo porcentaje de sus habitantes eran angolanos y africanos. A muchos barrios o poblaciones negras se les denominaba en el Perú virreinal como ‘angolas’. El nombre ‘Angola’ no solo se asocia a barriadas sino también a uno de los hoteles y centros de convención más exclusivos de Lima, los cuales han sido bautizados en honor a ‘María Angola’, la gran campana del Cuzco, considerada como una de las más monumentales y sonoras de Suramérica. El popular plato peruano del escabeche o el baile típico de la costa peruana Landó tienen raíces en Luanda, la capital angolana.
En los últimos años América Latina se ha preciado de haber electo presidentes de ascendencia japonesa (Fujimori), turco-árabe (Menem, Mahuad, Saca o Bucaram), búlgara (Dilma Rousseff), croata (Kirchner), francesa (Bachelet), etc. Sin embargo, no conozco de un solo presidente sur o centro americano que haya reivindicado sus ancestros angolanos.
Hoy en la Hispanoamérica que celebra los bicentenarios de sus independencias es bueno recordar que posiblemente su primer territorio que logró la independencia fue un área de Veracruz en México, la cual en 1570, hace más de 4 siglos, fue liderada por el esclavo liberado Gaspar Yanga, quien llegó allí vía Cabo Verde (el archipiélago afro-portugués), muy posiblemente desde una región del entorno kongo-angolano.
En Londres, la más cosmopolita ciudad del Viejo Mundo, uno puede encontrar comunidades de todos los países del planeta. Al ver uno como buscan socializar entre ellos los diferentes inmigrantes uno se puede ayudar a ver cuales los verdaderos nexos culturales e históricos entre los pueblos. En la capital británica, como se ve en la primera foto, es usual encontrar carteles donde se unen las banderas de Brasil, Angola y Portugal, como el que vemos en esta imagen tomada en la calle principal de Brixton al lado de La Mazorca y Chaney, el restaurante y discoteca hispanoamericanos más populares de dicho popular barrio londinense.
Esas 3 repúblicas colocadas en 3 distintos continentes tienen en común 5 siglos de intercambio, historia, cultura y lengua afines. En las 150 iglesias brasileras del Reino Unido se encuentran mucho más portugueses y angolanos que hispanoamericanos. La Asociación Brasilera del Reino Unido (ABRAS), la cual, con 14,000 afiliados es la mayor organización comunitaria brasileña en Europa (y posiblemente en la diáspora brasilera), tiene más asociados angolanos que la suma de todo el resto de sus miembros provenientes de toda Latinoamérica. Esta semana la profesora brasilera Else Vieira organiza el festival de cine por el 35 aniversario de la independencia luso-africana en la universidad Queens Mary.
Angola es hoy uno de los países africanos más ricos en oro negro y en diamantes. Entre el 2004 y 2007 fue creciendo con una tasa anual promedio de un 15%, una de las cifras más altas del mundo.
De todos los 11 territorios africanos que tienen como lengua oficial al español o al portugués Angola es el que tiene a la mayor población que hable o entienda al menos una lengua ibérica.
Angola ha jugado un rol muy importante en la historia iberoamericana. Entre los siglos XVI y XIX proveyó de multitud de esclavos a las Américas, al punto que hoy debe haber más americano con ascendencia angolana que los 13 a 16 millones de angolanos.
En el siglo XX Angola jugó un rol importante en producir la instalación de la república de Portugal y luego en la caída de la dictadura fascista que ésta tuvo entre 1926 y 1974.
La primera monarquía europea que se expandió al sur de la línea ecuatorial fue la de Portugal. Angola fue una de sus primeras colonias y también uno de los factores que desencadenó su caída.
Tras que Lisboa perdió a su mayor dependencia (Brasil) uno de sus ejes consistió en tratar de unir a sus 2 territorios en el África austral: Angola (de cara al Atlántico sur) y Mozambique (de cara al Índico sur). Para tal efecto de delineó el ‘mapa rosado’ que mostraba las pretensiones de crear un corredor horizontal luso que vaya de oeste a este. Sin embargo, los británicos tenían su propia meta de unir a todas sus colonias desde El Cairo hasta El Cabo en un corredor vertical de norte a sur.
La monarquía de Portugal no se atrevió a desafiar a la corona inglesa, quien además de tener más poder había sido siempre su mayor aliada europea. Su capitulación en los 1890's dio paso a que los británicos estableciesen allí sus colonias de Rodesia (la del norte es hoy Zambia y la del sur es hoy Zimbabue).
Esta rendición generó tal resentimiento interno contra la familia real que terminó por producir un alzamiento hace 100 años. Este, el del 5 de Octubre de 1910, culminaría estableciendo la única república de las 4 entidades de la península ibérica (las otras 3, España, Andorra y Gibraltar, no eligen en comicios a su respectivo jefe de Estado).
El régimen más extenso que tuvo la nueva república portuguesa (la de la dictadura de medio siglo del fascista ‘Estado Novo’) también cayó ayudado por los sucesos en el África lusa. Las guerrillas en Angola y en los otros 4 PALOP fueron minando a la dictadura, la cual se desplomó en Abril 1974. Una de las primeras consecuencias de esa revolución de los clavele fue el que todas las 6 colonias portuguesas (fuera de Macao) se declarasen independientes en un lapso que fue hasta 1975.
Desde la independencia de 1975 hasta el acuerdo de paz del 2002 Angola sufrió la guerra civil más larga del África y una de las más sanguinarias de la II postguerra mundial. Esta produjo 100,000 mutilados, 500,000 muertos y 4 millones de desplazados, altas cifras para una población de 12 a 16 millones de habitantes.
Este conflicto llegó a internacionalizarse como parte de la guerra fría. El UNITA del sur de Angola y el FLNA del norte de Angola recibieron el apoyo de Zaire (liderado por el dictador Mobutu) y de Sudáfrica, mientras el gobierno del MPLA fue secundado por el de Cuba.
El Ché Guevara, antes de partir a Bolivia, había combatido en Zaire, cerca a Angola. La tesis de que Cuba debería irradiarse al África también había estado presente en las conferencias tri-continentales que el castrismo patrocinó en los 1960s.
Desde la segunda mitad de los 1970s la presencia de Cuba se haría muy grande en Angola. Castro envió allí a entre 40 y 50 mil soldados, mil tanques y 50 aviones suyos, para socorrer a los 200,000 combatientes del MPLA. Esta fue la mayor guerra que libró Fidel en el mundo y su éxito ayudó a consolidar el régimen ‘marxista-leninista’ de Angola y de otras partes del continente negro, así como ayudar a que su isla vaya minando el bloqueo de EEUU.
Angola nació así siendo parte de la mayor intervención militar hecha por un país latinoamericano fuera de su continente.
Unos 100,000 cubanos como uniformados, educadores, personal de salud o trabajadores llegaron a Angola, cuya lengua portuguesa es tan parecida a su castellano. La embajada cubana en Luanda ha llegado a ser la segunda de mayor importancia tras la de EEUU.
Hoy Brasil tiene una influencia cultural sobre Angola mayor a la que tiene sobre otros países latinoamericanos. Las novelas y series de TV, los filmes, la lengua y las artes marciales de la Capoeira es algo que une a Brasil con Angola, un país cuya lengua es tan diferente a la de su entorno de habla inglesa o francesa.
El Partido de los Trabajadores gobierna en Brasil y en Angola. Ambas formaciones usan la estrella como símbolo, nacieron como marxistas y han evolucionados hacia convertirse en formaciones de tipo socialdemócrata que aceptan el mercado, las grandes inversiones extranjeras y la democracia multipartidista.
Hoy una gran parte de la población de Portugal, así como de la diáspora portuguesa del mundo proviene de Angola, nación que ya sobrepasa en habitantes al de la misma Portugal.
La suerte de Angola e Iberoamérica está entrelazada. La América ibera tuvo desde sus inicios una masiva inmigración angolana, superior a la de cualquier pueblo europeo al este de los Pirineos. Los angolanos, al igual que otros esclavos, influyeron poderosamente en la cocina, la música, los bailes y la cultura americanas.
Las riquezas de Angola ayudaron a consolidar al imperio de los Braganza evitado que estos corriesen la misma suerte de la realeza de Madrid ante las revoluciones republicanas hispanoamericanas. Los sucesos de Angola ayudaron a producir la caída de la monarquía y luego del fascismo en Lisboa. La guerra angolana dio una gran catapulta a Castro, quien se valió de ella para afianzarse en el poder e ir generando una nueva diplomacia que haría que América Latina crease un bloque con Iberia en 1991 (la actual Comunidad Iberoamericana de Naciones) y luego una serie de organismos que tendiesen a mostrar más autonomía regional ante EEUU (como la comunidad de estados latinoamericanos y caribeños y las cumbres entre éstos y la Unión Europea).
Angola es hoy un socio comercial y cultural muy importante para Brasil en el África y para su estrategia de convertirse en una de las 5 grandes potencias para mediados de este siglo.
*Por Isaac Bigio - Artigo integral AQUI